RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Câmara de Aveiro lança concurso de 423 mil euros para requalificar Centro Cultural

A Câmara de Aveiro aprovou hoje, em reunião privada do executivo, a abertura de um concurso público para a reabilitação do Centro Cultural da Taipa, com um valor base de cerca de 420 mil euros, informou a autarquia.

Câmara de Aveiro lança concurso de 423 mil euros para requalificar Centro Cultural
Redação

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24 jul 2025, 17:26

Segundo uma nota camarária, a empreitada de reabilitação do Edifício Centro Cultural da Taipa, tem um valor base de 423.519,05 euros e um prazo de execução de 180 dias. A autarquia justifica esta intervenção com a necessidade de corrigir patologias identificadas no edifício, melhorando as condições de segurança, conforto e funcionalidade para os utilizadores deste equipamento cultural.

“Reconhecendo a relevância deste espaço para a dinâmica social e artística local, a Câmara avança agora com a requalificação do edifício, com o objetivo de o dotar de condições adequadas para acolher ensaios, apresentações e processos de criação artística, ao serviço da comunidade e do reforço da oferta cultural do município”, refere a mesma nota.

A autarquia assumiu em maio a gestão do Centro Cultural da Taipa, destinado ao desenvolvimento de atividades culturais, na sequência de um contrato de comodato celebrado com a Junta da União de Freguesias de Requeixo, Nossa Senhora de Fátima e Nariz.

