RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

Universidade

45 anos de GrETUA: da ideia num boletim à realização de um documentário

‘Antes de mais, parabéns atrasados’ é o projeto que o Grupo Experimental de Teatro da Universidade de Aveiro (GrETUA) vai apresentar esta quinta-feira, dia 20, no Edifício Central e da Reitoria da Universidade de Aveiro (UA). O documentário reúne o testemunho de mais de 30 pessoas e conta os 45 anos do grupo através da história e das memórias partilhadas de quem por lá já passou.

45 anos de GrETUA: da ideia num boletim à realização de um documentário
Ana Patrícia Novo

Ana Patrícia Novo

Jornalista
19 mar 2025, 18:30

Rui Sérgio, conhecido ator e encenador, é talvez o maior responsável pelo pontapé de partida que deu início ao GrETUA. Em entrevista à Ria, curiosamente Rui redirige ao GrETUA a afirmação. “Eu hoje em dia sou o que sou, estou no mundo da cultura, (…) no teatro, nas artes performativas, devo-o ao GrETUA: no fim de contas, eu saio do GrETUA para ir para o teatro profissional”, aponta.

Ingressou no Ensino Superior no curso de Matemática e Desenho da Universidade de Aveiro. “Penso que esse curso já não existe agora”, conta. Nesse primeiro ano, viu “um boletim que dizia que nos anos anteriores tinha havido uma tentativa de construir um grupo de teatro que não avançou”, recorda Rui. Sem saber, esse boletim foi o nascer do GrETUA.

A ideia do boletim foi tomando lugar na mente de Rui que sabia de antemão que António Sampaio da Nóvoa [primeiro encenador] estava por Aveiro a ensinar na Escola do Magistério Primário. Entrou em contacto. Depois disso só se lembra que “de um momento para o outro surgiu um grupo de malta e começámos a brincar”.

No seu percurso profissional desempenhou cargos como o de diretor artístico do Teatro Aveirense e do Teatro da Trindade, em Lisboa. Conta ainda no currículo com inúmeras peças de teatro, mas a sua ligação às artes performativas é mais antiga.

Recorda “A Gota de Mel, do Léon Chancerel” como a primeira de peça de teatro que fez, ainda nos tempos da escola primária. Relembra também a forma como passava os domingos à tarde, nos tempos da juventude, e a influência que isso teve no seu percurso.

Juntava-se com amigos em casa de quem, na altura, tivesse televisão. “Nos intervalos dos filmes, fazíamos nós os nossos filmes”, conta Rui Sérgio. “Haviam umas pastilhas elásticas que tinham umas bandas desenhadas, nós (…) cortávamos e, depois nos carrinhos de linha, fazíamos a colagem e um filme com aquilo. Fazíamos uma máquina de projeção com peças da Lego e com um focozinho projetávamos, ampliávamos contra uma parede branca, e havia sempre (…) digamos que era o projecionista e eu fazia as várias vozes”, lembra Rui Sérgio. “Nós entretínhamo-nos assim e cobrávamos a quem estava a ver que era para termos dinheiro para comprar chicletes para a semana seguinte”, revela entre risos.

António Sampaio da Nóvoa: “Isto não é uma coisa complementar (…) é qualquer coisa que está no coração do que deve ser a formação de um estudante universitário”

Do contacto com António Sampaio da Nóvoa e das brincadeiras, nasceu ‘Uma Corda Para Cada Dedo’ - a primeira encenação do GrETUA. Corria o ano de 1979 quando António Sampaio da Nóvoa, hoje professor catedrático no Instituto de Educação da Universidade de Lisboa e ex-membro do Conselho de Estado de Portugal, deu vida àquele que viria a ser o primeiro momento de um grupo que hoje continua a dar cartas no Teatro - e não só.

À semelhança da história que Rui conta – até porque é a mesma - Sampaio da Nóvoa dá nota que a peça, que aborda “desde os temas da droga, aos temas da violência, aos temas do suicídio (…) e da prostituição”, nasce e é resultado dos tais encontros, discussões e improvisações que o grupo inicial do GrETUA ia fazendo “numa cave (…) no centro da cidade”, recorda o primeiro encenador do GrETUA.

“Fomos ganhando com esses momentos de encontro uma forma de expressão que a certa altura sentimos necessidade de partilhar com o público”, conta o professor. A apresentação, recorda, “foi um momento muito curioso e muito marcante para todos nós”.

