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GrETUA: “Regresso às Jaulas” traz Marquise, João Borsch e Maria Vai Com Todas

O “Regresso às Jaulas” do Grupo Experimental de Teatro da Universidade de Aveiro (GrETUA ) está de volta. A iniciativa acontece esta quinta-feira, 26 de setembro, pelas 22h00. Marquise, João Borsch e Maria Vai com Todas são os artistas responsáveis por abrilhantar a noite.

GrETUA: “Regresso às Jaulas” traz Marquise, João Borsch e Maria Vai Com Todas
APN

Ana Patrícia Novo

Jornalista
23 set 2024, 19:30
Com o objetivo de mostrar o espaço do GrETUA aos novos alunos, o “Regresso às Jaulas” nasce de “uma brincadeira” com o sotaque aveirense e “com o facto de existirmos atrás da prisão [GrETUA]”, explica o grupo em comunicado de imprensa.
A programação promete abrir com uma viagem aos anos 90 com a sonoridade do grupo Marquise. João Borsch fica responsável por fazer o público navegar “pelo escandaloso e pela folia” com a apresentação de ‘É só Harakiri, Baby’, o seu trabalho mais recente, deixando Maria Vai com Todas encarregue por fechar a noite com as suas escolhas musicais.
As reservas para o evento podem ser efetuadas aqui. A inscrição é gratuita para os alunos da Universidade de Aveiro (UA) e tem um custo de três euros para o público em geral.
O GrETUA é uma secção autónoma da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) e assume a missão de promover a cultura, a formação e a criação artística junto da comunidade académica desde 1979, data da sua fundação.

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Engenharia Eletrónica e Telecomunicações vence o “UA Sem Fronteiras”
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“Convidaram-nos para aqui, é um desafio assim meio diferente, estou a gostar!” contou Margarida, estudante do primeiro ano de Ciências Biomédicas. Rodrigo Saraiva partilhou da mesma opinião. O capitão da equipa do curso de Engenharia e Gestão industrial referiu ainda que a atividade “é uma boa iniciativa” porque lhe permitiu conhecer “muitas mais pessoas” não só do seu curso como de outros. À Ria contou também que a equipa tinha conseguido “acabar a primeira fase em 5º lugar”. O objetivo de passar a segunda fase concretizou-se e a equipa acabou por ficar em terceiro lugar. O ouro – os barris de cerveja - acabou por ser conquistado pela equipa do curso de Engenharia Eletrónica e Telecomunicações e a prata foi entregue ao curso de Gestão e Planeamento em Turismo. O curso de Biologia foi também destacado como tendo a melhor mascote e a Escola Superior de Aveiro - Norte (ESAN) venceu na categoria de equipa mais disciplinada. “O que nós pretendemos é promover o desporto, que é muito amado aqui na nossa universidade” explica Luzia Ferreira, vogal do sector do desporto e bem-estar da AAUAv. Tomás Oliveira, também vogal do referido sector concorda e acrescenta que a iniciativa é “uma maneira de conectar os novos estudantes aos núcleos de estudantes dos vários departamentos e dos vários cursos”. Este ano competiram 23 equipas, com 10 alunos cada, perfazendo 230 participantes em competição. O destaque vai, no entanto, para as claques e as mascotes que enchiam o pavilhão desportivo e faziam ecoar cânticos de apoio ao seu respetivo curso. Tomás Oliveira nota que o número de participantes se manteve em relação ao ano anterior, mas que se verificou um maior “esforço” no que diz respeito à preparação das mascotes e das claques. Apesar da iniciativa ter sido alterada para o Pavilhão Aristides Hall “por causa do tempo”, explica Luzia, os objetivos foram cumpridos. A animação era mais do que visível no rosto de todos e em especial no de Tomás que considera ser “sempre bonito ver o pavilhão cheio com atividades promovidas pela AAUAv”.

UA: Novo ano letivo inicia com mais de 1000 novos estudantes internacionais
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UA: Novo ano letivo inicia com mais de 1000 novos estudantes internacionais

