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Carlos Azevedo será o novo juiz presidente da Comarca de Aveiro a partir de setembro

As comarcas de Lisboa, Porto, Aveiro, Faro e Braga vão ter novos juízes presidentes a partir de setembro, todos com cerca de 25 anos de experiência na magistratura, adiantou hoje o Conselho Superior da Magistratura (CSM).

Carlos Azevedo será o novo juiz presidente da Comarca de Aveiro a partir de setembro
Redação

Redação

08 mai 2025, 16:24

As nomeações foram decididas em plenário do CSM, a 06 de maio, que decidiu ainda que na comarca de Bragança a presidência será assegurada em regime de acumulação de funções pela juíza presidente da comarca de Vila Real, algo possível para comarcas de menor dimensão, depois de não terem sido encontrados candidatos com todos os requisitos exigidos. Para as cinco comarcas com novos presidentes “foi deliberado prorrogar as comissões de serviço dos atuais juízes presidentes até 31 de agosto de 2025, de forma a assegurar a transição de funções”, sendo que “as novas nomeações produzem efeitos a partir de 1 de setembro de 2025”.

As escolhas tiveram em conta os currículos dos candidatos e a auscultação dos juízes das respetivas comarcas, esclareceu o CSM. Em Aveiro a comarca vai ser presidida pelo juiz de direito Carlos Azevedo, magistrado desde julho de 1999, estando colocado desde 2017 em Santa Maria da Feira, onde coordenou unidades de instância central e local.

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Feira tem marchas com 350 pessoas que pagam “brio bairrista” com verbas da comunidade
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Feira tem marchas com 350 pessoas que pagam “brio bairrista” com verbas da comunidade

