Portagens em Aveiro: Paula Urbano diz que "não era prioritário" e Simão Santana não aceita lições
Desde o dia 1 de janeiro que o fim dos pórticos em apenas uma das concessões da A25 tem gerado controvérsia, em Aveiro. Nas últimas semanas, o Bloco de Esquerda (BE) e o Chega (CH) avançaram com dois projetos de lei à Assembleia da República (AR) com o mesmo objetivo: eliminar os três últimos pórticos, na Concessão “Costa de Prata”, localizados entre a Barra e Albergaria-a-Velha. A questão que se impõe é: conseguirá ser a proposta aprovada? A Ria foi procurar ouvir os presidentes da concelhia dos diferentes partidos, assim como os deputados eleitos pelo círculo eleitoral de Aveiro para perceber como se posicionam os mesmos.
Isabel Cunha Marques
JornalistaTal como noticiado pela Ria, desde o dia 1 janeiro que várias portagens das antigas SCUT foram abolidas. No caso de Aveiro e, especificamente, na A25, das duas concessões existentes nesta autoestrada, a Concessão “Costa de Prata” [que liga a zona das praias a Albergaria-a-Velha] e a Concessão “Beiras Litoral e Alta” [que liga Albergaria-a-Velha a Vilar de Formoso], apenas esta última foi contemplada na proposta apresentada pelo Partido Socialista (PS). Neste caso, a Concessão “A25 Beiras Litoral e Alta”. Na altura, a proposta do PS foi aprovada na generalidade no dia 2 de maio de 2024 pelo Bloco de Esquerda, Partido Comunista Português (PCP), Livre, Chega (CH), Pessoas-Animais-Natureza (PAN) e pelo Partido Socialista (PS). Apenas o Partido Social Democrata (PSD) e o CDS-Partido Popular (CDS-PP) votaram contra o projeto de lei e a Iniciativa Liberal (IL) absteve-se.
No dia 2 de janeiro, ou seja, no dia seguinte a aplicação da medida, o PCP-Aveiro era o primeiro partido a reagir contra a “injustiça”, através de uma nota de imprensa. Seguia-se o Grupo de Coordenação Local da Iniciativa Liberal de Aveiro, no dia 3 de janeiro, que voltava a reforçar a mesma ideia.
Três dias depois era a vez do BE, onde também através de uma nota de imprensa dava nota que iria avançar com o Projeto de Lei N.º 415/XVI/1.ªpara eliminar os três últimos pórticos com portagens na A25, na Concessão “Costa de Prata”, localizados entre Aveiro e Albergaria-a-Velha.
PSD, CDS, PS e Chega foram os partidos políticos de Aveiro que não enviaram nota de imprensa sobre esta polémica, mas a Ria contactou os seus responsáveis para saber a sua posição.
“Não há ninguém que nos venha dar lições sobre esta luta” diz Simão Santana, líder do PSD-Aveiro
Contactado pela Ria, Simão Santana, presidente da concelhia do PSD-Aveiro realçou que aquilo que o partido tem a dizer foi “aquilo que já foi dito, publicamente, pelo vice-presidente da Câmara [Rogério Carlos], na última semana, sobre esta circunstância”. Também para este a situação representa uma “grande injustiça para o Município e, especialmente, para a região de Aveiro, realçando que esta é uma matéria que o PSD-Aveiro tem lutado “há mais de uma década” e que o partido continuará a lutar “para que esta injustiça seja de uma vez por todas eliminada”. “(…) O Partido Socialista e os responsáveis decidiram ignorar (…) O PSD no próprio debate, na Assembleia da República, (…) alertou para isso, portanto, foi uma discriminação que o PS fez aos aveirenses e à região de Aveiro. A posição do PSD [Aveiro] é a posição da Câmara. Isso foi público pela voz do vice-presidente”, frisou.
Para Simão Santana, especialmente, o pórtico do Estádio Municipal de Aveiro é “ridículo” deixando ainda um alerta para os restantes partidos: “Não há ninguém que nos venha dar lições sobre esta luta. Esta luta é nossa há muito tempo, aliás, desde o momento que os pórticos foram instalados, nomeadamente, o pórtico do Estádio. Queria deixar bem claro que não há nenhum partido, nem ninguém, que venha dar lições ao PSD sobre a luta que temos feito para que os aveirenses não paguem estas portagens”, reafirmou.
