Pedro Martelo é o primeiro reforço do Oliveirense para 2025/2026
O Oliveirense oficializou esta sexta-feira a contratação de Pedro Martelo, o primeiro reforço da equipa da II Liga portuguesa de futebol para a época 2025/2026.
Redação
O avançado português, de 25 anos, é proveniente do Leça, do Campeonato de Portugal, clube pelo qual marcou 20 golos nos 30 jogos realizados na temporada passada.
Pedro Martelo foi campeão europeu pela seleção sub-19 de Portugal, em 2018, e representou clubes como o Deportivo la Coruña B, Badajoz, Sporting de Braga B, Amora, São João Ver, Belenenses e o Sligo Rovers, da Irlanda.
Recomendações
Festival do Marisco regressa a Ílhavo no dia 31 de julho
Durante quatro dias, segundo uma nota enviada à Ria, o ambiente será de “festa e de convívio”, juntando os “sabores da ria e do mar” na mesa. “O menu contempla mariscadas, sapateira e lagosta recheada, arroz de marisco, feijoada de búzios, camarão, vieiras, ostras, ameijoas, percebes, burrié, mexilhão e pataniscas, salada e sopa do mar”, realça. No dia 31 de julho, quinta-feira, o festival abre só ao jantar. Na sexta-feira e no sábado, 1 e 2 de agosto, abre ao almoço e ao jantar. Já no domingo, 3 de agosto, funciona apenas ao almoço. O Festival do Marisco realiza-se numa tenda gigante, instalada no relvado da Costa Nova do Prado, que abre para almoços, entre as 12h30 e as 15h00, e para jantares, das 20h00 às 23h00. O evento é promovido pelo Illiabum Clube e conta com o apoio do Município de Ílhavo.
Filme "2720" de Basil da Cunha recebe prémio de melhor 'curta' do Shortcutz Ovar
A curta-metragem "2720", que no ano passado venceu o prémio de Melhor Filme Europeu no Festival Internacional de Clermont-Ferrand, em França, entre outras distinções, "é uma narrativa realista filmada num bairro que desperta com a notícia de uma rusga policial, cruzando o destino dos três protagonistas da pior forma possível", descreve o programa. Segundo a sinopse da obra, Camila, de 7 anos, parte em busca do irmão desaparecido após uma rusga policial, e Jysone, em liberdade após cumprir uma pena de prisão, percorre o bairro à procura de boleia para o emprego. O júri do Shortcutz Ovar considerou que Basil da Cunha, em "2720", "filma e revela de forma poética um bairro clandestino, e presta homenagem à Reboleira, na Amadora, identificada através do código postal", que dá título à 'curta'. O filme de Basil da Cunha recebeu igualmente o prémio do público do Shortcutz Ovar, ao reunir o maior número de votos dos espectadores, durante as oito sessões da mostra, realizadas ao longo do ano passado. "Corpos Cintilantes", de Inês Teixeira, recebeu o prémio especial do júri da seleção oficial competitiva, "Rinha", de Rita M. Pestana, venceu a categoria de melhor primeira obra, e "Sopa Fria", de Marta Monteiro, foi considerada a melhor curta-metragem de animação. O júri foi constituído pelas cantoras Surma e Laura Rui, o encenador Leandro Ribeiro e a atriz Ana Vilaça. A entrega dos prémios realizou-se hoje à noite na Escola de Artes e Ofícios, em Ovar, no distrito de Aveiro, e encerrou a 8.ª temporada do Shortcutz Ovar, que contou com uma seleção oficial de 25 curtas-metragens, exibidas ao longo do ano passado, com a presença dos realizadores. A 9.ª edição, em curso no âmbito da programação Ovar/Cultura, tem as próximas sessões marcadas para os dias 25 de setembro, 30 de outubro e 27 de novembro. A rede internacional Shortcutz visa apoiar a nova geração de cineastas, através exibição das suas obras e do contacto regular com o público. Em Portugal, a Shortcutz Ovar realiza-se desde 2017, centrada na divulgação da produção portuguesa.
