Diogo Soares Machado é o candidato do Chega à CMA e promete auditoria às contas da autarquia
Diogo Soares Machado, 56 anos, empresário e antigo presidente da concelhia e da distrital do CDS-PP em Aveiro, será o cabeça de lista do Chega à Câmara Municipal de Aveiro nas eleições autárquicas de 2025. Em declarações à Ria – Rádio Universitária de Aveiro, o candidato lança duras críticas à gestão de Ribau Esteves, coloca muitas dúvidas sobre a situação financeira do Município e apresenta como bandeira principal a construção de um novo hospital central e universitário nos terrenos do Parque Desportivo de Aveiro.
Isabel Cunha Marques
Jornalista“Os executivos liderados pelo Eng. Ribau Esteves durante 12 anos, na minha opinião, reduziram as possibilidades e as probabilidades de Aveiro se afirmar num contexto nacional como uma capital de distrito pujante, forte e uma cidade de futuro. Basicamente isso. Há, obviamente, fatores e elementos que nós iremos analisar uma vez passadas as eleições e em caso de vitória”, afirma o candidato, que expressa ainda preocupações sobre a saúde financeira da autarquia. “Eu tenho muito receio - e receio fundamentado - de que a situação financeira da Câmara Municipal de Aveiro não seja aquela que o Eng. Ribau Esteves apregoa aos sete ventos. Isto é: há de facto uma opacidade, uma nebulosidade e uma total falta de transparência em tudo o que diz respeito a finanças, estado de solvabilidade da Câmara de Aveiro, dívidas, ajustes diretos, concursos públicos, tudo isso.”
Diogo Soares Machado garante que, se vencer as eleições, o seu primeiro ato será pedir uma auditoria à Inspeção-Geral de Finanças (IGF): “Um dos nossos compromissos é o compromisso com o rigor e as contas certas. E na lógica desse compromisso, posso-lhe dizer que, em caso de vitória e assim que ganharmos, a primeira ação que devemos tomar é solicitar à IGF uma auditoria completa e o mais profunda possível a toda a atividade municipal e às contas da Câmara Municipal de Aveiro.”
O candidato lembra que, em 2023, “Aveiro estava a cerca de 30 milhões de euros de atingir o limite máximo de endividamento permitido por lei, que é de 90 milhões”. E continua: “Imagine que parámos em 2023 e só juntamos o empréstimo que o Sr. Ribau Esteves contraiu agora para a construção do novo pavilhão desportivo municipal – que são 22 milhões de euros. 60 com 22 são 82. Estamos só a 8 milhões de euros de atingir o máximo de endividamento que a lei permite ao Município de Aveiro. Se isto é um Município com as contas certas, vou ali e já venho.”
Critica também o passado da governação socialista: “Já vimos um histórico de presidentes de Câmara que deixaram a Câmara de Aveiro hipotecada a 50 anos. Nomeadamente, o atual candidato do PS, quando foi presidente de Câmara, deixou-nos uma dívida de aproximadamente 250 milhões de euros. E vamos pelo mesmo caminho com o Eng. Ribau Esteves, que anda aí a dizer que com ele pagam os seis dias. Não pagam. Aliás, saiu um artigo bastante curioso no Jornal de Notícias, que diz que, neste momento, de todos os municípios analisados, Aveiro é o sexto com a maior dívida.”
A candidatura será apresentada sob o lema “Compromisso com Aveiro” e, além da promessa de auditoria, apresenta como uma das principais medidas a construção de um novo hospital. “No caso presente, uma das grandes bandeiras da nossa candidatura vai ser a construção de um novo hospital central e universitário, localizado fora de Aveiro, na confluência das grandes autoestradas, nos terrenos do Parque Desportivo de Aveiro. É um projeto que terá cerca de 15 hectares, para ir para a frente e será um projeto extremamente ambicioso. Posso dizer-lhe que só em construção, se calhar, custará menos do que o dito pavilhão desportivo que o Eng. Ribau Esteves acabou de anunciar a quatro meses do final do mandato.”
O hospital será, segundo o candidato, complementar ao atual, que passaria a funcionar como centro de saúde de proximidade. “Será um projeto que levaremos para a frente, em parceria estreita com a Universidade de Aveiro, que durante anos lutou para ter um curso de medicina e finalmente conseguiu. Portanto, também aí estaremos na frente. Queremos recuperar a obrigatória relação de proximidade e parceria estratégica fundamentais entre a Câmara e a Universidade.”