A cultura portuguesa, em especial a língua e a música, bem como o plano curricular do curso de Psicologia da UA foram as razões que levaram Mauro, um estudante da Universidade do Chile - mas natural da Venezuela - a escolher Aveiro, durante um semestre. Apesar de só estar cá há cerca de 20 dias, Mauro diz “estar a gostar muito” da experiência. Um dos grandes pontos que ressalta é a possibilidade de “conhecer pessoas de todos os lados”, algo que “não é muito comum” no seu país, expõe. Mauro é apenas um dos cerca de 400 estudantes em mobilidade incoming vindos de programas como, por exemplo, o Erasmus+. A juntar a eles, a UA conta com a chegada de cerca de 500 novos estudantes de nacionalidade estrangeira. Este ano foram realizadas, até ao momento, 2415 inscrições de estudantes internacionais. Segundo a Divisão Internacional, estes estudantes estão a frequentar todos os ciclos de ensino, contudo, a maioria vem para frequentar os doutoramentos (850 inscrições) e as licenciaturas (756 inscrições). Em conjunto, estes dois ciclos de estudo representam mais de 65% das inscrições de estudantes internacionais na UA. Marina e Melissa são duas das alunas incluídas nessa percentagem. Chegam a Aveiro da China com o objetivo de tirar a licenciatura em Línguas, Literaturas e Culturas. Como razões para a escolha, apontam que olham para Portugal como um país “encantador” e que “simplesmente” gostaram da Universidade de Aveiro. Ao longo da iniciativa, os estudantes foram convidados a partilhar um prato típico do seu país, com o objetivo de promoverem um lanche partilhado. Sobre a mesa viam-se várias iguarias identificadas com as bandeiras dos diferentes países. Paracuca [doce típico angolano], mulgipuder [prato típico da Estónia], delícia turca, brigadeiro e os típicos ovos moles eram alguns desses pratos. Ao mesmo tempo, os estudantes iam-se conhecendo e trocando impressões. O lanche internacional foi apenas uma das atividades que fizeram a tarde. Entre os objetivos da sessão de boas-vindas estavam a promoção de um ambiente de partilha e convivência, assim como a partilha de informação sobre a universidade e a estadia em Aveiro. A sessão contou com as intervenções da chefe de divisão da Divisão Internacional, Sofia Bruckmann, da coordenadora de mobilidade do curso de Engenharia e Gestão Industrial, Marlene Amorim, de Fernando Martins, técnico superior do Núcleo de Desporto e Lazer, e da presidente da Erasmus Student Network (ESN), Matilde Antunes. A atividade contou também com um momento musical protagonizado pela MarnoTuna. Em agosto deste ano, a European Association for International Education (EAIE) distinguiu a UA com uma menção honrosa no prémio Award for Excellence in Internationalisation [excelência na internacionalização, um galardão que reconhece a dedicação da UA na promoção de iniciativas inovadoras e inclusivas no âmbito da internacionalização no ensino superior]. Em declarações à Ria, Sofia Bruckmann afirmou que esta distinção “significa o reconhecimento do trabalho que já vem sendo feito há muito. O trabalho do investimento de muitas pessoas que pensaram a estratégia para a internacionalização da UA e que a tornaram hoje a instituição tão internacional que é. É um reconhecimento e foi muito bom tê-lo recebido de uma instituição como é a EAIE”, continuou Sofia Bruckmann. “Foi pôr a Universidade de Aveiro nas bocas do mundo”, concluiu. A chefe da Divisão Internacional destacou também as “boas práticas na área da internacionalização”  da UA, sobretudo com a criação do Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM).

Os bastidores de Medicina: o curso da UA que demorou mais de uma década a conquistar
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Os bastidores de Medicina: o curso da UA que demorou mais de uma década a conquistar