Viagem Medieval da Feira com 2,3 ME para 96 espetáculos em 12 dias e uma noite extra
Essa entrada livre está reservada para a próxima terça-feira e leva ao centro histórico da referida cidade do distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto uma performance de registo contemporâneo que, combinando música, dança e fogo, visa homenagear todos os que contribuíram para a história de 29 anos do evento e também os munícipes “nascidos a partir de 1996” e por isso apontados pela organização como “Filhos da Viagem”. O espetáculo está aberto à participação de todos os residentes com 28 ou 29 anos que se registem previamente para o efeito, após o que na quarta-feira têm início os 12 dias de programação oficial dedicada ao reinado de Afonso V, o Africano, que foi o monarca responsável pela criação do Condado da Feira e iniciou a expansão portuguesa ao conquistar Alcácer Ceguer, Anafé, Arzila e Tânger. Outra novidade em 2025 é “O Discurso do Rei”, monólogo em que o ator Sérgio Oliveira – que em todo o evento interpretará a figura de Afonso V – dará a conhecer junto ao castelo da Feira, sempre às 23:00, o pensamento do monarca evocado nesta edição, com base em textos redigidos pelo historiador Joel Cleto. Também diferentes serão este ano os torneios medievais, que, às 19:00 e 22:30, passarão a integrar “cavalaria acrobática francesa”, com especiais efeitos visuais e sonoros. As performances partem de uma narrativa sobre o conflito entre duas casas nobres para, com recursos a profissionais de diferentes coletivos portugueses e estrangeiros, exibir lutas e exercícios a cavalo, justas com lanças e combates apeados ou em grupo. Em paralelo a 18 áreas temáticas pagas ou gratuitas, como os Banhos de São Jorge, o Museu Convento dos Loios, a Granja dos Animais, o Lago dos Feitiços e o Souk, o programa de 2025 abordará ainda episódios específicos do século XV nos três espetáculos de grande formato, cujo palco é a margem do rio Cáster: o das 18:00 vai centrar-se na personagem de Rui Pereira, primeiro Conde da Feira; o das 21:30 focar-se-á em diferentes momentos do reinado de Afonso V; e o das 23:30 explorará os avanços desse rei sobre o Norte de África. Do cartaz desta edição constam ainda várias propostas especificamente desenvolvidas para público com limitações de acessibilidade, no que se incluem – além de roteiros em Braille, um programa online em Língua Gestual Portuguesa e uma planta tátil do recinto – visitas guiadas para surdos, espetáculos com tradução simultânea para essa comunidade e percursos orientados para cegos e cidadãos com mobilidade reduzida. A “Viagem Medieval em Terra de Santa Maria” é uma organização da Câmara da Feira, em parceria com a empresa municipal Feira Viva e a Federação das Coletividades de Cultura e Recreio do concelho. Envolve diariamente o trabalho de cerca de 2.000 pessoas, entre as quais “380 voluntários”. Segundo estimativas da organização, o atual orçamento de 2,3 milhões de euros representa um reforço de 600.000 face a 2024 e deverá ser “totalmente pago pelas receitas geradas pelo evento, designadamente pulseiras e bilhetes de entrada, aluguer de espaços, patrocínios e merchandising”. No ano passado, quando o ‘budget’ era de 1,9 milhões de euros, a Viagem faturou 2,2 milhões de euros, para o que contribuíram mais de 650.000 entradas, numa média de 50.000 visitantes por dia. Em 2025, na primeira fase de comercialização das pulseiras livre-trânsito as vendas quase duplicaram face ao mesmo período do ano anterior, totalizando as 6.300 unidades – o que só contabiliza as compras online e não considera as efetuadas nos 30 pontos de distribuição espalhados pelo concelho e territórios limítrofes. A segunda fase de aquisição termina domingo, sendo que a autarquia já ofereceu cerca de 15.000 pulseiras aos estudantes que frequentam escolas do município ou que, vivendo na Feira, lecionam noutros concelhos.