Desses desfiles gratuitos no referido município do distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto, os primeiros no calendário são as “Marchas de São João de Pereira”, que se realizam esta segunda e terça à noite em Argoncilhe, e depois seguem-se as “Marchas Sanjoaninas”, que saem à rua a 28 de junho, em São João de Ver. No primeiro caso, a organização da festa cabe à Associação dos Amigos do São João de Pereira, que, fundada em 2017, deu um cunho mais profissional às marchas que tiveram como percursores os antigos “leilões” em carros alegóricos, nos anos 70 e 80, e depois evoluíram para o formato atual, que se distingue por os bailarinos e músicos desfilarem de forma algo discreta num troço de 450 metros de rua e deixarem as coreografias principais para um palco redondo, em torno do qual se dispõe a multidão. “Entre marchantes, músicos, cantores, costureiras e aderecistas, somos uns 200, de vários lugares de Argoncilhe e também de freguesias à volta, como Mozelos e Lourosa, ainda na Feira, ou Sandim e Pedroso, já no concelho de Gaia”, conta Jesus Couto à Lusa, na sua t-shirt com o ‘branding’ da associação. A casa faz alguma receita com 'merchandising' como esse, mas angaria os 20.000 euros do orçamento da festa sobretudo através de “pequenos apoios” institucionais, patrocínios privados “maiores” e atividades pontuais como sorteios de rifas e petiscadas regulares no bar da coletividade, que está decorado com bancos corridos, toalhas ao xadrez e manjericos que duram todo o ano por serem feitos com pompons de lã. A quota de 5 euros anuais pelos mais de 480 sócios da associação também ajuda a pagar as contas, assim como os 25 euros com que cada participante financia “uma parte muito pequena” dos materiais e trabalhos da costureira, mas o presidente da coletividade, Vítor Pereira, diz que “o que tem mais valor é o tempo e o bairrismo das pessoas”, que, inscrevendo-se nas marchas logo em janeiro e fevereiro, em abril já começam a treinar duas a três vezes por semana. Parte dos ensaios é no pátio de cargas e descargas da empresa “Cerâmica de Argoncilhe”, sob o comando de Cristina Correia, equipada com um microfone de cabeça ao estilo pop star; as costuras e bricolages dispõem-se pela cave da professora Inês Pereira, onde Rosa Pereira exibe a letra da canção criada pelo apresentador António Sala para as marchas locais; e também nessa sala ou no bar da associação criam-se, de acordo com um modelo distribuído previamente, os manjericos e sardinhas que, em festão de cores bem vivas, se penduram ao alto na rua da festa. “Há muita gente que se voluntaria para fazer essas decorações e depois tentamos reutilizar tudo o que ainda esteja em bom estado, para evitar ao máximo o desperdício”, assegura Tiago Alves, também aprumado com a t-shirt da organização. Os mesmos princípios ecológicos aplicam-se à cascata sanjoanina, que, em cerca de 20 metros quadrados, apresenta a cada ano uma seleção rotativa de 500 peças, que, a partir de uma coleção total de 3.000, decoram o cenário com quedas de água, fachadas a replicar as principais instituições de Argoncilhe e nuvens pintadas pelas crianças das escolas de Pereira. “Não é por acaso que dizem que estas marchas são grandes demais para a freguesia”, realça Pedro Silva, um dos maestros de serviço. “É tudo feito com muito gosto, mas o melhor mesmo é o espírito bairrista que se sente quando estamos juntos, o brio que une as pessoas”, diz antes de entrar no palco – onde as coreografias se mantêm escondidas do público até à estreia, graças a telas publicitárias que funcionam como cortinas gigantes e por baixo das quais espreitam os bailarinos mais pequeninos, coladinhos uns aos outros. Nas marchas de São João de Ver não há tantas crianças e este ano o desfile ficou reduzido a dois grupos, cada um com cerca de 75 participantes e representando diferentes lugares da freguesia, mas, pelo menos no coletivo Malapeiros, a renovação é constante. “Há sempre algumas pessoas que desistem, ou porque não se adaptam ou porque não têm tempo para os ensaios, mas todos os anos há caras novas e têm aparecido sempre muitos jovens”, garante Herculano Oliveira, o diretor do grupo. Francisco Silva é o encenador, aderecista "e o que mais for preciso" nessas marchas, que implicam uns 5.000 euros suportados com patrocínios, apoios, rifas e outros contributos, e conta que também aí "tudo começou por bairrismo", quando, em resposta ao desafio lançado em 2014 pelo padre da paróquia, a Mena Petiz passou palavra e "a Emília, a Iolanda e a Clara andaram de porta em porta a convencer as pessoas". Se no início eram só 30 os participantes, agora, no pavilhão desativado de uma antiga empresa de tapeçarias, reúnem-se a cada ensaio umas 75 pessoas – a maior parte das quais mulheres que rodopiam com outras dançarinas, dada a falta de espécimes masculinos para as acompanhar nas músicas de Fábio Pinto.  "Aceitamos toda a gente, mesmo que não tenha muito jeitinho nem seja de São João de Ver" assegura Francisco. "E não há prémios para ninguém, porque, no dia em que os grupos se puserem a competir uns com os outros, começa a dar chatices e para isso não vale a pena este trabalho todo", complementa Herculano. No dia 28 há vaidade geral no desfile entre a estação de comboios e a igreja desenhada por Fernando Távora, no que as senhoras não prescindem de cabeleireiro e maquilhadora, mas todos parecem concordar que, ainda assim, “o melhor de tudo é o convívio final”, uma vez concluída a missão a que se dedicaram tantos meses. Só que esse encontro não se realiza no dia das marchas, já que, depois do desfile, os Malapeiros querem é estar com familiares e amigos nas tasquinhas da festa. Entre interjeições de concordância alheia, Francisco e Herculano explicam que há que esperar duas semanas e só então, com todos já recuperados, é que se tira um domingo inteiro para celebrar: "Durante as marchas o que interessa é cada um dar o seu melhor e divertir o povo; depois das marchas, preferimos esperar um bocado para estar mais à vontade, porque o que a gente quer é comer, beber e dançar – mas à nossa maneira, sem passos marcados, até já não aguentar mais!".

Proteção costeira na Costa Nova, em Ílhavo, com 1,4 milhões de financiamento
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Proteção costeira na Costa Nova, em Ílhavo, com 1,4 milhões de financiamento

O projeto, “Alimentação Artificial a Sul do Esporão da Barra – Ílhavo”, da responsabilidade da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), tem uma extensão de intervenção de cerca de 700 metros, na freguesia da Gafanha da Encarnação, concelho de Ílhavo. Segundo o Governo a operação compreende nomeadamente a alimentação artificial da praia, que resulta do aproveitamento de inertes provenientes das dragagens de manutenção do Porto de Aveiro. Tal permitirá repor sedimentos e reforçar o cordão dunar, funcionando como defesa natural contra o avanço do mar. A remoção de esporões obsoletos com o reaproveitamento de materiais para reforço da raiz do esporão sul da Barra, e a relocalização e requalificação de passadiços e paliçadas para regeneração da vegetação dunar são também componentes da operação. Pretende-se, com a iniciativa, responder ao “agravamento da erosão costeira naquele troço, que ameaça o cordão dunar, o passadiço da praia e outras infraestruturas públicas e turísticas da zona da Costa Nova, e resulta também dos impactos recentes de eventos climáticos extremos registados na região”, segundo o comunicado. As medidas “são consistentes” com os princípios do Plano de Ação Litoral XXI, bem como com os compromissos nacionais em matéria de adaptação às alterações climáticas e proteção da faixa costeira, garante o Ministério do Ambiente e Energia. “Esta intervenção representa o que deve ser uma resposta moderna aos riscos costeiros: técnica, célere e ambientalmente sustentável. Estamos a proteger pessoas, bens e património natural com soluções baseadas na natureza e no reaproveitamento de recursos”, disse a ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, citada no comunicado. O financiamento é feito pela Agência para o Clima, através do Fundo Ambiental, e a execução pela APA. Em fevereiro passado o mar avançou sobre o cordão dunar, devido às marés e à forte ondulação, destruindo parte do passadiço que liga as praias da Barra e Costa Nova. “Desde 2023 que andamos atrás da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) para resolver o problema (do avanço do mar sobre as dunas naquela zona), lamentou na altura o presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, João Campolargo.

