Santa Maria da Feira aprova pacote para apoiar desporto em cerca de 1,8 milhões de euros
A Câmara Municipal de Santa Maria da Feira aprovou a abertura de candidaturas para um pacote de 12 medidas do Programa de Apoio ao Desporto (PAD), num investimento global de “cerca de 1,8 milhões de euros”. A autarquia estima receber cerca de “180 candidaturas ao PAD de 2025” e apoiar “23 modalidades de 55 associações desportivas, abrangendo mais de 3900 atletas”.
Redação
Segundo uma nota do Município, a maior fatia deste pacote financeiro (500 mil euros) destina-se a apoiar a construção, modernização e requalificação de instalações e equipamentos desportivos ou infraestruturas de apoio (Medida 7b). “Na prática, as associações podem candidatar-se ao apoio a projetos, obras em instalações de apoio aos recintos desportivos (balneários, bancadas, casas de banho e muros de vedação), eficiência energética (LED e painéis solares) e acessibilidades para pessoas com deficiência, incluindo WC adaptados. A Câmara Municipal disponibiliza ainda, através da Medida 7a, um montante de 300 mil euros para a construção ou requalificação de relvados sintéticos em campos de futebol de onze”, explica.
A outra fatia do investimento (340 mil euros) será aplicada no apoio à inscrição de praticantes ou às arbitragens (Medida 1), com o objetivo de promover o aumento dos escalões de formação e ampliar a oferta desportiva. “Esta medida prevê a comparticipação nos encargos com a filiação de praticantes desportivos nas respetivas associações e federações de modalidades, através do pagamento das despesas efetuadas com inscrições, cartões, transferências (nacionais), filiação do clube e seguro desportivo de todos os atletas masculinos dos escalões de formação e de todos os escalões das atletas femininas”, refere. “No caso do basquetebol, o apoio poderá ser aplicado na comparticipação dos encargos com as arbitragens da época desportiva, até ao escalão sénior. Tratando-se de atletas com deficiência, a verba destina-se a comparticipar as despesas com as inscrições, cartões e seguros, bem como a inscrição dos acompanhantes, sempre que sejam parte integrante da competição, as inscrições em torneios/campeonatos, inscrições em categorias e filiação do clube”, continua.
A Câmara de Santa Maria da Feira garante ainda que com estes apoios pretende continuar “a incrementar a prática desportiva nos escalões masculinos de formação, bem como em todos os escalões do desporto feminino; fomentar o desporto adaptado; promover a diversidade desportiva regular e pontual; proporcionar melhores condições aos atletas, ao nível de materiais de treino e recintos de jogo; criar condições de socorro nas instalações desportivas e de tratamento dos atletas e a apoiar a participação de associações desportivas em finais absolutas de competições internacionais e/ou atletas em representação das seleções nacionais”.
Recomendações
Autárquicas: Rui Dias (PSD/CDS) espera ter condições para governar Câmara de Ílhavo
Rui Dias dá como referência os quatro anos em que o movimento Unir para Fazer dirigiu a autarquia sem maioria absoluta, em que “teve condições semelhantes para governar”. “Não tem que haver necessariamente mais vereadores, porque basta-nos fazer um entendimento com quem tem menos vereadores para construirmos uma maioria absoluta”, disse. O novo presidente da Câmara referia-se às condições de governabilidade de que o seu antecessor, João Campolargo, do movimento de cidadãos Unir para Fazer, que perdeu as eleições para a Câmara, beneficiou, reclamando agora reciprocidade. A coligação PSD/CDS ganhou as eleições no município de Ílhavo, mas sem maioria absoluta, obtendo para a Câmara 6.580 votos (35,74%), encanto o movimento Unir para Fazer foi o segundo mais votado, obtendo 6.405 votos (34,79%) e o PS foi a terceira força mais votada, com 2.458 votos (13,35%). No executivo municipal, a coligação PSD/CDS liderada por Rui Dias elegeu três mandatos, os mesmos do Unir para Fazer, enquanto o PS mantém um eleito. “O processo está no início, sendo fundamental identificar pontos de convergência entre os projetos políticos envolvidos”, comentou Rui Dias, considerando que “há que perceber os possíveis alinhamentos”. O novo presidente da Câmara de Ílhavo, que recuperou a autarquia que foi PSD até 2021, mencionou a experiência anterior de quatro anos na Câmara, liderada por João Campolargo do movimento Unir para Fazer, agora na oposição. “Nós estamos a começar, estamos a arrancar, temos que perceber que pontos de convergência existem entre os nossos projetos e os outros e perceber o alinhamento possível”, concluiu.