A abertura do curso de medicina na UA era já um objetivo de longa data. Quem o assegurou foi Artur Silva, vice-reitor para as matérias relativas à investigação, inovação, formação de terceiro ciclo e acreditação dos ciclos de estudos na UA. Segundo o mesmo, desde o “final do século 20”, que havia essa ambição por parte “dos gestores desta casa [UA]”. A história mais recente para a criação do curso começou no ano de 2010. A ideia era ter um curso de medicina, dirigido a alunos licenciados, com a duração de 4 anos (em vez dos 6 anos do “modelo tradicional”). O curso resultava de uma parceria com o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto (ICBAS), mas falhou. Apesar de ter decorrido durante dois anos letivos e um semestre, Artur Silva, admitiu que “alguns problemas de organização e entendimento”, bem como a dependência da UA em relação ao ICBAS, acabaram por ditar que o projeto findasse. A Ordem dos Médicos referia também em comunicado, na altura do encerramento deste primeiro curso – em outubro de 2012 - , que “a decisão de criação do curso de medicina de Aveiro foi precipitada e exclusivamente política”. A organização tecia alguns comentários, afirmando que a criação do referido curso “não obedeceu sequer a uma necessidade ou vantagem de aumentar a formação de recursos humanos a curto, médio ou longo prazo”. Acrescentava ainda que não faria sentido que, na realidade de “crise económica e social” sentida na altura, “o Governo financie, a quem já tem uma licenciatura/mestrado, um curso de medicina de qualidade questionável e totalmente desnecessário ao país”. Em 2022, uma década depois, o objetivo de lecionar medicina em Aveiro foi retomado, mas, dessa vez, falhou na acreditação. Sendo a Medicina uma área “muito sensível”, Artur Silva considerou que tem de “haver sustentabilidade” para a construir. No caso da UA, as bases foram sendo estabelecidas, ao longo do tempo, “com a criação da nossa escola de saúde [ESSUA] e depois com a nossa Secção Autónoma de Ciências da Saúde [SACS/DCM]”, referiu o vice-reitor. “Na equipa reitoral anterior [a 2018] havia também uma ideia de um determinado curso de medicina” que diferia da atual, garantiu. A estratégia passou então “pela criação e consolidação do Centro Académico Clínico Egas Moniz Health Alliance”, contou. No âmbito desse projeto foram-se criando pontes que cobriam três centros hospitalares e vários Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) – “desde a sul do Douro a norte do Mondego”, explicou o vice-reitor. A partir daí, com o apoio da Universidade de Utrecht, nos Países Baixos, e com alguns acordos com a Universidade do Minho, foi submetida uma candidatura “em novembro de 2022” à A3ES. Foi nomeada uma comissão de avaliação externa e “por volta de junho” chegou o resultado. “Estava muito confiante porque eu achava que tínhamos um bom curso, mas infelizmente isso não veio a acontecer”, lamentou Artur Silva. No parecer do Conselho Nacional de Ensino e Educação Médica, à altura do chumbo do projeto, lê-se que “apesar de ser a mais robusta do conjunto de candidaturas que nos foram apresentadas até à data” a proposta aveirense “continua a manifestar uma grave insuficiência de recursos humanos para garantir um ensino médico de qualidade”. A instituição referia ainda preocupações com a “distância entre as instituições de ensino” e “a falta de clareza sobre como se irá processar a articulação entre as mesmas e a deficiente formação pedagógica de docentes que irão lecionar ativamente no ciclo clínico”. Apesar da resposta negativa, a vontade de criar o Mestrado Integrado em Medicina não esmoreceu. Em novembro de 2023, é submetido, novamente, na A3ES, “o mesmo curso com melhoramentos”, recordou Artur Silva. Segundo o docente, a lista de melhorias era curta e prendia-se com “pequenos detalhes”, como “respostas de como é que os estudantes se vão deslocar daqui [UA] para os centros de saúde e para os hospitais”, exemplificou o vice-reitor. A maior diferença que notou, e faz questão de reforçar, prendeu-se com a comissão de avaliação nomeada. “Eu defendia que a nova comissão de avaliação fosse essencialmente estrangeira e foi mais ou menos o que aconteceu: e o resultado foi completamente diferente”, declarou Artur Silva. Em junho de 2024 é tornado oficial que Aveiro iria voltar a ter medicina, desta vez o curso tradicional de 6 anos e inteiramente dirigido pela UA. Três meses separam a notícia da aprovação do curso e do arranque do ano letivo corrente. Três meses de trabalho “fora de horas” com “muitas reuniões online para que acontecesse” recordou Artur Silva. O vice-reitor fez questão também de sublinhar a importância de Firmino Machado, atual diretor do Mestrado Integrado em Medicina, que teve como principal função ser a “cola” e a montagem de todo o processo e referiu a relevância da ativação das colaborações “estabelecidas lá atrás” com a Universidade do Minho e com a Universidade de Utrech. Não deixou de fora também todos os profissionais de saúde envolvidos e os “presidentes dos conselhos de administração que libertaram alguns médicos para fazer alguma formação extraordinária”, relembrou. O novo ciclo de estudos de Aveiro está já a decorrer e acolheu 40 alunos. É o segundo curso com a média mais alta da UA (18,2), ficando atrás apenas da licenciatura de Engenharia Aeroespacial (18,35). A nível nacional existem dez cursos de Medicina sendo que Aveiro tem a quarta média mais alta de entrada. Fica no pódio o ICBAS (18,55), a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (18,48) e a Universidade do Minho (18,38), mas fica à frente da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. “A ideia é ir crescendo progressivamente com a entrada de dez novos alunos até ser atingido o limite máximo de 100 alunos”, esclareceu o vice-reitor. Relativamente ao futuro, o objetivo é “mantermos a qualidade que nós idealizamos fazer”, garantiu Artur Silva. O vice-reitor avançou ainda que, nos próximos anos, “temos de ter espaço disponível para a formação e para a investigação”, na área da saúde, e para a “internacionalização do curso”, nomeadamente, através do programa Erasmus. Realçou também que apesar de estar a decorrer a “adaptação de um edifício” para acolher um teatro anatómico a empreitada estará pronta aquando da primeira aula de anatomia - prevista para a segunda semana de novembro. “Está tudo conforme planeado”, afirmou.

