Armando Grave lidera lista do Chega à Assembleia e a habitação será também prioridade da candidatura
Na sequência da apresentação de Diogo Soares Machado como candidato do Chega à Câmara Municipal de Aveiro nas próximas eleições autárquicas, o partido anunciou também o nome de Armando Grave como cabeça de lista à Assembleia Municipal. A sessão decorreu, esta tarde, na sede distrital do partido, em Aveiro, e contou com a presença de ambos os candidatos.
Isabel Cunha Marques
JornalistaArmando Grave é atualmente deputado na Assembleia da República (AR), eleito pelo círculo de Aveiro. Natural da cidade, é mestre em Direito e conta com uma trajetória profissional diversificada, tendo desempenhado funções como operário da indústria cerâmica, gestor de empresas e jurista.
Em entrevista à Ria, Armando Grave admitiu que nunca pensou ser “candidato a um órgão autárquico”, mas que decidiu aceitar após uma análise profunda da realidade política local. “Sou de Aveiro há muitas décadas e vejo a cidade a decair. Aveiro continua a ser o centro da cidade e, hoje, a principal zona turística, para além dos moliceiros, é o Fórum de Aveiro, que é uma estrutura privada. Tudo o resto da cidade deixou de existir. Isto tem-me incomodado”, afirmou, acrescentando que o convite para ser cabeça de lista à Assembleia Municipal lhe surgiu no “início do ano”.
Durante a entrevista, Armando Grave deixou críticas claras aos adversários políticos, com especial ênfase em Luís Souto de Miranda, candidato da coligação ‘Aliança Mais Aveiro’ (PSD/CDS-PP/PPM), mas também a Alberto Souto de Miranda, candidato do Partido Socialista (PS) à Câmara de Aveiro. Sobre Luís Souto de Miranda, que atualmente preside à Assembleia Municipal, acusou-o de ter permitido decisões que considera prejudiciais para o município. “Deixou passar imensas coisas que eu considero que não deviam ter passado. (…) Quem sofre com isso são os cidadãos. Em Aveiro, estão em causa muitos milhões de euros que fazem falta noutras áreas”, criticou, apontando como exemplo a área da saúde.
Já enquanto cabeça-de-lista à Assembleia Municipal, Armando Grave destacou a importância de reforçar o papel fiscalizador e transparente daquele órgão. “A Assembleia Municipal tem de voltar a ser o exemplo e garantir transparência e escrutínio de toda a atividade municipal e não uma eventual (…) moleta de interesses que não conhecemos e que não são de todo os interesses dos aveirenses. É este o nosso compromisso por Aveiro”, frisou.
Habitação é outra das prioridades da candidatura do Chega à Câmara de Aveiro
Além da construção de um novo hospital central, da criação de um “Departamento da Transparência” na estrutura da Câmara Municipal e do reforço da segurança, tal como avançado pela Ria, Diogo Soares Machado garantiu que a candidatura do Chega à autarquia aveirense, sob o lema “Compromisso com Aveiro”, assenta em “12 pilares”, entre os quais a habitação surge como outra das principais prioridades.
Também em entrevista à Ria, o candidato do Chega à Câmara de Aveiro reconheceu que não existe uma “solução final” para o problema da habitação, em Aveiro, mas defendeu uma abordagem “dinâmica” que envolva o setor privado. “Em primeiro lugar, passa por sentar com os investidores e promotores imobiliários que têm interesse em operar em Aveiro”, explicou. O objetivo, segundo Diogo Soares Machado, é alcançar “um ponto comum de entendimento em que eles sintam que têm por parte da Câmara Municipal as condições necessárias e suficientes para aumentarem a intensidade de construção”.
Na perspetiva do candidato a “primeira solução” tem de passar pelo aumento da oferta habitacional. “Não há mais casas no mercado, os preços continuam altos e só acede às casas quem não tem dificuldade financeira”, alertou.