Autárquicas: Campolargo assume derrota em Ílhavo e lugar de vereador da oposição
A coligação PSD/CDS-PP ganhou as eleições no município de Ílhavo, no distrito de Aveiro, mas sem maioria absoluta, obtendo para a Câmara 6.580 votos (35,74%), enquanto o movimento Unir para Fazer foi o segundo mais votado, obtendo 6.405 votos (34,79%) e o PS foi a terceira força política mais votada, com 2.458 votos (13,35%). No próximo executivo municipal, liderado por Rui Dias, a coligação PSD/CDS-PP tem três mandatos, os mesmos do Unir para Fazer, enquanto o PS mantém um vereador. “Tomarei posse e estarei entre os vereadores, e estaremos disponíveis para trabalhar em conjunto com o executivo que irá ser formado”, disse João Campolargo. Sobre o papel do movimento Unir para Fazer nos órgãos autárquicos onde está representado, João Campolargo diz não abdicar do papel fiscalizador que lhe cabe, agora na oposição. “Faremos a nossa avaliação, a nossa fiscalização, desejamos sempre que seja um mandato dessa aliança com um serviço muito próximo e de responsabilidade”, afirmou em declarações à Lusa. Refletindo sobre os resultados eleitorais, o presidente cessante da Câmara de Ílhavo reconhece que o seu movimento “sofreu uma derrota, apesar de um apoio significativo”. “O movimento de cidadãos perdeu por uma escassa diferença de votos para uma coligação de dois partidos, o que foi um sinal de reconhecimento e admiração pelo trabalho feito, e houve uma aproximação significativa em território e mesas de voto, mas não foi suficiente para a vitória”, declarou. Quanto ao futuro, garante que “o movimento atuará como força de fiscalização, reconhecimento do que é bem feito e usará o conhecimento adquirido para se preparar para dar melhor resposta e participação na discussão democrática ao longo dos próximos quatro anos”.
Autárquicas: Jorge Ratola com maioria absoluta para devolver “qualidade e confiança” a Espinho
“Depois de tanto que aconteceu, é realmente uma felicidade que tenham reconhecido a minha disponibilidade para servir Espinho, para que a cidade volte a ter qualidade de vida para quem cá reside e quem nos visita, e de modo a que o município aproveite um conjunto de oportunidades que viu desperdiçadas nos últimos anos”, declara à Lusa o vencedor das eleições nesse concelho do distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto. Essa estratégia passará por valorizar a frente de mar, por reabilitar infraestruturas e equipamentos “que são únicos na região e no país” e por desenvolver projetos de habitação a custos controlados. Quanto à sua primeira medida quando iniciar funções, já está definida: “Pôr a Câmara a funcionar e a corresponder ao que se espera dela, para que os habitantes e os investidores possam voltar a ter confiança nos serviços municipais”. A vitória de Jorge Ratola marca o fim de uma campanha eleitoral particularmente disputada em Espinho, onde na corrida às urnas também participava Maria Manuel Cruz – que ainda é a presidente em funções e avançou como independente depois de ser preterida pelo PS – e Luís Canelas – que, tendo começado por integrar o executivo dessa autarca, acabou por liderar a candidatura socialista. Para o próprio PSD, o percurso também foi irregular, já que a concelhia começou por indicar Ricardo Sousa, mas a direção nacional do partido avocou o processo e impôs o nome de Jorge Ratola, adjunto do primeiro-ministro, ex-vice-presidente da Câmara de Aveiro e ex-chefe dos gabinetes da presidência tanto de Joaquim Pinto Moreira na Câmara de Espinho como de Emídio Sousa na de