RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Sai Ângela Almeida, entra Firmino Ferreira: consulta aqui a lista de deputados do PSD por Aveiro

A concelhia do PSD-Aveiro viu o seu processo de escolha para a lista de deputados pelo círculo de Aveiro ganhar novos contornos, com Ângela Almeida a ficar fora das opções finais do partido para as próximas eleições legislativas. Apesar disso, Firmino Ferreira, atual presidente do PSD-Aveiro, vai em 11.º lugar da lista e poderá chegar a deputado.

Sai Ângela Almeida, entra Firmino Ferreira: consulta aqui a lista de deputados do PSD por Aveiro
Redação

Redação

26 mar 2025, 21:57

Após um processo interno marcado por polémica, a direção nacional acabou por não incluir o nome da presidente da Junta de Freguesia de Esgueira e deputada na legislatura cessante. A decisão surge no dia em que a Ria - Rádio Universitária de Aveiro revelou que Ângela Almeida se apresentava como licenciada pela Universidade de Aveiro, apesar da própria instituição desmentir essa informação.

A escolha dos candidatos para integrar a lista foi alvo de intensos debates internos, tendo sido inicialmente discutida a possibilidade de indicar Catarina Barreto, presidente da Junta de Freguesia de Aradas. Contudo, Catarina Barreto retirou-se da corrida, alegando que não queria contribuir para divisões internas no partido.

A decisão final coube à distrital e à direção nacional do PSD, que optaram por excluir Ângela Almeida da lista e incluir Firmino Ferreira, atual presidente da Junta de Freguesia de Oliveirinha e presidente do PSD-Aveiro, na lista de deputados. Caso a Aliança Democrática mantenha o seu resultado em Aveiro e os atuais membros da lista que ocupam funções no Governo continuem nessas funções, Firmino Ferreira será deputado à Assembleia da República.

Até ao momento, Ângela Almeida não reagiu publicamente à decisão, nem a concelhia do PSD-Aveiro prestou esclarecimentos adicionais sobre os critérios seguidos para a definição dos candidatos.

Lista de Deputados do PSD pelo Círculo de Aveiro

1.º Luís Montenegro

2.º Emídio Sousa

3.º Paula Cardoso

4.º Silvério Regalado

5.º Salvador Malheiro

6.º Adriana Rodrigues

7.º Almiro Moreira

8.º Paulo Cavaleiro

9.º Carolina Marques

10.º (vaga ou CDS-PP)

11.º Firmino Ferreira

12.º Gonçalo Breda Marques

13.º Helga Correia

14.º Pedro Pintor

15.º Margarida Alves

16.º (vaga ou CDS-PP)

Suplentes:

1.º Vera Ladeira

2.º Elisabete Soares

3.º (vaga ou CDS-PP)

4.º Helena Dias

5.º Tiago Palha

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A mostra, composta por pinturas de Lopes de Sousa, estará patente na Galeria da Antiga Capitania até ao dia 25 de maio e pode ser visitada de forma gratuita, de terça a domingo nos horários compreendidos entre as 10h00 e as 12h30 e as 13h30 e as 18h00. Natural de Aveiro, Lopes de Sousa frequentou a Academia de Belas Artes de São Paulo, a Escola de Artes Álvaro Torrão em Lisboa e a Cooperativa “Árvore” no Porto, durante os anos 70, nas áreas de pintura e escultura. Dedica-se às artes desde 1975 e comemora, este ano, 50 anos de pintura, tendo realizado já cerca de 350 exposições.