Daniela Mercury abre festival AgitÁgueda 2025 que estima mais de 1 milhão de visitantes
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Daniela Mercury abre festival AgitÁgueda 2025 que estima mais de 1 milhão de visitantes

Com um programa artístico diversificado e de entrada livre, numa Águeda colorida com chapéus-de-chuva e animada por estátuas vivas, o evento é descrito como um festival para as famílias. Além de Daniela Mercury são destaques do cartaz Fernando Daniel (dia 11), Jorge Guerreiro (dia 15), Diogo Piçarra e padre Guilherme (dia 19), Quinta do Bill (DIA 20), e os Delfins (dia 26), encerrando o festival com um espetáculo pirotécnico. “O Agitágueda já está noutra dimensão”, considera o presidente da Câmara de Águeda, Jorge Almeida, historiando que “há alguns anos Águeda não tinha componente turística forte e hoje é anfitriã de multidões, com o chapéu-de-chuva colorido como imagem de marca”. Vão estar pendurados mais de cinco mil chapéus-de-chuva multicolores pelas ruas, num festival que tem também a arte urbana como componente, e pequenos eventos, envolvendo cerca de 36 associações locais. Na edição de 2024 foram identificadas 61 nacionalidades de origem entre os 940 mil visitantes, o que leva Jorge Almeida a dizer que “Águeda é cada vez mais uma cidade do mundo e o AgitÁgueda contribui para isso”. “A edição de 2025 “vai continuar a rampa de crescimento que tem seguido desde a primeira edição”, vaticinou o autarca, na apresentação do festival. Edson Santos, vice-presidente da autarquia que tem estado envolvido diretamente na organização, diz que “a expectativa é sempre muito alta, sendo essa também uma responsabilidade do Município”, já que é um evento “participado por toda a cidade”. “Tem um impacto fantástico e por cada euro investido há um retorno de 6,5%, o que quer dizer que vai gerar cerca de oito milhões de euros na economia local e não só, porque a hotelaria e restauração dos concelhos vizinhos também beneficiam”, disse, reportando-se a um estudo realizado para a autarquia sobre o impacto do festival.

Câmara de Ílhavo constrói Posto Náutico da Barquinha para reforçar ligação à ria
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Câmara de Ílhavo constrói Posto Náutico da Barquinha para reforçar ligação à ria

O novo posto náutico terá acesso direto à ria, para facilitar a entrada de embarcações na água, refere uma nota de imprensa municipal, indicando estarem já em curso as obras em terra, nomeadamente a definição de arruamentos e áreas de parqueamento automóvel. Na margem vão ser construídas infraestruturas de apoio à prática de desportos náuticos, que têm vindo a ser reivindicadas por uma coletividade local. “O Posto Náutico da Barquinha incluirá um local fechado de apoio ao Clube Natureza e Aventura de Ílhavo (CNAI), com zona para as embarcações, sala de formação e balneários”, descreve a nota de imprensa.  Quanto ao espaço exterior, “será de utilização livre e aberto à comunidade, sendo dotado de estacionamento automóvel, um parque de merendas, um parque infantil e uma zona de cafetaria com instalações sanitárias de apoio”, acrescenta-se no texto. “Com um investimento superior a 350 mil euros, esta intervenção dará resposta a um anseio antigo do CNAI, e proporcionará a toda a comunidade um novo espaço de lazer, desporto e contacto com a natureza, num exemplo claro de como a valorização ambiental, a promoção da atividade desportiva e a qualificação do espaço público podem caminhar lado a lado, ao serviço de todos”, salienta. Foi na Barquinha que nasceu, em 1993, o CNAI, associação desportiva que já conquistou vários prémios regionais e nacionais em canoagem. A autarquia tem vindo a apostar na revitalização da relação da comunidade com a ria e na valorização do território ribeirinho, tendo já requalificado, no mesmo canal, a zona da Murteira, um pouco a sul, com a criação de um parque de merendas, entre outras intervenções.