Relativamente ao sentido de voto do Grupo Parlamentar do PSD relativamente ao projeto lei do BE, o presidente da concelhia do PSD-Aveiro garantiu que “aquilo que será a discussão na Assembleia da República engloba outro tipo de decisão” e que a secção de Aveiro do PSD está “a trabalhar com o Governo (…)”.
Nesta matéria, o cuidado nas declarações de Simão Santana pode ser explicado pela posição da direção do Grupo Parlamentar do PSD nesta matéria. Recorde-se que a bancada do PSD apresentou um projeto de lei para a redução do valor das portagens, sendo que numa reunião com todos os deputados foi reforçado que “o PSD [Naciona] nunca defendeu a eliminação imediata das portagens”, como noticiou à data a Renascença.
Questionado sobre a posição da Junta de Freguesia de Cacia que se manifestou, no dia 2 de janeiro, através das redes sociais sobre os problemas de trânsito causados pelas portagens A25 e A17 em Cacia, tendo sido ainda noticiado, nos últimos tempos, que estaria a ser equacionado uma marcha lenta por parte desta, Simão Santana sublinhou que “até aos dias de hoje” não há nenhuma manifestação marcada e que não iria reagir a “possíveis ações”.
“Em política só podemos reagir àquilo que são os factos e não há factualmente nenhum tipo de manifestação verdadeiramente marcada (…)”, frisou. A Ria tentou ainda contactar Nelson Santos, presidente da Junta de Cacia, assim como Ângela Almeida, presidente da Junta de Esgueira e deputada do PSD pelo círculo eleitoral de Aveiro na Assembleia da República, mas, até ao momento, não obteve qualquer resposta.
“O compromisso era interior e Algarve”, diz Paula Urbano, presidente do PS-Aveiro
Na oposição, Paula Urbano Antunes, presidente da concelhia do PS-Aveiro confidenciou à Ria que não percebeu a confusão que se instaurou nas últimas semanas sobre o fim dos pórticos na A25. “Para mim, quando o secretário-geral do PS falou na questão do fim das portagens era no interior e no Algarve. Portanto, Aveiro e Albergaria não são territórios do interior. Na minha cabeça ficou muito claro que seria nestes troços da A25 que deixaríamos de pagar portagens”, realçou. Para a presidente da concelhia trata-se de uma questão de “coesão social e de coesão territorial”. “O compromisso era interior e Algarve. Relativamente, ao ponto de estarem a fazer um cavalo de batalha e virem dizer ‘meu Deus, em Aveiro pagamos portagens’ e terem votado contra a abolição do pagamento de portagens no Algarve e no interior, eu em relação a isso só digo uma coisa: acho que é preciso ter vergonha”, atirou.
Para Paula Urbano os pórticos da concessão “Costa de Prata” não são prioritários. “(…) Há aqui municípios que não são considerados territórios do interior como Albergaria, Ílhavo e Aveiro, portanto, para mim faz todo o sentido que se continuem a pagar portagens nestes três pórticos. Eu nunca tive a expectativa que deixasse de acontecer”, reconheceu.
Sobre se a proposta do BE será aprovada na AR, a líder da concelhia do PS-Aveiro realçou que não sabe como os deputados do partido se irão posicionar. “Sinceramente, não falei com eles à cerca desse assunto”, disse.
A Ria entrou ainda em contacto com Filipe Neto Brandão, deputado do PS eleito pelo círculo eleitoral de Aveiro onde o mesmo esclareceu que a votação do projeto lei ainda não está agendada, mas que na sua opinião pessoal a “supressão das portagens faz sentido”. “Até já votei diferentemente do grupo parlamentar do PS, pelo menos, por uma vez que me recorde. Portanto, a minha opinião é óbvia (…)”, exprimiu. De acordo com o socialista só na “próxima conferência de líderes” prevista para a próxima quarta-feira, “22 de janeiro”, é que a proposta será agendada.
Além do BE, também o Chega decidiu avançar com um projeto lei para eliminar os três últimos pórticos na A25. A informação foi avançada por Maria José Aguiar, deputada do Chega pelo círculo eleitoral de Aveiro à Ria, na semana passada. Em entrevista, a deputada do Chega salientou que o partido irá “até às últimas instâncias para conseguir reverter esta situação e para que fique resolvida o mais rápido possível. É esta a nossa intenção”. A Ria tentou contactar também Diogo Soares Machado, presidente da concelhia do Chega-Aveiro, mas não obteve resposta.