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Atual presidente da Junta, Catarina Barreto concorre assim a um terceiro e último mandato, conforme previsto pela legislação em vigor. Durante a apresentação, Luís Souto de Miranda, candidato da coligação à Câmara Municipal de Aveiro, enalteceu a recandidata, classificando-a como “uma das autarcas com mais experiência política e de gestão ao nível das freguesias”. Destacou ainda o papel “relevante” que Catarina Barreto tem desempenhado na Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE). Comparando Catarina Barreto a Luís Montenegro, primeiro-ministro, Luís Souto de Miranda defendeu que “aqui em Aradas, à imagem do nosso primeiro-ministro, só precisamos mesmo que deixem a Catarina trabalhar”. “Precisamos mesmo que a deixem fazer o que interessa às pessoas do Bom Sucesso, de Verdemilho, da Quinta do Picado e de Aradas. E o que é que interessa mesmo a estas pessoas? Interessa que resolvam os seus problemas, que melhorem a qualidade das suas vidas”, respondeu. No seguimento, partilhou que a candidatura estará assente em dois eixos: “continuidade e inovação”. “Continuidade porque a nossa candidatura não quer ruturas com a atual governação. Nem isso faria sentido sendo eu próprio um membro da atual maioria, tal como é também a presidente Catarina Barreto”, sublinhou. “Vamos avançar e dar seguimento aos bons projetos para Aradas e para Aveiro”, continuou. A apresentação da candidatura decorreu na Casa de Música, atual sede da Orquestra Filarmonia das Beiras — um detalhe que o candidato fez questão de destacar como exemplo do investimento cultural no concelho. “Isso é muito positivo”, afirmou, recordando que a requalificação do espaço representou um investimento de cerca de “um milhão de euros” por parte da Câmara Municipal de Aveiro. “Esta obra (…) requalificou por completo aquilo que vocês conheceram e bem, o antigo Centro Cívico”, lembrou. Luís Souto de Miranda sublinhou ainda que, no futuro, este centro será um “projeto muito mais ambicioso com um valor estimado de 16 milhões de euros de investimento” que resultará na criação do “Quarteirão das Artes e da Cultura de Aveiro”. Em resposta a possíveis críticas sobre a origem da iniciativa, o candidato foi direto: “Alguns poderão dizer: ‘Ah, mas isso foi ideia do Ribau Esteves’. Eu não tenho problema nenhum com isso. Não tenho vaidade pessoal. Se as ideias são boas, se estão bem preparadas e têm justificação, eu quero avançar com elas”. Recorde-se que, também esta quinta-feira, Alberto Souto de Miranda, candidato do Partido Socialista (PS) à Câmara de Aveiro, dirigiu críticas à ‘Aliança’, referindo que as “ideias boas não são suas e as suas ou são muito vagas ou são mesmo péssimas”. Sobre o investimento no Quarteirão das Artes, Luís Souto de Miranda adiantou ainda que o projeto será concretizado “por fases”, começando pelo “Complexo da Memória e Identidade”, que acolherá os arquivos municipais. “Na verdade, Aradas (…) vai ser a capital cultural do município”, constou. Esta aposta, defendeu, está em linha com um dos eixos estratégicos da sua candidatura: reforçar a coesão territorial no município. “Temos de trabalhar, estender o progresso, o desenvolvimento, a cultura, a educação, a recriação a todas as freguesias, a todos os lugares do nosso município”, desejou. Referindo-se ao equipamento cultural, Luís Souto de Miranda frisou que o projeto ocupará toda a área da antiga Quinta do Forte, que muitos conheceram mais tarde como colégio. “É preciso lembrar que esta vasta área esteve, décadas, parada, sem qualquer solução à vista”, expôs. No seguimento da sua intervenção, e alinhado com o tom crítico que tem sido habitual nas suas apresentações, o candidato da ‘Aliança’ teceu críticas ao PS: “Foi graças ao atual presidente, Ribau Esteves, que, contra muitas forças de resistência — e, calma lá, o PS aqui também teve a sua cota-parte de responsabilidade — este projeto avançou. Eles não gostam de ouvir isto, mas a gente tem de lembrar: foi devido à sua determinação e ao seu labor que Aveiro e Aradas ganharam esta extraordinária oportunidade onde hoje nos encontramos”. Prosseguindo com os projetos que pretende implementar em Aradas, Luís Souto destacou a requalificação da zona do Carocho “em diálogo com a Associação dos Amigos do Carocho (ADAC)”. “Este é um assunto (…) que já leva demasiado tempo. (…) Acreditem que o Carocho vai estar nas nossas prioridades mal cheguemos à Câmara Municipal”, prometeu. Abordou ainda a questão da habitação, que considerou uma “área fundamental”, como já havia salientado em anteriores apresentações. “Significativamente também é aqui em Aradas que temos assistido a um grande crescimento, quer em população, quer no seu parque habitacional”, afirmou, recordando que é naquela freguesia que está em curso o “primeiro projeto de habitação a custos controlados (…) na urbanização da Quinta da Pinheira, onde estão previstos 320 fogos”. Com o aumento da população residente, o candidato reforçou a necessidade de melhorar “muito as acessibilidades”. Como exemplo, apontou a intervenção na Avenida Europa. “Aradas merece que a Avenida Europa seja requalificada na sua extensão que atravessa esta freguesia, como foi noutras zonas da mesma avenida, chamada antigamente 109. É preciso colocar passeios”, reconheceu, acrescentando que é também fundamental incluir Aradas na “rota das vias cicláveis” do município. Luís Souto de Miranda falou ainda sobre o projeto da “Via Panorâmica”, que considera “uma nova realidade” para a região, e que atravessará parte da freguesia. “Da Rua da Pega em Aveiro, ligando a Ílhavo, e marginando, na medida do possível, porque há aqui uma entidade muito importante que condiciona tudo isto, que é a Agência Portuguesa do Ambiente (APA). (…)  Essa Via Panorâmica irá marginar a Ria e vai ter um grande impacto nesta freguesia”, explicou. O candidato acrescentou que pretendem também intervir na zona da Malhada