RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Governo cria em Aveiro Zona Livre Tecnológica para testar tecnologias em ambiente real

O Governo criou uma Zona Livre Tecnológica (ZLT) em Aveiro que, liderada pela universidade, visa testar tecnologias e sistemas de comunicação e eletrónica, segundo uma portaria publicada hoje em Diário da República.

Governo cria em Aveiro Zona Livre Tecnológica para testar tecnologias em ambiente real
Redação

Redação

18 mar 2025, 10:29

A ZLT Aveiro é criada através de uma portaria conjunta da ministra da Administração Interna, do ministro da Educação, Ciência e Inovação, do ministro das Infraestruturas e Habitação e do secretário de Estado da Economia. A ZLT agora criada pretende ser “um espaço dedicado à experimentação e teste de tecnologias e sistemas de comunicação e eletrónica de ponta”.

Liderada pela Universidade de Aveiro, a ZLT visa “impulsionar a inovação e o desenvolvimento tecnológico em diversas áreas, desde a mobilidade e saúde até à segurança civil e espaço”. A ZLT Aveiro permitirá testar novas tecnologias de comunicação em ambiente real, “incluindo redes de comunicações avançadas, conectividade IoT e sistemas veiculares com drones e outros veículos autónomos”. “O objetivo é criar um ambiente propício para o desenvolvimento e otimização de produtos, serviços e aplicações que dependem dessas tecnologias”, refere o respetivo regulamento.

A Universidade de Aveiro será a entidade gestora da ZLT, responsável pela sua operação e manutenção. “A Zona Livre Tecnológica pretende atrair projetos inovadores de empresas nacionais e internacionais, promovendo a colaboração entre a indústria, a academia e outras entidades”, adianta. A sua delimitação “abrangerá diversos ambientes, incluindo áreas urbanas e periurbanas, sistemas logísticos, operações espaciais e ecossistemas naturais”. “A criação da ZLT Aveiro faz parte da estratégia do Governo para impulsionar a transformação digital e o desenvolvimento tecnológico do país, para posicionar Portugal como um centro de excelência na área das tecnologias de comunicação”, justifica a portaria.

De acordo com a portaria, que entra em vigor na quarta-feira, os setores de atividade privilegiados para a realização de testes incluem, mas não só, cidades e portos inteligentes, aeronáutica e espaço, mobilidade e transportes, incluindo a ferrovia, outros setores como a indústria, turismo, saúde, ambiente e energia, agricultura e pescas e administração pública e do território.

"Os promotores de testes são as pessoas singulares ou coletivas, públicas ou privadas, independentemente da sua natureza jurídica, que requeiram a realização de testes de tecnologias, produtos, serviços e processos inovadores de base tecnológica, alinhadas com a missão da ZLT - Aveiro (...), com potencial de viabilidade técnica, económica ou comercial, ou interesse para prossecução de objetivos de interesse geral ou para enriquecimento do conhecimento técnico ou científico", lê-se ainda no documento.

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AAUAv assume “vitória” com congelamento das propinas, mas antevê “batalha a continuar” com o Governo
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AAUAv assume “vitória” com congelamento das propinas, mas antevê “batalha a continuar” com o Governo

