Ovar vai avançar em 2025 com obras de 2,58 milhões de euros na costa do Furadouro
A Câmara de Ovar quer que a Agência Portuguesa do Ambiente avance no primeiro semestre de 2025 com obras de 2,58 milhões de euros na costa do Furadouro, mas disse hoje que mais intervenções são necessárias nessa praia.
Redação
A empreitada já anunciada para a orla marítima desse concelho do distrito de Aveiro envolve a reabilitação e o reforço das estruturas de defesa costeira do Furadouro, zona de grande risco de erosão no país.
Para o presidente da autarquia, Domingos Silva, a intervenção em causa é “uma das prioridades centrais” para Ovar, pelo seu impacto na “proteção e valorização da costa do concelho”, e a expectativa é a de que, uma vez terminado o concurso público ainda a decorrer para a devida adjudicação, a obra possa arrancar até fim de junho e concluir-se depois “com a maior celeridade possível”.
Em declarações à Lusa, o autarca vareiro afirma que esta empreitada, “apesar de tardia, é um passo essencial e necessário para garantir a resiliência do Furadouro face aos impactos crescentes da erosão costeira e só foi possível porque a Câmara Municipal fez o seu trabalho e foi persistente junto das entidades competentes, exigindo soluções e investimentos concretos para um problema que afeta diariamente os nossos cidadãos e o nosso território”.
Entre essas entidades inclui-se a Agência Portuguesa do Ambiente e o Ministério do Ambiente, junto dos quais o social-democrata diz ter trabalhado “ativamente”, de modo a cumprir “o compromisso da Câmara para com a proteção do território e das populações”.
Domingos Silva realça, contudo, que esta não é a única intervenção em falta no Furadouro.
“Apesar de estarmos satisfeitos com este investimento em particular, continuamos a pressionar as entidades competentes para que sejam feitos os outros investimentos na proteção da costa de que o Furadouro tanto precisa – nomeadamente a deposição de areias e os quebra-mares destacados – e não descansaremos enquanto eles não forem colocados no terreno”, disse.
Com um prazo de execução de 15 meses, a empreitada a iniciar no primeiro semestre de 2025 vai abranger mais de 1,5 quilómetros de estruturas de defesa costeira: 540 metros de enrocamento longitudinal entre os dois esporões do Furadouro, 120 metros do quebra-mar sul, 140 metros do paredão norte e, ainda mais a norte desse último, outros 724 metros.
Com um valor base de adjudicação de 2.439.024,39 euros que acresce 6% de IVA, a obra deverá atenuar o avanço do mar nessa zona balnear – onde nos últimos foram registadas perdas de areal na ordem dos 100 metros entre a linha da água e a marginal edificada – e diminuir os riscos de galgamento pelas ondas – já que é frequente, nos invernos mais intensos, o mar chegar à via pública, impedindo a circulação viária e pedonal, e inundando lojas e restaurantes.
Recomendações
Mealhada investe cerca de 1,3 ME na requalificação de duas zonas centrais
Em comunicado, a Câmara Municipal da Mealhada informou que foi aprovada a adjudicação da requalificação do Largo do Areal e ruas circundantes em Ventosa do Bairro, uma obra que ultrapassa os 370 mil euros. Foi ainda aprovado o lançamento do concurso para a requalificação urbana da Zona Central de Antes, com um preço base de 940 mil euros. Segundo esta autarquia do distrito de Aveiro, a requalificação do Largo do Areal e ruas circundantes em Ventosa do Bairro terá um prazo de execução de seis meses. “A intervenção visa a requalificação urbana do espaço público, através da renovação da pavimentação, refuncionalização de praça com criação de acesso a pessoas com mobilidade reduzida e/ou condicionada, sinalização, reformulação do sistema de drenagem pluvial e criação de espaços verdes”, referiu. Já a intervenção a realizar na Zona Central de Antes, que inclui o prolongamento da Rua da Portaria, terá um prazo de execução de um ano. “A criação de uma via de coexistência, para privilegiar os peões e a regulação do estacionamento, são algumas premissas desta obra, conjugadas com o acautelar da realização das festas anuais no centro da localidade”, indicou.
