BE rejeita a possibilidade de ainda estar a negociar uma coligação à esquerda em Aveiro
A concelhia do Bloco de Esquerda reagiu na passada quarta-feira a uma notícia publicada pelo Diário de Notícias que mencionava um “acordo próximo” entre o partido e o Livre para a Câmara Municipal de Aveiro. O BE “lamenta o fechamento e sectarismo” dos outros partidos à esquerda e garante que tentou formar “uma coligação progressista” que não teve recetividade.
Redação
O Bloco diz mesmo que, entre setembro de 2024 e abril de 2025, “tomou todas as iniciativas para a construção de uma coligação de esquerda progressista, alternativa ao centrão”. Segundo o comunicado divulgado nas redes sociais, a ideia foi lançada pelo BE, que convidou o Livre, o PCP e o PAN, mas todos rejeitaram a possibilidade.
Os bloquistas escrevem que, depois da primeira procura, o contacto inicial entre BE e Livre aconteceu a 25 de setembro de 2024 e traduziu-se em duas reuniões que aconteceram entre outubro e dezembro. Seguiu-se um período de “vários meses” em que o BE afirma não ter conseguido chegar à fala com o Livre que terminou com novo encontro entre os responsáveis dos partidos a 24 de março. A 2 de abril também o PAN se juntou à reunião, mas foi aí que o Livre comunicou a intenção de concorrer de forma isolada. Lembre-se que o candidato do Livre à Câmara Municipal de Aveiro é Bruno Santos Fonseca.
Durante o comunicado há ainda espaço para que o Bloco de Esquerda critique o Partido Socialista por, na voz de Paula Urbano Tavares, presidente da concelhia do partido, em entrevista à Ria, ter rejeitado fazer coligações à esquerda nestas eleições autárquicas. Os responsáveis do BE dizem que a decisão “não surpreende” e apontam a um “histórico de apoio à política do atual executivo PSD/CDS de venda de terrenos públicos para habitação de luxo privada”.
Ainda com o dedo apontado, os bloquistas “lamentam o fechamento e sectarismo” do Livre, PCP e PAN e concluem que acabaram também por decidir avançar com uma candidatura própria para o município de Aveiro.
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Cais do Paraíso: BE e IL manifestam-se contra o Plano de Pormenor
Através de uma nota de imprensa enviada à Ria, a Iniciativa Liberal foi a primeira a manifestar-se. Para além de defender a revogação do Plano de Pormenor do Cais do Paraíso, o partido pede ainda a revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) “de forma integrada” para articular o Cais do Paraíso com a antiga Lota. Recorde-se que o Plano de Pormenor do Cais do Paraíso foi aprovado na reunião de executivo camarário do passado dia 24 de julho, apesar das críticas dos vereadores do Partido Socialista, e que a IL já tinha proposto um novo modelo para a antiga Lota. Os liberais escrevem que a proposta de plano que está neste momento em consulta e discussão pública “ultrapassa o limite de altura fixado pelo PDM e altera a morfologia urbana junto à ria”. O partido entende que a reunião de Câmara do próximo dia 27 é “uma oportunidade para corrigir o rumo e envolver a população” no processo de decisão. Nas palavras de Miguel Gomes, candidato da IL à Câmara Municipal de Aveiro, “a proximidade e a ligação direta destes dois terrenos [Cais do Paraíso e antiga Lota] à Ria exigem mais do que decisões avulsas: exigem uma visão única, que valorize o património natural e cultural, potencie o turismo sustentável e assegure que as regras são claras e iguais para todos, não alteradas ao sabor do projeto ou investidor do momento”. No mesmo sentido, João Moniz contesta “mais uma operação de mercantilização do território”. O candidato do Bloco de Esquerda acusa o atual executivo de “preparar o território ribeirinho da nossa cidade para a especulação imobiliária” ao longo do último mandato, dando os exemplos da intervenção na zona da dita Rua do Sal, os planos futuros para a lota ou a “intervenção urbanística no final do canal de S. Roque para o empreendimento privado Foz de Prata”. Tal como para a Iniciativa Liberal, para o Bloco de Esquerda o debate deve ir para além do hotel que agora se pretende edificar e, diz João Moniz, “tem de ser alargado a toda esta frente ribeirinha e à relação da cidade com a Ria”. Assim como os liberais defendem “uma estratégia única” para a antiga Lota e para o Cais do Paraíso que passe pela criação de um novo centro de vida urbana com amplos espaços verdes, o Bloco pede um novo parque público, como o que diz que devia ser projetado para a antiga Lota, “que articule essa relação com a Ria com a praça do Alboi, os Parque da Baixa de Santo António e Infante Dom Pedro”. Na publicação feita no Facebook, João Moniz deixa o desafio aos restantes candidatos à Câmara Municipal de Aveiro para que se juntem a ele e “assumam publicamente o compromisso com esta proposta de parque público”. A Iniciativa Liberal critica ainda o facto de o Plano de Pormenor estar a ser discutido durante o mês de agosto, um período em que muitos dos aveirenses estão de férias. No comunicado, consideram que a decisão “limita a participação informada da população e fragiliza o debate”.
