RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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UA assinala cinco décadas a ousar “fazer mais e melhor”

No dia em que se comemorou o 51º aniversário da Universidade de Aveiro (UA), a instituição deu por encerrada a comemoração das cinco décadas de vida. A inauguração do Glossário foi um dos eventos que marcaram o fim das comemorações do 50º aniversário da UA.

UA assinala cinco décadas a ousar “fazer mais e melhor”
Ana Patrícia Novo

Ana Patrícia Novo

Jornalista
14 nov 2024, 15:02

Isabel Alarcão foi a primeira reitora da UA (2001-2002) e, faz questão de reforçar, “além de primeira reitora, fui das primeiras pessoas a vir para a universidade”. A antiga reitora marcou presença na inauguração do Glossário, inserido na programação do ‘Encerramento do programa comemorativo dos 50 anos da UA’, acompanhada pelo marido, José Tavares, professor catedrático aposentado de psicologia também da Universidade de Aveiro.

“A primeira palavra que eu identifiquei [no Glossário] foi paixão e acho que paixão reflete muito bem aquilo que nós, na universidade, desde o início tivemos”, partilhou Isabel Alarcão com a Ria. A antiga reitora considera “muito interessante ver como o espírito inicial se mantém”. “A atitude das pessoas é, no fundo, a mesma atitude que tinham no princípio”, sublinhou Isabel Alarcão que reforça a importância de continuar a UA “com o mesmo espírito, com a mesma capacidade de intervir, pensar e de agir”.

Paulo Jorge Ferreira, reitor da UA, referiu na sua intervenção que via, em Isabel Alarcão, “um símbolo de uma universidade que soube ao longo de 50 anos ir construindo, ir querendo mais, ir ousando, atrevendo-se a fazer mais e melhor”. “Uma universidade, digo eu muitas vezes, é uma comunidade. E a Universidade de Aveiro é uma construção coletiva não é uma construção individual”, referiu ainda Paulo Jorge Ferreira.

A inauguração do Glossário ficou também marcada pelo encerramento de uma cápsula do tempo que deverá ser reaberta na celebração do centenário da Universidade de Aveiro. A cápsula guarda vários objetos e mensagens da comunidade UA e tem como objetivo “capturar o tempo 2024 através de mensagens e objetos” de forma a “estabelecer uma ponte com 2073”, referiu Mário Pelaio, administrador da UA.

Mensagem “para ver se daqui a 50 anos a inteligência artificial foi capaz de acompanhar aquilo que nós fazemos”

Mónica Aresta é investigadora auxiliar de Comunicação e Arte na UA e foi uma das pessoas que “deixou ficar uma mensagem” juntamente com a sua unidade de investigação. Sobre a mensagem para 2073, a investigadora admite não saber o teor na totalidade, mas revela que fala “um bocadinho daquilo que é a nossa área da investigação: a relevância da tecnologia”. Acabou por revelar também, de forma espontânea e brincalhona, que pensa haver “um bocadinho deixado pelo ChatGPT para ver se daqui a 50 anos a inteligência artificial foi capaz de acompanhar aquilo que nós fazemos no dia-a-dia”.

Sobre a iniciativa, Mónica sente uma espécie de ambiguidade feliz. “É um bocado estranho por um lado pensar que o que vai ser colocado aqui só vai ser aberto ou procurado quando todos os que aqui estão, se calhar, já cá não estiverem”, começa por explicar a investigadora. Ao mesmo tempo sente que é positivo “deixar uma marca para aqueles que estejam cá daqui a 50 anos, para que possam perceber um bocadinho como era viver na UA há 50 anos”.

Wilson Carmo, presidente da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) refere que a iniciativa da cápsula do tempo “é um sinal da união”. “A Universidade de Aveiro não é um projeto de uma pessoa é um projeto de todos”, reforçou o dirigente associativo. “É muito importante estarmos aqui hoje a fazer este evento para que no futuro se mantenha esta ligação”, concluiu Wilson Carmo.

“O homem sonha e a obra nasce”

O glossário teve o seu “pontapé de saída” o mês passado, 14 de outubro, e culminou com a inauguração ao início da tarde de ontem, dia 13. Trata-se de uma obra de seis metros de altura revestida a azulejo onde se podem encontrar 21 palavras.

“A estrutura chegou cá na quinta-feira passada [7 de novembro]”, informou Hugo Maio, coordenador técnico dos Serviços de Gestão Técnica (SGT) da UA. “Desde quinta-feira à tarde até ontem à noite [12 de novembro] conseguimos concluir”, afirma.

Sobre terem terminado a obra num tempo que “foi apertado”, o coordenador dos SGT diz que a equipa se sente “orgulhosa pelo trabalho”. Por entre serviço realizado nas horas de expediente e algumas noites em horas extra, “como se costuma dizer, o homem sonha e a obra nasce: pusemos mãos à obra, todos, em equipa, e aqui está”, sublinhou Hugo Maio.

A equipa foi também responsável por encerrar a cápsula do tempo. A sensação, conta Hugo, “foi ótima, foi o fechar do evento”. Daqui a 50 anos, pelas contas de Hugo “ainda há probabilidade de cá estar”, brincou. E de reabrir a cápsula que ajudou a fechar. Deixou também ele uma mensagem na cápsula do tempo que se recusa a partilhar antecipadamente: “temos de esperar 50 anos”, atirou. “Não sei se a gente daqui a 50 anos ainda utiliza pen’s”, refletiu.