O candidato aproveitou ainda para comentar diretamente a proposta de Alberto Souto de Miranda que, em entrevista ao Jornal de Notícias (JN), defendeu que a Câmara deveria “ir ao mercado de arrendamento arrendar pelo preço que for”. Para Diogo Soares Machado, trata-se de uma ideia “totalmente desesperada”. “Eu prefiro isentar o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para quem queira recuperar imóveis abandonados e discutir condições de derrama e taxas mais benéficas para empresas que queiram investir na construção em Aveiro”, apontou, defendendo que é necessário apostar em soluções “estruturais” em vez de medidas “circunstanciais”. “Essa medida do candidato socialista é paracetamol”, ironizou.
Recorde-se que também esta quinta-feira, 31 de julho, o Bloco de Esquerda (BE) enviou um comunicado às redações onde considerava a proposta de Alberto Souto de Miranda uma “medida de quem recusa intervir no mercado”.
À semelhança de Armando Grave, também o candidato do Chega à Câmara de Aveiro aproveitou para comentar, durante a sessão, os candidatos da ‘Aliança’ e do PS afirmando mesmo que a “democracia em Aveiro está em perigo e a decência está a perder por falta de comparência”.
Referindo-se a Alberto Souto de Miranda e ao seu mandato como presidente da Câmara, entre 1997 e 2005, recordou que, segundo dados da auditoria da Inspeção-Geral de Finanças (IGF), o socialista deixou a autarquia com uma dívida contabilizada de “250 milhões de euros” hipotecando o futuro do município por “50 anos”. “Agora diz que tem as melhores ideias. Há de ter os melhores projetos, mas de certeza que não tem a menor noção de quanto custa pôr em prática tudo aquilo que papagueia”, criticou.
Relativamente a Luís Souto caraterizou-o como a “moleta dos executivos municipais na Assembleia Municipal”. “Não se ouviu uma palavra crítica consciente”, atirou. No final, apelou aos presentes que Aveiro tem de ter um “novo rumo sustentado com um compromisso por Aveiro”.
Além do candidato à Câmara e do cabeça de lista, foram ainda divulgados quatro nomes que integrarão a lista à autarquia: Paula Sofia Gomes, Jacinta Marlene Cura, Vasco Sousa e Carlos Balseiro, com Nuno Tavares como mandatário da candidatura. À Ria, Diogo Soares Machado garantiu que o Chega concorrerá a todas as juntas de freguesia do concelho, tendo já todos os candidatos definidos.
Recorde-se que nas eleições autárquicas de 2021, a primeira vez que o partido concorreu, em Aveiro, o Chega alcançou “4,04%” dos votos.
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IL defende demolição da antiga sede da CERCIAV
Os responsáveis da Iniciativa Liberal atacam ambos os candidatos e consideram que a polémica “é o reflexo de uma política capturada por disputas familiares”. Recorde-se que os irmãos Alberto e Luís, que se candidatam à Câmara Municipal de Aveiro por PS e por “Aliança Mais Aveiro”, respetivamente, têm discutido ao longo da semana a demolição do antigo edifício da CERCIAV. Depois de José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro, ter anunciado a intervenção em sede de Assembleia Municipal, a providência cautelar interposta por Alberto Souto suspendeu o avanço dos trabalhos. Luís Souto reagiu ontem e defendeu que se deve prosseguir com a demolição, ao passo que Alberto Souto já se mostrou “desiludido” com a postura do oponente. Para a Iniciativa Liberal, a disputa é apenas “um combate entre irmãos, num ringue cujo chão é a cidade e cujos impactos recaem sobre os cidadãos”. Embora considere que a antiga sede da CERCIAV é um edifício “sem capacidade de adaptação às exigências atuais” e que a argumentação do candidato do PS é “frágil, contraditória e demagógica”, a IL deixa também críticas ao representante da coligação “Aliança Mais Aveiro”. No entender do partido, Luís Souto “em vez de apresentar uma visão para Aveiro, limita-se a reagir”. Os liberais defendem a expansão e recuperação do edifício do Conservatório, cujo projeto aprovado inclui, de acordo com a nota enviada, três estúdios de dança, salas de percussão e espaços de estudo. A demolição da antiga sede da CERCIAV foi, no entender da IL, prevista de forma "responsável, com parecer técnico, para dar lugar a um equipamento moderno, acessível e funcional”.