Águeda: Manutenção da Ponte do Vouga da EN1 em Serém inicia na próxima semana
A intervenção vai obrigar à circulação alternada na zona de trabalho, das 08:00 às 17:00, no dia 21 no sentido Norte/Sul, e no dia 22 no sentido Sul/Norte”. Aquela entidade justifica o condicionamento da circulação com a necessidade de “garantir a segurança dos trabalhadores e dos utilizadores da via, bem como a boa execução da obra de reforço das condições de circulação e segurança na Ponte sobre o Rio Vouga”.
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Aliança Mais Aveiro lança candidata em Oliveirinha com surpresa de Rosário Carvalho e críticas ao PS
A coligação ‘Aliança Mais Aveiro’ apresentou este domingo, publicamente, mais um candidato e a sua respetiva equipa às próximas eleições autárquicas. Desta vez, foi anunciada a candidatura à Junta de Freguesia de Oliveirinha, que será liderada por Carolina Santos. Atual secretária da Assembleia de Freguesia de Oliveirinha, Carolina Santos foi escolhida para suceder a Firmino Ferreira, presidente em funções, que não se pode recandidatar devido à limitação de mandatos. Firmino Ferreira marcou presença no evento e fez questão de dirigir algumas palavras aos presentes, num gesto de apoio à sua sucessora. Também Armando Vieira, atual presidente da Assembleia de Freguesia e mandatário da candidatura, interveio durante o evento. Contudo, uma das surpresas da tarde foi a presença de Rosário Carvalho, atual provedora da Santa Casa da Misericórdia de Aveiro e antiga vereadora de José Ribau Esteves, entre 2015 e 2021. Inicialmente anunciada por Luís Souto como uma das coordenadoras do grupo de trabalho responsável pela elaboração do programa eleitoral da coligação ‘Aliança Mais Aveiro’, Rosário Carvalho acabaria por desmentir publicamente essa informação. Em declarações posteriores à Ria, sublinhou a sua posição institucional: “A instituição está acima de qualquer partido. Neste momento, sou a maior representante da Misericórdia, e, por isso, não posso tomar partido, para o bem da própria Misericórdia. A instituição está acima de tudo.” Depois de toda a polémica, Rosário Carvalho dá um passo atrás e declara assim o seu apoio ao projeto da ‘Aliança Mais Aveiro’. A sua presença não passou despercebida a Firmino Ferreira, que lhe dirigiu uma saudação especial, estendendo-a também a Francisco Ferreira, vice-provedor da Misericórdia: “Quero, de facto, cumprimentar a nossa provedora da Santa Casa da Misericórdia, que está cá presente. Bem-vinda e obrigada por teres vindo”. Já no seu discurso, Luís Souto de Miranda começou por saudar “todas as mulheres de Oliveirinha e de Aveiro”, enaltecendo o papel das que, “sem hesitações”, aceitaram integrar as listas da coligação. Aproveitando o momento para tecer críticas à oposição, o candidato sublinhou: “As esquerdas preocupam-se muito com as quotas. Nós, na ‘Aliança Mais Aveiro’, vamos muito além das quotas”. E acrescentou: “Nas dez freguesias onde apresentamos candidatura, cinco são lideradas por mulheres escolhidas pelo seu mérito e pelas suas qualidades”, apontou. Dirigindo-se diretamente à candidata, Luís Souto explicou que a escolha de Carolina Santos, “tal como a dos restantes candidatos”, resultou de um processo participado que envolveu os “atuais presidentes de junta, autarcas e forças vivas de cada freguesia”. “O nome de Carolina Santos surgiu com toda a naturalidade - pela sua serenidade, pelo envolvimento na vida autárquica e comunitária e pelo seu brio profissional”, justificou, manifestando ainda confiança de que a candidata “trará a esta freguesia uma nova energia, novos