do Eirô, “tornando aquele espaço para fruição pública e respeitando os valores ambientais”. Falando ainda sobre a antiga Igreja Matriz de Aradas, que “se encontrava bem junto à Ria, virada para o Esteiro de São Pedro”, Luís Souto de Miranda partilhou a vontade de “nos voltarmos para esse belo pedaço da paisagem de Aradas e de Aveiro”, apelando à colaboração da Universidade de Aveiro (UA), com quem pretende estabelecer uma “relação de excelência”. “Ali podemos vir a criar um grande parque ecológico do Esteiro de São Pedro de Aradas”, sintetizou, avançando também que o Largo da Quinta do Picado será requalificado. O candidato da ‘Aliança’ adiantou ainda que haverá uma forte aposta na melhoria da rede viária da freguesia. Sublinhou, igualmente, a importância de estabelecer uma “parceria ativa” com os clubes e associações locais, apontando como exemplo o Futebol Clube Bom Sucesso. “Somos sensíveis às suas dificuldades, como somos sensíveis e vamos trabalhar com as outras associações desportivas e culturais de Aradas”, vincou. Por fim, revelou que o programa completo da candidatura será apresentado “em setembro”. Na sua intervenção, Catarina Barreto fez um extenso balanço do trabalho desenvolvido na freguesia desde 2017, destacando os investimentos realizados, as promessas cumpridas e os projetos em curso. Começou por sublinhar que, desde que assumiu funções, a Junta de Freguesia de Aradas requalificou mais de “40 ruas”, além de ter reabilitado e ampliado o “Centro Escolar de Verdemilho e a Escola Básica do Bom Sucesso”. Recordou ainda a criação do projeto Aradas+, que envolve diariamente “mais de uma centena de pessoas”, a dinamização do Festival Aradas+, que, na sua última edição, contou com “mais de 1500 participantes” e da semana Aradas+ que também bateu recordes, ultrapassando os “3000 participantes”. Entre os vários projetos sociais, destacou o programa Cuidar pelo Amor, desenvolvido em parceria com o Estabelecimento Prisional de Aveiro, para promover a reintegração de reclusos. Sublinhou igualmente o papel de Aradas como parceira ativa da Liga Portuguesa Contra o Cancro do Núcleo Centro, através do projeto Outubro Rosa, e das colaborações com o Hospital Pediátrico de Coimbra, a Cruz Vermelha de Aveiro, o Instituto Português do Sangue e a Associação Calioásis. Na habitação, destacou a implementação do projeto de habitação a custos controlados na Quinta da Pinheira, tal como Luís Souto, que disponibiliza “320 apartamentos” — estando “170” já quase concluídos —, classificando-o como “pioneiro” nos últimos dez anos. “Mais uma vez cumprimos”, garantiu. Catarina Barreto fez ainda referência à integração de Aradas, pela primeira vez, nos órgãos da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE), à captação de investimento público e privado e à participação no projeto europeu DUT – V2G – Quests (Veículos para Rede para Transições equitativas de emissão zero em distritos de energia positiva), em consórcio com a UA. Na vertente económica, apontou o crescimento das zonas comerciais e a criação de “mais de mil postos de trabalho diretos”. Já ao nível da limpeza urbana, referiu a reorganização dos serviços e parcerias com o Instituto de Emprego, a Cooperativa para a Educação, Reabilitação, Capacitação e Inclusão (CERCI) e o Centro de Ação Social do Concelho de Ílhavo (CASCI), para garantir maior eficiência na manutenção dos espaços públicos. “Libertamos o cemitério da freguesia de Aradas do antigo estaleiro da Junta, que de forma muito pouco digna e insalubre acolhia os nossos funcionários”, avançou. A reabilitação da Unidade de Saúde de Aradas, encerrada em 2017 por falta de condições, foi apontada como uma das primeiras obras executadas. Destacou também o apoio contínuo ao movimento associativo, desde a atribuição de sedes a coletividades como os “Tainas”, a “Associação de Xadrez Distrital” ou o “Grupo Poético de Aveiro”, até ao apoio logístico e financeiro para a aquisição de instrumentos, equipamentos e melhoria de infraestruturas. Referiu a criação de equipamentos como o “Parque Intergeracional da Quinta do Canha”, o Parque de Merendas e a requalificação de parques infantis, aumentando de “um” para vários os espaços de lazer disponíveis. Sublinhou também a criação do “Espaço Cidadão” e da “nova identidade corporativa” da Junta. Mencionou ainda a profunda reabilitação do antigo edifício degradado que hoje acolhe a Casa de Música de Aradas, infraestrutura que passou a albergar a Orquestra das Beiras, os Serviços de Cultura da Câmara Municipal de Aveiro e uma filial da Biblioteca Municipal. “Prometemos, cumprimos”, repetiu diversas vezes. Sobre o futuro, Catarina Barreto assumiu novos compromissos: a reabilitação do Largo da Capela da Quinta do Picado, a criação de acessos pedonais seguros na Avenida Europa, a melhoria do parque escolar, a reabilitação da rede viária e a criação de zonas cicláveis e espaços de lazer. Sublinhou também a necessidade urgente de intervenção nas piscinas do Carocho e no complexo do Futebol Clube Bom Sucesso. Assumiu, ainda, o compromisso de reabilitar áreas naturais como a Malhada do Eirô, o Esteiro e São Pedro, com respeito pela biodiversidade, e defendeu a revisão da Carta Educativa. Reafirmou a necessidade da execução da via panorâmica e da transformação do Quarteirão das Artes e Cultura num “importante e inovador polo de cultura”. “Comparemos a Aradas de 2017 com a Aradas de hoje. (…) A obra fala por nós e está à vista de todos”, apelou. No final, Catarina Barreto declarou ainda que “apresentamo-nos hoje, com a maturidade de quem sabe o que fazer e como fazer, e com a certeza da obra feita e a motivação de quem nunca vira a cara a uma boa luta, a quem o trabalho não assusta”. “Antes, pelo contrário, dignifica”, respondeu. E concluiu: “A paixão de quem ama a sua freguesia e a sua cidade, que escolheu e vai continuar a escolher do serviço público uma realização pessoal e também uma obrigação cívica”.