Bivalves da Ria são mote para o “Tanto Mar!” de abril
No âmbito da exposição de fotografia “Património em rede: um peixe, uma comunidade, dois países”, patente no MMI, o autor Eduardo Martins, dá início, pelas 11h, a uma visita que “convida a redescobrir a pesca do atum-rabilho, na costa Algarvia, e a sua reabilitação depois de ter estado extinta desde 1972”, dá nota a autarquia. A parte da tarde (14h) contará com uma oficina sobre a exposição destinada a famílias com crianças dos 6 aos 10 anos. Pelas 16h realiza-se uma oficina de cozinha no âmbito do Festival Gastronómico de Produtos da Ria “Vamos aos Cricos” com a presença de Carlos Gaspar, chef do restaurante Clube de Vela, que vai preparar uma receita em que os bivalves da Ria são o ingrediente principal. A tarde termina com uma “Conversa de Mar”, pelas 17h, com Anabela Valente, armadora e mestre Arrais que colabora com a Mútua dos Pescadores e com a APARA. A palestrante irá versar sobre a temática “Pesca tradicional: a perspetiva de uma mariscadora”.
Lançado concurso para estudar reposição dos areais do Furadouro a Esmoriz em Ovar
O procedimento, hoje publicado em Diário da República e aberto até 21 de maio, tem como valor-base de adjudicação os 800.000 euros e estipula 22 meses como prazo para a entidade selecionada apresentar o estudo ambiental, o projeto de obras e ainda “uma análise custo-benefício” da intervenção no distrito de Aveiro. Para a Câmara de Ovar, a abertura do concurso constitui “uma boa notícia para o concelho”, já que concretiza um avanço naquela que é “uma reivindicação há muito assumida pelo Município, que, para além do reforço da defesa aderente e dos quebra-mares destacados, sempre defendeu a necessidade de reposição de areias nas praias como instrumento essencial na mitigação da erosão costeira”. Questionado pela Lusa, fonte da autarquia liderada pelo PSD diz-se, por isso, com “total disponibilidade para colaborar com a APA em todas as fases do processo”, na expectativa de que “o estudo possa ser concluído com a celeridade necessária, de forma a permitir uma resposta concreta, eficaz e duradoura para a proteção do litoral vareiro". A empreitada em causa também abrange a construção de um quebra-mar destacado na praia do Furadouro, sendo que, na análise global das candidaturas, a APA compromete-se a atribuir 70% da ponderação à valia técnica de cada proposta e apenas 30% ao seu preço total.
Comunidade Intermunicipal de Aveiro prepara obra de defesa do Baixo Vouga
Após um concurso sem sucesso, a empreitada foi adjudicada por cerca de 24,3 milhões de euros, com um prazo de execução de 24 meses. “A Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) e o empreiteiro iniciarão agora os preparativos técnicos e financeiros para dar início à obra”, informa em comunicado. No comunicado, saído da reunião de quarta-feira daquele órgão da Comunidade Intermunicipal (CIRA), é saudada a decisão do Governo de assegurar a componente nacional do financiamento e reiterado o compromisso na concretização das obras. Desde 2016, a CIRA tem liderado um conjunto de três projetos, totalizando cerca de 45 milhões de euros, destinados a preservar o ecossistema do Baixo Vouga Lagunar. Para além do Sistema de Defesa Primário, cujo financiamento foi agora assegurado, estão em curso as obras de construção da ponte-açude do Rio Novo do Príncipe e a reabilitação da margem esquerda. O Sistema de Defesa Primário, que teve um troço construído entre 1995 e 1999, que não teve seguimento, foi retomado pela CIRA, que concluiu o plano em 2020 e obteve a Declaração de Impacte Ambiental em fevereiro de 2023. A Resolução do Conselho de Ministros publicada na segunda-feira desbloqueou o financiamento necessário, que será assegurado por fundos europeus em 14,6 milhões de euros entre 2025 e 2026, e na componente nacional pelo Fundo Ambiental, com 10,4 milhões de euros entre 2027 e 2028. A obra a realizar abrangerá os municípios de Aveiro, Albergaria-a-Velha e Estarreja, e incluirá a construção de diques, estruturas hidráulicas, sistemas de drenagem, uma estrutura verde e caminhos rurais. O objetivo é proteger o potencial agrícola e o ecossistema do Baixo Vouga Lagunar.