projetos, contando com a experiência, o conselho e a lealdade dos antigos presidentes”. O candidato aproveitou ainda o momento para deixar uma palavra de agradecimento a Armando Vieira, pelo “apoio firme e sem hesitações”, e a Firmino Ferreira, agora também deputado pelo PSD na Assembleia da República (AR) eleito pelo círculo eleitoral de Aveiro. “Faço votos de um grande mandato ao senhor deputado e conto muito com a sua ajuda para fazer mais por Aveiro”, expressou. Dirigindo críticas diretas ao PS, Luís Souto de Miranda garantiu que, em Oliveirinha, “nunca haverá lugar para experiências socialistas”. “Oliveirinha foi sempre uma freguesia governada pelo espaço político da AD e vai continuar a sê-lo”, assegurou, apontando como exemplo a “área desportiva” e os “equipamentos de qualidade” existentes na freguesia, que, segundo disse, “estão aí para provar o que tem sido a história de sucesso do poder local em Portugal”. Abordando, desta vez, o futuro, o candidato começou por garantir aos presentes que “na ‘Aliança Mais Aveiro’ sabemos o caminho que estamos a trilhar e o que queremos para Oliveirinha, para cada freguesia e para o Município de Aveiro”. “Sempre dissemos que iriamos construir um projeto político com as pessoas e é isso que temos feito ao longo dos últimos três meses e continuaremos a fazer a campanha”, lembrou. Como exemplo desse compromisso, destacou o trabalho de auscultação que têm vindo a desenvolver junto de empresas, associações e da comunidade local. “O nosso projeto é de equipa com os nossos candidatos”, reforçou, prometendo que, “uma vez eleitos”, continuarão a trabalhar “a bem da coesão do município valorizando como nunca as freguesias com especial atenção às periferias”. “Connosco nenhum lugar ficará para trás”, atirou Luís Souto de Miranda. Falando sobre a “cooperação estratégica”, o candidato da ‘Aliança Mais Aveiro’ afirmou que a “governação participada” se alarga às Instituições de Solidariedade Social (IPSS), bem como às “associações desportivas, culturais e recreativas”. No caso concreto de Oliveirinha, comprometeu-se a melhorar o espaço desportivo da Associação Recreativa e Cultural de Oliveirinha (ARCO) e a “valorizar” o Clube de Ténis de Mesa de Oliveirinha, que é “o único clube do município a competir na primeira divisão”. Voltando a dirigir críticas ao PS, Luís Souto de Miranda recordou os anos de governação de Alberto Souto de Miranda [entre 1997 e 2005] na Câmara Municipal, afirmando: “Não esquecemos os anos de governação socialista da Câmara Municipal que como alguém dizia ‘nos deixaram de tanga’”. Reforçou ainda que a governação municipal da Aliança Mais Aveiro será pautada pelo “rigor. Recorde-se que apesar de já ter sido apresentado como candidato à Câmara de Aveiro, Luís Souto de Miranda é, até ao momento, o único nome conhecido da lista da coligação ao executivo municipal. Fez ainda questão de citar a frase de José Régio, escritor: “Não sei para onde vou. Não sei para onde vou. Sei que não vou por aí” para sublinhar que a coligação da ‘Aliança’ sabe “bem” para onde vai. “Não vamos parar o progresso, não vamos prometer utopias, não vamos deixar por terra os esforços de recuperação da credibilidade institucional e financeira da Câmara levados a cabo pela equipa liderada por José Ribau Esteves, [presidente da autarquia]”, afirmou. Enquanto atual presidente da Assembleia Municipal, Luís Souto de Miranda frisou que a sua candidatura “nunca poderia ser de rutura”. “Assumimos a continuidade, mas também a inovação - para um tempo novo, para um novo ciclo, tanto no Município como aqui em Oliveirinha”, concluiu. Para