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Luís Souto atribui a Manuel Assunção a criação da Fábrica Ciência Viva e do PCI. É verdade?
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Luís Souto atribui a Manuel Assunção a criação da Fábrica Ciência Viva e do PCI. É verdade?

As eleições autárquicas em Aveiro continuam a gerar polémica. Os candidatos Luís Souto (coligação 'Aliança Mais Aveiro') e Alberto Souto (PS) procuram disputar espaço e influência na Universidade de Aveiro, tentando atrair figuras prestigiadas da comunidade académica para reforçar a sua credibilidade junto do eleitorado. O socialista Alberto Souto anunciou, ao longo dos últimos meses, o apoio de dois antigos reitores da Universidade de Aveiro como membros da sua Comissão de Honra: Júlio Pedrosa (reitor entre 1994 e 2001) e Helena Nazaré (reitora entre 2002 e 2010). Em resposta, Luís Souto revelou, numa sessão pública no Teatro Aveirense, que o mandatário da sua candidatura será Manuel Assunção, reitor da UA entre 2010 e 2018. Durante a apresentação, Luís Souto destacou a Fábrica Centro Ciência Viva e o PCI – Parque de Ciência e Inovação como exemplos do “fortíssimo impacto” da “ação governativa” de Manuel Assunção. A mesma ideia foi reforçada na nota de imprensa enviada à comunicação social. “A ação governativa do professor Manuel Assunção teve um fortíssimo impacto em Aveiro e na região. Destacando-se, a título de exemplo, a Fábrica Ciência Viva, o Parque Ciência e Inovação da região de Aveiro.” Luís Souto, 20 de junho de 2025 “O Prof. Manuel Assunção (...) foi vice-reitor (de 1994 a 2009) e reitor da Universidade de Aveiro (de 2010 a 2018), promovendo a criação de estruturas como a Fábrica - Centro Ciência Viva e o PCI - Parque de Ciência e Inovação.” Nota de imprensa da candidatura ‘Aliança Mais Aveiro’. A Fábrica Centro Ciência Viva foi inaugurada a 1 de julho de 2004, como indica uma publicação recente da própria Universidade de Aveiro nas redes sociais. Na altura, a UA era liderada por Helena Nazaré, que foi reitora de 2002 a 2010. Na foto da inauguração - onde se vê a presença de Mariano Gago, então ministro da Ciência - é possível ver Helena Nazaré em lugar de destaque. Ou seja, o projeto nasceu e foi concretizado sob a liderança de Helena Nazaré. Já o PCI - Parque de Ciência e Inovação foi inaugurado em 2018, durante o mandato de Manuel Assunção, mas começou a ser desenvolvido em 2007 e materializado em 2009. A informação consta no suplemento “Especial PCI”, publicado no dia 10 de março de 2021 no Diário de Aveiro, mas também o site da Câmara Municipal de Ílhavo relembra o momento: “No seguimento da aprovação da candidatura liderada pela UA do Parque da Ciência e Inovação foi assinado o contrato de financiamento no dia 15 de dezembro de 2009, entre a Universidade de Aveiro e o Programa Operacional da Região Centro. Trata-se de um investimento de 35 milhões de euros, com o apoio do QREN no valor de 15,5 milhões de euros”. O documento foi assinado por Helena Nazaré que à data era ainda a reitora da Universidade de Aveiro. A candidatura de Luís Souto atribui a Manuel Assunção um protagonismo que não corresponde inteiramente aos factos históricos. A Fábrica Centro Ciência Viva foi criada sob a liderança de Helena Nazaré, que integra atualmente a Comissão de Honra da candidatura adversária, do PS. Quanto ao PCI, Manuel Assunção teve um papel relevante na fase de concretização, mas o projeto nasceu e foi financiado durante o mandato anterior, também de Helena Nazaré. A classificação final é ENGANADOR. As declarações de Luís Souto exageram o papel de Manuel Assunção, omitindo o envolvimento determinante de Helena Nazaré na criação das duas infraestruturas referidas. O enquadramento apresentado serve um objetivo político, mas não respeita o rigor histórico dos processos citados.