Miguel Monteiro: "Eu sinto-me hoje bastante resolvido, precisamente, por causa do desporto"
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Miguel Monteiro: "Eu sinto-me hoje bastante resolvido, precisamente, por causa do desporto"

Miguel Monteiro, estudante-atleta da Universidade de Aveiro (UA) e medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos Paris 2024, identifica-se com o verbo “ir” e reconhece que, nos dias de hoje, um dos seus maiores defeitos é não saber dizer que “não”. Acompanha desde que se lembra os jogos olímpicos, os campeonatos da Europa e do Mundo, através da televisão, principalmente, claro, a modalidade de atletismo, onde é atleta do lançamento do peso F40. Destaca Nélson Évora e Marco Fortes como duas das suas principais inspirações. Aos 23 anos concluiu o mestrado em Engenharia e Gestão Industrial na UA, é campeão nacional universitário, vice-campeão mundial e, recentemente, atingiu o maior feito da sua carreira desportiva nos Jogos Paralímpicos Paris 2024: a medalha de ouro e o recorde paralímpico, com a marca de 11,21 metros. Foi também o primeiro português a garantir, este ano, uma medalha para Portugal nesta competição. Apesar de ser natural de Mangualde, “um meio pequeno”, como o descreve, no distrito de Viseu, rapidamente tornou-se, nas últimas semanas, um dos temas em grande destaque no panorama nacional ao conquistar o ouro e ao levar o desporto adaptado e a UA até “aos quatro cantos do mundo”. Na UA é visto por muitos como um exemplo e um verdadeiro embaixador da universidade. À conversa com a Ria, Miguel Monteiro fez uma retrospetiva do seu percurso, enquanto estudante-atleta e dirigente associativo, e partilhou a importância da UA para a conquista da medalhada de ouro nos Jogos Paralímpicos de Paris. O jovem deixou ainda a garantia de que vai continuar a dar cartas, pelo mundo do desporto, e que já sonha com o título de campeão mundial do lançamento do peso F40, título que ainda lhe foge. É uma pergunta difícil. Pessoalmente, tinha três objetivos para este ano e, principalmente, para este verão. Chegarmos da melhor forma aos mundiais, que decorreram no Japão, onde conseguimos o segundo lugar. Foi algo muito meritório tendo em conta a gestão que tive de fazer com a escrita da tese e o desporto. Estava tudo a culminar e foi extremamente difícil. O segundo objetivo passava por acabar o curso e consegui. Tirei o mestrado. O terceiro objetivo passava por chegar da melhor forma possível a estes jogos. No fundo, tínhamos o objetivo de ganhar. Eu e o meu treinador. Ao longo destes dois meses, desde o término do curso, focámo-nos, por completo, no atletismo com treinos intensos, bi-diários, para chegarmos bem à prova e com a consciência tranquila de que tínhamos feito tudo o que era possível para estarmos bem fisicamente e psicologicamente. E as coisas acabaram por correr da melhor forma com a medalha de ouro. Foi o culminar de um verão bastante intenso, mas bastante enriquecedor. Bastantes vezes foi complicado gerir isto tudo. No entanto, também tenho a sorte de ter pessoas à minha volta, nomeadamente, família, treinador e amigos, seja de Mangualde ou de Aveiro, que me ajudaram a conciliar isto tudo. Ao longo dos cinco anos de curso, a UA também me deu livre acesso a todas as instalações desportivas à hora que eu quisesse. Sim. Eu seguia um plano de treino do treinador [senhor João] e treinava aqui na universidade, seja no ginásio ou na pista. No fim de semana, complementava esse treino em casa para que nada falhasse. O senhor João estava sempre disponível para treinarmos. Só assim funcionou da melhor forma, tanto o curso como a parte desportiva. Em primeiro lugar, pela proximidade que tem com Mangualde. Depois também explorei a universidade, através da internet, e percebi que era uma universidade que apoiava, desde logo, o desporto. Fosse o universitário, o desporto em geral ou o desporto de recreação. Tinha todas as instalações desportivas necessárias para a prática do atletismo. Depois pelo reconhecimento da UA em todo o país e no mundo. Os cursos são de excelência. Tudo isso ajudou que viesse para cá. Sim, era muito importante. O facto do campus universitário ser todo junto tornou ainda mais facilitada esta gestão de vidas, tanto a académica como a desportiva. O desporto surge muito cedo na minha vida. Os meus pais inscreveram-me na natação quando tinha um ano e meio. Na altura, por causa de todos os benefícios da modalidade. Mais tarde, tal como muitos, também joguei à bola. Fui para o futsal num clube em Mangualde. Só, em 2014, por influência do meu treinador de sempre, o senhor João, é que vim parar ao lançamento do peso. Ele já anda nesta vida há quase 40 anos. É um segundo pai e um companheiro de vida. Trocamos muitas ideias e muitas conversas sobre tudo e mais alguma coisa. Ele já andava nesta vida do atletismo paralímpico e foi a um campeonato do mundo onde viu pessoas de baixa estatura