a freguesia de Oliveirinha, o candidato apontou um conjunto de propostas concretas. Entre elas, propôs criar um “parque público” com uma “linda praça pública”; “promover o crescimento da zona industrial Aveiro-Centro que integra Oliveirinha”; “construir uma nova via, paralela à A17 que permite ligar a zona industrial (…) ao futuro nó de ligação do eixo Aveiro-Águeda” e a “qualificação do parque escolar”. Dirigindo-se diretamente a Firmino Ferreira, agora deputado, apelou ao seu contributo parlamentar para que o projeto do eixo Aveiro-Águeda “seja uma realidade”. No domínio da educação, Luís Souto de Miranda estabeleceu como prioridade a revisão da carta educativa, sublinhando a necessidade de adequar a rede de equipamentos escolares às “novas realidades demográficas”. Na área da saúde, reforçou o compromisso com a “melhoria contínua” dos cuidados de saúde primários prestados à população. “Temos aqui em Oliveirinha excelentes recursos humanos no centro de saúde, vamos ter que trabalhar para melhorar as condições de trabalho”, atentou. Numa nota à parte disse ainda: “Não estamos aqui para prometer tudo a todos. Estamos aqui para continuar a servir para inovar com responsabilidade, com verdade e compromisso”. Prestes a terminar a sua intervenção, Luís Souto de Miranda falou ainda sobre dois “temas transversais” a todo o concelho: os transportes públicos e a habitação. Sobre o serviço de transportes alertou que o mesmo precisa de ser “melhorado”, através da “otimização de rotas, horários, ligações e até tarifários”. Relativamente à habitação reconheceu que é um “desafio nacional, estrutural e complexo”, mas admitiu que “isso não serve de desculpa para não agir”. Prometeu, nesse sentido, ter “propostas concretas, soluções no quadro legislativo em vigor e políticas amigas do investimento”. “Este é um compromisso que assumimos com seriedade. A habitação será uma prioridade com empenho, ação e dedicação desde o primeiro dia e aqui em Oliveirinha também é preciso criar condições para haver oferta habitacional”, vincou. No seguimento da apresentação, Carolina Santos usou da palavra para recordar a sua ligação profunda à freguesia. “Tenho 46 anos, sou filha desta freguesia e com muito orgulho posso dizer que nasci, cresci, resido e trabalho nela ao serviço da comunidade”, referiu. A candidata destacou ainda algumas das propostas que pretende concretizar, como a construção de um armazém para a Junta de Freguesia, considerando-o “imperativo” para guardar equipamentos e materiais e garantir aos trabalhadores “melhores condições sanitárias e de trabalho”. Entre outras prioridades, sublinhou a “conservação e melhoria da rede viária”, que classificou como “fundamental”, e a “dinamização do espaço sénior”. “Acredito que só com trabalho, transparência, escuta ativa e diálogo permanente será possível construir uma freguesia mais justa, mais unida e mais desenvolvida”, resumiu, comprometendo-se que será uma presidente “próxima, acessível, presente- uma verdadeira servidora pública”. Sobre a equipa que a acompanha, caracterizou-a como “forte, unida e competente”, composta por “pessoas que as gentes da nossa terra conhecem e com quem se identificam”. Em jeito de conclusão salientou ainda que “juntos e em equipa somos mais fortes”, reforçando que as “dificuldades transformar-se-ão em oportunidades”. “Faremos desta freguesia um lugar ainda melhor para viver, crescentemente atrativo”, desejou. Nas eleições autárquicas de 2021, a coligação venceu com 61,71% dos votos na freguesia, elegendo seis mandatos contra dois do PS/PAN e um do Bloco de Esquerda.