Feira tem marchas com 350 pessoas que pagam “brio bairrista” com verbas da comunidade
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No primeiro caso, a organização da festa cabe à Associação dos Amigos do São João de Pereira, que, fundada em 2017, deu um cunho mais profissional às marchas que tiveram como percursores os antigos “leilões” em carros alegóricos, nos anos 70 e 80, e depois evoluíram para o formato atual, que se distingue por os bailarinos e músicos desfilarem de forma algo discreta num troço de 450 metros de rua e deixarem as coreografias principais para um palco redondo, em torno do qual se dispõe a multidão. “Entre marchantes, músicos, cantores, costureiras e aderecistas, somos uns 200, de vários lugares de Argoncilhe e também de freguesias à volta, como Mozelos e Lourosa, ainda na Feira, ou Sandim e Pedroso, já no concelho de Gaia”, conta Jesus Couto à Lusa, na sua t-shirt com o ‘branding’ da associação. 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Parte dos ensaios é no pátio de cargas e descargas da empresa “Cerâmica de Argoncilhe”, sob o comando de Cristina Correia, equipada com um microfone de cabeça ao estilo pop star; as costuras e bricolages dispõem-se pela cave da professora Inês Pereira, onde Rosa Pereira exibe a letra da canção criada pelo apresentador António Sala para as marchas locais; e também nessa sala ou no bar da associação criam-se, de acordo com um modelo distribuído previamente, os manjericos e sardinhas que, em festão de cores bem vivas, se penduram ao alto na rua da festa. “Há muita gente que se voluntaria para fazer essas decorações e depois tentamos reutilizar tudo o que ainda esteja em bom estado, para evitar ao máximo o desperdício”, assegura Tiago Alves, também aprumado com a t-shirt da organização. Os mesmos princípios ecológicos aplicam-se à cascata sanjoanina, que, em cerca de 20 metros quadrados, apresenta a cada ano uma seleção rotativa de 500 peças, que, a partir de uma coleção total de 3.000, decoram o cenário com quedas de água, fachadas a replicar as principais instituições de Argoncilhe e nuvens pintadas pelas crianças das escolas de Pereira. “Não é por acaso que dizem que estas marchas são grandes demais para a freguesia”, realça Pedro Silva, um dos maestros de serviço. “É tudo feito com muito gosto, mas o melhor mesmo é o espírito bairrista que se sente quando estamos juntos, o brio que une as pessoas”, diz antes de entrar no palco – onde as coreografias se mantêm escondidas do público até à estreia, graças a telas publicitárias que funcionam como cortinas gigantes e por baixo das quais espreitam os bailarinos mais pequeninos, coladinhos uns aos outros. Nas marchas de São João de Ver não há tantas crianças e este ano o desfile ficou reduzido a dois grupos, cada um com cerca de 75 participantes e representando diferentes lugares da freguesia, mas, pelo menos no coletivo Malapeiros, a renovação é constante. “Há sempre algumas pessoas que desistem, ou porque não se adaptam ou porque não têm tempo para os ensaios, mas todos os anos há caras novas e têm aparecido sempre muitos jovens”, garante Herculano Oliveira, o diretor do grupo. Francisco Silva é o encenador, aderecista "e o que mais for preciso" nessas marchas, que implicam uns 5.000 euros suportados com patrocínios, apoios, rifas e outros contributos, e conta que também aí "tudo começou por bairrismo", quando, em resposta ao desafio lançado em 2014 pelo padre da paróquia, a Mena Petiz passou palavra e "a Emília, a Iolanda e a Clara andaram de porta em porta a convencer as pessoas". Se no início eram só 30 os participantes, agora, no pavilhão desativado de uma antiga empresa de tapeçarias, reúnem-se a cada ensaio umas 75 pessoas – a maior parte das quais mulheres que rodopiam com outras dançarinas, dada a falta de espécimes masculinos para as acompanhar nas músicas de Fábio Pinto.  "Aceitamos toda a gente, mesmo que não tenha muito jeitinho nem seja de São João de Ver" assegura Francisco. "E não há prémios para ninguém, porque, no dia em que os grupos se puserem a competir uns com os outros, começa a dar chatices e para isso não vale a pena este trabalho todo", complementa Herculano. No dia 28 há vaidade geral no desfile entre a estação de comboios e a igreja desenhada por Fernando Távora, no que as senhoras não prescindem de cabeleireiro e maquilhadora, mas todos parecem concordar que, ainda assim, “o melhor de tudo é o convívio final”, uma vez concluída a missão a que se dedicaram tantos meses. Só que esse encontro não se realiza no dia das marchas, já que, depois do desfile, os Malapeiros querem é estar com familiares e amigos nas tasquinhas da festa. Entre interjeições de concordância alheia, Francisco e Herculano explicam que há que esperar duas semanas e só então, com todos já recuperados, é que se tira um domingo inteiro para celebrar: "Durante as marchas o que interessa é cada um dar o seu melhor e divertir o povo; depois das marchas, preferimos esperar um bocado para estar mais à vontade, porque o que a gente quer é comer, beber e dançar – mas à nossa maneira, sem passos marcados, até já não aguentar mais!".