Recomendações
Rosário Carvalho desmente integrar grupo de trabalho do programa eleitoral de Luís Souto
Contrariamente ao comunicado oficial e às declarações do candidato social-democrata avançadas à Ria na tarde desta sexta-feira, dia 4, Rosário Carvalho, provedora da Santa Casa da Misericórdia de Aveiro e antiga vereadora de José Ribau Esteves, entre 2015 e 2021, afirma que não irá integrar o grupo de trabalho responsável pela elaboração do programa eleitoral da ‘Aliança Mais Aveiro’ (coligação PSD/CDS/PPM). A provedora afirma ainda que o seu compromisso é, neste momento, para com a instituição que representa. “Com certeza fui eu que me expressei mal ao candidato: o que eu disse é que como provedora da misericórdia eu dou os contributos tanto a um candidato como a outro”, sublinha a provedora. “Nas visitas que eles [Luís Souto e Alberto Souto] fizeram perguntaram-me sugestões e eu dei as sugestões que darei a qualquer candidato de qualquer partido que visite a instituição”, assegura Rosário. “A instituição está acima de qualquer partido, eu neste momento sou a maior representante da Misericórdia, portanto não posso tomar partido nenhum para o bem da Misericórdia: a instituição está acima de tudo”, vinca. Rosário assegura ainda que nem a provedora nem os mesários colaboram “em nenhuma campanha, seja ela qual for, por uma questão de respeito à instituição”. “Nós vamos ter de trabalhar com quem quer que ganhe”, atenta ainda. Rosário afirma não querer “prejudicar o candidato Luís Souto”, desejando-lhe “as maiores felicidades, (…) mas estando na posição que estou na Misericórdia não posso estar a apoiar nenhum candidato”, frisa. Recorde-se que a coligação ‘Aliança Mais Aveiro’ tinha afirmado hoje, em nota de imprensa, que “em substituição de Jorge Ratola (...) entra para o grupo de trabalho da ‘Aliança Mais Aveiro’, Rosário Carvalho, atual provedora da Santa Casa da Misericórdia, de Aveiro, e ex-vereadora da autarquia aveirense”. A Ria tentou entrar em contacto com Luís Souto, mas até ao momento ainda não foi possível recolher reações.
Luís Souto substitui Ratola por Rosário Carvalho e reafirma que PS tem aproveitado as suas ideias
Em declarações à Ria, Luís Souto, candidato à presidência da Câmara Municipal de Aveiro (CMA) pela ‘Aliança Mais Aveiro’ (coligação PSD/CDS/PPM) aponta que a candidatura de Jorge Ratola à autarquia de Espinho impossibilita a sua continuidade como um dos coordenadores do grupo de trabalho responsável pela elaboração do programa eleitoral. A sua substituição por Rosário Carvalho, justifica Luís, deve-se sobretudo ao seu “conhecimento bastante profundo da realidade aveirense”. Luís relembra ainda o papel desempenhado por Rosário, enquanto vereadora da Ação Social e das Obras Particulares na equipa de José Ribau Esteves, entre 2015 e 2021, frisando que, à data, tinha uma vereação “com poderes bastante importantes” e que “após a sua saída mantém-se ligada à área social”. Rosário Carvalho é, atualmente, provedora da Santa Casa da Misericórdia de Aveiro e apontada por muitos como uma pessoa próxima de Jorge Ratola. Questionado sobre a composição da restante equipa responsável pela elaboração do programa eleitoral da ‘Aliança Mais Aveiro’, Luís Souto preferiu não avançar com nomes, explicando que “neste momento, nós não estamos a divulgar” o grupo de trabalho referido na nota de imprensa. O candidato social-democrata refere ainda que Jorge Ratola continua a ser “uma referência”, frisando que será um “conselheiro, mas agora de uma forma menos participada”. “Contamos muito com a experiência de Jorge Ratola (…) e iremos continuar com toda a certeza a contar com a sua colaboração dentro das possibilidades mais limitadas e o que eu desejo ao companheiro Jorge Ratola é uma grande vitória em Espinho também”, afirma Luís Souto. Quanto à divulgação do programa eleitoral, Luís Souto não adianta uma data para o fazer, garantindo apenas que o mesmo será feito “a tempo de os eleitores conhecerem as propostas e refletirem sobre elas”. Aponta, no entanto, que em agosto “as pessoas vão muito de férias”, o que pode indicar que o programa eleitoral deverá ser revelado