Aveiro: Plano de Pormenor do Cais do Paraíso entra em discussão pública
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Segundo uma nota camarária, o plano visa a reconversão de um vazio urbano de importância estratégica localizado numa das principais portas de entrada da cidade, promovendo a qualificação e a integração harmoniosa entre o tecido urbano e os canais da Ria de Aveiro. Após o período de participação pública, o documento segue para nova apreciação pelo executivo municipal e para deliberação da Assembleia Municipal de Aveiro. Recorde-se que na reunião camarária do dia 24 de junho, o Executivo aprovou a proposta do Plano de Pormenor do Cais do Paraíso, que contempla a construção de uma unidade hoteleira de 12 andares. Aprovado foi também o Relatório de Fundamentação que justifica a não sujeição do plano a Avaliação Ambiental Estratégica, em conformidade com a legislação em vigor. Apesar da aprovação, o plano de pormenor contou com os votos contra dos dois vereadores do Partido Socialista (PS) e com a abstenção do vereador Rui Soares Carneiro. O tema voltou à agenda política no dia 3 de julho, com o BE a emitir um comunicado onde reforça a sua oposição ao projeto. 

Câmara de Aveiro abre concurso para reabilitar vários arruamentos por 1,7 milhões de euros
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Segundo uma nota camarária, o executivo municipal deliberou aprovar a abertura do concurso público para a empreitada de reabilitação das ligações Azurva – Esgueira e Alagoas – Santa Joana – Área 3. A obra tem um valor base de 1,696 milhões de euros e um prazo de execução de um ano. A empreitada prevê a renovação integral do pavimento, da sinalização e das zonas pedonais, assegurando melhores condições de circulação para condutores e peões, bem como maior conforto e funcionalidade urbana para a população servida pelas ligações entre Esgueira, Azurva, Alagoas e Santa Joana, com novas áreas e estacionamento automóvel e redes de águas pluviais.