PSP e Deco alertam para uso de números falsos em fraudes e recomendam precauções
Apesar de o sistema da Polícia de Segurança Pública (PSP) não permitir identificar o número exato de denúncias sobre este crime em particular, fonte oficial da entidade garantiu à Lusa que acompanham o fenómeno de perto e salienta que as vítimas só costumam apresentar queixa quando a chamada resulta efetivamente numa burla. O “spoofing” consiste na falsificação de uma entidade (e-mail, número de telefone, ‘site’ ou endereço IP, entre outros) por forma a dar uma aparência de legitimidade e de confiança naquele contacto, tendo em vista iludir a vítima, explicou a mesma fonte oficial. Os cibercriminosos fazem-se passar por entidades bancárias, empresas amplamente conhecidas ou instituições públicas, com o objetivo de obter os dados pessoais da vítima ou credenciais para fins criminosos, avisa a PSP. Estas burlas podem ter consequências graves: desde o roubo de dados bancários até ao acesso a conteúdos privados nos telemóveis das vítimas, como fotografias ou contactos. Em alguns casos, os burlões convencem as vítimas a fazer transferências bancárias, muitas vezes com a promessa de investimentos fictícios. Do lado dos consumidores, a preocupação também é crescente. Embora sem números concretos, o jurista da associação de defesa do consumidor Deco Luís Pisco confirma que “muitos consumidores procuram informar-se sobre este tipo de tentativas de burla”. Segundo o responsável, este tipo de fraude é uma evolução das práticas de “phishing”, que atualmente já recorre a chamadas de voz (‘vishing’) ou SMS (‘smishing’), com uso de “spoofing” [usurpação de números] para simular números de telefone fidedignos. Luís Pisco lembra ainda que os burlões “mascaram ou falsificam o número de telefone de onde enviam as mensagens ou fazem as chamadas (“spoofing”), fazendo-se passar por entidades idóneas como o Estado, bancos, prestadores de serviços públicos e privados. A PSP reforça a importância da prevenção, aconselhando os cidadãos a duvidarem de chamadas ou mensagens genéricas, a não clicarem em “links” suspeitos, a não partilharem o número de telefone nas redes sociais e a bloquearem chamadas indesejadas. Já a Deco alerta para o uso de técnicas de “engenharia social que exploram a ingenuidade e a iliteracia digital dos consumidores”. “Devem desligar a chamada e confirmar a veracidade da informação que lhes foi dita (ou enviada por mensagem). E nunca partilhem dados pessoais desnecessariamente nas redes sociais, em particular dados sensíveis, uma vez que estão a fornecer informação para eventuais ataques”, avisa Luís Pisco. Ambas as entidades recomendam a denúncia de todas as tentativas de burla, mesmo que não tenham causado prejuízo. No entanto, o jurista da Deco sublinha que a legislação atual “não protege suficientemente os consumidores” e defende uma atualização urgente que obrigue as operadoras de comunicações a implementar medidas mais eficazes de prevenção e deteção. “A legislação em vigor não protege suficientemente os consumidores nestas situações e necessita de uma atualização urgente no que respeita a medidas de prevenção, deteção e repressão destas práticas, por parte das empresas prestadoras de serviços de comunicações eletrónicas”, sustenta o jurista da Deco. “Além disso, existe já um conjunto de soluções técnicas que permitem minorar, pelo menos, os efeitos destes ataques e que pode e deve ser implementado”, conclui.