em setembro. Note-se que as eleições autárquicas foram marcadas para o dia 12 de outubro deste ano. Luís Souto garante ainda que “continuamos a estar muito empenhados em ouvir os aveirenses, as associações, as instituições à medida que desenvolvemos esse mesmo programa. Portanto, ele será anunciado, será divulgado (…) ninguém vai votar com a página em branco”, assegurou. “Do nosso lado, será um programa ambicioso, mas sempre mantendo (…) o equilíbrio das contas públicas municipais: é um dever que temos para com os aveirenses”, reafirma. Relativamente à assinatura por parte da sua equipa de um Código de Ética e de Conduta, anunciado pelo próprio na passada quarta-feira durante a apresentação do livro ‘Isto é um Escândalo’, Luís aproveitou a oportunidade para esclarecer que a medida será feita à luz daquilo que também Luís Montenegro fez com a sua equipa. “O Governo de Luís Montenegro também criou um determinado código de conduta para quem for escolhido para as equipas. Nós pensamos que é um bom modelo, claro que as pessoas são todas íntegras e não está em causa isso: é apenas um sinal que queremos dar para a sociedade do nosso compromisso com a ética, de não pactuarmos com qualquer possibilidade de infringir a lei”, evidencia. Questionado pela Ria sobre a divulgação do conteúdo do código que será assinado por todos os membros das sua equipa, Luís Souto deu nota que ainda não está prevista uma data. Sobre as acusações dirigidas a Alberto Souto de Miranda, também na passada quarta-feira, relativamente ao aproveitamento de medidas anunciadas pela ‘Aliança Mais Aveiro’, Luís Souto apontou, a título de exemplo, que “em determinado momento” defendeu “a existência de um conselho estratégico municipal e agora vi essa proposta patente numa das mil e uma propostas” apresentadas pelo candidato do Partido Socialista (PS). A “valorização da diáspora aveirense” e a aposta “decisiva” na qualidade de vida, com um “aumento da área dos espaços verdes”, são outros exemplos de medidas apontadas como Luís Souto como tendo sido também aproveitadas pela candidatura de Alberto Souto. “Se calhar também vamos encontrar [essas propostas] noutras candidaturas, pronto, são boas ideias, é bom que haja também consensos”, reflete. Questionado sobre quando é que essas propostas foram apresentadas pela coligação ‘Aliança Mais Aveiro’, Luís Souto aponta não conseguir precisar “o momento exato”, uma vez que já tem realizado “várias entrevistas” e publicações nas redes sociais.
Paulo Ribeiro leva esta noite “Maurice Accompagné” ao Teatro Aveirense
De acordo com uma nota de imprensa enviada à Ria, em 2024, a Companhia Paulo Ribeiro iniciou uma nova trilogia partindo da música e compositores de diferentes épocas: o início do século XX, a década de 60 e a atualidade. “A música será a respiração do tempo, dos constrangimentos e das esperanças dos anos que se foram vivendo”, lê-se. No caso concreto desta criação a mesma será composta por “três peças coreográficas diferentes que procuram uma unidade na sua diversidade formal e musical (e sentimental), que se inspiram primeiro na música e, a seguir, na vida e na sensibilidade dos compositores escolhidos”. Maurice Accompagné é “a primeira parte da trilogia, incide sobre o início do século XX, cruzando a vida e a obra de Luís de Freitas Branco e de Maurice Ravel. A peça seguinte será focada na atualidade, a década de 20 do século XXI, que colocará lado a lado Louis Andriessen e Luís Tinoco. Por fim, regressar-se-á aos anos 60, a partir de Joly Braga Santos e Benjamin Britten”, esclarece a nota. A nota refere ainda que ao longo do espetáculo, Paulo Ribeiro pretende “cruzar tempos, realidades e geografias diferentes”. “Lembrar como a música e o corpo transcendem o momento e nos ligam irremediavelmente uns aos outros, se possível transcrever a dimensão e a elevação que a música e o corpo possuem, independentemente das contingências e dos momentos mais ou menos propícios que os moldam”, realça. “É claramente pelo corpo e pela música que nós estamos todos conectados para além da banalidade e da espuma dos dias”, finaliza a nota. O bilhete pode ser adquirido aqui.