Contrariamente à história de Rui Sérgio, o teatro surgiu na vida do ex-membro do Conselho de Estado de Portugal precisamente nos tempos da Universidade. “Eu comecei os meus estudos universitários em Coimbra e (…) quando eu era muito jovem pertenci ao Teatro de Estudantes da Universidade de Coimbra (TEUC)”, conta. Do TEUC recebeu uma bolsa da Fundação Gulbenkian que lhe abriu caminho até Lisboa. Da capital, seguiu para professor na Escola do Magistério Primário de Aveiro.

António Sampaio da Nóvoa admite que a sua formação não foi muito comum e vê no teatro uma forma de expressão e criação “muito importante, sobretudo no espaço universitário”. “Eu julgo que é muito importante que os estudantes, hoje até mais do que na altura, se possam dedicar a um conjunto de outras atividades, (…) porque isso faz parte da formação de um estudante universitário. Isto não é uma coisa complementar (…) é qualquer coisa que está no coração do que deve ser a formação de um estudante universitário”, frisa António Sampaio da Nóvoa.

Entende, no entanto, que “muitas das reformas universitárias (…) que reduziram a duração dos cursos (…) transformou a vida universitária numa vida hiper-ocupada”, em prejuízo de um menor tempo disponível “à formação ampla, humanística, à formação global que devia ser uma universidade”. Vê assim no teatro “um dos elementos mais fortes que pode contribuir para essa formação de cariz criativo, artístico, humanista”.

Aponta mesmo que foi junção da sua formação na área da Educação com o teatro e com as “inclinações” que sente pela literatura, pela leitura e pela filosofia que fizeram e contribuíram para o caminho que Sampaio da Nóvoa acabou por percorrer. Mantém-se no ensino, agora como professor catedrático no Instituto de Educação da Universidade de Lisboa. “Foi a minha vida, é com essa vida que eu vivo e que eu faço também a minha intervenção pública e a minha intervenção cidadã”, aponta.

Sampaio da Nóvoa revela surpresa pela continuação temporal que o GrETUA consegue manter. “Tem conseguido uma continuidade que é rara no teatro universitário e estão de parabéns todos aqueles que mantiveram o GrETUA em funcionamento (…) e está de parabéns também a Universidade de Aveiro que soube, nos momentos certos, apoiar e criar as condições para que o GrETUA se desenvolvesse e continuasse até hoje”, frisou.

Também Rui Sérgio revela que o grupo inicial não tem a noção do impacto que o GrETUA acabou por ter, desde o início, na comunidade e em Aveiro. “Tínhamos a noção que tínhamos gente a assistir aos nossos espetáculos (…) mas não tínhamos muito a noção do impacto”, conta Rui que, há alguns anos foi surpreendido por Romeu Costa, ator aveirense que confessou ter seguido a profissão por influência do GrETUA.

“Foi muito engraçado ele dizer: «eu comecei a interessar-me pelo teatro por ver o GrETUA e por te ver a ti em palco»”, completa o fundador do grupo de teatro. “Obviamente quando se fundou o GrETUA, não nos passaria pela cabeça que passado 45 anos eu estava a falar consigo sobre o GrETUA”, completou Rui Sérgio.

João Garcia Neto: “ele deu-nos o GrETUA que nós não vimos porque estávamos lá dentro, e nós agora queremos-lhe devolver mais algumas memórias”

Certo é que 45 anos passados, ainda se fala sobre GrETUA. Hoje, João Garcia Neto é o diretor artístico e amanhã [dia 20 de março] assistiremos à antestreia do documentário que pretende dar os parabéns – ainda que atrasados – ao GrETUA e a todas as pessoas que por lá passaram.

A promessa é a de um documentário que foi construído numa “espécie de efeito dominó” a partir de dois dos fundadores. Deslindado o ponto de partida, João aponta que o documentário contará com o testemunho de cerca de três dezenas de pessoas diferentes. “Houve essa preocupação, que é uma coisa difícil, de fazer aparecer o máximo de pessoas possível, para que as pessoas se sintam representadas”, nota.

As entrevistas integram a parte estrutural mais “convencional” do documentário que “depois também se desdobra numa camada um bocadinho mais teatral”, desvenda João Garcia Neto. “Nós criamos um aniversário dentro deste [o do GrETUA], que é o aniversário do Pedrinho”, revela João Garcia Neto.