Manuel Assunção foi a surpresa, na noite onde Luís Souto apresentou os seus candidatos às Juntas
Cidade

Manuel Assunção foi a surpresa, na noite onde Luís Souto apresentou os seus candidatos às Juntas

O evento contou com a presença de diversas figuras políticas do partido, incluindo Silvério Regalado, vice-presidente da distrital do PSD, Firmino Ferreira, presidente da concelhia do PSD-Aveiro, e Ana Oliveira, presidente da concelhia do CDS-Aveiro. A ausência de José Ribau Esteves, atual presidente da autarquia, não passou despercebida, sobretudo por ter marcado presença nos últimos momentos-chave do partido. Recorde-se que, em entrevista à SIC Notícias no dia 11 de junho, Ribau Esteves considerou Luís Souto “o melhor dos dois” em comparação com Alberto Souto de Miranda, candidato do PS, recomendando ainda “o voto na Aliança Democrática”, depois de declarações anteriores onde questionava a “experiência de gestão” e o “perfil” de Luís Souto para liderar a autarquia. A sessão no Teatro Aveirense decorreu com dois momentos principais: a apresentação dos mandatários, seguida da apresentação pública dos candidatos às juntas de freguesias. O momento alto da noite, no entanto, foi a apresentação de Manuel Assunção, ex-reitor da UA, como mandatário geral da candidatura. Manuel Assunção foi o escolhido como mandatário da candidatura. É professor catedrático jubilado pelo Departamento de Física da UA, onde iniciou funções em 1977. Licenciado em Física pela Universidade de Lisboa, doutorou-se pela Universidade de Warwick e realizou provas de agregação na UA. Além de reitor nesta instituição - entre 2010 e 2018, foi ainda vice-reitor entre 1994 e 2009 e vice-presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP). Visto como uma pessoa muito próxima de Ribau Esteves, durante os mandatos em que foi reitor da UA, não é a primeira vez que Manuel Assunção assume funções de mandatário. Nas eleições autárquicas de 2021 foi o mandatário de Fernando Caçoilo, candidato do PSD à Câmara Municipal de Ílhavo que acabaria por perder as eleições, tendo sido também mandatário de Marcelo Rebelo de Sousa na sua candidatura vencedora a Presidente da República. Na sua intervenção, começou por agradecer o convite, afirmando que o fez com orgulho e em total independência partidária. “Tendo sido sempre independente, nunca fui neutro. Nos momentos próprios fiz escolhas, apoiei desígnios, dei o corpo ao manifesto. (…) E, neste momento, não podia - nem queria - ser neutro. Tenho de expressar o meu aplauso ao Luís Souto, porque ele é, sem margem para dúvidas, o melhor candidato à Câmara Municipal de Aveiro”, expressou. O ex-reitor valorizou o percurso cívico e associativo do candidato, destacando o seu envolvimento com a cultura e a ciência. “Devo realçar o seu desprendimento de tempo e energia em favor do movimento associativo que, em particular, lhe permitiu apropriar-se de questões essenciais do património e da cultura aveirense”. “A aproximação da ciência aos cidadãos, como demonstra os ciclos ‘Biologia na Noite’, onde se envolveu desde o seu início, é igualmente seu apanágio”, continuou. Manuel Assunção elogiou ainda as ideias do candidato para a cidade de Aveiro por assentarem na “inovação” e na “sustentabilidade”, realçando que “no novo ciclo de desenvolvimento (…) vai assegurar as grandes obras já projetadas, privilegiando a continuidade e evitando disrupções sempre muito custosas”, atirou. O ex-reitor expressou ainda que: “as suas conhecidas preocupações com o rigor, a transparência e as contas certas (…) deixam-nos descansados, como igualmente nos tranquiliza a sua integridade e ética pessoais”. “Sublinho que (…) Luís Souto Miranda é de longe o candidato mais bem colocado para favorecer a afirmação da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), fomentando a coesão territorial e o desenvolvimento integral da região. (…) Solavancos e descontinuidades seriam nefastos”, reforçou. Numa outra justificação ao apoio a Luís Souto, Manuel Assunção relembrou também que “a ponte com UA e com o conhecimento e a relação com a CIRA ou no que respeita à necessidade cada vez maior da qualificação das políticas públicas, encontra igualmente no nosso candidato um interlocutor muito bem capacitado”, reafirmou. Antes da intervenção de Manuel Assunção, subiram ainda ao palco João Jubero, mandatário da juventude, e Isménia Franco, mandatária sénior. João Jubero, de 26 anos, nasceu e cresceu na Vera Cruz e integrou a Associação de Estudantes do Agrupamento de Escolas José Estevão e o Núcleo Associativo dos Estudantes do ISCA-UA. É licenciado em Marketing pela UA. Foi ainda atleta federado e jogador de basquetebol pelo Esgueira e pelo Beira-Mar. Profissionalmente é analista de dados no setor dos serviços financeiros. Na sua intervenção, João Jubero agradeceu a confiança de Luís Souto de Miranda e sublinhou a importância da participação juvenil. “Acredito que a política local só ganha quando os jovens participam, quando não se limitam a criticar de fora, mas escolhem contribuir. Com ideias, com energia e com visão de futuro”, vincou. No seguimento, apontou ainda os principais desafios que os jovens enfrentam, atualmente, em Aveiro, como o acesso à habitação, a mobilidade sustentável e a retenção de talento. “A dificuldade em aceder à habitação a um preço justo, a mobilidade limitada por falta de alternativas sustentáveis, a preocupação crescente com o espaço público, com oportunidades culturais e de emprego que retenham o nosso talento na nossa cidade”, disse. Face a isto, garantiu que a “Aliança Mais Aveiro tem tudo para responder aos desafios do nosso tempo. Com seriedade, com escuta ativa e com soluções concretas para os jovens, sem hipotecar o futuro da nossa cidade”, atentou. Logo após o seu discurso, seguiu-se a