Candidatura do PS entrega hoje as listas de candidatos no Tribunal de Aveiro
A candidatura do PS, que se assume com o mote “Um Futuro com Todos”, é a segunda a entregar listas de candidatos para todos os órgãos autárquicos do município de Aveiro. Recorde-se que o Bloco de Esquerda já entregou as listas no Tribunal de Aveiro na passada semana. O Partido Socialista apresenta-se com Alberto Souto como cabeça-de-lista na luta pela presidência da Câmara Municipal de Aveiro e com Cláudia Cruz Santos como cabeça-de-lista para a Assembleia Municipal. Num momento em que a todas as Juntas de Freguesia de Aveiro são presididas por eleitos da "Aliança", o PS apresenta-se também na luta por todas as autarquias.
Miguel Capão Filipe é o candidato da “Aliança” para a Assembleia Municipal de Aveiro
O candidato, que já presidiu ao órgão autárquico entre 2009 e 2013, apresentou-se como “o segredo mais mal guardado da política aveirense”. Durante o discurso feito na viagem que arrancou junto ao Antigo Edifício da Capitania do Porto de Aveiro, o atual vereador na Câmara Municipal de Aveiro, indicado pelo CDS-PP, recordou “ter provas dadas” e comprometeu-se a “honrar o Parlamento de Aveiro”. Capão Filipe elogiou o que foi feito pelos últimos executivos da Câmara Municipal de Aveiro e disse que o município se encontra “excecionalmente bem” e “leva o país às costas”. Nesta conjuntura, diz ser importante “não desperdiçar oportunidades” e rejeita “aventureirismos e sobrancerias”. De acordo com Luís Souto Miranda, candidato da “Aliança” à Câmara Municipal de Aveiro, a candidatura de Miguel Capão Filipe foi o que facilitou o entendimento do PSD com o CDS-PP na candidatura aos órgãos autárquicos de Aveiro. O principal representante da coligação afirma que foi “muito fácil” para os sociais-democratas “darem” a presidência Assembleia Municipal ao CDS-PP devido à postura do agora candidato ao órgão, “que encarna um conceito que está um bocadinho fora de moda, que é o aveirismo”. Nesse sentido, Souto Miranda considera que Capão Filipe foi sempre uma “escolha certa”.