Pedrinho, conta-nos o diretor artístico, “é a pessoa que tem o maior arquivo do GrETUA: ele tem milhares de fotografias”. “É mesmo uma figura super importante porque é o guardião de uma percentagem muito significativa do arquivo”.

Acaba por ser o gancho do filme que conta a história do GrETUA. As memórias de quem por lá passou vão ser materializadas em fotografias que o Pedrinho não captou, mas que também fazem parte daquilo que é o GrETUA. “Ele deu-nos o GrETUA que nós não vimos porque estávamos lá dentro, e nós agora queremos-lhe devolver mais algumas memórias”, conta João Garcia Neto. São estas fotografias e memórias que amanhã vão poder ser vistas.

A antestreia do documentário arranca às 21h00 no Auditório Renato Araújo, no edifício da Reitoria da UA. Apesar da sessão ser aberta “à comunidade académica no seu todo e à cidade”, as inscrições já estão esgotadas estando prevista uma segunda rodagem. Esta segunda rodagem seria realizada no âmbito do Dia Mundial do Teatro, que se assinala a 27 de março, nas instalações do GrETUA. A expectativa é que o filme, “um trabalho feito a muitas mãos, (…) toque no coração, para quem é ou foi GrETUA; e para quem não é, que fiquem com essa perspetiva histórica e com uma noção clara da importância do grupo”, sublinha João Garcia.

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Segundo uma nota de imprensa enviada às redações, pelas 9h30, terá início a sessão de abertura que contará com as intervenções de Artur Silva, vice-reitor da UA, Francisco Picado, diretor do ISCA-UA e Pedro Oliveira, presidente da AAAUA. De seguida, Inês Drumond, vice-presidente do Conselho de Administração da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), abordará a “perspetiva do regulador sobre a importância do tema da literacia financeira na sociedade”. A iniciativa terá ainda a participação da “Reorganiza, que procurará evidenciar como conhecendo as necessidades individuais ou familiares, se podem negociar as melhores condições para se poder tirar o maior partido possível do dinheiro de cada um”. “Haverá, igualmente, um espaço para a SAGE e o ITM na vertente de literacia digital, centrada na formação tecnológica e na disponibilização de produtos comerciais aplicados à empregabilidade e à transformação digital”, aponta a nota. O evento incluirá ainda a apresentação de André Freitas do projeto Cash Hunters relacionada com o cash-back. A inscrição é gratuita e está disponível aqui.  É ainda assegurado a emissão do certificado de participação.

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Na nota, o GrETUA começa por recordar as várias atividades que promoveu ao longo do primeiro mês. No que toca à apresentação do Curso de Formação Teatral, o grupo dá nota que o momento reuniu “mais de uma centena” de interessados que compareceram para conhecer o calendário e o formato do curso. Na ocasião, assistiram ainda ao documentário “Antes de mais, parabéns atrasados”, que retrata os 45 anos de história do grupo. “A adesão significativa permitirá ao grupo formar a turma que constituirá este curso, no qual os formandos poderão ter acesso a uma experiência teatral que culminará, como vem sendo hábito, na apresentação de um espetáculo”, explica. No seguimento, o GrETUA dá ainda nota que esta adesão é também o reflexo de um culminar de um início de “temporada no qual o grupo se empenhou numa abordagem apelativa aos novos alunos da Universidade de Aveiro (UA), integrando a programação da integração da AAUAv [Associação Académica da Universidade de Aveiro] e da UA”. Além do curso, o grupo recorda ainda o início do ciclo de percursos sonoros Field Stages, que convidou várias dezenas de novos estudantes a caminhar pelo campus universitário; o arranque da rubrica de leituras Boca a Boca, na Biblioteca da Universidade, com a presença de Mário Coelho, que apresentou também o espetáculo I’m Still Excited, no GrETUA; a nova rubrica Fora do Armário, que em parceria com a Ria – Rádio da Universidade de Aveiro promove a livraria mantida pelo GrETUA em parceria com a Livraria Snob; o ciclo de cinema “Anatomia da Errância” que teve início com a exibição de quatro curtas metragens no exterior do Complexo Pedagógico da UA e que contou com um DJ set de Maria Nolasco e o habitual “Regresso às Jaulas”, uma noite de concertos que tem como mote ser um momento de arranque do ano letivo. “Após um mês de contacto com estes estudantes, o GrETUA consegue agora renovar a sua atividade, as suas equipas e o seu curso. Num quadrimestre que se iniciou sob o mote de ‘o futuro chegará pelos teus passos’, o grupo parece ouvi-los cada vez mais perto”, remata. O GrETUA foi fundado em 1979, sendo constituído por vários alunos da respetiva Universidade.