Santa Maria da Feira. Agora, com 35,46% dos votos em Espinho, num total de 6.532 boletins, o candidato do PSD elegeu quatro elementos para o executivo da autarquia, que tem cerca de 21,4 quilómetros quadrados e 33.000 habitantes. A Oposição ficou-se pelos 24,39% e 4493 votos do PS, que elegeu Luís Canelas e Nuno Almeida, e pelos 15,3% e 2819 boletins do movimento independente liderado por Maria Manuel Cruz, que assim passa de presidente da Câmara a vereadora minoritária. Natural de Aveiro e atualmente com 59 anos, Jorge Ratola tem o 12.º ano de escolaridade e, segundo a sua nota curricular, quase sempre exerceu funções em serviços públicos, iniciando a carreira como vice-presidente da Casa da Cultura da Juventude de Aveiro e adjunto do Instituto Português da Juventude, em ambos os casos logo aos 23 anos e pelo período de 1989 a 1997. A partir de 2000 trabalhou dois anos como comercial da companhia de seguros Tranquilidade, após o que, de 2002 a 2005, foi chefe de gabinete do então Governo Civil de Aveiro e, nos quatro anos seguintes, adjunto da presidência na Câmara Municipal de Vale de Cambra. Daí passou para a autarquia de Espinho, onde de 2009 a 2013 assumiu a chefia do gabinete da presidência, e para a Câmara de Aveiro, onde foi vereador de 2013 a 2015 e vice-presidente de 2015 até 2021. Os últimos cargos que assumiu foram o de chefe do gabinete da presidência na Câmara da Feira, de 2021 a 2024, e o de adjunto do gabinete de Luís Montenegro, que exerce desde maio de 2024. Nas autárquicas de 2021, e após 12 anos de gestão PSD por Pinto Moreia, foi o PS a ganhar as eleições, com 40,23% dos votos, o que deu a presidência da Câmara ao arquiteto Miguel Reis. Os quatro eleitos socialistas estavam então em maioria face aos três vereadores do PSD, que se ficaram por 37,35% dos votos, mas Miguel Reis renunciou ao cargo na sequência da sua detenção no âmbito da Operação Vórtex, por alegada corrupção em negócios imobiliários.
Autárquicas: PSD reforça câmaras em Aveiro e mantém liderança da Comunidade Intermunicipal
O PSD, com uma lista encabeçada pelo adjunto do primeiro-ministro Jorge Ratola venceu Espinho com uma maioria absoluta, recuperando este município que tinha perdido para o PS há quatro anos. Em São João da Madeira, a segunda câmara conquistada ao PS, esta em coligação com o CDS-PP, o novo presidente da autarquia é João Oliveira. Em Ílhavo, Rui Dias (PSD/CDS-PP) recuperou a autarquia que o movimento Unir para Fazer tinha retirado aos social-democratas há quatro anos, mas sem maioria. O PSD recuperou ainda a Câmara de Anadia, que era liderada há 12 anos pelo Movimento Independente Anadia Primeiro, criado após divergências com os social-democratas, que não concorreu nestas eleições, e o novo presidente é Jorge Sampaio. Para além destes municípios, o PSD mantém as câmaras de Santa Maria da Feira, Ovar, Sever do Vouga, Murtosa, Estarreja e Vagos, a que se somam mais duas em coligação, com o CDS-PP (Estarreja) e com o MPT (Águeda). O PS passa a governar Castelo de Paiva, que pertencia ao PSD, e renova a liderança das câmaras de Arouca e Oliveira de Azeméis. O CDS, isolado, conserva as três câmaras que já detinha: Albergaria-a-Velha, Oliveira do Bairro e Vale de Cambra. Das três câmaras lideradas por movimentos independentes, mantém-se apenas a de Mealhada. O PSD continua a liderar a Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, conquistando 9 das 11 câmaras (mais duas do que há quatro anos - Ílhavo e Anadia). As outras duas câmaras são do CDS (Oliveira do Bairro e Albergaria-a-Velha).