Luís Souto acusa PS de “brincar” com a habitação em apresentação dos candidatos da ‘Aliança’ a Cacia
As críticas surgiram na sequência da proposta apresentada por Alberto Souto, candidato do Partido Socialista à Câmara Municipal de Aveiro, em entrevista dada ao Jornal de Notícias. Recorde-se que, como foi ontem noticiado pela Ria, a ideia seria de subarrendar habitação a preços mais acessíveis do que os praticados pelo mercado até que seja construída mais habitação pública. Luís Souto Miranda considerou a proposta “irresponsável” e disse mesmo que o candidato do PS só a fazia “para ficar bem na fotografia”. No longo prazo, acredita o candidato, a proposta “só iria favorecer a especulação e aumentar os preços, […], mas não iria resolver nada”. Tema de destaque do discurso do candidato à autarquia foi também a polémica demolição da antiga sede da CERCIAV para expansão do Conservatório. Depois de Alberto Souto ter interposto uma providência cautelar que suspendeu a destruição do edifício, o cabeça-de-lista da ‘Aliança’ acusa-o de voltar a colocar “sinais de STOP” aos projetos da autarquia. Luís Souto garante que a coligação “não quer parar nada” e orienta o discurso para Cacia: “Não há sinais STOP connosco aqui em Cacia”. O candidato refere que, em vários aspetos, Cacia pode beneficiar da proximidade da autarquia ao governo. Primeiro na valorização do Baixo Vouga, que diz ser uma arma da freguesia para atrair turismo, e depois na luta pela abolição das portagens na A25, que afetam Cacia. Luís Souto diz contar com o “lobby” do deputado do PSD Firmino Ferreira, que esteve presente na sessão como presidente da Comissão Política Concelhia do PSD Aveiro, e com o apoio de secretários de Estado que “trata quase por tu”. Também Nelson Santos, recandidato à freguesia de Cacia pela coligação “Aliança Mais Aveiro”, sublinhou a questão das portagens. O autarca refere que Cacia é “a freguesia mais castigada pelos pórticos” e considera que, sem eles, desaparece o “caos” na Quintã e no resto da freguesia. A pensar num próximo mandato, o candidato diz que “a parte de pensar já passou, agora é hora de executar". Nesse sentido, promete avançar com o novo acesso a Sarrazola, bem como com a requalificação da antiga sede de junta, e de uma série de ruas da freguesia. Entre outras propostas, assumiu ainda a vontade de expandir o Parque de São Bartolomeu, onde a sessão se realizou. Nelson Santos falou ainda sobre a vontade de dar seguimento ao processo de renovação das piscinas e do mercado. O candidato disse que “ouviu dizer que há uma lista” que quer mudar as piscinas e que “não sabe o que quer fazer”. A resposta é dirigida a Alberto Souto, que incluiu a questão na sua “Rota das Oportunidades”, rubrica que mantém nas redes sociais sobre impasses do concelho, a defender uma otimização das piscinas para que sejam usadas para além dos meses da época balnear.
Cantor Rui Oliveira é o mandatário da candidatura do Bloco de Esquerda a Aveiro
O representante de 47 anos é, de acordo com a nota do partido, licenciado em Filosofia, utilizador diário de bicicleta e dedica-se à agricultura biológica de subsistência. Recorde-se que o candidato bloquista à Câmara Municipal de Aveiro é João Moniz e que Ana Catarina Alves é a candidata à Assembleia Municipal de Aveiro.