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Alberto Souto de Miranda (PS), João Almeida (PAN), João Moniz (BE), João Quintela (Livre), Luís Souto (PSD/CDS/PPM) e Miguel Gomes (IL) foram os representantes dos partidos políticos locais presentes no debate. Com moderação de Sara Moreno Pires, docente no Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território (DCSPT) na Universidade de Aveiro (UA), o debate iniciou-se com a exibição de um pequeno vídeo resumo sobre os objetivos que a cidade de Utrecht, na Holanda estabeleceu, relativamente à mobilidade, para o ano de 2050. Posteriormente, os candidatos foram desafiados a construir uma visão estratégica, desta vez, para o futuro de Aveiro. Para Miguel Gomes a mobilidade deve ser pensada de uma “forma integrada”. No que toca aos transportes públicos, em Aveiro, o candidato da IL referiu ser necessário “conforto” e “rapidez”. “Uma pessoa não pode demorar tempo excessivo que prefira ir de carro… É necessário repensar (…) e tem de ser regular (…)”, defendeu. Neste seguimento, sugeriu ainda uma rede de ciclovia, na cidade, que una não só as freguesias, mas também a região. “Precisamos de uma rede de ciclovias ligadas (…) começando por unir a estação de Aveiro às outras paragens”, vincou. Já na ferrovia, o candidato da IL falou sobre o caso da Linha do Vouga que une, atualmente, Aveiro a Águeda defendendo que a mesma deve ser repensada através da implementação de um projeto que conecte Águeda, Aveiro e Ílhavo “através de um LRT, um metro ligeiro”. Alberto Souto de Miranda afirmou ter para 2050 uma visão do espaço público “descarbonizada e sustentável” mas que “tem de ser também antropocêntrica”. Apontou que nos próximos quatro anos a aposta tem de passar por criar “um espaço com menos automóveis e mais transporte público”. “Temos de reconquistar o espaço público dos automóveis”, frisou Alberto Souto. Para o candidato socialista, a aposta na partilha de transportes e a utilização da bicicleta tem também de ser um foco, assumindo querer uma cidade “preparada para cumprir a estratégia nacional”, sublinhando o potencial da bicicleta na promoção da saúde e bem-estar da população. Também João Moniz concordou com a ideia do socialista de que é necessário tirar os carros da cidade. Nesse sentido, o candidato bloquista entende que “as políticas urbanas que se esperam para uma cidade que se quer preparada para 2050 tem de reverter” essa realidade. O candidato referiu que a prioridade do BE é “democratizar o espaço público, não só com políticas de mobilidade como também com políticas de regulação dos solos e do edificado”. O bloquista referiu ainda que iria “abrir as hostilidades” no debate considerando existir “um elefante na sala gigantesco: a concessão e a privatização da MoveAveiro”, entendeu. “É impossível ter políticas de mobilidade (...) sem a reversão da MoveAveiro e da recuperação dos serviços de transportes públicos para a esfera do município”, frisou. Luís Souto referiu, por sua vez, que é necessária “ambição” do Município e que isso passa, em primeiro lugar, pela mudança de mentalidade das pessoas, lançando ao público o desafio sobre quantos deles utilizavam as vias cicláveis. Particularizando sobre algumas das soluções, o candidato social democrata propôs um “Plano Municipal de expansão da rede ciclável” que funcionaria, por exemplo, através da criação de um passaporte municipal. Neste seguimento, João Quintela lançou uma provocação aos restantes candidatos questionando-os: se há um consenso “porque é que as coisas ainda estão como estão?”. Para o candidato do Livre é necessário trabalhar. “Estes problemas têm de ser vistos de forma mais integrada (…) O espaço público deve ser agregador (…) O espaço não pode ser só praças e jardins incluindo os passeios e as ruas. Temos de pensar mais geral”, refletiu. João Quintela defendeu ainda que é necessário trazer as pessoas de novo para a cidade e que o espaço público deve ser um “espaço aberto”. “O espaço público é do público”, vincou. No que toca aos transportes públicos, tal como os restantes candidatos, reconheceu que é necessária uma “rede integrada”, de “proximidade” e com “interligação modal de todos os transportes”. Neste seguimento, João Almeida, candidato pelo PAN, acrescentou que é necessário “que se faça um processo participativo” para se pensar a mobilidade na cidade de Aveiro. “Vemos muito betão e asfalto (…) é preciso pensar o urbanismo de outra forma”, refere. O candidato defende, assim, a necessidade de “esboçar um plano de mobilidade” e defendeu a intermodalidade da bicicleta com os transportes públicos. “Estamos particularmente atrás das zonas metropolitanas”, apontou. Já numa segunda ronda de questões, Sara Moreno Pires questionou ainda os candidatos sobre os dados dos censos sobre a mobilidade suave da cidade e da região e sobre como é possível mobilizar a população para este tipo de mobilidade. “Os dados dos censos mostram que invertemos a visão de futuro”, lançou a moderadora. No que toca a propostas concretas, Miguel Gomes realçou que é necessário um “plano atualizado” que conte com “todos” [privados e públicos]. No que toca aos transportes públicos atuais, o candidato da IL defendeu que a empresa responsável pelos mesmos tem “capacidade de investimento” e que é necessário “continuar a modernizar” a frota de autocarros. Ainda nas propostas, Miguel Gomes recordou que a Câmara Municipal de Aveiro também tem de fazer o seu trabalho, dando como exemplo a Avenida Europa e defendendo que é necessário requalificar a mesma. Como medidas apontou, entre outras, implementar mais faixas de autocarros e melhorar os atuais passeios. Miguel Gomes falou ainda sobre o caso da “BUGA- Bicicleta de Utilização Gratuita de Aveiro” realçando que o serviço da mesma está “muito limitado” e que é necessário que a mesma vá “até outras freguesias”. Para o candidato da IL também a Universidade de Aveiro (UA) pode ter um papel importante na mobilidade suave da cidade apontando a Zona Tecnológica Livre (ZTL) como um bom recurso para tal. “Temos de colaborar com a UA para implementar novos projetos para melhorar a mobilidade”, defendeu. Já Alberto Souto apontou que “os dados são um retrato e a função da política é também transformar a realidade: não é só adequar as propostas à situação tal como ela está ”. O candidato socialista referiu ser necessário “termos a coragem de pedonalizar todo o centro histórico”, apontando como medidas concretas a retirada do trânsito e estacionamento, “permitindo apenas cargas, descargas, moradores e veículos de emergência” na Avenida Lourenço Peixinho de forma a “recuperar a avenida para as pessoas”. O candidato socialista apontou ainda ser necessário melhorar a rede de transportes públicos, idealizando, com a ZTL da UA, que “Aveiro pode ser a primeira cidade (...) que tenha autocarros autónomos, sem condutores”. Também em relação à ferrovia, Alberto Souto vê, à semelhança da IL, o metro de superfície como uma solução. A criação de pistas cicláveis que sirvam e liguem as populações do centro às freguesias foi também uma medida apoiada por Alberto Souto, que apontou ainda a criação de “estacionamentos periféricos”. “Se nós apostamos nesta via de retirar todo o tráfego dos centros, nós temos que encontrar soluções de estacionamento periférico”, reiterou. Em resposta a Alberto Souto, o candidato social democrata atirou ao socialista que enquanto esteve na Câmara de Aveiro [de 1998 a 2005] “não fez nada” e que “além do mais, abriu uma frente sobre a Avenida (...) criando uma condicionante fortíssima que foi a abertura do túnel (...) O PSD contestou exatamente essa opção, dizendo que isso ia condicionar o futuro da Avenida”. “É muito bonito pensarmos que vamos fechar grande parte da Avenida [Lourenço Peixinho] (…) e ficar tudo pedonalizado e o que se faz com aquele investimento que foi feito com dinheiros públicos?”, questionou, apesar de reconhecer que ainda há “ajustes a fazer”. Como propostas concretas referiu querer trazer para a ordem do dia a Semana Europeia da Mobilidade sugerindo, entre outros, a criação de ações simbólicas. No entanto, para Luís Souto é preciso saber escolher os dias para que não haja perturbação às atividades económicas. “É preciso dar de comer às pessoas”, relembrou. Como os restantes candidatos disse ainda ser necessário um plano ambicioso municipal feito com, entre outros intervenientes, as pessoas, a universidade e as empresas. João Moniz considerou que “além de medidas concretas é preciso criar uma abordagem holística e sistemática da mobilidade”, apontando como principal prioridade do Bloco, relativamente à mobilidade, a remunicipalização do transporte público em Aveiro. “O instrumento que o BE propõe é uma empresa pública de transportes públicos que deve ser intermunicipal”, reforçou. O candidato bloquista referiu ainda que “existem pré-existências (…) que têm de ser lidadas (…) mas temos de ter uma lógica diferente”, criticando a proposta de Alberto Souto da criação periférica de parques de estacionamento. “É preciso haver coerência não só no plano de mobilidade e no terreno, mas também nas propostas que se trazem a debate”, atirou. João Quintela voltou a lembrar que não podemos “impor” este tipo de mobilidade aos aveirenses e que é necessário “falar com as pessoas”. “É possível ter um espaço público ciclável (…) onde as pessoas se mexam do ponto a ao ponto b”, defendeu. No entanto, o mesmo não é possível com as ciclovias atuais referindo que as mesmas são “curtíssimas”. “Temos de ter uma rede de ciclovias ligada (…) As pessoas têm de ir para Oliveirinha, Cacia…”, apontou. Como medidas concretas afirmou, entre outros, os transportes públicos de proximidade “mais frequentes e mais pequenos”, o uso da ferrovia e a necessidade de haver mais locais onde se possam deixar bicicletas em segurança. Ainda no campo das propostas, o PAN reforçou ser necessário “mudar o chip internamente” antes de se criarem políticas públicas para a mobilidade. Recomendou como necessária a criação de “uma equipa de urbanismo tático”, bem como o reforço da colaboração com entidades e a auscultação da população. O debate foi ainda aberto ao público onde foram feitas questões, entre outras, sobre a segurança na deslocação de bicicleta na cidade e até propostas como a do pequeno André em que pediu aos candidatos para avaliar a exequibilidade de um jacuzzi municipal na cidade. O debate pode ser revisto na íntegra através do facebook da Ria.

Proprietários têm até dia 30 de abril para limpar terrenos rurais
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Em comunicado enviado às redações, a CMA informa “os proprietários, arrendatários, usufrutuários ou entidades que detenham terrenos” junto a edifícios “que estejam a ser utilizados para habitação ou atividades económicas são obrigados a proceder à gestão de combustível, numa faixa de largura não inferior a 50 metros, medida a partir da alvenaria exterior do edifício, caso abranja territórios florestais e uma faixa de largura não inferior a 10 metros, caso se trate de territórios agrícolas”.  É ainda obrigatória a limpeza dos “terrenos inseridos nas faixas exteriores, de largura 100 metros, de proteção aos aglomerados populacionais inseridos ou confinantes com espaços florestais, e definidos no Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios”. O prazo máximo fixado para a limpeza destes terrenos é o dia 30 de abril. Para mais informações os munícipes poderão consultar o site oficial ou contactar o Gabinete Técnico Florestal da CMA.

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Feira de Emprego e Formação “Safa-te” agendada para 2 e 3 de abril
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Feira de Emprego e Formação “Safa-te” agendada para 2 e 3 de abril

A iniciativa, promovida pelo Município de Ílhavo através do Serviço de Apoio à Formação e Emprego (SAFE), tem como objetivo fomentar o desenvolvimento económico local, através do aumento da empregabilidade, do empreendedorismo e da qualificação profissional. Durante o dia 2 de abril, 24 entidades vão estar representadas no foyer da CCI para receber eventuais interessados em trabalhar. O espaço estará aberto a visitas entre as 10h00 e as 17h30, com pausa para almoço entre as 12h30 e as 14h00. A sessão de abertura decorre pelas 9h30 e conta com a presença do presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, João Campolargo, e do diretor do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) de Aveiro, Luís Guerrinha. Seguir-se-á a palestra “O Poder e a Importância da Comunicação”, ao encargo da Speak and Lead, empresa que realiza formações especializadas em Comunicação, Soft Skills e Marketing. No mesmo dia, às 14h30 inicia-se uma mesa-redonda sobre o tema – ‘O caminho de um(a) Empreendedor(a)’. A “Safa-te” conta, ainda, com a realização de três oficinas certificadas. A primeira, sobre comunicação, realiza-se no dia 2, pelas 11h30. As restantes oficinas realizam-se no último dia da iniciativa, no CIEMar-Ílhavo - a primeira está agendada para as 10 horas, sobre como comunicar no LinkedIn. A segunda, sobre empreendedorismo e Liderança, começa às 14 horas. As inscrições para as oficinas realizam-se através de formulário online, disponível no website do Município de Ílhavo. As oficinas são limitadas a 20 inscrições, sendo dada prioridade a pessoas desempregadas, que reúnam a documentação necessária para a certificação.

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