“[Estamos] contentes e agradados pelo facto de as nossas posições terem sido ouvidas, o que nem sempre acontece, e valorizadas. Mostra, uma vez mais, que quando o movimento estudantil se junta é possível termos resultados positivos”, disse a dirigente estudantil, para quem o congelamento das propinas se trata de uma “vitória”. Apesar de o passo dado ter sido positivo, Joana Regadas não acredita que o Governo desista do aumento das propinas. Segundo considera, esta deve ser uma “batalha para continuar”, uma vez que tanto Fernando Alexandre, ministro da Educação, Ciência e Inovação, como o PSD e CDS, partidos que suportam o governo, têm sido “bastante claros face à sua posição sobre as propinas”. Se, quando anunciou o aumento das propinas, Fernando Alexandre também garantiu o reforço da ação social no ensino superior, Joana Regadas não acredita que este congelamento da taxa possa significar um retrocesso no campo da ação social. A presidente afirma que “há uma grande convicção do atual Governo e por parte do ministro de que a ação social tem de ser reforçada (…) Por isso, se essa narrativa se mantiver (…), espero que a ação social não seja descurada”. De acordo com a agência Lusa, o valor das propinas para o ano letivo de 2026/2027 vai manter-se inalterado em todos os ciclos de estudos, depois de o Governo ter anunciado o seu aumento no passado mês de setembro. Inicialmente, a proposta tinha sido chumbada pelo Chega, mas o partido acabou por voltar atrás e mudar o sentido de voto. Estava previsto um aumento de 13 euros no primeiro ciclo de estudos do ensino superior, com o valor máximo da propina a passar de 697 para 710 euros. Para o segundo ciclo de estudos, estava previsto que as Instituições de Ensino Superior (IES) pudessem fixar o valor das propinas de mestrado de acordo com a sua opção estratégica e sem tetos máximos fixados. Ainda antes de aprovar o congelamento das propinas, o Parlamento chumbou também uma proposta do PSD para indexar o valor das propinas à taxa de inflação. No texto da proposta que mereceu o voto contra de todos os partidos da oposição podia ler-se: "O valor máximo das propinas nas instituições de ensino superior públicas é igual ao valor fixado no ano letivo de 2025-2026, acrescido da taxa de variação média do índice de preços no consumidor".

Tecnologia de tintas luminescentes desenvolvida na UA dificulta contrafação
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Tecnologia de tintas luminescentes desenvolvida na UA dificulta contrafação

De acordo com uma nota de imprensa difundida pela Universidade de Aveiro, trata-se de uma tecnologia baseada em tintas luminescentes transparentes e códigos QR, com vários sinais de luz em simultâneo através do mesmo meio, aumentando a quantidade de informação armazenada.  “A nova tecnologia fortalece a autenticação segura, rastreabilidade e combate à contrafação em cadeias de fornecimento globais, e assegura maior confiança e proteção avançada”, salienta. A nova tecnologia foi licenciada e protegida por duas patentes, concedidas em Portugal e nos Estados Unidos. Segundo a nota, a tecnologia distingue-se pela integração discreta em embalagens ou superfícies já existentes, sem comprometer “o design, a reciclagem ou a sustentabilidade dos materiais”. Essa característica, associada à possibilidade de armazenar múltiplas camadas de informação num único código, “é particularmente relevante para o setor farmacêutico, alimentar e dos bens de luxo, setores em que a segurança, a eficiência logística e a confiança do consumidor são fatores críticos”. “No centro da inovação está uma abordagem que possibilita a autenticação, rastreamento e até a leitura de parâmetros físicos, como temperatura ou exposição à radiação UV, num único ponto”, pormenoriza a nota de imprensa. O projeto contou com a participação dos investigadores Rute Ferreira e Luís Carlos, professores do Departamento de Física e do Instituto de Materiais de Aveiro (CICECO) e de Paulo André e João Ramalho, do Departamento de Eletrónica e Telecomunicações e do IT-Aveiro.

Paulo Jorge Ferreira: “Uma universidade do futuro não pode ficar prisioneira dos modelos do passado”
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Paulo Jorge Ferreira: “Uma universidade do futuro não pode ficar prisioneira dos modelos do passado”