BE quer que Câmara de Aveiro compre antigo edifício da CGD para centralizar serviços municipais
No dia 25 de junho, o Diário de Aveiro avançou que o edifício da Caixa Geral de Depósitos (CGD), no centro de Aveiro, tinha sido colocado à venda novamente, desta vez, por 4.1 milhões de euros. O imóvel localizado na Rua Clube dos Galitos já tinha estado à venda, em 2022, por 3.4 milhões de euros, mas a alienação não chegou a ser consumada. Foi neste edifício que a Caixa Geral funcionou “até ao final do verão de 2018, estando desocupado desde essa altura”. A instituição bancária volta assim a tentar vender o edifício com um novo valor- face ao anterior- superior a meio milhão de euros. Numa nota enviada às redações, esta sexta-feira, João Moniz defendeu que a autarquia “deve adquirir de imediato o antigo edifício da Caixa Geral de Depósitos”. Para o BE, este imóvel, construído de raiz para acolher serviços e escritórios, é a “solução ideal para a tão necessária centralização dos serviços municipais”. “O custo do imóvel é inteiramente comportável para o orçamento camarário”, afirmou, acrescentando ainda que “esta é uma oportunidade de garantir um espaço com todas as condições, no centro da cidade, para dar resposta ao presente problema dos serviços da autarquia”. No seguimento, o BE considerou ainda “errada e dispendiosa” a opção do executivo de converter a Escola Secundária Homem Cristo para esse fim. “Estamos perante um edifício de elevado valor patrimonial, o primeiro construído de raiz em Portugal para funcionar como escola secundária. Transformá-lo em serviços administrativos não só desvirtua a sua função histórica como implicará custos significativos com requalificação, reconversão funcional e ainda com a construção de uma nova infraestrutura escolar para o substituir”, disse. O BE relembrou ainda que a “proposta de aquisição do edifício da ex-CGD foi já apresentada pelo Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal, mas foi chumbada pela maioria”. “Agora que o edifício está novamente no mercado, há que não repetir o erro. Qual é o melhor destino para este imóvel emblemático da cidade? Ser transformado num hotel ou ser devolvido ao serviço público e das populações?”, questionou João Moniz.
Últimas
Rosário Carvalho desmente integrar grupo de trabalho do programa eleitoral de Luís Souto
Contrariamente ao comunicado oficial e às declarações do candidato social-democrata avançadas à Ria na tarde desta sexta-feira, dia 4, Rosário Carvalho, provedora da Santa Casa da Misericórdia de Aveiro e antiga vereadora de José Ribau Esteves, entre 2015 e 2021, afirma que não irá integrar o grupo de trabalho responsável pela elaboração do programa eleitoral da ‘Aliança Mais Aveiro’ (coligação PSD/CDS/PPM). A provedora afirma ainda que o seu compromisso é, neste momento, para com a instituição que representa. “Com certeza fui eu que me expressei mal ao candidato: o que eu disse é que como provedora da misericórdia eu dou os contributos tanto a um candidato como a outro”, sublinha a provedora. “Nas visitas que eles [Luís Souto e Alberto Souto] fizeram perguntaram-me sugestões e eu dei as sugestões que darei a qualquer candidato de qualquer partido que visite a instituição”, assegura Rosário. “A instituição está acima de qualquer partido, eu neste momento sou a maior representante da Misericórdia, portanto não posso tomar partido nenhum para o bem da Misericórdia: a instituição está acima de tudo”, vinca. Rosário assegura ainda que nem a provedora nem os mesários colaboram “em nenhuma campanha, seja ela qual for, por uma questão de respeito à instituição”. “Nós vamos ter de trabalhar com quem quer que ganhe”, atenta ainda. Rosário afirma não querer “prejudicar o candidato Luís Souto”, desejando-lhe “as maiores felicidades, (…) mas estando na posição que estou na Misericórdia não posso estar a apoiar nenhum candidato”, frisa. Recorde-se que a coligação ‘Aliança Mais Aveiro’ tinha afirmado hoje, em nota de imprensa, que “em substituição de Jorge Ratola (...) entra para o grupo de trabalho da ‘Aliança Mais Aveiro’, Rosário Carvalho, atual provedora da Santa Casa da Misericórdia, de Aveiro, e ex-vereadora da autarquia aveirense”. A Ria tentou entrar em contacto com Luís Souto, mas até ao momento ainda não foi possível recolher reações.