Últimas
T-REX marca o ritmo no arranque dos oito dias de Enterro em Aveiro
Os bilhetes gerais já estão esgotados e os diários estão a vender rápido. Quem dá nota é Joana Regadas, presidente da direção da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) que alerta que domingo, dia 27, se encontra “já ali nos últimos bilhetes”. O dia que traz Badoxa, Força Suprema e DJ Marqz não é, no entanto, o único dia em que se espera uma enchente no recinto. Hoje, 27, vai ser também dia de casa cheia e os dias de Van Zee e Bispo estão também a vender bem. “São dias bastante fortes, já estávamos cientes”, aponta a dirigente da AAUAv que frisa a vontade que “as pessoas venham, que conheçam aquilo que é o enterro da Aveiro (…) e que acima de tudo, quer sejam estudantes, quer seja comunidade da região de Aveiro, venham conhecer, venham ter com os estudantes e que criem aqui as suas memórias”. Segunda-feira, dia 28, é dia de mulheres em palco com a atuação de Capicua e da Tuna Feminina da Associação Académica da Universidade de Aveiro (TFAAUAv) a abrilhantarem os palcos. A festa continua na terça-feira, dia 29, com Miguel Luz e VSP AST a animarem o recinto e a meio da semana há então Bispo, Alcool Club e DJ Edgar. Abril não foi longo o suficiente e, portanto, a festa continua em maio. Marotos da Concertina, Virgílio Faleiro e DJ Rafa Silva são os responsáveis pela primeira noite do próximo mês enquanto Van Zee e Pikika sobem a palco na primeira sexta-feira, dia 2. O Enterro termina no dia 3 de maio com Xamã e DJ Kold a encerrarem o evento. Os bilhetes diários podem ainda ser adquiridos na aplicação da AAUAv ou no recinto do Enterro entre as 11h e as 04h. Pela primeira vez este ano a AAUAv tomou medidas para limitar os conteúdos de teor sexual explícito nas barraquinhas do Enterro que, apesar de não estarem a ser seguidas como o esperado inicialmente, são frisados como primeiros passos pela direção da AAUAv. O reforço do ‘Safe Space’ é uma outra medida que ganha relevância na edição deste ano, especialmente depois das mais recentes notícias do Porto, ondedirigentes estudantis foram acusadospor alegadamente filmarem e partilharem vídeos de colegas sem autorização e de Braga, onde um jovem de 19 anos acabou por falecer na sequência de uma rixa. O Safe space “vai ser um local adjacente à tenda dos bombeiros” que vai contar com “diversos turnos ao longo da noite”, aponta a dirigente associativa. Além das patrulhas, Joana aponta que “as pessoas podem ir ter com o Safe Space caso sintam que estão a ser vítimas de assédio sexual, assédio moral, ou até mesmo por se estarem a sentir demasiado estimuladas com aquilo que é um evento que tem diferentes estímulos”. “O que nós tentamos proporcionar é mesmo um espaço seguro com pessoas capacitadas para ajudarem qualquer pessoa em qualquer situação a lidar com aquilo que possam estar a experienciar no momento”, frisa a presidente da AAUAv. O Enterro está assim pronto para lidar com todas as situações que possam surgir e a direção da AAUAv espera que o evento seja “uma experiência memorável”. “Espero que seja um bom Enterro para todos, que criem muitas memórias e que venham fazer parte, porque o Enterro são de facto as pessoas que vêm até o Enterro” sublinha Joana Regadas.
Milhares de pessoas celebraram a democracia com esperança no futuro
Nas laterais daquela artéria da capital, outras tantas esperavam para ver passar o desfile, uma multidão que se estendia da zona do Marquês de Pombal à Praça dos Restauradores. “Venho desde que me lembro de ser gente. É uma manifestação de amor pela liberdade, pela democracia, num tempo em que isso é cada vez mais necessário, dado o ressurgimento da extrema-direita. A única resposta é afirmar a alternativa pela liberdade, pela democracia”, disse à Lusa um dos manifestantes. Acompanhado de alguns amigos, Paulo Coimbra alertou para o crescimento de forças antidemocrática, que vê como uma resposta à incapacidade de os partidos do centro defenderem a democracia, através do Serviço Nacional de Saúde, da escola pública e de uma sociedade inclusiva. Ao lado, João Paulo Telo também não é estreante no tradicional desfile do 25 de Abril, mas não participou sempre. “Só recentemente é que comecei a vir assiduamente. Nos primeiros anos achei que não era preciso e agora é”, sublinhou. As ameaças mais recentes reforçam a ideia de que a democracia é um projeto inacabado, mas na qual muitos ainda mantêm esperança, como Lurdes Pedro, que também foi até à Avenida apesar do luto nacional pela morte do Papa Francisco, entre quinta-feira e sábado. “Onde ele estiver, estará muito contente, porque ele lutou muito por isso também, pela liberdade, pelo povo, pelos mais desfavorecidos, por todos”, considerou. Sobre a democracia, admite que “há muita coisa para melhorar”, mas acredita que é possível, votando “no partido certo”, uma esperança partilhada por José Neves, que foi um dos membros fundadores do PS em 1973. No dia 25 de abril de 1974 estava exilado em Londres, Reino Unido. Viveu a Revolução dos Cravos à distância, mas garante que foi o dia mais feliz da sua vida. Por recomendação de alguns camaradas socialistas, incluindo o ex-Presidente da República Mário Soares, não regressou logo a Lisboa, mas em 1975 já estava no país e participo nas primeiras eleições livres. “Vivi esse dia com uma alegria inusitada, uma satisfação que não tenho palavras para descrever e ainda hoje me emociono”, recorda. Passados 50 anos, conta como, ao ouvir o discurso do líder do Chega, André Ventura, na sessão solene comemorativa do 51.