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"Eleições Autárquicas em Aveiro – o perpetuar da história", opinião de João Manuel Oliveira
Decorreram no passado domingo as eleições autárquicas no país. No entanto, nesta sequência de artigos irei escalpelizar a nossa região. Primeiro, Aveiro, depois a CIRA e por fim, aquele, ainda existente, e no entanto anacrónico limite territorial, o distrito. Em síntese, a Aliança com Aveiro teve um resultado satisfatório, Alberto Souto atingiu, mais uma vez, o seu limiar de resistência, o resultado máximo que ele poderia almejar, o Chega entra na vereação, algo histórico e a IL passa a estar presente na Assembleia Municipal. O Livre passa a ter um deputado municipal único e o Bloco de Esquerda e o PCP perdem os seus representantes. Não tenho a certeza absolutíssima, mas acho que é a primeira vez que este partido não tem representação em Aveiro. A Aliança com Aveiro ganhou as eleições e conseguiu fazer um 9-1 nas freguesias, demonstrando a sua presença e consistência. Desde 2005, em que historicamente o CDS e o PSD se uniram em Aveiro – mas mesmo antes, com a exceção de 2001 – o resultado destes dois partidos dá sempre para vencer em Aveiro e na quase totalidade das suas freguesias (o centro da cidade, com a união, é um caso à parte). Alberto Souto atingiu quase o seu limiar de resistência, aqueles votantes que teve em 2005 e em 1997. É alguém que ultrapassa a base do partido e entra em todo o lado, mas também tem um conjunto de resistências que não conseguiu ultrapassar durante a campanha. Em termos comunicacionais, passou uma mensagem de Messias (o cartaz junto à rotunda da Salineira é o melhor exemplo), de alguém que tinha e tem um desígnio para a cidade. Ora, isso não batia certo com a mensagem-slogan “um futuro com todos, com as pessoas”. Demasiados projetos e ideias – algumas com vinte e cinco anos e que estão ultrapassadas ou erradas – voltaram a passar a mensagem de despesista, que se colocou como supercola, embora ele se tentasse libertar. O Chega quase que cumpria o desígnio do seu líder André Ventura. Diogo Soares Machado utilizou os chavões todos mas esqueceu-se que, a exemplo dos irmãos, também ele faz parte de uma família com pergaminhos na cidade, uma elite. E que também ele tem um passado. Mesmo assim, conseguiu ultrapassar os resultados absolutos da última campanha em que tinha sido mentor, em 2013 e segurar o seu lugar de vereador. Será um erro a Aliança com Aveiro se unir a ele, de forma permanente. Em relação aos partidos que não entraram na vereação, mas sim na Assembleia: a IL conseguiu solidificar a sua presença, garante um resultado sólido e consegue 2 elementos na Assembleia Municipal. Ainda tem uma presença fraca nas freguesias, algo muito parecido com todos os outros partidos que andam à caça de candidatos a menos de seis meses das eleições – o trabalho político, ao contrário do que se pesa, deve começar três anos antes… O candidato do Livre conseguiu atingir um dos seus três resultados e será deputado municipal. Quem merecia lá estar era a Aurora Cerqueira, porque foi ela que andaram a mostrar em todo o lado, para que as pessoas não se esquecessem que ele era o candidato triplo. Receberam os votos dos que, à esquerda, quiseram castigar o BE e PCP. Quanto a João Moniz, basta dizer que não chega ser o melhor nos debates e um dos mais bem preparados quando se cola a uma extrema-esquerda em plena crise de identidade… Se continuar com vontade e for independente, será alguém a ter debaixo de olho para 2029. Quanto ao PCP, precisa olhar para dentro. Perdeu a sua representação em Aveiro, pela primeira na sua história. Terá sido a última? Não refiro o PAN, pois a sua presença na Assembleia Municipal em 2021 foi, somente, devido ao acordo maravilhoso feito com o PS. A representatividade real está expressa nos resultados deste ano. Candidatos à última da hora dão nisto. Em relação às freguesias e a resultados específicos, é de salientar que poderemos ainda vir a ter novidades, dada a evidente dificuldade da Aliança com Aveiro (e Catarina Barreto, que ganhou com larga margem, mas sem maioria) fazer executivo em Aradas. Se a mesma situação acontece em