Prisão preventiva para seis dos 13 detidos na operação "Balloon" em Aveiro e Porto
Em comunicado, a GNR esclareceu que, após terem sido presentes no Tribunal da Feira, cinco homens, com idades entre 24 e 50 anos, e uma mulher de 26 anos, foram sujeitos à aplicação da medida de coação de prisão preventiva. “Os cinco homens foram conduzidos para o Estabelecimento Prisional do Porto, e a mulher para Estabelecimento Prisional de Santa Cruz do Bispo”, refere a mesma nota. Ainda segundo a Guarda, quatro dos suspeitos ficaram sujeitos a apresentações semanais nos postos policiais da área de residência, e um com apresentações quinzenais no posto policial da área de residência. Os outros dois detidos foram libertados, com Termo de Identidade e Residência, e o processo baixou a inquérito. A GNR anunciou na quarta-feira ter desmantelado uma rede de tráfico de estupefacientes e detido 11 homens, com idades entre os 25 e os 50 anos, e duas mulheres de 26 e 45 anos, nos distritos de Aveiro e do Porto. Segundo a Guarda, os suspeitos foram detidos durante a operação “Balloon”, que decorreu na terça-feira, e que incluiu a realização de 15 buscas domiciliárias e três em veículos e o cumprimento de oito mandados de detenção. “No âmbito de uma investigação, que decorria há sete meses, foi possível apurar-se que os suspeitos operavam em rede, dedicando-se ao tráfico de estupefacientes na zona norte do distrito de Aveiro”, referiu a GNR. Durante a operação, foram apreendidas mais de 35 mil doses de droga (30.742 doses de heroína, 3 795 doses de cocaína e 549,46 doses de haxixe) e 283 botijas de óxido de nitroso de dois quilos cada. A GNR apreendeu ainda cinco pistolas, um revólver, uma caçadeira, dois bastões extensíveis, duas soqueiras e 182 munições, para além de seis viaturas ligeiras e 15.875 euros em dinheiro. A operação, que contou com o apoio da PSP, foi desenvolvida nos concelhos de Santa Maria da Feira, no distrito de Aveiro, e nos concelhos de Gondomar, Penafiel e Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto.
Cantina de Santiago encerra temporariamente para manutenção, mas mantém apoio à Aveiro Cup
Em declarações à Ria, João Ribeiro, diretor delegado dos Serviços de Ação Social da UA (SASUA), explicou que a decisão visa "preservar as condições de funcionamento" daquele espaço. “Executamos os trabalhos de manutenção e limpeza exigidos, face ao trabalho intensivo e ininterrupto de dois serviços de alimentação diários”, referiu. Segundo João Ribeiro, a Cantina de Santiago requer uma intervenção diferenciada devido à “elevada afluência” que regista ao longo do ano. A reabertura está prevista para o início do próximo ano letivo. Apesar do encerramento, a Cantina de Santiago mantém esta semana o fornecimento de refeições aos participantes da 30.ª edição da Aveiro Cup, torneio internacional de futebol juvenil que decorre de 2 a 6 de julho. Este ano, o evento reúne 40 clubes e centenas de jovens atletas entre os 8 e os 17 anos, com jogos espalhados por vários campos do concelho, incluindo o relvado sintético do Crasto, na UA. “A Cantina do Crasto não tem as mesmas condições em termos de centralidade e, por uma questão de segurança dos miúdos e também de logística, é prática recorrente servir estas refeições em Santiago”, justificou o diretor delegado dos SASUA. As restantes unidades de alimentação da universidade: Restaurante TrêsDê, Espaço Grelhados, Restaurante Universitário e Restaurante Vegetariano – mantêm o seu funcionamento regular.
Luís Souto substitui Ratola por Rosário Carvalho e reafirma que PS tem aproveitado as suas ideias
Em declarações à Ria, Luís Souto, candidato à presidência da Câmara Municipal de Aveiro (CMA) pela ‘Aliança Mais Aveiro’ (coligação PSD/CDS/PPM) aponta que a candidatura de Jorge Ratola à autarquia de Espinho impossibilita a sua continuidade como um dos coordenadores do grupo de trabalho responsável pela elaboração do programa eleitoral. A sua substituição por Rosário Carvalho, justifica Luís, deve-se sobretudo ao seu “conhecimento bastante profundo da realidade aveirense”. Luís relembra ainda o papel desempenhado por Rosário, enquanto vereadora da Ação Social e das Obras Particulares na equipa de José Ribau Esteves, entre 2015 e 2021, frisando que, à data, tinha uma vereação “com poderes bastante importantes” e que “após a sua saída mantém-se ligada à área social”. Rosário Carvalho é, atualmente, provedora da Santa Casa da Misericórdia de Aveiro e apontada por muitos como uma pessoa próxima de Jorge Ratola. Questionado sobre a composição da restante equipa responsável pela elaboração do programa eleitoral da ‘Aliança Mais Aveiro’, Luís Souto preferiu não avançar com nomes, explicando que “neste momento, nós não estamos a divulgar” o grupo de trabalho referido na nota de imprensa. O candidato social-democrata refere ainda que Jorge Ratola continua a ser “uma referência”, frisando que será um “conselheiro, mas agora de uma forma menos participada”. “Contamos muito com a experiência de Jorge Ratola (…) e iremos continuar com toda a certeza a contar com a sua colaboração dentro das possibilidades mais limitadas e o que eu desejo ao companheiro Jorge Ratola é uma grande vitória em Espinho também”, afirma Luís Souto. Quanto à divulgação do programa eleitoral, Luís Souto não adianta uma data para o fazer, garantindo apenas que o mesmo será feito “a tempo de os eleitores conhecerem as propostas e refletirem sobre elas”. Aponta, no entanto, que em agosto “as pessoas vão muito de férias”, o que pode indicar que o programa eleitoral deverá ser revelado em setembro. Note-se que as eleições autárquicas foram marcadas para o dia 12 de outubro deste ano. Luís Souto garante ainda que “continuamos a estar muito empenhados em ouvir os aveirenses, as associações, as instituições à medida que desenvolvemos esse mesmo programa. Portanto, ele será anunciado, será divulgado (…) ninguém vai votar com a página em branco”, assegurou. “Do nosso lado, será um programa ambicioso, mas sempre mantendo (…) o equilíbrio das contas públicas municipais: é um dever que temos para com os aveirenses”, reafirma. Relativamente à assinatura por parte da sua equipa de um Código de Ética e de Conduta, anunciado pelo próprio na passada quarta-feira durante a apresentação do livro ‘Isto é um Escândalo’, Luís aproveitou a oportunidade para esclarecer que a medida será feita à luz daquilo que também Luís Montenegro fez com a sua equipa. “O Governo de Luís Montenegro também criou um determinado código de conduta para quem for escolhido para as equipas. Nós pensamos que é um bom modelo, claro que as pessoas são todas íntegras e não está em causa isso: é apenas um sinal que queremos dar para a sociedade do nosso compromisso com a ética, de não pactuarmos com qualquer possibilidade de infringir a lei”, evidencia. Questionado pela Ria sobre a divulgação do conteúdo do código que será assinado por todos os membros das sua equipa, Luís Souto deu nota que ainda não está prevista uma data. Sobre as acusações dirigidas a Alberto Souto de Miranda, também na passada quarta-feira, relativamente ao aproveitamento de medidas anunciadas pela ‘Aliança Mais Aveiro’, Luís Souto apontou, a título de exemplo, que “em determinado momento” defendeu “a existência de um conselho estratégico municipal e agora vi essa proposta patente numa das mil e uma propostas” apresentadas pelo candidato do Partido Socialista (PS). A “valorização da diáspora aveirense” e a aposta “decisiva” na qualidade de vida, com um “aumento da área dos espaços verdes”, são outros exemplos de medidas apontadas como Luís Souto como tendo sido também aproveitadas pela candidatura de Alberto Souto. “Se calhar também vamos encontrar [essas propostas] noutras candidaturas, pronto, são boas ideias, é bom que haja também consensos”, reflete. Questionado sobre quando é que essas propostas foram apresentadas pela coligação ‘Aliança Mais Aveiro’, Luís Souto aponta não conseguir precisar “o momento exato”, uma vez que já tem realizado “várias entrevistas” e publicações nas redes sociais.