Foi no espaço SALT (Espaço de Aprendizagem e Ensino Ativos), no Departamento de Educação e Psicologia (DEP) da Universidade de Aveiro, que, ao longo de meia hora, Paulo Jorge Ferreira e Sandra Soares, vice-reitora para o ensino e formação, refletiram sobre inovação pedagógica, numa conversa aberta com a Ria. A escolha deste espaço não passou despercebida para ambos. Sentados num sofá, em pleno centro daquela sala, Paulo Jorge Ferreira começou por confidenciar à Ria que o SALT representa um “excelente exemplo” daquilo que a UA deve fazer no futuro. “Uma universidade que se quer do futuro não pode ficar prisioneira, refém, dos modelos do passado”, comentou. Por sua vez, Sandra Soares exprimiu o “orgulho” que sentia em ali estar. “Foi um caminho longo no caso concreto desta sala. O que aqui podem ver é o resultado da contribuição de estudantes, de docentes, de várias áreas científicas. Até o nome foi pensado em conjunto. Na altura, tínhamos uma equipa de apoio à inovação curricular e pedagógica com esta composição diversa. Foi sempre um espaço de co-construção”, partilhou. No seguimento, a vice-reitora deu ainda nota de que, ao abrigo do financiamento do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), “no contexto do Impulso UA”, já existem vários espaços “desta natureza” em diferentes unidades orgânicas. Nas que ainda não os possuem, Sandra Soares garantiu que a UA irá investir até “junho” (data em que terminam os projetos PRR) na criação de novos espaços, incluindo a reformulação do Complexo Pedagógico. “Vamos lançar um concurso público muito em breve para reforçar estes espaços nas unidades orgânicas e a mesma coisa, relativamente, ao Complexo Pedagógico. Precisamos de ter tudo isto finalizado até 30 de junho de 2026 que é quando terminam os projetos”, frisou. Questionada sobre o Programa de Formação e Atualização Pedagógica que a UA tem, atualmente, em curso, cujo objetivo é transitar para um processo de ensino mais centrado no estudante, Sandra Soares realçou à Ria o quão “especial” lhe era falar sobre o tema. Naquele dia - em que conversamos - a iniciativa completava “seis anos”. “Lançamos o programa em novembro de 2019 e até à data temos 477 ações de formação. (…) Em média, desde o início deste último mandato, temos cerca de 22% da comunidade docente envolvida em alguma destas ações, sendo que temos várias outras para além do programa”, reforçou. No âmbito do aniversário e do podcast relembrou ainda à Ria que, naquela manhã, tinha anunciado o lançamento de uma nova ação de formação: “Academia IA”. “Sabemos que a inteligência artificial veio para ficar e para se expandir. É fundamental que a nossa comunidade compreenda e tenha apoio relativamente à melhor forma de uso no contexto de ensino e aprendizagem. Vamos fazer esse caminho nesta academia”, justificou Sandra Soares. Entre os objetivos desta formação estão, entre outros, o “uso ético e responsável” da inteligência artificial ou a utilização desta ferramenta “enquanto instrumento de apoio” na avaliação e inovação curricular. A vice-reitora adiantou ainda que a “Academia IA” já está disponível na página da “Inovação Pedagógica”. Já num outro ponto da conversa, a Ria questionou ainda Paulo Jorge Ferreira sobre os “Prémios