a competir no lançamento do peso. Ele conhecia-me do pavilhão de Mangualde porque, na altura, era ele o encarregado da infraestrutura e eu tinha lá os treinos de futsal e as aulas de educação física. Ele conhecia-me bem, assim como os meus pais. Falou com o team leader da secção de atletismo e disse que tinha lá um rapaz que gostava muito de fazer desporto, que não se negava a nada nas aulas de educação física e que era capaz de dar cartas no atletismo. Foi um olheiro. Ele foi falar com a minha mãe ao trabalho, explicou-lhe o que poderia acontecer e eu fui à experiência. Recordo-me que experimentamos várias modalidades, para as pessoas de baixa estatura, como o lançamento do dardo, do peso e do disco. Acabamos por focar-nos no lançamento do peso porque foi o que me senti melhor e desenvolvi mais rápido. Eu sempre acompanhei os jogos olímpicos, os campeonatos da Europa e do Mundo, nomeadamente, na modalidade de atletismo. Gostava bastante de ver na RTP2. Nélson Évora e Marco Fortes eram alguns dos desportistas que seguia. Quando me falaram da modalidade do atletismo quis logo experimentar. Sou muito o verbo ir. Nos primeiros dois anos, desenvolvi o chamado treino técnico, de terreno. Na altura, ainda nem incorporávamos muito tempo no ginásio e estávamos a descobrir as coisas. Estar nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro foi um pouco surpresa porque não estava na primeira convocatória. Na altura, estava num lugar mais baixo do ranking mundial. Com a exclusão dos russos, por causa do escândalo dodoping, houve uma redistribuição de todas as quotas e só na segunda convocatória acabei por ir. Isto a três semanas dos jogos paralímpicos. Foi todo um mundo novo. Acabei por bater o meu recorde pessoal, na altura, 8,89 metros. Foi a minha primeira experiência fora do continente europeu. Toda a experiência foi um mundo novo. É um motivo de grande orgulho pelo trabalho que fizemos. Só nos deu mais força para continuarmos o processo que estávamos a ter, para incorporarmos o ginásio e para chegarmos mais longe. Sem dúvida. Ainda mais, porque nessa competição, no Rio de Janeiro, estava em sexto lugar. No último lançamento, consegui responder e superar o adversário que estava na quinta posição. A partir daí, sempre sonhamos com as medalhas e comecei a ter a sensação de que estava próximo, mas que era preciso continuar a trabalhar. Tanto é que depois do Rio de Janeiro deixei o futsal e acabei por me focar no atletismo. Eu sabia que, mais cedo ou mais tarde, acabaria por deixar o futsal até porque a diferença de estatura viria a acentuar-se. Jogava com outros rapazes de caraterísticas “normais”. Por outro lado, existem os contratos de alto rendimento e é sempre arriscado lesionarmo-nos fora desse contexto. Optei pelo atletismo porque era aquilo que me ia dar mais condições no futuro. E foi uma ótima opção. Eu aprendi bastante com o ciclo de Tóquio. Notava-se à saída que não estava satisfeito com a medalha de bronze. No entanto, foi a minha primeira medalha paralímpica e só tenho de estar orgulhoso por conseguir esse feito aos 20 anos. Tóquio ensinou-me também a lidar com a pressão social. Na altura, não lidei da melhor forma com a comunicação social, em geral. Neste ciclo paralímpico foi um bocado diferente. Resguardei-me da comunicação social, antes da prova acontecer, e só depois é que surgiu o Miguel Monteiro que foi medalha de ouro. Senti o impacto. Na altura, com poucos anos de experiência, era o recordista mundial. Julgo que não é por maldade, mas na comunicação social, em geral, quem é recordista mundial tem de ganhar medalhas de ouro. Não devia de ser obrigatoriamente assim. Todos estão lá para o mesmo: ganhar a prova. Só um é que vai sair com a medalha de ouro. Neste ciclo, aprendemos a estar tranquilos com o nosso trabalho e a esquecer tudo o que está à volta. Não. Só senti que a medalha era minha depois do último adversário lançar. Eu abdiquei do último lançamento porque já não estava focado na prova e já tinha obtido o recorde paralímpico. A emoção já estava a entrar. Foi de facto um lançamento muito bom. A prova não começou da melhor forma, no entanto, soube manter a calma e depois, no segundo ensaio, lançar já os 11,02 metros. No terceiro lançamento, arrisquei e conquistei a marca dos 11,21 metros. Procurei manter-me bastante ativo, ao longo de toda a prova, porque sabia que qualquer um dos adversários, podia bater, a qualquer momento, a minha marca. Sem dúvida! Agora que sou campeão paralímpico falta esse título no currículo. Já fomos campeões da Europa e vice-campeões mundiais. Vamos continuar a trabalhar para alcançar melhores marcas e, consequentemente, de ficarmos mais próximos desse objetivo. Foram cerca de três meses de muito sacrifício. Tive de abdicar da minha vida social para me focar completamente naquilo que era o nosso objetivo. Todos os meus dias eram uma rotina. Levantar-me, tomar o pequeno-almoço e ir treinar