IL propõe “novo centro de vida urbana” na antiga lota e recusa mais “luxo à beira-ria”
“Aveiro não precisa de mais condomínios de luxo à beira-ria. Precisa de espaços vivos, abertos, que sirvam todos os aveirenses — e não apenas uma elite”, afirma a IL, numa nota enviada à Ria, no passado sábado, 19 de julho. O partido considera o terreno da antiga lota, em pleno centro da cidade, como “a frente lagunar mais subvalorizada de Portugal”, sublinhando que se trata de uma área com “luz, espaço e história — tudo por aproveitar”. A proposta da IL rejeita expressamente a privatização do espaço para fins habitacionais de luxo. “Não será mais um conjunto de apartamentos fechados a quem cá vive. Não será mais uma oportunidade entregue à especulação imobiliária”, garante a nota. Em vez disso, o partido defende um projeto “útil, acessível e vivo — pensado para todos”. A visão apresentada inclui a criação de esplanadas, bares e restaurantes junto à água, zonas verdes amplas com ciclovias, parques infantis e áreas para desportos náuticos. Está também prevista a construção de um pavilhão multiusos moderno, destinado a concertos, congressos e eventos culturais, bem como espaços de apoio à criação artística e associativa. A animação noturna seria regulada, mas com horários alargados. “Este é o momento de dar um novo significado à antiga lota”, lê-se ainda na nota, onde a IL apela a uma requalificação com “visão, transparência e impacto real”. “Porque LOTA-Lugar de Oportunidades, Turismo e Ambiente não deve ser privatizada em luxo. Deve ser devolvida à cidade como lugar de encontro, partilha e futuro”, finaliza. Recorde-se que a antiga lota também já foi tema central da iniciativa “Rota das Oportunidades”, promovida por Alberto Souto de Miranda, candidato do PS à Câmara de Aveiro. Na ocasião, Alberto Souto descreveu o local como “o maior impasse e o maior buraco urbanístico” da cidade. “São cerca de 11 hectares a 300 metros do centro da cidade e há mais de 20 anos que o impasse persiste. Há cerca de 40 anos que não há aqui atividade piscatória e portuária que o justifique”, afirmou, lembrando que foi ainda durante o seu mandato que deixou o plano da Polis para requalificar toda aquela área. “20 anos passados nada aconteceu”, criticou. O candidato socialista sublinhou, no entanto, que “finalmente foi possível chegar a um acordo entre o Porto de Aveiro e a Câmara Municipal”, mas lamentou que a zona continue por concretizar. Para Alberto Souto de Miranda, este é um espaço com potencial para “criar futuro, não para fazer mais do mesmo”. Defende uma abordagem diferente da anunciada pelo atual executivo, que considera centrada em “muita construção e poucas árvores”. Em alternativa, propõe “muitas árvores e alguns imóveis de qualidade, que sejam uma referência da arquitetura nacional e de que nos possamos orgulhar”. Em resposta às críticas lançadas pelo socialista, José Ribau Esteves, presidente da Câmara de Aveiro, afirmou à Ria que já há “um projeto em curso” para a antiga lota. “Estamos a formalizar o projeto de execução e temos um fundo comunitário aprovado, do ITI [Instrumentos Territoriais Integrados] das Redes Urbanas, no caso das Cidades Azuis, que vai comparticipar uma primeira fase das obras de urbanização e infraestruturação daquele terreno”, disse.
Festival do Marisco regressa a Ílhavo no dia 31 de julho
Durante quatro dias, segundo uma nota enviada à Ria, o ambiente será de “festa e de convívio”, juntando os “sabores da ria e do mar” na mesa. “O menu contempla mariscadas, sapateira e lagosta recheada, arroz de marisco, feijoada de búzios, camarão, vieiras, ostras, ameijoas, percebes, burrié, mexilhão e pataniscas, salada e sopa do mar”, realça. No dia 31 de julho, quinta-feira, o festival abre só ao jantar. Na sexta-feira e no sábado, 1 e 2 de agosto, abre ao almoço e ao jantar. Já no domingo, 3 de agosto, funciona apenas ao almoço. O Festival do Marisco realiza-se numa tenda gigante, instalada no relvado da Costa Nova do Prado, que abre para almoços, entre as 12h30 e as 15h00, e para jantares, das 20h00 às 23h00. O evento é promovido pelo Illiabum Clube e conta com o apoio do Município de Ílhavo.