Para viabilizar o projeto, Diogo Soares Machado admite recorrer a financiamento europeu e a parcerias público-privadas. “A construção de um hospital é competência de quem o quiser construir. Até poderia ser uma competência dos privados. O Estado só tem que autorizar e licenciar o aparecimento de um novo hospital. Estes projetos não se fazem apenas com dinheiro dos municipais: fazem-se com recursos a fontes de financiamento europeus, fazem-se com as parcerias públicas ou privadas. Nomeadamente na questão dos terrenos. Os terrenos estão lá, existem. Uma empresa que se chama Parque Desportivo de Aveiro SA, em que a Câmara é sócia, detém cerca de 186 hectares nessa zona, dos quais nós decidimos com um sócio privado a utilização de 15. E, portanto, só aí já, como vê, é uma fatia de orçamento que não sai de custos públicos.”
O candidato assegura que este será um projeto com execução garantida: “Isto é um projeto que, connosco, daqui a quatro anos está no terreno. Isso não tenho dúvida absolutamente nenhuma. Aliás, tenho o compromisso firme, fechado e fiel da direção do partido e dos quatro deputados eleitos por Aveiro, no sentido de que a partir do momento em que formos eleitos, este é o dossiê fundamental.”
Outra das marcas da candidatura será a criação de um “Departamento da Transparência” na estrutura da Câmara Municipal. “A criação, dentro da Câmara Municipal, de um departamento de atendimento ao munícipe, que se irá designar exatamente por Departamento da Transparência, que é, nem mais nem menos, do que pôr ao escrutínio de qualquer dos munícipes de Aveiro, ou de qualquer pessoa que se dirija aos serviços municipais, todos os processos de licenciamento, todos os investimento, o estado das contas municipais, porque, no fundo, uma Câmara Municipal, um Executivo de uma Câmara Municipal, nada mais é do que servidores do público, do povo que os elegeu.”
E reforça: “Se o público os elegeu, tem que ter acesso a toda a atividade que a Câmara a qualquer momento vai fazendo. Essa é uma bandeira nossa. Em nome do rigor e das contas certas, os executivos do Eng. Ribau Esteves, vão ter que passar pela auditoria da IGF, porque se houver contas a prestar e responsabilidades a assumir, vão ter que as prestar e assumir.”
A segurança será outro dos pilares da candidatura. “Queremos avançar até ao final do primeiro ano de mandato, com o sistema de videovigilância e com a instalação de duas novas esquadras de polícia em meio urbano.” O candidato relata mesmo um episódio recente em que foi vítima de furto e teve dificuldades em apresentar queixa. “Roubaram uma matrícula do carro aqui junto à sede do Chega, fui ao antigo Governo Civil para apresentar queixa, mas não se pode apresentar ali, só na esquadra da Griné.”
O plano inclui entre 150 a 200 câmaras de videovigilância espalhadas pelo concelho e duas esquadras localizadas na freguesia da Glória e Vera Cruz: “Uma na parte ‘cagaré’, digamos assim, da freguesia da Glória e Vera Cruz e outra na parte ‘ceboleira’.”
Sobre a hipótese de coligações, Diogo Soares Machado rejeita fazer cenários e garante que o objetivo é vencer. “Estamos no início do processo. Seria precipitado da minha parte estar a analisar cenários de alianças pós-eleitorais. Nós concorremos para ganhar. Ponto final. Os aveirenses vão ter uma palavra a dizer e no final disso analisaremos o cenário. Não estou a colocar nem fora nem dentro. Agora, não quero uma coligação, não quero. Queremos ganhar e queremos governar e mostrar que já chega dos mesmos sempre.”
Por fim, atira uma crítica direta ao que considera uma “chacota nacional”: “Sobretudo quando ainda por cima chegamos ao ridículo ético e moral, digamos assim, de que os mesmos sempre, ou seja, PS e PSD/CDS, têm a ousadia de colocar Aveiro num registro de chacota a nível nacional em que dois irmãos concorrem cada um pelo seu bloco, quase como que garantindo que o poder fica na família ganhe quem ganhar. E isto é uma noção de democracia – apesar de não ser ilegal, nem ilegítimo – que a mim parece bastante distorcida, está a ver.”