às 10h00. Esse treino, normalmente, de manhã, era no ginásio. Nós criamos um ginásio com o material que a federação [de atletismo] nos ia dando no Pavilhão Municipal de Mangualde. Treinávamos cerca de 1h30. No meio desse treino, tínhamos sempre a pausa para o café. Também isso virou rotina. Depois, ia para casa fazer o almoço e procurava descansar, ao longo da tarde. Às 17h00, tínhamos treino na pista, juntamente com outros colegas de equipa. Mais tarde, ia para casa jantar e descansar. Sim, procurava treinar todos os dias. Nem sempre era possível, mas procurava isso. Não tinha horário fixo para treinar. Sabia que tinha sempre um intervalo de duas horas para o fazer. Na pista ou no ginásio. No final de cada treino, ligava sempre ao meu treinador [o senhor João] e sempre houve essa relação de confiança apesar dos 100 quilómetros de distância. Sempre lidei muito bem com isso. O meu pai tem a mesma condição que eu e a minha mãe e a minha irmã têm estaturas normais. O facto dos meus pais me tirarem as dúvidas sobre esta condição tornou-me muito mais resolvido comigo mesmo. Venho de Mangualde, um meio pequeno, no interior do país, onde toda a gente se conhece. O facto de ser uma pessoa sociável ajudou em muito a integração na universidade e na cidade de Aveiro. O desporto também se tornou crucial na medida em que estamos bem fisicamente, e psicologicamente. Estamos completamente resolvidos uns com os outros. Um episódio bastante engraçado que me ficou na memória, por ter sido das primeiras experiências, foi em Londres, no ano de 2017. Estávamos vários atletas com diferentes tipos de deficiência a contar piadas uns aos outros sobre a nossa condição. Foi algo que me ficou. A convivência com os atletas de outros países torna muito mais saudável o facto de aceitarmos esta condição. O desporto é fantástico. Faz-nos bem. Não só fisicamente, mas também psicologicamente. Prepara-nos para todo o mundo exterior. Eu tive a sorte dos meus pais sempre me deixarem fazer tudo o que eu quisesse. Nunca me puseram entraves em nada. Agradeço-lhes imenso por isso. Tenho a certeza de que existem bastantes pessoas com e sem deficiência que querem conhecer este mundo novo e pode haver ali algum entrave que não esteja a facilitar esse acesso. A mensagem que eu deixo é para libertarem os filhos para o mundo do desporto. Há tantas modalidades que podem ser feitas e o desporto faz bem fisicamente, mas também psicologicamente. Eu sinto-me hoje bastante resolvido, precisamente, por causa do desporto. O mundo associativo é outro mundo fantástico que existe na vida do ser humano. Aprendi muito com o associativismo, nomeadamente, a gerir melhor o meu tempo. No primeiro ano, fui convidado e aceitei, porque não sou pessoa de dizer que não. Foi uma experiência incrível. Foram quatro anos fantásticos onde aprendi muita coisa sobre o associativismo. Muita gente. Desde logo, o meu treinador. Sem ele não estaria no atletismo nem a representar o país da melhor forma. Depois, a minha família. Tem um papel crucial na minha vida. Muitas vezes, abdicam de férias e de eventos familiares para que eu esteja bem. Depois, ao longo de toda a vida, criei amizades que sei que estão guardadas no meu coração e no coração dessas pessoas. Sei que vou poder contar com eles onde for e quando for. [Risos] O Miguel também tem alguns pontos menos bons... Não tenho muita paciência para ficar à espera e não sei, muitas vezes, dizer que não. Isso, por vezes, torna-se um problema porque preenche demasiado a minha vida e não tenho tempo para mim. Dado que só tenho 23 anos e que o meu treinador costuma dizer que a validade dele vai até aos 120 anos, espero continuar no mundo do desporto durante muito tempo a fazer melhores marcas. Acredito que, no futuro, conseguimos lá chegar outra vez. Acho que deve ser esta a mentalidade de um atleta e de uma pessoa, seja no mundo do trabalho ou na vida pessoal. Devemos sempre dar o melhor de nós. O Miguel ainda vai durar bastantes anos. Nunca superei essa marca. No penúltimo treino, antes da competição, atingimos a marca de 11,45 metros. Curiosamente, a marca que tínhamos atingido antes de obter o recorde do mundo. Nós continuamos a achar que é possível. Muitas vezes, é o momento que conta. Não saiu agora nos jogos de Paris [novo recorde mundial], mas vamos continuar a trabalhar para que, no futuro, seja possível atingir essa marca. Acredito que é possível melhorar essa marca [11,60 metros]. Agora, é cada vez mais difícil chegarmos mais longe. Os 12 metros ainda estão longe apesar de serem “só” 40 centímetros. O objetivo passa por melhorar aos poucos essa marca. O anterior recorde estava em 11,15 metros e do nada eu lanço 11,60 metros. Tudo é possível no mundo do desporto. Sim. Quero continuar ligado à universidade e a saber o que se passa por cá. A universidade teve um papel crucial. Espero continuar a ver muitas pessoas aqui na universidade. Vou levá-la para a vida.