Esgueira e Eixo Eirol, as campanhas nesses dois locais pareceram mais pacíficas e que darão lugar a negociações mais simples para formar o executivo. São Jacinto foi uma vitória forte da Aliança, demonstrativa que a mensagem do caos anterior afetará o PS nos próximos tempos. Em 2029, Cacia poderá ser um problema grave para a Aliança. Os últimos dados ideológicos (votos as legislativas) levam-me a analisar que a mudança de presidente poderá levar outro tipo de mudanças. Nas outras freguesias (com exceção de Aradas, caso Catarina Barreto se mantenha) os presidentes ainda se poderão recandidatar e por isso, poderemos antecipar eleições mais calmas, em condições normais. Luis Souto de Miranda vai ter um mandato mais fácil do que se julga. Com quatro vereadores e uma assembleia municipal maioritária, basta aguardar para as mudanças que o PS terá no executivo e na sua liderança partidária, e cumprir os mínimos olímpicos. Saiba auscultar as pessoas e resolver alguns assuntos, sendo que o mais crítico em Aveiro será o do estacionamento – com aquilo que está previsto e no terreno. Aveiro, em termos noticiosos, foi tratado como um fait-divers. Fomos falados, nos meios de comunicação, pela “curiosidade” de termos dois irmãos, um contra o outro. Mas não fomos alvo de sondagens, estudos de opinião ou cobertura. Demonstrativo da falta de peso nacional, e de figuras nacionais, mas também da crença no que poderia acontecer. Já em termos noticiosos regionais, vou dar uns enormes parabéns a todos. Numa altura em que a comunicação social nacional passa por uma crise estrutural e de confiança, notei uma evolução positiva em todos os meios, com debates, podcasts, análises e muito trabalho de casa. Parabéns ao Diário de Aveiro, à AveiroMag, ao Noticias de Aveiro, Rádio Terranova e, claro, à Rádio Ria. Amanhã publicarei um segundo artigo, sobre as eleições em termos regionais/distritais e conclusões.
Miguel Gomes mostra-se “muito feliz” com resultado da IL e reafirma que “não somos moletas do PSD”
Na Câmara Municipal, onde em 2021, no primeiro ano em que concorreu no concelho, a IL Aveiro ocupava a sexta posição com 790 votos (2,31%), o partido mais do que duplicou esse resultado, atingindo agora a quarta força política com 2.010 votos (5,19%). Na Assembleia Municipal, órgão em que até então não tinha representação, a IL elegeu dois deputados municipais, com um total de 2.348 votos, mais 1.323 do que há quatro anos. Também na Assembleia de Freguesia, onde não tinha mandatos, o partido conquistou um lugar em Glória e Vera Cruz, alcançando 1.766 votos (4,56%) nas seis das dez freguesias onde concorreu. Em entrevista à Ria, Miguel Gomes, candidato da IL à Câmara Municipal de Aveiro, mostrou-se “muito feliz” com o resultado e aproveitou o momento para agradecer aos aveirenses. “Consideramos que fizemos um excelente trabalho e, felizmente, conseguimos que o trabalho feito, diariamente, junto dos eleitores e das pessoas fosse reconhecido. Quando assim é só podemos ficar felizes com o resultado obtido e agradecer a todos os aveirenses que confiaram em nós”, exprimiu. Novamente questionado sobre a recusa em integrar uma eventual coligação com a “Aliança com Aveiro” (PSD/CDS-PP/PPM), Miguel Gomes vincou que: “não somos moletas do PSD”. “Temos as nossas ideias muito próprias, as nossas convicções”, afirmou. “Posso dizer que estamos muito contentes de ter optado por não fazer coligação. (…) Estamos muito convictos de que é melhor a IL Aveiro estar sozinha do que irmos coligados com outros e correndo o risco de desaparecer. Estamos aqui para marcar a nossa presença como Iniciativa e não para servir de moletas a outros partidos”, continuou. Na reta final da conversa, o candidato aproveitou ainda para parabenizar Luís Souto de Miranda e a coligação pela vitória nestas eleições autárquicas. “Desejo um bom trabalho a Luís Souto e à coligação em prol de Aveiro e dos aveirenses”, disse. Relembre-se que as eleições autárquicas decorreram no passado domingo, 12 de outubro, e que Luís Souto de Miranda, candidato da ‘Aliança com Aveiro’ (PSD/CDS-PP/PPM) venceu a Câmara Municipal sem maioria e elegeu quatro elementos face a outros quatro do PS e um do Chega.
