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Ovar vai avançar em 2025 com obras de 2,58 milhões de euros na costa do Furadouro

A Câmara de Ovar quer que a Agência Portuguesa do Ambiente avance no primeiro semestre de 2025 com obras de 2,58 milhões de euros na costa do Furadouro, mas disse hoje que mais intervenções são necessárias nessa praia.

Ovar vai avançar em 2025 com obras de 2,58 milhões de euros na costa do Furadouro
Redação

Redação

17 dez 2024, 10:30

A empreitada já anunciada para a orla marítima desse concelho do distrito de Aveiro envolve a reabilitação e o reforço das estruturas de defesa costeira do Furadouro, zona de grande risco de erosão no país.

Para o presidente da autarquia, Domingos Silva, a intervenção em causa é “uma das prioridades centrais” para Ovar, pelo seu impacto na “proteção e valorização da costa do concelho”, e a expectativa é a de que, uma vez terminado o concurso público ainda a decorrer para a devida adjudicação, a obra possa arrancar até fim de junho e concluir-se depois “com a maior celeridade possível”.

Em declarações à Lusa, o autarca vareiro afirma que esta empreitada, “apesar de tardia, é um passo essencial e necessário para garantir a resiliência do Furadouro face aos impactos crescentes da erosão costeira e só foi possível porque a Câmara Municipal fez o seu trabalho e foi persistente junto das entidades competentes, exigindo soluções e investimentos concretos para um problema que afeta diariamente os nossos cidadãos e o nosso território”.

Entre essas entidades inclui-se a Agência Portuguesa do Ambiente e o Ministério do Ambiente, junto dos quais o social-democrata diz ter trabalhado “ativamente”, de modo a cumprir “o compromisso da Câmara para com a proteção do território e das populações”.

Domingos Silva realça, contudo, que esta não é a única intervenção em falta no Furadouro.

“Apesar de estarmos satisfeitos com este investimento em particular, continuamos a pressionar as entidades competentes para que sejam feitos os outros investimentos na proteção da costa de que o Furadouro tanto precisa – nomeadamente a deposição de areias e os quebra-mares destacados – e não descansaremos enquanto eles não forem colocados no terreno”, disse.

Com um prazo de execução de 15 meses, a empreitada a iniciar no primeiro semestre de 2025 vai abranger mais de 1,5 quilómetros de estruturas de defesa costeira: 540 metros de enrocamento longitudinal entre os dois esporões do Furadouro, 120 metros do quebra-mar sul, 140 metros do paredão norte e, ainda mais a norte desse último, outros 724 metros.

Com um valor base de adjudicação de 2.439.024,39 euros que acresce 6% de IVA, a obra deverá atenuar o avanço do mar nessa zona balnear – onde nos últimos foram registadas perdas de areal na ordem dos 100 metros entre a linha da água e a marginal edificada – e diminuir os riscos de galgamento pelas ondas – já que é frequente, nos invernos mais intensos, o mar chegar à via pública, impedindo a circulação viária e pedonal, e inundando lojas e restaurantes.

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João Moniz: BE avança até “ao início do ano” com candidato à Câmara de Aveiro
Cidade