UA” que, ano após ano, têm vindo a distinguir aqueles que se destacaram em quatro categorias [Cooperação; Boas Práticas Pedagógicas; Investigação e TAG] na Universidade de Aveiro. Para o reitor da UA estes prémios são “uma componente de várias componentes”: “Transformar os espaços, apoiar e incentivar os professores a adaptarem os currículos, métodos e a inovarem do ponto de vista pedagógico e curricular”. “Eu diria que apoiar o mérito é sempre útil, mas nesta área da inovação pedagógica senti sempre, nunca tendo duvidado dela, uma adesão tão grande, por parte da comunidade, que me parece que quase que parecia desnecessário [estes incentivos]”, exprimiu. “Uma das grandes surpresas que tive foi a expectativa que tinha quanto ao ritmo de transformação dos métodos e da inovação pedagógica [na UA] e a adesão superlativa que houve depois”, continuou Paulo Jorge Ferreira. Face a isto, o reitor da UA não deixa margem para dúvidas: “A Universidade de Aveiro é uma universidade que se quer transformar. (…) Sentir a academia a correr nessa direção do futuro parece-me extraordinariamente apaixonante e motiva-me muito”. Sandra Soares não deixou de concordar: “Está no ADN da nossa instituição esta vontade e esse ímpeto para fazer melhor, correr atrás, e penso que esta adesão também está intimamente relacionada com o facto de nós ouvirmos sempre quem precisa de colocar estas mudanças em prática ou quer ir atrás das inovações”. Neste contexto, Sandra Soares destacou também um outro projeto responsável por “transformar” a instituição: o “Impulso UA – Aveiro Education and Social Alliance”, iniciado entre 2020 e 2022 e composto por duas submedidas - Impulso Jovens STEAM e Impulso Adultos. “Criamos mais de 200 microcredenciais e vamos seguramente atingir os 100% em termos de indicadores previstos na formação de adultos da região. Temos já dezenas de acordos de parceria firmados. Muitas empresas recorrem a nós porque já conhecem este tipo de ofertas para co-desenharem connosco e qualificarem ou requalificarem os seus quadros”, reforçou. Prestes a entrar na reta final da entrevista houve ainda tempo para questionar Paulo Jorge Ferreira sobre o Mestrado Integrado em Medicina, o curso da UA que demorou mais de uma década a conquistar. Apesar de partilhar o mesmo nome dos cursos existentes noutras universidades, o reitor sublinha que, em termos de organização curricular, o curso da UA é “bastante diferente”. “Não se trata de fazer igual aos outros. Acho que ninguém projetaria um curso de Medicina, hoje, guiando-se por modelos do passado”, exprimiu, insistindo que “este curso é nosso”. Questionado ainda sobre que novas ofertas formativas poderão ser esperadas, nos próximos anos, na UA, Paulo Jorge Ferreira preferiu não avançar com nenhuma área em concreto, deixando essa decisão para o futuro reitor. Vincou, porém, que “há um sentimento de satisfação”. “As novas propostas que fizemos estão a ser bem aceites e as necessidades vão evoluindo. Acho que vai haver mais necessidade de resposta na área da requalificação e nas formações de ciclo curto e profissionais do que propriamente nas licenciaturas”, comentou. “Creio que do ponto de vista dessas formações [tradicionais] estaremos mais próximos da estabilidade”, completou.