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Ex-ministro do ambiente diz que falta, em Aveiro, “uma maneira fácil sem estarmos a pensar no carro”
Cidade

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Em entrevista à Ria, o também ex-ministro do Ambiente e Recursos Naturais, entre os anos de 1991 a 1993, identificou, entre os vários pontos a corrigir na cidade, o “trânsito” como um dos mais críticos. “O tráfego que temos, atualmente, tem de reduzir. Temos de passar a ser muito mais comunitários, nomeadamente, através de sistemas que nos levem aos sítios sem precisarmos de estar à procura de um táxi ou de um autocarro”, afirmou. Para tal, a cidade “tem de estar organizada para que isso aconteça de uma maneira fácil”, frisou. Além do congestionamento de carros, Carlos Borrego afirmou que Aveiro “precisa de fazer muita intervenção na zona central”. “Já vimos que a grande população de Aveiro que trabalha aqui vive fora do centro. É aqui que temos de atuar. Como se atuou com os transportes dos estudantes da estação de comboios para a UA. Este tipo de estratégias tem de ser pensada”, afirmou. “É isso que eu sinto que falta na cidade de Aveiro: uma maneira fácil [de mobilidade] sem estarmos a pensar no carro”, desabafou. Alexandra Queirós, vice-reitora para a cultura e vida nos campi, afirmou, em entrevista à Ria, que, além da cidade de Aveiro, também a UA tem de passar “das palavras aos atos”. Neste sentido, Alexandra Queirós admitiu que está, neste momento, em fase de discussão um plano de ação, a pôr em prática “até 2026”, na UA, que tem como objetivo diminuir “significativamente” a pegada de carbono. “Estamos a utilizar uma calculadora, devidamente validada, que estuda as diferentes dimensões da sustentabilidade”, desvendou. Entre as vertentes a melhorar na UA, a vice-reitora para a cultura e vida nos campi identificou as “áreas da circulação, da deslocação e a questão da alimentação” como as mais prioritárias, até ao momento. Por exemplo, “a gestão do parque de estacionamento devidamente articulado com a mobilidade suave é absolutamente essencial. Isto vai trazer alguns condicionalismos e algumas alterações de rotina que sabemos que são polémicas, mas que são importantes que aconteçam”, frisou. No que toca ao prazo para alcançar a meta, ou seja, a “pegada neutra até 2030”, na UA, Alexandra Queirós disse que é necessário pensar “devagar”. “Isto vai implicar muita sensibilização, mudança de comportamentos para conseguirmos, efetivamente, alcançar as diferentes dimensões da sustentabilidade”, afirmou. “Está definido a aplicação do plano de ação até 2026, mas a nossa lógica é pensar a médio-longo prazo”, reforçou.