apresentação de Isménia Franco, ex-deputada do PSD pelo círculo de Aveiro. Natural da Vera Cruz e residente no Bairro Sá-Barrocas, foi responsável pela criação do Centro Comunitário da Vera Cruz, onde se manteve na direção até 2022. Faz ainda parte do movimento apostólico e litúrgico das barrocas e de todas as irmandades religiosas da Comunidade Religiosa de Aveiro. Na vida política, foi membro da Assembleia e tesoureira do executivo da freguesia da Vera Cruz. No PSD foi vice-presidente da distrital e deputada na Assembleia da República pelo círculo de Aveiro em três legislaturas. No seu discurso, expressou o “profundo amor por esta terra” e um apoio firme à candidatura de Luís Souto de Miranda. “Conheço o Luís como um homem íntegro, dedicado à causa pública, com provas dadas ao serviço de Aveiro”, sublinhou. Destacou ainda o “projeto sólido [da Aliança com Aveiro] que tem transformado a nossa cidade com visão, competência e proximidade”, e valorizou especialmente a aposta do candidato numa “gestão descentralizada e colaborativa”, com maior corresponsabilização das juntas de freguesia enquanto “parceiras essenciais na construção de soluções eficazes e ajustadas às realidades locais”. “Porque Aveiro merece mais. Porque os aveirenses merecem mais. E porque juntos podemos fazer mais e melhor. (…) Com Luís Souto de Miranda, Aveiro segue em frente, tem confiança no presente e visão para o futuro”, concluiu. Luís Souto de Miranda foi o último a discursar. Começou por sublinhar a todos os presentes o orgulho que sentiu ao ver o Teatro Aveirense “cheio”. “Isto é uma manifestação muito importante que estamos a dar à nossa comunidade”, exprimiu ao ver cerca de 400 pessoas presentes. Dirigindo-se diretamente aos três mandatários, começou por destacar o mandatário da sua candidatura, Manuel Assunção, reconhecendo que este “sempre” foi uma figura que respeitou e admirou. “Tendo eu conhecido vários reitores, reconheço no nosso mandatário aquele que teve verdadeiramente uma visão cultural para a Universidade e para Aveiro”, salientou. “Manuel Assunção nunca se enclausurou numa redoma de vidro no alto da sua cátedra”, realçou, destacando duas marcas da sua “ação governativa”: “a Fábrica da Ciência Viva” e o “Parque da Ciência e Inovação (PCI)”. Momentos antes, Luís Souto tinha aproveitado a sua intervenção para fazer duras críticas à comissão de honra da candidatura de Alberto Souto. “O senhor professor vale, por si só, por uma qualquer comissão de honra ou, se quisermos, comissão de vaidades”, reforçou. Referindo-se, desta vez a João Jubero, sublinhou que foram os jovens que viram nele “as qualidades de dinamismo e da representação dos valores da juventude atual”. “E eu não poderia estar mais satisfeito com esta escolha, com a proposta dos nossos jovens”, insistiu. Falando diretamente sobre os jovens, o candidato da Aliança Mais Aveiro sublinhou que: “Queremos mesmo ouvir os jovens, queremos mesmo que eles sejam parte ativa do processo de decisão para o futuro de Aveiro”. Por último, Luís Souto dirigiu-se a Isménia Franco evidenciando a “garra” e a “energia” desta, deixando uma nota, em tom de brincadeira: “quase poderia ser a mandatária jovem pelo seu exemplo”. “A Isménia personifica o nosso compromisso no diálogo intergeracional, na valorização muito clara da qualidade de vida para a população sénior, com políticas do espaço urbano, do desporto para todos, da coesão social e da cultura”, apontou. Neste seguimento, Luís Souto comprometeu-se a “reconhecer os talentos e a experiência dos mais velhos”. “Vamos trabalhar todos, em conjunto, por um Aveiro cada vez mais feliz”, prometeu. Com um olhar mais crítico sobre os dez candidatos às juntas de freguesia pela Aliança Mais Aveiro, Luís Souto de Miranda destacou de forma especial a escolha de Glória Leite enquanto candidata de Glória e Vera Cruz, elogiando a sua “força, determinação e coragem para este combate”. “O meu critério ao fazer estas escolhas (…) foi guiado sempre, mas sempre, pelos superiores interesses de Aveiro, acima de tudo”, justificou. Luís Souto aproveitou ainda o momento para criticar a candidatura do PS, descrevendo-a mesmo como uma “candidatura do ilusionismo”. “Esta candidatura do ilusionismo procura, talvez em desespero, confundir os eleitores”, opinou. “Eles já não são socialistas, agora são social-democratas. Em vez do punho erguido, que sempre usaram, agora usam e abusam do símbolo. Este símbolo [enquanto fazia o ‘v’ com os dedos], que sempre foi o símbolo do nosso lado, da nossa AD”, exprimiu, numa referência ao facto da comunicação da campanha de Alberto Souto ter lançado ao longo das últimas semanas várias fotografias do candidato com os candidatos às juntas de freguesia em que são visíveis gestos que Luís Souto considera serem “símbolos da AD”. No seguimento, disse ainda que os socialistas já “não são vermelhos”, mas sim “verdes” comparando-os a “melancias”. “Verdes por fora, mas o vermelhinho (…) da geringonça de esquerda está lá, ainda que esteja escondido por dentro”, atirou. Comentando diretamente a candidatura de Bruno Ferreira, atual tesoureiro da Junta de Freguesia de Glória e Vera Cruz, agora como cabeça de lista pelo PS, vincou ainda que o PS chegou ao “desplante de ter um candidato que, traindo o projeto político que o elegeu, se representa agora como cito de continuidade, mas pela oposição. Quanto à coerência, estamos esclarecidos”, atirou.  Em jeito de resposta, Alberto Souto de Miranda respondeu, este sábado, 21 de junho, através das suas redes sociais, às acusações esclarecendo que “não há ilusionismo nenhum”: “Quanto a ilusionismo, nós mostramos as cartas todas. Outros escondem o jogo: ainda não foi desta que apareceu a primeira ideia.”, lê-se, repetindo uma das maiores crítica que aponta a Luís Souto.