UA: Nos 50 anos do DMat, João Vieira pede evolução “com toda a liberdade e sempre em qualidade”
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UA: Nos 50 anos do DMat, João Vieira pede evolução “com toda a liberdade e sempre em qualidade”

Com o anfiteatro completamente lotado, o DMat celebrou o legado de João David Vieira. Ao longo da tarde, familiares, antigos estudantes, professores e diretores aplaudiram-no repetidamente. Entre discursos, memórias e fotografias, multiplicaram-se também os abraços. O momento teve ainda direito a reencontros improváveis, como o de um antigo estudante que viajou do Algarve apenas para reencontrar o “professor João”, contou-nos o homenageado antes de conversarmos com ele. Já sentados num sofá, numa sala que nos descreveu como “difícil” de conquistar, no terceiro piso, começamos por lhe questionar como se sentia ao ser homenageado. João David Vieira disse estar feliz, embora tenha admitido que, quando recebeu o convite, sentiu-se “constrangido”. “Defendi sempre que quando houvesse alguma coisa a comemorar o fizessem com as pessoas em vida a menos que falecessem sem contar. Quando me contactaram fiquei constrangido, mas fiquei contente”, confidencia-nos. Perguntamos-lhe como era antes o anfiteatro que agora passa a ter o seu nome, responde-nos com uma gargalhada espontânea: “Era onde dava muitas das aulas, nos últimos anos, a partir de 1996. (…) Era um anfiteatro com 120 cadeiras de madeira. Tudo cheinho, cheinho”, descreve. Quanto à tecnologia de que o espaço atualmente dispõe, como o projetor, entre outros equipamentos, João David Vieira não se mostrou surpreendido. Revelou até já conhecer todos os pormenores, já que acompanhou, de perto, a fase de “pré-montagem”. “Eu estive na montagem deste edifício. Estava tudo a ser preparado para instalar a tecnologia que fosse necessária, nessa altura. A cablagem estava toda por baixo para projetores e até pedi uma coisa, só que eram 50 mil contos, e disseram nem pensar, que era estar numa sala e haver ligação para mais dois ou três anfiteatros, onde pudessem ouvir a mesma aula e interagir. Mas era muito caro. Não consegui. Mas toda a infraestrutura ficou montada nessa altura”, recorda. Aos 84 anos, e naquela sexta-feira, estar no DMat não foi propriamente uma novidade. Conta que ainda mantém ali um gabinete e que costuma passar por lá “de vez em quando” “Depois de aposentado estive sete anos em colaboração, em nome da Reitoria, com Cabo Verde para ajudar a montar a universidade de lá, em Moçambique, em São Tomé, a dar formação a professores”. Quando lhe perguntamos como gostaria que o departamento evoluísse, João David responde sem hesitar: “Com toda a liberdade sempre em qualidade e, como digo, algo que seja inclusivo”. “Nunca me lembro de ter havido aqui alguém que foi escolhido, segregado, movido por uma ideia política, religiosa… Vinha pela qualidade que tinha e a capacidade humana para desenvolver com impacto”, relembra. Aos atuais docentes deixa ainda uma mensagem curta: “Estão na excelência. Falta-vos ainda escrever um verso”. Em entrevista à Ria, José Alexandre Almeida, atual diretor do DMat, mostrou-se satisfeito com a homenagem. “O departamento está prestes a completar 50 anos, mas, na verdade, deu-se início ao primeiro curso de matemática com Ciências da Educação, na altura, muito dirigido para a formação de professores. A propósito deste momento decidimos homenagear um dos pilares do Departamento de Matemática, um dos seus fundadores e a quem muito o departamento deve tal como o conhecemos hoje”, partilha. José Alexandre foi também aluno de João David Vieira, entre os anos de 1994 e 1996. Na licenciatura em Ensino de Matemática, descreve-o como “exigente”. “Éramos imensos no quarto ano de seminário e todos tínhamos de fazer uma monografia. [O professor João] era bastante exigente na aprovação do plano curricular e obrigava todos a fazer os testes que chamava minibásicos, que muitos consideravam quase ofensivos. Além disso, todos tínhamos de realizar provas orais. Era um momento que exigia muito a todos os alunos, na altura, e havia momentos de grande tensão”, relembra. Sobre o anfiteatro que passa agora a chamar-se “Auditório David Vieira”, o diretor do DMat descreve o momento como “marcante”. “Ele não precisava desta homenagem para deixar o seu legado, mas é uma forma de reconhecimento e gratidão. Ele bem merece. Não estamos a fazer favor nenhum. Desta forma, ficará para sempre gravado aquele espaço que é um local, como ele referiu, de referência pelas muitas aulas que ele ali lecionou e com um anfiteatro, tal como hoje, sobrelotado”, explica. Relativamente ao futuro do DMat, José Alexandre revelou à Ria que o departamento está, “neste momento”, a consolidar a sua oferta formativa e que “em breve” irá fazer uma nova aposta na “oferta do primeiro ciclo”. Sem adiantar qual será o curso, acrescentou ainda que gostava que o departamento se potenciasse “ainda mais” ao nível da investigação e da excelência “que o nosso centro de investigação que está integrado atingiu muito recentemente”. “Não nos queremos acomodar de todo. Queremos perspetivar e projetar esse futuro da melhor forma”, vincou. A sessão de homenagem contou ainda com a intervenção de Paulo Jorge Ferreira, reitor da UA, de Júlio Pedrosa, antigo reitor, bem como dos docentes Mário Rosa, Eduardo Marques de Sá, Domingos Cardoso e Liliana Costa. A tarde terminou no terceiro piso com direito a brinde e bolo.

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MP acusa militar da GNR de Aveiro suspeito de tentar receber gratificações indevidas
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Num comunicado divulgado na segunda-feira, na sua página na internet, a PGRP refere que a acusação contra o militar da GNR foi deduzida em 14 de novembro, imputando-lhe os crimes de peculato na forma tentada e falsidade informática. Segundo a Procuradoria, os factos criminosos ocorreram em 17 de novembro de 2020. De acordo com a investigação, o arguido terá introduzido na plataforma informática da GNR dados relativos a serviços remunerados que não realizou, com o objetivo de receber gratificações. O MP refere ainda que o arguido só não recebeu os valores em causa devido à intervenção de outros militares da GNR.