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A primeira atividade terá lugar na sala Hélène de Beauvoir (Biblioteca da UA), a partir das 16h00, e será uma performance de Júlio Cerdeira com o nome “Linhas coreográficas #3”. De acordo com uma nota de imprensa enviada às redações, a iniciativa pretende ser um “diálogo entre o corpo do performer e as obras que ocupam a sala, através de uma luta num emaranhado de linhas de restrição e prazer, onde o corpo se (des)amarra sucessivamente”.  Meia hora depois, desta vez, no átrio do Edifício Central e da Reitoria, decorrerá a performance de Inês Nêves, “Cavalo cansado”, que procura refletir sobre o conceito “ser forte”. “Será que a força se calcula apenas pelo peso que erguemos, ou haverá alguma métrica de análise mais subjetiva?”, questiona. A performance, segundo a nota, é um “devaneio sobre onde começa o vigor e termina a fraqueza” e divagará entre os conceitos do “absurdo” de Albert Camus e do fenómeno da “divisão” de Valter Hugo Mãe. Por fim, terá lugar a conversa "O Corpo como Território: Feminismos e Identidades na Coleção Figueiredo Ribeiro", pelas 17h00, na sala do Senado, no edifício Central e da Reitoria. A atividade propõe uma cartografia crítica dos feminismos contemporâneos através das obras da Coleção Figueiredo Ribeiro, questionando como os corpos se constituem enquanto territórios de resistência, poder e transformação social. “Os temas desta conversa com Maria Manuel Baptista, Liliana Rodrigues, Helena Mendes Pereira e moderação de Helena Ferreira, situam-se na interseção entre estudos de género, teoria queer e pensamento descolonial, propondo uma leitura crítica das políticas corporais contemporâneas”, adianta a nota. A participação na conversa é gratuita, mas requer inscrição.  As três atividades estão associadas à exposição "O corpo no desenho das identidades: reflexões a partir da coleção Figueiredo Ribeiro", marcante no ciclo “O Desenho como Pensamento”. Esta é a 3ª edição do ciclo “O Desenho como Pensamento” de exposições e conversas, um projeto inovador que tem nos seus objetivos a democratização da cultura, levando-a dos grandes centros para cidades de menor dimensão. O ciclo “O Desenho como Pensamento” (DcP) nasceu em 2020 por iniciativa de Alexandre Baptista, que assume a direção artística do projeto.

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A operação visa, de acordo com a nota, “garantir as normais condições de segurança da navegação e reflete, simultaneamente, o compromisso da Administração do Porto com a sustentabilidade e a proteção do litoral”. Os sedimentos dragados, “num volume máximo estimado de 135.000 metros cúbico”, estão a ser “depositados a sul do 1.º esporão da Barra/Costa Nova” e serão utilizados para “reforçar o cordão dunar, através da repulsão direta por tubagem na praia emersa”. “Embora os sedimentos provenientes das dragagens de manutenção, imersos ao largo da Costa Nova, tenham como objetivo contribuir para mitigação dos efeitos da erosão costeira, esta intervenção distingue-se por ter um impacto mais direto e imediato na recuperação e estabilização do cordão dunar”, explica o Porto de Aveiro em nota. A intervenção, desenvolvida em estreita colaboração com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), está a ser concretizada pela empresa Rohde Nielsen A/S e encontra-se integrada no “plano de dragagens de manutenção do porto representando um investimento na ordem dos 280 mil euros, estimando-se a sua conclusão no prazo máximo de um mês”. Paralelamente, estão ainda a decorrer os trabalhos de dragagem do Porto de Pesca do Largo e da doca de recreio do Jardim Oudinot, “destinados a melhorar as condições de navegabilidade e segurança dessas zonas, utilizadas pelas empresas da pesca do largo e para atividades náuticas de recreio”.

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