“Aliança” promete baixar impostos aos aveirenses “sem voltar aos tempos de pesadelo das dívidas”
O candidato da “Aliança Mais Aveiro” sublinha que a coligação “quer dar um sinal claro” de respeito pelo dinheiro dos contribuintes e de incentivo ao investimento no concelho. Para o poder fazer, Luís Souto Miranda nota que é preciso ser “rigoroso” na gestão das contas públicas e reitera que “a autarquia não voltará aos tempos de pesadelo das dívidas sem controlo e das faturas que ficam por pagar”. Recorde-se que o candidato da “Aliança Mais Aveiro” tem várias vezes criticado Alberto Souto, cabeça-de-lista do PS, por ter deixado uma “câmara endividada” quando governou o município de Aveiro, entre 1998 e 2005. No decorrer da apresentação dos candidatos à Junta de Freguesia de Eixo e Eirol, Luís Souto Miranda apresentou, como tem sido hábito, propostas para a freguesia. Para Eixo, o candidato comprometeu-se com a reformulação do recinto da Feira de Eixo e com a criação de um novo parque. Para Eirol, garantiu a continuação do apoio para as obras do Centro Social de Santa Cecília e a aposta no novo acesso ao centro a partir da Rua da Residência, bem como na requalificação do parque de merendas e no encerramento do aterro. Até que o aterro seja definitivamente fechado, Luís Souto Miranda disse que é necessário avançar com medidas de mitigação dos impactos, “nomeadamente com a construção da via paralela à A1”. Foram também assumidas como prioridades a fiscalização do eixo Aveiro – Águeda “para que não haja retrocessos” e o desenvolvimento e expansão da área de localização empresarial Aveiro Centro – Zona Industrial de Eixo / Oliveirinha. O representante assumiu ainda querer avançar com o novo arruamento de ligação da Rua Professor Celos Santo à Fernando Pessoa e com a criação de um espaço para assumir o papel de centro cultural, em Azurva, e com a edificação de um estacionamento para o apeadeiro e com uma nova ligação viária da Capela a esse estacionamento, na Horta. A seguir a Luís Souto Miranda falou Sara Rocha, que se recandidata à Junta de Freguesia de Eixo e Eirol. A juntar às promessas já elencadas pelo candidato à presidência da Câmara Municipal de Aveiro, Sara Rocha disse ainda querer continuar a levar a cultura a toda a freguesia e a investir no Parque das Pedreiras, em Carcavelos, criar a “Rota do Património”, manter e ir mais além nas atividades dirigidas à comunidade sénior, criar o “Espaço Cidadão” na Junta de Freguesia, um polo de atendimento em Eirol e Azurva, um parque canino em Azurva, um parque infantil na zona do Rego / Vila Verde, em Eixo, e requalificar o Parque Desportivo Cónegos Póvoa dos Reis, em Eirol.
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A candidatura do PS, que se assume com o mote “Um Futuro com Todos”, é a segunda a entregar listas de candidatos para todos os órgãos autárquicos do município de Aveiro. Recorde-se que o Bloco de Esquerda já entregou as listas no Tribunal de Aveiro na passada semana. O Partido Socialista apresenta-se com Alberto Souto como cabeça-de-lista na luta pela presidência da Câmara Municipal de Aveiro e com Cláudia Cruz Santos como cabeça-de-lista para a Assembleia Municipal. Num momento em que a todas as Juntas de Freguesia de Aveiro são presididas por eleitos da "Aliança", o PS apresenta-se também na luta por todas as autarquias.
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O candidato, que já presidiu ao órgão autárquico entre 2009 e 2013, apresentou-se como “o segredo mais mal guardado da política aveirense”. Durante o discurso feito na viagem que arrancou junto ao Antigo Edifício da Capitania do Porto de Aveiro, o atual vereador na Câmara Municipal de Aveiro, indicado pelo CDS-PP, recordou “ter provas dadas” e comprometeu-se a “honrar o Parlamento de Aveiro”. Capão Filipe elogiou o que foi feito pelos últimos executivos da Câmara Municipal de Aveiro e disse que o município se encontra “excecionalmente bem” e “leva o país às costas”. Nesta conjuntura, diz ser importante “não desperdiçar oportunidades” e rejeita “aventureirismos e sobrancerias”. De acordo com Luís Souto Miranda, candidato da “Aliança” à Câmara Municipal de Aveiro, a candidatura de Miguel Capão Filipe foi o que facilitou o entendimento do PSD com o CDS-PP na candidatura aos órgãos autárquicos de Aveiro. O principal representante da coligação afirma que foi “muito fácil” para os sociais-democratas “darem” a presidência Assembleia Municipal ao CDS-PP devido à postura do agora candidato ao órgão, “que encarna um conceito que está um bocadinho fora de moda, que é o aveirismo”. Nesse sentido, Souto Miranda considera que Capão Filipe foi sempre uma “escolha certa”.
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