Demolição de antigo edifício da CERCIAV: “Aceitação acrítica” de Luís Souto “desilude” Alberto Souto
O candidato do PS considera que o comunicado divulgado ontem pelo adversário nas eleições autárquicas é “muito desagradável, está repleto de inverdades e considerações deslustrosas”. Recorde-se que nesse documento, Luís Souto Miranda acusou Alberto Souto de procurar ganhos políticos com “omissões estratégicas” e de “judicialização da discussão política”. Recorde-se ainda que o comunicado surgiu na sequência de uma providência cautelar ter sido interposta por Alberto Souto para suspender a demolição do antigo edifício da CERCIAV. Em publicação feita no Facebook, Alberto Souto afirma que “considerar o procedimento cautelar “falta de elevação e de respeito democrático” diz tudo sobre o respeito e a elevação de quem tal escreveu” e que espera não ter sido o candidato da ‘Aliança’ a escrever o comunicado. O socialista acrescenta que é acusado de faltar à verdade de forma “intelectualmente desonesta” quando diz que o projeto para o espaço do antigo edifício se tratava apenas de uma sala de dança. Souto Miranda aponta que, até ontem, ninguém conhecia o projeto completo e que os aveirenses estavam limitados à informação divulgada por José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro, em Assembleia Municipal, que, diz, “apenas se referiu à sala de dança”. Agora com a nova informação, Alberto Souto reafirma o que já tinha escrito: “É possível, com outro projeto, expandir o Conservatório para os terrenos circundantes e salvar a moradia. Basta querer”. Para além de defender a existência de uma alternativa, o ex-autarca refere ainda que “não está demonstrada” a afirmação de que a casa não tem condições para ser reabilitada. Alberto Souto confessou ainda estar “siderado” com a comparação com as demolições da casa do seu avô homónimo e do Mercado Manuel Firmino, que aconteceram enquanto era presidente da Câmara Municipal de Aveiro. Quanto à casa de Alberto Souto, o socialista refere que, conforme “sabe e dolosamente omite” Luís Souto Miranda, à data da demolição, a casa do avô pertencia ao Estado. Em relação ao Mercado Manuel Firmino, assume a demolição “por razões técnicas” e seguida da construção de um imóvel com a mesma arquitetura e de um parque de estacionamento. Não obstante, o antigo edil considera que os casos não têm comparação e que o que a “Câmara quer fazer agora é, pura e simplesmente, arrasar a casa e a memória do lugar”. Alberto Souto escreve ainda que, pela posição que agora defende, Luís Souto Miranda devia “envergonhar-se” da sua luta pela reabilitação das Igrejas de S. António e S. Francisco. Em jeito de conclusão, o candidato à autarquia de Aveiro afirma que "houve alguém que omitiu factos e fez acusações sem fundamento e não fui eu”. No entender do socialista, a discussão deixou os aveirenses a saber que ele é contra a demolição do edifício e que o candidato da Aliança "a aceita acriticamente”.
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Passadiços do Paiva reabrem parcialmente amanhã após incêndio
Foi na zona de Espiunca, onde se localiza uma das entradas dos Passadiços do Paiva, que o fogo destruiu centenas de metros da estrutura. De acordo com uma nota publicada na rede social Facebook, o troço Areinho-Vau abre já amanhã ao público, bem como a ponte 516 Arouca. Permanece encerrado apenas o troço Vau – Espiunca. Em declarações à Agência Lusa, Margarida Belém, presidente da Câmara Municipal de Arouca, disse que a autarquia vai estudar uma "medida inovadora que permita com mais facilidade aceder a determinados pontos". O objetivo é que se crie um mecanismo que torne mais fácil conter os focos junto aos passadiços. Esta foi a quarta vez que o fogo atingiu os Passadiços do Paiva desde a inauguração, em junho de 2015.
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Reitor da UA acredita que reforma do Ministério da Educação pode ser “oportunidade para melhorar”
O reitor considera que, após décadas de evolução, “falta fazer uma avaliação” do sistema. Sem criticar os anteriores governos, que “fizeram crescer” o aparelho científico nacional, Paulo Jorge Ferreira elogia a medida que, de acordo com Fernando Alexandre, Ministro da Educação, Ciência e Tecnologia, vai permitir ultrapassar uma “uma estrutura anacrónica”. Recorde-se que, conforme noticiado ontem pela Ria, as atuais 18 entidades e 27 dirigentes superiores entre os serviços de ensino não superior e superior, ciência e inovação vão passar a ser apenas 7 entidades e 27 dirigentes superiores. De acordo com a informação prestada pelo governo, os organismos extintos, entre os quais estão a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) ou a Agenda Nacional de Inovação (ANI), vão passar a integrar novas entidades. No entender do reitor, Portugal e a Europa têm tido muita dificuldade em “transformar a investigação em economia, em valor acrescentado”. Desse prisma, acredita que a reorganização pode ser positiva e que o caminho seguido pelo governo é “uma direção válida a explorar”. Paulo Jorge Ferreira acrescenta que a extinção das entidades “não pode” impedir os projetos de investigação em curso, que, acredita, podem até beneficiar desta reforma.