ºaniversário do 25 de Abril de 1974 na Assembleia da República, pensou que aquela “linguagem inadequada” também faz parte da democracia. “Nestes 51 anos de democracia, sem dúvida que ainda não atingimos o grau de perfeição que desejamos e que o nosso povo merece, mas, acima de tudo, é a liberdade e é a democracia”, afirmou. Entre os cravos vermelhos e bandeiras Portugal, partidos e movimentos associativos, os participantes erguiam também cartazes em que era possível ler mensagens como "Em cada rosto igualdade", "A revolução será feminista ou não será", "As mulheres ciganas também fizeram o 25 de abril ". Outros dirigiam-se ao Governo, com avisos de que “Se o país continuar assim, a Assembleia voltará a ser um ninho de lacraus (escorpiões)". Também Mariana Cruz deixou críticas ao executivo e comentou, em concreto, a decisão de decretar três dias de luto nacional pela morte do Papa Francisco, coincidindo com o 25 de Abril. “É absolutamente ridículo”, classificou, defendo que foi a “oportunidade perfeita para cancelarem o 25 de Abril à maneira deles” e que Francisco seria o primeiro a apoiar a mensagem do dia de hoje. Mais de uma hora depois de as duas chaimites marcarem o arranque da marcha, os primeiros participantes chegavam ao Rossio, onde a Associação 25 de Abril encerrou o desfile com um discurso de Adelino Costa, que substituiu Vasco Lourenço nessa tarefa. “Os ideais do 25 de Abril estiveram presentes no nosso percurso histórico nos últimos 50 anos e continuam bem vivos na sociedade portuguesa, (…) porém, há muitas ameaças a surgir no nosso horizonte”, alertou, defendendo que “Portugal tem de continuar a ser um país livre, justo, solidário e amante da paz”. No final, ouviu-se novamente uma das senhas da revolução, a “Grândola, Vila Morena”, de Zeca Afonso, entoada em uníssono uma última vez.
Mealhada investe cerca de 1,3 ME na requalificação de duas zonas centrais
Em comunicado, a Câmara Municipal da Mealhada informou que foi aprovada a adjudicação da requalificação do Largo do Areal e ruas circundantes em Ventosa do Bairro, uma obra que ultrapassa os 370 mil euros. Foi ainda aprovado o lançamento do concurso para a requalificação urbana da Zona Central de Antes, com um preço base de 940 mil euros. Segundo esta autarquia do distrito de Aveiro, a requalificação do Largo do Areal e ruas circundantes em Ventosa do Bairro terá um prazo de execução de seis meses. “A intervenção visa a requalificação urbana do espaço público, através da renovação da pavimentação, refuncionalização de praça com criação de acesso a pessoas com mobilidade reduzida e/ou condicionada, sinalização, reformulação do sistema de drenagem pluvial e criação de espaços verdes”, referiu. Já a intervenção a realizar na Zona Central de Antes, que inclui o prolongamento da Rua da Portaria, terá um prazo de execução de um ano. “A criação de uma via de coexistência, para privilegiar os peões e a regulação do estacionamento, são algumas premissas desta obra, conjugadas com o acautelar da realização das festas anuais no centro da localidade”, indicou.
Câmara de Aveiro vai investir 2,5 ME na reabilitação da Escola Básica da Alumieira
Segundo uma nota camarária, o concurso público para a empreitada de reabilitação e ampliação da Escola Básica da Alumieira tem o valor base de 2.536.852,62 euros e um prazo de execução de 540 dias. "Esta empreitada contempla uma intervenção profunda no edifício atualmente em funcionamento, construído nos anos 40 do século XX, e que acolhe os alunos do Pré-escolar e do 1.º Ciclo do Ensino Básico", refere a mesma nota. Segundo a autarquia, o projeto de execução prevê trabalhos de requalificação global dos principais elementos estruturais e de infraestruturas da escola, incluindo a cobertura, paredes e vãos exteriores, bem como as redes de abastecimento de água, saneamento, gás, eletricidade e telecomunicações. A intervenção vai abranger também os pavimentos interiores, pinturas, equipamentos de aquecimento, componentes sanitários, entre outros. Será ainda construído um novo edifício, que permitirá colmatar valências em falta na escola, nomeadamente com a criação de um refeitório/polivalente e de uma biblioteca, reforçando a qualidade da oferta educativa e o conforto das condições de ensino para toda a comunidade escolar.