Autárquicas: “Este resultado é, sem dúvida, uma derrota para o Bloco de Esquerda”, diz João Moniz
Em 2021, o Bloco de Esquerda em Aveiro tinha conquistado, nos três órgãos- Câmara Municipal, Assembleia Municipal e Assembleia de Freguesia - um total de 7.565 votos. Este ano, o partido viu esse número cair para 2.752 votos, o que representa menos 4.813 do que há quatro anos. Especificando cada órgão: na Câmara Municipal, onde em 2021 o BE era a terceira força política, com 2.191 votos (6,40%), o partido caiu agora para a sexta posição com 780 votos (2,01%). Na Assembleia Municipal- onde há quatro anos tinha elegido dois deputados- o BE perde representação, alcançando apenas 1.001 votos (2,58%). Já nas Assembleias de Freguesia, às quais o partido concorreu, em 2025, a todas as freguesias exceto São Jacinto, o BE perdeu os quatro mandatos que havia conquistado em 2021. “É uma perda muito grande de votos e de mandatos”, reconheceu João Moniz à Ria. “Nós temos de olhar para a realidade como ela é e o que ela nos diz é que o Bloco de Esquerda foi derrotado nestas eleições. Não há outra forma de dizer isto sem ser esta e qualquer outra forma que tente amenizar o que aconteceu é contraproducente”, continuou. Questionado pela Ria sobre as razões desta queda, o candidato não se “ilibou pessoalmente”, nem à estrutura do partido, mas reconheceu que não é possível “dissociar os resultados autárquicos do Bloco Esquerda daquilo que tem sido a desfiguração do Bloco [a nível nacional]”. “Quem me segue nas redes sociais sabe que eu tenho uma opinião crítica em relação à linha do partido, eu já o disse em entrevistas, em publicações nas redes sociais, mas não queria focar a conversa nisso porque acho que não é tempo para isso. Nós vamos fazer a reflexão interna e aí vamos fazer esse diálogo interno sobre o que é que está em causa e porquê”, afirmou, avançando que o partido tem já assembleia marcada para o “próximo sábado”. “Obviamente nós fizemos alguma coisa de errado e vamos ter uma reflexão interna sobre o que produziu este resultado.Este resultado é, sem dúvida, uma derrota para o Bloco de Esquerda”, completou. Note-se que esta segunda-feira, um dia após as eleições, João Moniz fez uma publicação nas suas redes sociais onde aproveitou para saudar Luís Souto de Miranda pela vitória. Aproveitou também para agradecer a “todos” pelo envolvimento na campanha do BE em Aveiro e reconheceu que apesar “da qualidade da campanha, da prestação nos debates e entrevistas, e da centralidade que muitas das ideias que lançámos adquiriram na campanha, esta foi uma grande e pesada derrota do Bloco de Esquerda em Aveiro”. Questionado ainda sobre se a possível coligação à esquerda, que o BE tentou promover com o Livre, o PAN e a CDU, poderia ter evitado este desfecho, João Moniz admitiu não saber e citou o exemplo do que aconteceu em Lisboa. “A coligação liderada pelo Partido Socialista (PS) foi menos do que a soma dos partidos, pelo menos contabilizando o resultado de 2021. Portanto, as coisas às vezes não são assim tão lineares”, recordou. Recorde-se que também esta terça-feira, 14 de outubro, o BE Aveiro fez uma publicação, através das suas redes sociais, onde reconhece que os “resultados eleitorais ficaram muito aquém das nossas expectativas e representam uma derrota para o Bloco, tanto em Aveiro como no país”. “Apesar do reconhecimento geral na qualidade da campanha que construímos e do programa que apresentámos, o Bloco de Esquerda perdeu toda a sua representação institucional nos órgãos do poder local em Aveiro.É uma derrota que encaramos com humildade e sentido de responsabilidade. Mas é também um momento de balanço e de renovação da nossa determinação”, lê-se. Apesar do resultado, o partido garante que continuará a estar presente em Aveiro “a lutar por um concelho mais justo, solidário e livre”. “Continuaremos a denunciar as desigualdades, a combater a especulação imobiliária, a defender o direito à habitação e a exigir transportes públicos de qualidade. A todas e todos os que acreditam que é possível mudar Aveiro, deixamos uma promessa: continuaremos a trabalhar, com empenho e com esperança”, afirma. Relembre-se que as eleições autárquicas decorreram no passado domingo, 12 de outubro, e que Luís Souto de Miranda, candidato da ‘Aliança com Aveiro’ (PSD/CDS-PP/PPM)venceu a Câmara Municipal sem maioriae elegeu quatro elementos face a outros quatro do PS e um do Chega.
Autárquicas: Bruno Fonseca garante que o Livre será “a voz dos aveirenses” na Assembleia Municipal
Entre os três órgãos a que concorreu - Câmara Municipal, Assembleia Municipal e Assembleia de Freguesia- o Livre Aveiro obteve um total de “2803 votos”. Na Câmara Municipal, o partido alcançou a quinta posição entre as nove forças políticas em disputa, com 849 votos (2,19%). Na Assembleia Municipal manteve a mesma classificação, conseguindo 1.305 votos (3,37%) e elegendo, assim, um deputado municipal, a sua primeira representação no concelho. Já nas Assembleias de Freguesia de Glória e Vera Cruz e de Esgueira, o Livre obteve 649 votos (1,68%), não tendo conseguido eleger qualquer mandato. Face a este desfecho, Bruno Fonseca, que também foi o candidato à Câmara Municipal nestas eleições autárquicas, mostrou-se “feliz” com o resultado alcançado vincando à Ria que o mesmo “ainda torna a responsabilidade maior o que nós queremos fazer pela cidade”. “Isto já é um trabalho que vem detrás mesmo antes de apresentarmos esta candidatura ao Município de Aveiro”, recordou. “Com esta candidatura e com os dados que já temos dá-nos mais alento para continuar a trabalhar e a enraizar o projeto do Livre na cidade”, acrescentou ainda o candidato. Sobre o lugar que agora ocupará na Assembleia Municipal, Bruno Fonseca garantiu: “a voz dos aveirenses vai ser ouvida e colocada na Assembleia Municipal”. “Esse foi o nosso objetivo principal quando apresentamos a candidatura e vamos fazer esse trabalho conjunto com os aveirenses de levantar os problemas e levar as soluções para cima da mesa”, sublinhou. “O Livre será essa voz”, insistiu. Recorde-se que as eleições autárquicas decorreram no passado domingo, 12 de outubro, e que Luís Souto de Miranda, candidato da ‘Aliança com Aveiro’ (PSD/CDS-PP/PPM) venceu a Câmara Municipal sem maioria e elegeu quatro elementos face a outros quatro do PS e um do Chega.