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Oliveira de Azeméis recebe Taça Continental de hóquei em patins

O troféu, que o FC Porto ergueu na última edição, em Espanha, será disputado no formato de final a quatro, contando com os finalistas das duas principais competições europeias de clubes de hóquei em patins – a Liga dos Campeões e a Taça WSE. Nas meias-finais, o Sporting, vencedor da Liga dos Campeões, defronta o Follonica, finalista vencido da Taça WSE, e a UD Oliveirense, vice-campeão europeu, o Igualada, campeão da segunda prova mais importante do calendário europeu de clubes. Entre os atuais finalistas, o Igualada é o que tem mais troféus, com cinco títulos (1993, 1994, 1995, 1998 e 1999), seguido do Sporting, que venceu a prova por duas vezes (2019 e 2021), e da UD Oliveirense, por uma vez (2017). O Follonica é o único finalista que ainda não venceu a Taça Continental, troféu que se realiza desde 1980 e que tem no FC Barcelona, com 18 troféus, o clube mais titulado da história da prova.

UA: Novo ano letivo inicia com mais de 1000 novos estudantes internacionais
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UA: Novo ano letivo inicia com mais de 1000 novos estudantes internacionais

A cultura portuguesa, em especial a língua e a música, bem como o plano curricular do curso de Psicologia da UA foram as razões que levaram Mauro, um estudante da Universidade do Chile - mas natural da Venezuela - a escolher Aveiro, durante um semestre. Apesar de só estar cá há cerca de 20 dias, Mauro diz “estar a gostar muito” da experiência. Um dos grandes pontos que ressalta é a possibilidade de “conhecer pessoas de todos os lados”, algo que “não é muito comum” no seu país, expõe. Mauro é apenas um dos cerca de 400 estudantes em mobilidade incoming vindos de programas como, por exemplo, o Erasmus+. A juntar a eles, a UA conta com a chegada de cerca de 500 novos estudantes de nacionalidade estrangeira. Este ano foram realizadas, até ao momento, 2415 inscrições de estudantes internacionais. Segundo a Divisão Internacional, estes estudantes estão a frequentar todos os ciclos de ensino, contudo, a maioria vem para frequentar os doutoramentos (850 inscrições) e as licenciaturas (756 inscrições). Em conjunto, estes dois ciclos de estudo representam mais de 65% das inscrições de estudantes internacionais na UA. Marina e Melissa são duas das alunas incluídas nessa percentagem. Chegam a Aveiro da China com o objetivo de tirar a licenciatura em Línguas, Literaturas e Culturas. Como razões para a escolha, apontam que olham para Portugal como um país “encantador” e que “simplesmente” gostaram da Universidade de Aveiro. Ao longo da iniciativa, os estudantes foram convidados a partilhar um prato típico do seu país, com o objetivo de promoverem um lanche partilhado. Sobre a mesa viam-se várias iguarias identificadas com as bandeiras dos diferentes países. Paracuca [doce típico angolano], mulgipuder [prato típico da Estónia], delícia turca, brigadeiro e os típicos ovos moles eram alguns desses pratos. Ao mesmo tempo, os estudantes iam-se conhecendo e trocando impressões. O lanche internacional foi apenas uma das atividades que fizeram a tarde. Entre os objetivos da sessão de boas-vindas estavam a promoção de um ambiente de partilha e convivência, assim como a partilha de informação sobre a universidade e a estadia em Aveiro. A sessão contou com as intervenções da chefe de divisão da Divisão Internacional, Sofia Bruckmann, da coordenadora de mobilidade do curso de Engenharia e Gestão Industrial, Marlene Amorim, de Fernando Martins, técnico superior do Núcleo de Desporto e Lazer, e da presidente da Erasmus Student Network (ESN), Matilde Antunes. A atividade contou também com um momento musical protagonizado pela MarnoTuna. Em agosto deste ano, a European Association for International Education (EAIE) distinguiu a UA com uma menção honrosa no prémio Award for Excellence in Internationalisation [excelência na internacionalização, um galardão que reconhece a dedicação da UA na promoção de iniciativas inovadoras e inclusivas no âmbito da internacionalização no ensino superior]. Em declarações à Ria, Sofia Bruckmann afirmou que esta distinção “significa o reconhecimento do trabalho que já vem sendo feito há muito. O trabalho do investimento de muitas pessoas que pensaram a estratégia para a internacionalização da UA e que a tornaram hoje a instituição tão internacional que é. É um reconhecimento e foi muito bom tê-lo recebido de uma instituição como é a EAIE”, continuou Sofia Bruckmann. “Foi pôr a Universidade de Aveiro nas bocas do mundo”, concluiu. A chefe da Divisão Internacional destacou também as “boas práticas na área da internacionalização”  da UA, sobretudo com a criação do Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM).