Micaela Araújo é a candidata do BE à Junta de Freguesia de Eixo e Eirol
Micaela Araújo, engenheira na área da eletrónica e telecomunicações, é a candidata do Bloco de Esquerda (BE) à presidência da Junta de Freguesia de Eixo e Eirol nas próximas eleições autárquicas.
Redação
De acordo com uma nota enviada à Ria, esta quarta-feira, 9 de julho, Micaela Araújo tem 24 anos e é mestre em Engenharia Eletrónica e Telecomunicações pela Universidade de Aveiro (UA) desde 2023, trabalhando atualmente na área da eletrónica. É ainda descrita como uma pessoa “ativa na área cultura através da integração da Associação Recreativa Eixense onde toca clarinete desde 2015”.
A candidata, citada na nota, pretende criar “políticas públicas” que garantam a redução do seu custo para as famílias, bem como “retirar o trânsito de atravessamento da freguesia no centro de Eixo”. “A manutenção dos espaços públicos e a realização de atividades comunitárias nos mesmos” é outra das marcas que pretende alcançar. Enquanto “entusiasta da prática desportiva” quer ainda “melhores condições e equipamentos para a sua prática no espaço público na freguesia”.
Recorde-se que nas últimas eleições autárquicas, o BE alcançou nesta freguesia “4.65%” dos votos. A coligação “Aliança com Averio” (PSD/CDS-PP/PPM) acabou por vencer a mesma com “51.55%” dos votos.
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“Palavras Sem Rede” estreia este sábado na VIC Aveiro Arts House
A anfitriã da noite será a escritora Rosa Alice Branco, que convida Jorge Loura, Renato Filipe Cardoso e Sílvio Fernandes para uma sessão que promete ser tudo menos convencional. “Hedonistas gananciosos que somos, escolhemos a guitarra do Jorge Loura para prato principal desta invulgar sessão de tapas. O Sílvio dedilha um fino, o Renato mastiga as palavras que havemos de digerir, o Loura afina as cordas vocais e a Rosa Alice fica com os restos, que nesta mesa não há lugar para desperdício. Entre a conversa a várias vozes e a poesia dita, as tapas são condimentadas com a especiaria do humor. Os montaditos não foram convidados: as tapas sustentam-se no ar do improviso sem rede”, lê-se numa nota de imprensa enviada à Ria. Entre poesia dita, conversa a várias vozes e improviso musical, o humor será o tempero principal. Como escreveu Rui Zink - cuja máxima serve de fio condutor ao evento: “O humor é para mim a maior das poesias, a mais bonita forma de chegar ao outro”. Segundo Zink, o humor tem a capacidade de desarmar as pessoas. Vamos exportar?”. A abertura das portas ocorrerá pelas 21h15, tendo ainda o evento uma contribuição sugerida de cinco euros. Jorge Loura toca guitarra desde 1992. É músico e professor de música e realizou digressões com inúmeros projetos musicais, tendo gravado cerca de 30 discos numa variedade de géneros, desde o rock ao jazz, hip-hop, avant-garde, blues, pop e folk. Por sua vez, Renato Filipe Cardoso foi o finalista do prémio Correntes d’Escritas e convidado de diversos festivais e eventos literários em Portugal e no estrangeiro. O seu percurso inclui o jornalismo na área da música alternativa e independente, a locução comercial, a formação de locutores, a microedição, e a organização de eventos culturais e de atividades para a promoção da leitura e literacia. Sílvio Fernandes trabalha na área da programação, produção e promoção de eventos culturais, pertencendo à organização do Encontro Literário "Correntes d'Escritas".
João Moniz defende que Aveiro deve considerar aplicar taxa municipal turística
Na publicação, João Moniz começa por relembrar que em 2012 o Bloco de Esquerda “foi desfavorável” à medida apresentada pelo então executivo PSD/CDS, liderado por Élio Maia de avançar “com a aplicação de uma taxa municipal turística”. Aponta, no entanto, que “a realidade mudou”. “Em 2012, o turismo não representava o que hoje representa na economia do concelho — tanto para o bem como para o mal”, lê-se na publicação do bloquista que considera ainda que a atividade se massificou e que Aveiro se foi “moldando para a acomodar”. João Moniz apresenta um quadro com “a receita que o Município de Aveiro poderia ter arrecadado entre 2020 e 2024 com a aplicação de uma taxa municipal turística sobre dormidas”, apontando que os cálculos “assumem que todas as dormidas seriam tributadas, sem considerar eventuais isenções, limites máximos ou restrições específicas”. As contas feitas pelo bloquista são feitas tendo por base três modelos diferentes: um modelo simples que cobraria 1 euro por dormida, o modelo Lisboa, que cobraria “seguindo a evolução real da taxa na capital, de 1 € em 2020 até 4 € em 2024” e o modelo Porto, “com uma taxa constante de 2 € por dormida”. Os resultados apresentados apontam para uma receita que varia entre os “1.726.353 €” com a aplicação do modelo simples e os “4.179.012 €” caso fosse adotado o modelo Lisboa. Para Moniz, a “simulação evidencia que a adoção de uma taxa turística, mesmo em valores moderados, poderia representar milhões de euros de receita adicional para o Município”. Essa receita, explica ainda, poderia ser canalizada “para políticas públicas como mobilidade, habitação acessível, ambiente ou cultura”. “Cabe à deliberação democrática escolher o modelo, os valores, e as isenções”, atenta, apontando novamente que “o Bloco de Esquerda tinha razão em 2012, mas novos tempos e circunstâncias exigem respostas diferentes”.
SC Beira-Mar: época 25/26 arranca com 11 novas contratações
É já este sábado, dia 12, que a nova equipa do SC Beira-Mar entra em campo para um jogo de pré-época, à porta fechada, frente ao Naval 1893. Tomás Bozinoski, Pedro Neves, Tiago Melo, Francisco e Diogo Sancho, Abdul, Rodrigo Mathiola e Diogo Silva (Didi) renovaram o compromisso com o Beira-Mar e dão as boas-vindas a Carlos Madureira (ex- CD Trofense), Tomás Sério (AC Viseu), Bruno Cruz (S.Arronches e Benfica), André Alves (ex-Pevidém SC), Sérgio Silva (ex-Gondomar SC), Pietro Romano (ex- CD Alcains), Muslim (GD Resende), Tiago Luís (Guarda FC), João Pedra (FC Porto) e Diogo Pereira (AD Limianos), que envergam pela primeira vez o equipamento amarelo e negro. André Motta volta também ao Beira-Mar, depois de ter passado as duas últimas épocas fora de casa (FC Famalicão em 23/24 e AC Viseu na época passada). Tal como adiantado pela Ria,também Fábio Barros (Fabeta) volta a assumir o comando técnico da equipa aurinegra. À Ria, o técnico frisa que o elevado volume de novas contratações “é um cenário que não é positivo, mas que é real no futebol e que acontece muito todos os anos por muitos clubes”. “Criar sempre rotinas novas todos os anos torna sempre difícil porque o rendimento desportivo também está associado à continuidade, à aquisição e consolidação de