Proteção costeira na Costa Nova, em Ílhavo, com 1,4 milhões de financiamento
Região

Proteção costeira na Costa Nova, em Ílhavo, com 1,4 milhões de financiamento

O projeto, “Alimentação Artificial a Sul do Esporão da Barra – Ílhavo”, da responsabilidade da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), tem uma extensão de intervenção de cerca de 700 metros, na freguesia da Gafanha da Encarnação, concelho de Ílhavo. Segundo o Governo a operação compreende nomeadamente a alimentação artificial da praia, que resulta do aproveitamento de inertes provenientes das dragagens de manutenção do Porto de Aveiro. Tal permitirá repor sedimentos e reforçar o cordão dunar, funcionando como defesa natural contra o avanço do mar. A remoção de esporões obsoletos com o reaproveitamento de materiais para reforço da raiz do esporão sul da Barra, e a relocalização e requalificação de passadiços e paliçadas para regeneração da vegetação dunar são também componentes da operação. Pretende-se, com a iniciativa, responder ao “agravamento da erosão costeira naquele troço, que ameaça o cordão dunar, o passadiço da praia e outras infraestruturas públicas e turísticas da zona da Costa Nova, e resulta também dos impactos recentes de eventos climáticos extremos registados na região”, segundo o comunicado. As medidas “são consistentes” com os princípios do Plano de Ação Litoral XXI, bem como com os compromissos nacionais em matéria de adaptação às alterações climáticas e proteção da faixa costeira, garante o Ministério do Ambiente e Energia. “Esta intervenção representa o que deve ser uma resposta moderna aos riscos costeiros: técnica, célere e ambientalmente sustentável. Estamos a proteger pessoas, bens e património natural com soluções baseadas na natureza e no reaproveitamento de recursos”, disse a ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, citada no comunicado. O financiamento é feito pela Agência para o Clima, através do Fundo Ambiental, e a execução pela APA. Em fevereiro passado o mar avançou sobre o cordão dunar, devido às marés e à forte ondulação, destruindo parte do passadiço que liga as praias da Barra e Costa Nova. “Desde 2023 que andamos atrás da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) para resolver o problema (do avanço do mar sobre as dunas naquela zona), lamentou na altura o presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, João Campolargo.