Agrovouga: Luís Souto propõe união do Governo e IES para resolver invasões de jacintos-de-água
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Na sequência da acumulação de jacintos-de-água na Ria de Aveiro, Luís Souto colocou o desafio de articular a investigação científica e o poder político num trabalho ao serviço da “nação”. Segundo afirma, é preciso que o Estado estabeleça prioridades, sendo que a problemática dos jacintos-de-água acaba por ser recorrente e transversal. A título de exemplo, o autarca referiu que também no Norte, no Rio Ave, uma invasão desta espécie colocou em causa uma “ponte secular”. “O Estado financia tantos projetos de investigação com milhões… esta era uma prioridade. Se esta investigação já tivesse sido feita, não estávamos sempre a pensar no que se há de fazer”, apontou Luís Souto, que também disse que há países que conseguem “transformar um limão numa limonada” no que diz respeito aos jacintos-de-água. Aos jornalistas, sem querer colocar em causa a independência da investigação científica, o presidente da Câmara Municipal disse acreditar que o trabalho que se faz nas universidades também deveria ter em conta aquelas que são as prioridades do país. Recordando que o problema não é de agora nem se limita a um único local, Luís Souto aponta que é importante abordar a questão com uma visão de conjunto: “Não faz sentido estar a controlar os jacintos numa ponta e depois não fazer isso de forma integrada. Eles vão multiplicar-se logo a seguir (…) Confrontar qualquer município sozinho sobre o problema dos jacintos-de-água não faz sentido tem de ser uma perspetiva integrada”. Luís Souto falou ainda da Agrovouga como um local de aproximação entre os mais novos e o mundo da agropecuária. Ao considerar que existe hoje um grande afastamento em relação àquilo que é a vida no campo, o presidente da CMA sublinha que a feira tem uma função “educativa”, a que se junta também a valorização da “pequena economia local, que é genuína e diferente”. O autarca destacou ainda o facto de a Agrovouga ter retomado o seu nome original já que nas últimas edições tomava o nome de “Nova Agrovouga”. Partilhou ainda ser necessário avaliar se o novo calendário faz sentido uma vez que, este ano, o certame ocorre entre 21 e 30 de novembro, cerca de uma semana mais tarde do que tem ocorrido. Segundo Luís Souto, a intenção do Município passa mesmo por ter um grande evento de mês a mês. Por agora, o presidente aponta que “é já tempo de começar a preparar a Agrovouga 2026”.

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João Sarmento é reeleito presidente da JS-Aveiro e quer reforçar papel da UA no Município
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João Sarmento é reeleito presidente da JS-Aveiro e quer reforçar papel da UA no Município

A primeira preocupação elencada por João Sarmento em conversa com a Ria foi mesmo relacionada com o papel da UA no Município. No que toca às residências universitárias, o presidente da JS defende que a autarquia devia fazer um esforço para que os preços destas fossem “mais acessíveis”. No seguimento, aponta ainda a conjetura do desenvolvimento do tecido económico e da parte social. Segundo explica, “apesar da qualificação que têm e obtêm através da Universidade, o tecido empresarial e industrial não consegue fixar todos os jovens”. Depois, subdividindo em três eixos – habitação, transportes e associações culturais e desportivas -, João Sarmento fala nos “problemas para os quais não existem desculpas para que não tenham sido resolvidos durante estes 12 anos dos mandatos de Ribau Esteves”. Ao que indica o presidente da JS-Aveiro, “infelizmente parece que as políticas vão agora no mesmo sentido com o presidente Luís Souto”. Sobre a mudança no executivo camarário, João Sarmento diz mesmo que “não há nenhuma mudança” entre Ribau Esteves e Luís Souto. A título de exemplo, o presidente dá nota de que o atual autarca não pretende fazer alterações nem no Plano de Pormenor do Cais do Paraíso nem no projeto para a antiga Lota. “Não consigo compreender como é que um presidente que a sua base de formação [Biologia] até lhe deveria dar uma maior sensibilidade do ponto de vista do que é a sustentabilidade e as alterações climáticas acha que o plano para a antiga Lota não tem erros”, atira. João Sarmento foi eleito para a estrutura concelhia da Juventude Socialista ao lado de Sara Matos, Gabriel Maia, Francisca Nicolau, João Silva, Mariana Laranjeiro e Guilherme Melo, que também vão integrar o secretariado.