processos, e neste momento obriga-nos a trabalhar tudo de novo porque o plantel vai ser novo”, detalha o técnico. O dia de ontem marcou o arranque da época com uma palestra de apresentação e uma primeira sessão de trabalho que contou ainda com três ausências. O dia marcou também o arranque para os atletas das equipas sub-19 e B, que vão ter “a oportunidade (…) para serem integrados, ao longo da pré-época, na equipa principal”, aponta o técnico. Esta primeira sessão, aos olhos de Fábio, contou já com aspetos positivos: “houve comunicação que muitas das vezes é o que mais falha (…) durante o processo de treino, a dar feedbacks positivos, a incentivarem-se uns aos outros. (…) Sentimos a malta preocupada em apoiar-se e em estimular aquilo que é o comportamento técnico ou tático”. Fabeta repara ainda que, apesar do Beira-Mar ter chegado “um bocadinho tarde ao mercado”, houve “um cuidado grande na escolha dos atletas”. “Temos a capacidade de escolher os atletas que são capazes de conseguir impor o ADN [do Beira-Mar] e demonstrar para fora, sabendo que face às contingências financeiras essa capacidade de escolha não é tão abrangente”, exprime. Ainda assim, o técnico está confiante de que o plantel terá capacidades para lutar pela manutenção da equipa no Campeonato de Portugal. Henrique Martins, Rui Pedro Santana e Cilio Souza são os treinadores-adjuntos e Renato Farinhas o responsável pela preparação dos guarda-redes. José Dias tem a seu cargo a preparação física da equipa. A equipa técnica conta ainda com o fisiologista Guy Sauce e com o analista Gabriel Atz. Afonso Batista assume a função da direção clínica, com o apoio dos fisioterapeutas Guilherme Ramos, Pedro Pinho, Tozé Lobos e Tomás Santos. A nutrição é assumida por Ivo Ferreira e Miguel Vinagre é o treinador mental. Armando Rodrigues e António Pires são os técnicos de equipamentos desta época, e Fernando Neto assume a operação logística. Aos jogadores que abandonaram o plantel, o Beira Mar deixou nas redes sociais uma mensagem de agradecimento: “Na época 2024-2025, o SC Beira-Mar orgulha-se de ter contado com um grupo de trabalho que ficará na memória dos Beiramarenses pela forma como defendeu as cores do clube”, lê-se na publicação. “Agradecemos o empenho demonstrado no nosso clube e desejamos os maiores sucessos pessoais e desportivos”, rematam. Os jogos da pré-época disputam-se todas as quartas-feiras e sábados de julho, sendo o arranque já este sábado, dia 12. Os jogos são realizados à porta fechada. Para Fabeta estes jogos são importantes para começar a criar grupo na equipa, dado o número alto de novas contratações. “Precisamos muito desses jogos de treino para começarmos a trabalhar aquilo que é a consolidação da própria estrutura da equipa, dinâmicas e sobretudo a união de tudo, portanto, os jogos de treino visam sobretudo fortalecer aquilo que são as nossas ideias de jogo”, frisa. Apesar da vitória não ser o principal objetivo para estes jogos, Fábio não esconde querer “obviamente trabalhar no processo sobre vitórias”. O Beira-Mar disputa o último jogo da pré-época no dia 2 de agosto e o jogo de apresentação acontece no primeiro domingo do próximo mês, dia 3, pelas 17h. A equipa aurinegra recebe nesse dia o AD Sanjoanense no Estádio Municipal de Aveiro – Mário Duarte.
PAN, Chega e Livre ainda sem nomes para Aveiro nas eleições autárquicas
Em entrevista à Ria, Ana Gonçalves, porta-voz da Comissão Política Distrital de Aveiro do PAN, garantiu que o partido irá avançar com candidatura, mas sublinhou que o processo ainda está em fase de organização “interna”. Questionada sobre um possível atraso para o anúncio do candidato, a porta-voz descartou essa hipótese e afirmou que este é um processo “natural” e que, “em princípio”, o PAN concorrerá sem coligações. Nas últimas autárquicas, em 2021, o PAN apresentou-se coligado com o PS, tendo a coligação “Viva’Aveiro” alcançado “26%” dos votos. Em 2017, quando concorreu sozinho, o partido [PAN] obteve “3,29%”, com o PS a somar “30,97%”. Lembre-se ainda que já, em entrevista à Ria, no âmbito do podcast eleições autárquicas, Paula Urbano Antunes, presidente da concelhia do PS-Aveiro, exprimiu que na sua opinião a coligação [com o PAN] tinha “falhado”. “Falhou o recurso a determinadas pessoas da sociedade civil, que em determinado momento até podem ter tido uma ação que foi importante, em determinado contexto e muito circunscrito, como por exemplo a questão do líder do movimento ‘Juntos pelo Rossio’, mas que em sede de eleições autárquicas acabou por revelar que não foram as decisões ideais para melhorarmos o nosso resultado”, opinou também. Já o Chega confirmou, por escrito, esta segunda-feira, que ainda não escolheu candidato para Aveiro. “Ainda não avançamos”, informou Pedro Alves, presidente da Comissão Política Distrital. Nas eleições autárquicas de 2021, a primeira vez que o partido concorreu, em Aveiro, o Chega alcançou “4,04%” dos votos. No caso do Livre, tal como anteriormente avançado pela Ria, Salomé Gomes, membro do Grupo de Coordenação Local do Livre-Aveiro, garantiu que o partido avançará, pela primeira vez, com uma candidatura por Aveiro às eleições autárquicas. Neste momento e consultando o site do partido, o Livre tem a decorrer uma segunda ronda das primárias. As candidaturas do distrito e do concelho de Aveiro podem ser consultadas aqui. Consultando o calendário para o processo das primárias, as votações da segunda volta decorrem entre esta terça e quarta-feira, 8 e 9 de julho, sendo os resultados provisórios publicados esta sexta-feira, 11 de julho. É expectável que no início da próxima semana, o Livre já tenha candidato anunciado. Recorde-se que, até ao momento, já foram anunciados os seguintes candidatos à Câmara Municipal de Aveiro: Luís Souto de Miranda pela “Aliança Mais Aveiro” (coligação PSD/CDS/PPM); Alberto Souto de Miranda pelo Partido Socialista (PS); Miguel Gomes pela Iniciativa Liberal (IL); Isabel Cristina Tavares pela CDU (coligação PCP/PEV) e João Moniz pelo Bloco de Esquerda (BE). Conforme noticiado pela Ria, as eleições autárquicas vão decorrer no dia 12 de outubro.
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IL apresenta candidatura autárquica em São João da Madeira este domingo
De acordo com uma nota enviada às redações, o evento contará com os discursos dos candidatos e dos cabeças de lista, bem como com a presença de Mário Amorim Lopes, deputado eleito pela IL pelo distrito de Aveiro. No final, haverá ainda um momento de animação com DJ e o contacto dos candidatos com a população sanjoanense.
PS da Murtosa inicia campanha com “Dia Aberto” e encontro com Cooperativa de Carnaval
No que toca ao “Dia Aberto”, segundo uma nota enviada à Ria, o encontro de carácter informal, “reuniu amigos e apoiantes da candidatura, num ambiente de diálogo aberto e escuta ativa, onde foram partilhadas preocupações locais e sugestões para o futuro do concelho”. Durante a sessão, Augusto Leite, fez uma intervenção política, onde sublinhou a importância de “governar com as pessoas e para as pessoas”, reforçando a sua "proximidade com a população e o compromisso com uma política participativa e transparente". No discurso, o candidato lembrou ainda, a importância da Murtosa “ser governada por pessoas da terra, que vivam permanentemente no concelho que pretendem governar, com conhecimento da realidade local”. Para o candidato “só quem está verdadeiramente presente e enraizado na comunidade pode compreender os seus desafios e lutar convictamente por soluções”. Na nota, o PS destaca ainda que o “Dia Aberto” marca o arranque de uma série de iniciativas que irão percorrer “todo o concelho, ouvindo as pessoas e apresentando propostas concretas para o futuro”. A próxima iniciativa está agendada para o dia 24 de julho, pelas 21h00, no auditório da COMUR - Museu Municipal, onde decorrerá a apresentação formal dos “cabeças de lista da candidatura, um evento aberto à comunidade e ao qual estão todos convidados a participar”. No que toca à reunião com a Cooperativa de Carnaval, a concelhia do PS da Murtosa destaca ainda que este teve como objetivo “ouvir as suas preocupações e reforçar o compromisso com aquela que é uma das maiores manifestações culturais e recreativas da Murtosa”. Segundo o partido, a reunião permitiu “aprofundar conhecimento sobre os desafios que os grupos de Carnaval enfrentam, desde a sustentabilidade financeira das suas atividades à necessidade de espaços adequados para albergar as sedes dos grupos, passando pelo reconhecimento institucional do papel cultural e socioeconómico do Carnaval”. Durante o encontro foram ainda abordadas propostas concretas para uma maior valorização do Carnaval, incluindo, “a criação de um programa de apoio contínuo, (…) a disponibilização de infraestruturas logísticas (…) e o reforço da divulgação externa do Carnaval da Murtosa como elemento diferenciador no panorama cultural”. Citado na nota, Augusto Vidal Leite recordou que o Carnaval da Murtosa é “muito mais do que uma festa popular”. “É um traço identitário do concelho, uma manifestação clara do conceito de comunidade, onde os adultos, os professores, as crianças e as famílias se envolvem durante largos meses, no objetivo comum de proporcionar um dia único à população”, vincou.
Investigadores criam pulseira que deteta em segundos “drogas da violação” em bebidas
“Podemos utilizar esta pulseira como um método de proteção e fazer com que um concerto, um festival ou uma discoteca seja um lugar livre de perigo, porque as pessoas se podem proteger com este sistema”, adiantou à Lusa Carlos Lodeiro Espiño, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade NOVA de Lisboa (NOVA FCT). Segundo o coordenador do projeto em Portugal, esta pulseira já é comercializada em Espanha e pode ser adquirida em Portugal na página eletrónica da startup Nanoarts, mas a intenção é que possa também ser disponibilizada através dos próprios organizadores de eventos ou entidades públicas, como câmaras municipais. Na prática, trata-se de um sensor incorporado numa pulseira de papel e que reage diretamente a qualquer bebida que tenha uma das três “drogas da violação”, a GHB, a mais barata e mais fácil de obter, a burundanga, importada da América Latina, e as catinonas, explicou Carlos Lodeiro Espiño. De acordo com o investigador, no caso da GHB, a mais utilizada nos casos de submissão química, trata-se de uma droga que, algumas horas após a ingestão, “não se consegue detetar na urina, no sangue e na saliva”, sendo, por essa razão, necessário um “dispositivo rápido que detete” a sua presença. “É imediato e serve como método preventivo e dissuasor”, salientou ainda Carlos Lodeiro Espiño, ao alertar que a GHB é uma substância que, no passado, foi utilizada na medicina como anestésico, fazendo com que uma “pessoa fique sem capacidade de reagir” e que também sofra um episódio de amnésia, algumas horas após a sua ingestão. Salientando que essa substância não tem cheiro, cor ou sabor, o investigador adiantou que, com a nova pulseira, “alguém que vai a uma discoteca, a um festival a um concerto ao ar livre e que queira testar qualquer bebida antes do seu consumo, basta simplesmente tocar com a palhinha na pulseira” e verificar se há uma mudança de cor para verde. Para uma mulher de 60 quilos, para resultar na sua submissão química, bastam dois a três gramas de droga, realçou Carlos Lodeiro Espiño. O investigador deu o exemplo da comunidade autónoma de Valência, no sul de Espanha, que os investigadores consideram ser um laboratório protótipo, onde “houve uma descida muito grande de casos de violação e de tentativas de violação” de pelo menos para metade dos casos. O projeto desenvolvido em colaboração com a Universidade de Valência e a empresa Celentis já originou uma patente conjunta e artigos científicos e os investigadores estão agora a trabalhar num sistema que permite que este sensor possa ser considerado uma prova forense, nos casos de eventuais crimes. A equipa de investigação está em contacto com autoridades, para que a pulseira possa ser reconhecida como elemento de prova legal, mas também com municípios e entidades promotoras de eventos em Portugal para ser integrada em campanhas de sensibilização e de prevenção. “Queremos que [o resultado do teste] não seja alterado por ninguém porque, para poder servir como prova forense, temos de prever que ninguém possa mudar a resposta”, explicou o investigador. "O nosso objetivo é oferecer uma ferramenta simples, acessível e eficaz para prevenir crimes de abuso sexual, sobretudo em contextos onde as pessoas estão mais vulneráveis, como discotecas, bares ou festivais", concluiu o professor catedrático do Departamento de Química da NOVA FCT.
A Garota Não e Sétima Legião em Ovar sexta e sábado para festa da Lusofonia
Crua, Asa Cobra, Juliana Linhares e Mário Lúcio são os outros artistas em cartaz no evento que, organizado pelo referido município do distrito de Aveiro, este ano também integra atividades para crianças no “Lugar das Infâncias” – entre elas oficinas musicais, jogos tradicionais e narração de histórias – e o ciclo de conversas “Dar à Língua”, que aproxima artistas e público em encontros sobre criação, música, memória, pensamento, identidade, liberdade e futuro. Sempre com entrada livre, a edição de 2025 prevê ainda o lançamento do livro “Da revolução ao ritmo – 50 anos do 25 de abril em sons lusófonos”, uma publicação da autarquia que, além de recordar anteriores edições do FESTA, inclui uma série de reflexões sobre a Lusofonia em entrevistas conduzidas pelo crítico musical Rui Miguel Abreu. O presidente da Câmara Municipal de Ovar, Domingos Silva, adianta que o livro “procura ser um contributo para a valorização da música cantada em Português e da palavra como motor de união e celebração”. Quanto à generalidade do programa, o autarca declarou à Lusa que o cartaz foi pensado para “promover uma efetiva participação de todos os públicos e estimular uma cultura de proximidade, de diálogo, de tolerância e encontro”. Realça, aliás, que o programa infantil, o ciclo de conversas e o lançamento do livro se combinam para “tornar a experiência de cada visitante ainda mais distintiva e marcante, demarcando o FESTA como um evento para todos, não por ser generalista, mas por ter como ponto de partida as diferenças de cada um e ver na pluralidade a sua maior força”. O autarca social-democrata defende, por isso, que “o FESTA é identidade, pertença e abertura ao mundo”, apresentando-se como um projeto que, desde a sua origem, se vem intensificando a cada edição “como espaço de cruzamento entre culturas, gerações e expressões artísticas”. Cenário habitual de mantas na relva e piqueniques, o festival abrange, além das atividades paralelas já referidas, um total de três palcos e 10 concertos. Para sexta-feira está anunciado o espetáculo de A Garota Não, que logo às 19:00 apresentará os novos temas do álbum “Ferry Gold”, e às 22:00 segue-se a banda Cara de Espelho, com a noite a encerrar com o coletivo Cacique’97, de afrobeat luso-moçambicano. Quanto a sábado, a organização indica que o cartaz começa assim: Crua às 16:00, com seis vozes, batuques e outras percussões; Juliana Linhares às 17:00, com o espírito nordestino e rock que a afirmou como “uma das vozes mais vibrantes do Brasil na atualidade”; Asa Cobra às 18:00, combinando lusofonia urbana e dança tribal; e Fogo Fogo às 19:00, com “funaná moderno, acelerado e vibrante”. Às 21:00 seguem-se os Sétima Legião, com “os hinos que marcaram gerações” e fizeram dessa uma “banda histórica portuguesa”, e às 23:00 atua Mário Lúcio, “figura central da música cabo-verdiana”, que interpretará com The Pan African Band temas do álbum “Independance” e assim assinalará os 50 anos da autonomia do seu país. Para remate definitivo, o FESTA propõe ainda diferentes sessões com a DJ Carla Castelhano, conhecida por fundir “Nu-Jazz, World Music e Eletrónica de Dança Independente”, e uma performance dos Fogo Fogo no registo “Radio Mosquito”, que harmoniza um DJ ‘set’ com a sua prestação ao vivo.