João Moniz: BE avança até “ao início do ano” com candidato à Câmara de Aveiro

Em grande entrevista à Ria, João Moniz resumiu os últimos 19 anos de governação PSD-CDS, no Município de Aveiro, com “serviços públicos no mínimo e impostos no máximo”. Entre os principais problemas da governação à direita apontou a “política de privatização de serviços públicos e de alienação de património da Câmara e a desvalorização do serviço público e da ação social”. O bloquista considerou ainda a política fiscal do Município como “muito agressiva” realçando que a mesma foi “imposta aos aveirenses” para “resolver os problemas”, nomeadamente, da governação de “Élio Maia”, mas também da governação de “Alberto Souto”. Ainda assim, não deixou de reconhecer que “tem havido um caminho, embora tímido, de desagravamento fiscal, em sede de IMI” (Imposto Municipal sobre Imóveis). “Na nossa opinião ele devia ser acelerado, mas isto é uma realidade que os aveirenses conhecem há dois anos”, constatou. No que toca ao Executivo atual, liderado por José Ribau Esteves, sustentou que “a questão da habitação é uma marca deste Executivo”. “Aqui mais pela inação do que pela ação (…)”, atirou. “Entre outras variáveis que explicam o galopar dos preços da habitação está precisamente o modelo do Município que foi inaugurado por Ribau Esteves (…) de ultra valorização do turismo (…)”, criticou. “Existe esta estratégia de deixar ao mercado o problema da habitação, mas a Câmara também tem uma outra política pública (…) que também tem efeito na habitação que é esta política que a Câmara tem na requalificação do espaço público (…) na Avenida, no Rossio e em muitos outros sítios (…) Como não existe uma política de habitação e de intervenção no edificado, o efeito que essa requalificação urbana tem é de aumentar brutalmente o valor do património imobiliário (…)”, justificou. Questionado sobre a obra do Rossio [uma das empreitadas que o BE foi mais crítico no âmbito da qualificação urbana, nos últimos anos, em Aveiro], João Moniz reconheceu que “era preciso requalificar aquela zona” culpabilizando os “executivos liderados por Ribau Esteves, Hélio Maia e por Alberto Souto” pelo estado de “degradação” da mesma. No ponto de vista do Bloco de Esquerda o espaço devia ter mantido a sua função original, neste caso, de “jardim urbano de usufruto público”. “Não foi essa a opção da Câmara… A Câmara decidiu criar ali uma praça de eventos (…) e fazer também o parque de estacionamento que tem consequências logo à partida de atração de mais tráfego automóvel para aquela zona que tendo em conta aquilo que é o consenso de políticas de urbanismo, hoje em dia, nós devíamos de estar a fazer o contrário. (…)”, apontou. Sobre a recente inaugurada obra do Monumento Evocativo da Muralha de Aveiro, junto à Sé, João afirmou que este “assunto é complexo”. “Nós temos visto que o debate tem andado muito à volta do valor estético da obra. Essa é certamente uma variável, mas na nossa perspetiva não seria a principal variável. Em primeiro lugar, qual era o objetivo daquele monumento? Era evocar a memória histórica da muralha e para tal criou-se esta ideia de que ela seria feita em pedra de Eirol. Ora bem, no momento, em que essa possibilidade ficou descartada aquele monumento parece perder grande parte do seu valor. Isso é uma variável”, expôs. “E depois há outra questão mais de fundo que tem a ver com a forma que nós enquanto comunidade escolhemos aquilo que está no espaço público. E na nossa perspetiva essa escolha não devia pender sobre a vontade do presidente e dos seus gostos pessoais (…) Essas escolhas deviam de ser feitas em diálogo e em articulação com a comunidade, com a cidadania e não estarem à mercê dos gostos pessoais de quem ocupa a Câmara, naquele momento (…)”, continuou. Com o aproximar das eleições autárquicas, o bloquista considerou que com base nos resultados anteriores existe uma “adesão razoável” dos aveirenses ao partido “que tem margem para crescimento”. “O Bloco tem dois eleitos à Assembleia Municipal, tem eleitos em várias freguesias, em Esgueira, na Glória Vera Cruz, em Oliveirinha e, portanto, eu diria que existe esse reconhecimento por parte da parte da população, mas a forma como encaramos esse reconhecimento é que nos coloca numa posição de exigência e nós queremos responder a essa posição (…)”, garantiu. “(…) Nós queremos continuar a ser o terceiro partido municipal em Aveiro”, esperançou. À Ria, João Moniz adiantou ainda que o Bloco de Esquerda tem o “objetivo” de anunciar o candidato à Câmara de Aveiro até “ao início do ano”. “Queremos primeiro focar a nossa intervenção no âmbito do programa e das ideias que vamos apresentar aos nossos cocidadãos. Estamos a preparar esse programa e, portanto, essa será a primeira etapa deste processo… E só depois disso iremos focar as baterias na candidatura do ponto de vista dos nomes específicos. Nós estamos a fazer essas conversações”, sublinhou. Relativamente à possibilidade do BE se coligar, o representante do partido realçou que lançou um “repto” à esquerda, em Aveiro, para que o Bloco de Esquerda “pudesse ser um polo agregador para uma candidatura mais forte”. “Nós estamos a fazer esse caminho e esse diálogo com a esquerda em Aveiro. Nós vamos fazer o esforço para que essa alternativa aconteça cientes de que se for preciso iremos sozinhos a eleições”, reforçou. Sobre o diálogo [com os outros partidos], João Moniz alertou que o mesmo tem “linhas vermelhas”. “Nós não vamos falar, nem estamos particularmente interessados em falar, pelo menos, neste âmbito de coligação pré-eleitoral com partidos que apoiaram, por exemplo, a venda de terrenos públicos para depois serem alvo de construção e intervenção para a habitação no setor prémio a valor especulativos. Exclui o partido socialista (…) Estamos a falar de outras forças à esquerda que existem aqui no concelho: o Partido Comunista, o Livre (…)”, revelou. Interpelado com as declarações de Paula Urbano Antunes, líder do PS-Aveiro, em grande entrevista à Ria, onde garantiu que o PS estaria “totalmente indisponível” para se coligar com o BE, João Moniz não se mostrou surpreendido com a afirmação. “Na verdade, o repto que nós lançamos já tinha essa ressalva. Nós não íamos fazer. Não quer dizer que não existam acordos, no sentido, de aproximação (…) Se houver hipótese de haver uma proposta conjunta para aumentar a oferta pública de habitação certamente que sim. Se o Partido Socialista se quiser juntar ao Bloco de Esquerda nessa luta certamente que sim. Nós não vamos fechar essa porta. Agora no âmbito de candidatura autárquica (…) nós já tínhamos fechado essa porta ao Partido Socialista (…)”, relembrou. Confrontado com os nomes mais falados para os candidatos à Câmara Municipal de Aveiro, da Aliança com Aveiro, entre eles, o de Rogério Carlos, atual vice-presidente do Município de Aveiro, o bloquista realçou que se este “decidir dar continuidade ao projeto de Ribau Esteves nós vamos fazer uma avaliação negativa desse projeto (…)”. Já do lado dos socialistas, João Moniz teceu críticas mais duras quanto ao nome de Alberto Souto de Miranda”. “É um pouco perplexante o facto do Partido Socialista ter de ir buscar alguém que governou a Câmara Municipal há quase duas décadas… Um homem do passado, um homem de ontem para liderar o projeto (…)”, descreveu. Por fim, questionado pela Ria sobre a possibilidade de também ele ser um dos candidatos à Câmara de Aveiro, João defendeu que “está disponível para aquilo que o Bloco de Esquerda achar que deve ser a minha responsabilidade. Se os militantes do BE acharem que eu tenho esse perfil eu farei uma avaliação pessoal dessa escolha e vou tomar uma decisão (…)”, defendeu.