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IL defende demolição da antiga sede da CERCIAV
Os responsáveis da Iniciativa Liberal atacam ambos os candidatos e consideram que a polémica “é o reflexo de uma política capturada por disputas familiares”. Recorde-se que os irmãos Alberto e Luís, que se candidatam à Câmara Municipal de Aveiro por PS e por “Aliança Mais Aveiro”, respetivamente, têm discutido ao longo da semana a demolição do antigo edifício da CERCIAV. Depois de José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro, ter anunciado a intervenção em sede de Assembleia Municipal, a providência cautelar interposta por Alberto Souto suspendeu o avanço dos trabalhos. Luís Souto reagiu ontem e defendeu que se deve prosseguir com a demolição, ao passo que Alberto Souto já se mostrou “desiludido” com a postura do oponente. Para a Iniciativa Liberal, a disputa é apenas “um combate entre irmãos, num ringue cujo chão é a cidade e cujos impactos recaem sobre os cidadãos”. Embora considere que a antiga sede da CERCIAV é um edifício “sem capacidade de adaptação às exigências atuais” e que a argumentação do candidato do PS é “frágil, contraditória e demagógica”, a IL deixa também críticas ao representante da coligação “Aliança Mais Aveiro”. No entender do partido, Luís Souto “em vez de apresentar uma visão para Aveiro, limita-se a reagir”. Os liberais defendem a expansão e recuperação do edifício do Conservatório, cujo projeto aprovado inclui, de acordo com a nota enviada, três estúdios de dança, salas de percussão e espaços de estudo. A demolição da antiga sede da CERCIAV foi, no entender da IL, prevista de forma "responsável, com parecer técnico, para dar lugar a um equipamento moderno, acessível e funcional”.
Luís Souto acusa PS de “brincar” com a habitação em apresentação dos candidatos da ‘Aliança’ a Cacia
As críticas surgiram na sequência da proposta apresentada por Alberto Souto, candidato do Partido Socialista à Câmara Municipal de Aveiro, em entrevista dada ao Jornal de Notícias. Recorde-se que, como foi ontem noticiado pela Ria, a ideia seria de subarrendar habitação a preços mais acessíveis do que os praticados pelo mercado até que seja construída mais habitação pública. Luís Souto Miranda considerou a proposta “irresponsável” e disse mesmo que o candidato do PS só a fazia “para ficar bem na fotografia”. No longo prazo, acredita o candidato, a proposta “só iria favorecer a especulação e aumentar os preços, […], mas não iria resolver nada”. Tema de destaque do discurso do candidato à autarquia foi também a polémica demolição da antiga sede da CERCIAV para expansão do Conservatório. Depois de Alberto Souto ter interposto uma providência cautelar que suspendeu a destruição do edifício, o cabeça-de-lista da ‘Aliança’ acusa-o de voltar a colocar “sinais de STOP” aos projetos da autarquia. Luís Souto garante que a coligação “não quer parar nada” e orienta o discurso para Cacia: “Não há sinais STOP connosco aqui em Cacia”. O candidato refere que, em vários aspetos, Cacia pode beneficiar da proximidade da autarquia ao governo. Primeiro na valorização do Baixo Vouga, que diz ser uma arma da freguesia para atrair turismo, e depois na luta pela abolição das portagens na A25, que afetam Cacia. Luís Souto diz contar com o “lobby” do deputado do PSD Firmino Ferreira, que esteve presente na sessão como presidente da Comissão Política Concelhia do PSD Aveiro, e com o apoio de secretários de Estado que “trata quase por tu”. Também Nelson Santos, recandidato à freguesia de Cacia pela coligação “Aliança Mais Aveiro”, sublinhou a questão das portagens. O autarca refere que Cacia é “a freguesia mais castigada pelos pórticos” e considera que, sem eles, desaparece o “caos” na Quintã e no resto da freguesia. A pensar num próximo mandato, o candidato diz que “a parte de pensar já passou, agora é hora de executar". Nesse sentido, promete avançar com o novo acesso a Sarrazola, bem como com a requalificação da antiga sede de junta, e de uma série de ruas da freguesia. Entre outras propostas, assumiu ainda a vontade de expandir o Parque de São Bartolomeu, onde a sessão se realizou. Nelson Santos falou ainda sobre a vontade de dar seguimento ao processo de renovação das piscinas e do mercado. O candidato disse que “ouviu dizer que há uma lista” que quer mudar as piscinas e que “não sabe o que quer fazer”. A resposta é dirigida a Alberto Souto, que incluiu a questão na sua “Rota das Oportunidades”, rubrica que mantém nas redes sociais sobre impasses do concelho, a defender uma otimização das piscinas para que sejam usadas para além dos meses da época balnear.
Cantor Rui Oliveira é o mandatário da candidatura do Bloco de Esquerda a Aveiro
O representante de 47 anos é, de acordo com a nota do partido, licenciado em Filosofia, utilizador diário de bicicleta e dedica-se à agricultura biológica de subsistência. Recorde-se que o candidato bloquista à Câmara Municipal de Aveiro é João Moniz e que Ana Catarina Alves é a candidata à Assembleia Municipal de Aveiro.