Ângelo Costa é o candidato do BE à Junta de Freguesia de Requeixo, Nossa Senhora de Fátima e Nariz
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Segundo uma nota enviada às redações, o BE descreve-o como “uma das vozes mais fortes na freguesia, tendo organizado várias lutas populares por uma vida coletiva melhor na sua comunidade”. Entre os exemplos, aponta: “A luta por mais e melhores transportes públicos”; “a manifestação pela segurança rodoviária na freguesia” e a organização de “protestos contra a redução do horário do centro de saúde de Nossa Senhora de Fátima”. Ângelo Costa apresenta-se agora pela segunda vez à Assembleia de Freguesia, com um programa “em torno da mobilidade, transportes públicos e serviços públicos”. “Agora com preocupações ainda mais reforçadas pelo crescente preço da habitação que dificulta a vida de quem vive na freguesia e em particular dos seus filhos e netos”, realça a nota. A proteção contra incêndios e a dinamização da agricultura são outras das prioridades da candidatura. Nas eleições autárquicas de 2021, a coligação ‘Aliança com Aveiro’ (PSD/CDS-PP/PPM) venceu com 60,54% dos votos na freguesia, elegendo sete mandatos contra dois do PS/PAN. O BE obteve 6.06% dos votos.

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Câmara da Murtosa atribui 141 mil euros às coletividades
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Segundo uma nota daquela autarquia do distrito de Aveiro, as verbas foram deliberadas em consonância com as candidaturas apresentadas pelas coletividades às diversas áreas de apoio previstas no PAC, atenta a sua condição de elegibilidade formal e documental para o efeito. "Os valores decididos constituem intenções de atribuição, uma vez que a transferência financeira, da Câmara Municipal para as Associações, carece da justificação, por parte destas, da despesa efetuada, mediante apresentação de documentação comprovativa", refere a mesma nota. O PAC, segundo a câmara, visa fortalecer as parcerias entre a autarquia e as coletividades, através do apoio financeiro a atividades promovidas pelas mesmas, que resultem em ganhos de qualidade de vida para a população murtoseira.

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"Esta nova vaga tem como objetivo apoiar os condutores em zonas onde foram introduzidas recentemente alterações nos limites máximos de velocidade", refere a Ascendi em comunicado. Segundo a concessionária, os utilizadores da Waze que circulem nestas áreas do distrito de Aveiro recebem alertas sobre a existência de alterações nos limites de velocidade, funcionando como um complemento à sinalização rodoviária.

Incêndios: Proteção Civil alerta que queimadas e motorroçadoras estão proibidas
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O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IMPA) informou que mais de 60 concelhos dos distritos de Bragança, Vila Real, Viseu, Guarda, Aveiro, Coimbra, Leiria, Santarém, Castelo Branco, Portalegre e Faro estão hoje em perigo máximo de incêndio rural. Vários outros do interior norte e centro e Algarve estão em perigo muito elevado, enquanto as restantes regiões do continente estão em perigo elevado. O risco de incêndio rural vai aumentar ao longo dos próximos dias, pelo menos até ao final da próxima semana. Em comunicado, a ANEPC lembra que, nestas condições, é proibido fazer queimada extensiva e, quando o risco é muito elevado e máximo, realizar queima de amontoados, usar fogo para a confeção de alimentos em espaços rurais (exceto em áreas autorizadas), fumigar ou desinfestar em apiários (exceto se existirem "dispositivos de retenção de faúlhas") e utilizar motorroçadoras, corta-matos e destroçadores. A Autoridade apela ainda à população que, para mitigar os efeitos do calor, consuma pelo menos 1,5 litros de água por dia (oito copos); aplique protetor solar superior a fator 30, a cada duas horas; use "chapéu e roupas claras, largas e frescas"; e opte por "refeições leves e frescas". A ANEPC pede também "atenção redobrada a pessoas vulneráveis, como doentes crónicos, crianças e idosos". Segundo o IPMA, em alguns locais as temperaturas poderão, nos próximos dias, rondar os 40 graus celsius.

Alunos do ensino recorrente com tratamento diferenciado no acesso às universidades
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Em causa está o facto de estar a ser exigido a estes alunos a realização de três exames nacionais para prosseguir os estudos no ensino superior, contrariamente ao que é exigido a todos os outros alunos que terminaram o ensino secundário em anos letivos anteriores a este (2024/2025). Isabel Pinheiro, diretora do Externato Luís de Camões, em Ovar, no distrito de Aveiro, diz que se trata de um erro no Guia Geral de Exames 2025, que regula todo o processo de realização de exames e acesso ao ensino superior. “Todos os alunos de todas as modalidades do ensino secundário [concluído em anos anteriores] não têm que fazer exames, a não ser as provas de ingresso, com exceção dos científico-humanísticos da modalidade recorrente, porque eles [legisladores] se esqueceram”, afirmou. A diretora admite que esta situação poderá estar a afetar dezenas de alunos em escolas privadas e públicas de todo o país que oferecem a modalidade do ensino recorrente e também estudantes do ensino superior que querem mudar de curso. “Só no externato Luís de Camões existem cerca de 10 alunos nesta situação, incluindo uma aluna que passou para o segundo ano da faculdade que quer mudar de curso dentro da própria faculdade, mas não tem ficha ENES para mudar e já acabou o prazo”, diz a diretora. Segundo a responsável, é o próprio sistema das escolas onde os alunos realizaram os exames que não permite a emissão da ficha de exames nacionais do ensino secundário (ENES), que contém todas as classificações finais do aluno no secundário e as notas obtidas nas provas de ingresso. Isabel Pinheiro realça que para fazer os três exames que estão agora a ser pedidos, estes alunos vão ter de voltar à escola para se prepararem. “Isto não faz sentido nenhum. A lei não tem efeitos retroativos, ou quando tem é para beneficiar as pessoas, não é para as prejudicar”, vincou. A diretora do estabelecimento diz que contactou várias entidades, incluindo o Ministério da Educação e o Júri Nacional de Exames, mas até ao momento não obteve qualquer resposta. Eva Gomes, de Ovar, é mãe de Gonçalo Gomes, um jovem que concluiu o secundário no ensino recorrente em 2023/2024 e entrou na Universidade de Aveiro na licenciatura de Automação e Sistemas de Produção. No entanto, como não era o que queria seguir, não chegou a inscrever-se na Universidade e este ano voltou a tentar candidatar-se ao ensino superior, para entrar em Engenharia Informática. A mãe diz que o filho fez o exame de matemática, que era uma das provas de ingresso exigidas, porque já tinha feito o exame de físico-quimica, mas agora estão a exigir também o exame de português. “Eu questionei pessoas da escola pública, questionei as pessoas do externato onde ele andou, questionei um monte de pessoas (…), não houve ninguém que me dissesse que ele necessitava de fazer português e, portanto, ele não fez português porque ele já tinha terminado o secundário”, disse. Eva Gomes diz que já contactou o Júri Nacional de Exames, mas não obteve qualquer resposta, adiantando que a família pondera seguir a via judicial para recorrer desta decisão. “A nosso ver há aqui duas situações. Uma que é a discriminação destes alunos e o direito tem que ser igual em Portugal para todos os jovens. A segunda é que quando sai um decreto-lei, uma lei, esse decreto-lei entra em vigor a partir da data de publicação. Portanto, se este decreto saiu em 2025 é para quem terminou o secundário em 2025. Uma lei não pode ter retroativos”, disse. A mãe contou ainda que o filho está a acompanhar esta situação, encontrando-se emocionalmente muito abatido. “Ele vê dois anos da vida dele atrás de um sonho, e mais um ano que não se vai tornar realidade por uma injustiça. Está emocionalmente muito abatido, como deve imaginar. Ele e os pais”, desabafou. A Lusa tentou obter esclarecimentos junto do Ministério da Educação e aguarda resposta.