Demolição de antigo edifício da CERCIAV: “Aceitação acrítica” de Luís Souto “desilude” Alberto Souto
O candidato do PS considera que o comunicado divulgado ontem pelo adversário nas eleições autárquicas é “muito desagradável, está repleto de inverdades e considerações deslustrosas”. Recorde-se que nesse documento, Luís Souto Miranda acusou Alberto Souto de procurar ganhos políticos com “omissões estratégicas” e de “judicialização da discussão política”. Recorde-se ainda que o comunicado surgiu na sequência de uma providência cautelar ter sido interposta por Alberto Souto para suspender a demolição do antigo edifício da CERCIAV. Em publicação feita no Facebook, Alberto Souto afirma que “considerar o procedimento cautelar “falta de elevação e de respeito democrático” diz tudo sobre o respeito e a elevação de quem tal escreveu” e que espera não ter sido o candidato da ‘Aliança’ a escrever o comunicado. O socialista acrescenta que é acusado de faltar à verdade de forma “intelectualmente desonesta” quando diz que o projeto para o espaço do antigo edifício se tratava apenas de uma sala de dança. Souto Miranda aponta que, até ontem, ninguém conhecia o projeto completo e que os aveirenses estavam limitados à informação divulgada por José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro, em Assembleia Municipal, que, diz, “apenas se referiu à sala de dança”. Agora com a nova informação, Alberto Souto reafirma o que já tinha escrito: “É possível, com outro projeto, expandir o Conservatório para os terrenos circundantes e salvar a moradia. Basta querer”. Para além de defender a existência de uma alternativa, o ex-autarca refere ainda que “não está demonstrada” a afirmação de que a casa não tem condições para ser reabilitada. Alberto Souto confessou ainda estar “siderado” com a comparação com as demolições da casa do seu avô homónimo e do Mercado Manuel Firmino, que aconteceram enquanto era presidente da Câmara Municipal de Aveiro. Quanto à casa de Alberto Souto, o socialista refere que, conforme “sabe e dolosamente omite” Luís Souto Miranda, à data da demolição, a casa do avô pertencia ao Estado. Em relação ao Mercado Manuel Firmino, assume a demolição “por razões técnicas” e seguida da construção de um imóvel com a mesma arquitetura e de um parque de estacionamento. Não obstante, o antigo edil considera que os casos não têm comparação e que o que a “Câmara quer fazer agora é, pura e simplesmente, arrasar a casa e a memória do lugar”. Alberto Souto escreve ainda que, pela posição que agora defende, Luís Souto Miranda devia “envergonhar-se” da sua luta pela reabilitação das Igrejas de S. António e S. Francisco. Em jeito de conclusão, o candidato à autarquia de Aveiro afirma que "houve alguém que omitiu factos e fez acusações sem fundamento e não fui eu”. No entender do socialista, a discussão deixou os aveirenses a saber que ele é contra a demolição do edifício e que o candidato da Aliança "a aceita acriticamente”.
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Passadiços do Paiva reabrem parcialmente amanhã após incêndio
Foi na zona de Espiunca, onde se localiza uma das entradas dos Passadiços do Paiva, que o fogo destruiu centenas de metros da estrutura. De acordo com uma nota publicada na rede social Facebook, o troço Areinho-Vau abre já amanhã ao público, bem como a ponte 516 Arouca. Permanece encerrado apenas o troço Vau – Espiunca. Em declarações à Agência Lusa, Margarida Belém, presidente da Câmara Municipal de Arouca, disse que a autarquia vai estudar uma "medida inovadora que permita com mais facilidade aceder a determinados pontos". O objetivo é que se crie um mecanismo que torne mais fácil conter os focos junto aos passadiços. Esta foi a quarta vez que o fogo atingiu os Passadiços do Paiva desde a inauguração, em junho de 2015.
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Reitor da UA acredita que reforma do Ministério da Educação pode ser “oportunidade para melhorar”
O reitor considera que, após décadas de evolução, “falta fazer uma avaliação” do sistema. Sem criticar os anteriores governos, que “fizeram crescer” o aparelho científico nacional, Paulo Jorge Ferreira elogia a medida que, de acordo com Fernando Alexandre, Ministro da Educação, Ciência e Tecnologia, vai permitir ultrapassar uma “uma estrutura anacrónica”. Recorde-se que, conforme noticiado ontem pela Ria, as atuais 18 entidades e 27 dirigentes superiores entre os serviços de ensino não superior e superior, ciência e inovação vão passar a ser apenas 7 entidades e 27 dirigentes superiores. De acordo com a informação prestada pelo governo, os organismos extintos, entre os quais estão a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) ou a Agenda Nacional de Inovação (ANI), vão passar a integrar novas entidades. No entender do reitor, Portugal e a Europa têm tido muita dificuldade em “transformar a investigação em economia, em valor acrescentado”. Desse prisma, acredita que a reorganização pode ser positiva e que o caminho seguido pelo governo é “uma direção válida a explorar”. Paulo Jorge Ferreira acrescenta que a extinção das entidades “não pode” impedir os projetos de investigação em curso, que, acredita, podem até beneficiar desta reforma.