O Encerramento do programa comemorativo dos 50 anos da UA contou ainda com a realização da ‘Conversa Ousadia e Liberdade 4: Futuro presente’ com a participação de Clara Não, Fatinha Ramos, Beatriz Bastião e Bruno Jesus, moderação de Conceição Lopes e Teresa Andresen no papel de desafiadora, no auditório Renato Araújo no Edifício Central e da Reitoria. A conversa prosseguiu com a interpretação do poema Creio, de Natália Correia, pela voz de Afonso Ribeiro e da apresentação da ‘Antologia de Poesia: 50 anos, 51 poetas, 51 poemas’, por Isabel Cristina Rodrigues.

A Sessão de encerramento das comemorações dos 50 anos da UA contou ainda com a estreia do documentário UTOPIA.

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A eleição dos órgãos sociais da AAUAv acontece na próxima quinta-feira, dia 18, e foram aprovadas duas candidaturas pela Comissão Eleitoral: a Lista A, liderada pela recandidata Joana Regadas, e a Lista D, encabeçada pela estreante Leonor Lopes. Joana Regadas, doutoranda em Engenharia Biomédica na Universidade de Aveiro (UA), acabou agora de completar o primeiro ano à frente dos destinos da associação. A jovem de 25 anos sucedeu a Wilson Carmo, de quem já tinha sido vice-presidente adjunta, ao vencer as eleições com 2.356 votos (Ria). Em entrevista à Ria, a atual presidente defende que pretende continuar no cargo para "sedimentar e solidificar” as “pequenas sementes que ao longo deste último ano” a AAUAv lançou. Leonor Lopes, estudante de 20 anos a frequentar a licenciatura de Biotecnologia na UA, procura este ano “ir mais longe” do que têm ido os atuais dirigentes. Em 2024, a responsável viu a sua candidatura ser barrada pela Comissão Eleitoral “por não cumprir o disposto no Regulamento Eleitoral e nos Estatutos da AAUAv”. Como principal objetivo, Leonor Lopes apontou à Ria que pretende fazer mais na “reivindicação dos direitos dos estudantes” e quer mobilizar mais gente para as causas que impactam os alunos. Na nota introdutória do Manifesto Eleitoral da Lista A são assumidos os principais pilares da candidatura. Segundo aponta o projeto que concorre à associação de estudantes, “a inovação, o bem-estar e a cultura” são os temas que devem marcar a agenda durante o próximo mandato. No campo da inovação, os estudantes recordam que a alteração aos estatutos da Universidade de Aveiro prevê a criação do Instituto de Ensino e Aprendizagem. A lista acredita que este pode ser um instrumento usado pela instituição para “reforçar a sua visão” e continuar a “liderar processos de transformação pedagógica”. Assim sendo, propõem “impulsionar o papel do novo Instituto de Ensino e Aprendizagem, assegurando que a estratégia de inovação pedagógica permanece com o estudante no centro”. Do ponto de vista do bem-estar, a Lista A propõe-se a “concluir e implementar o estudo aprofundado levado a cabo pela AAUAv sobre a realidade estudantil, transformando conhecimento em ação concreta”. Entre as ideias sugeridas pelo projeto comandado por Joana Regadas estão a “integração plena do Plano de Saúde Escolar, a criação de respostas que promovam o equilíbrio emocional e o reforço do acesso à prática desportiva”. No ramo da cultura, quer ainda “consolidar mecanismos de diálogo cultural, reforçar a cooperação com as entidades locais e aprofundar a cultura como instrumento de união entre os campi”. Para além de querer “dinamizar programas culturais que favoreçam a livre expressão” dos estudantes, a lista compromete-se também com a realização do Enterro’26 e Integra-te’26. Ao longo do programa, a lista não deixa de incluir um ponto relacionado com o papel reivindicativo da associação. Entre as ideias apresentadas, os estudantes defendem o aumento da oferta de formação em investigação, a melhoria das instalações da Universidade – com especial foco na Escola Superior Aveiro-Norte (ESAN). Para a candidatura, é ainda importante participar no debate sobre o financiamento das instituições de ensino superior, sobre a propina e acompanhar o processo de implementação do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES) que já foi aprovado na generalidade pelo Parlamento. Por oposição à Lista A, a Lista D estabelece como prioridade a vertente reivindicativa da AAUAv. Dizendo-se “determinada a construir uma Associação Académica verdadeiramente representativa, inclusiva e combativa”, a candidatura começa por elencar os seus principais objetivos: “democratização do ensino superior”; “o fim das propinas, taxas e emolumentos”; “mais e melhores residências estudantis”; “reforço da ação social escolar”; “saúde mental como prioridade”; e combate à “subordinação do ensino superior a interesses privados”. A “democratização”, como descrevem os estudantes, passa por uma participação mais ativa dos estudantes nos órgãos de decisão das instituições de ensino superior. No mesmo sentido, defendem uma “revisão ampla e democrática” do RJIES para que “sirva exclusivamente os interesses da comunidade académica”. Tanto na defesa do fim das propinas como do reforço da habitação estudantil, a lista volta-se para o Estado. Para além de qualificarem as propinas como “o grande entrave ao acesso e permanência no Ensino Superior”, os estudantes pedem também “o cumprimento integral e a expansão do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior (PNAES)”. A lista de Leonor Lopes quer ainda que o reforço da ação social passe por um acréscimo do número de bolsas, melhorias nas cantinas e pelo aumento no financiamento da ação social. Da mesma forma, defende a contratação de mais profissionais de saúde mental e a “implementação de políticas que promovam o equilíbrio emocional e o sucesso académico”. Por fim, a Lista D rejeita a “influência de interesses privados na gestão das universidades” e quer a saída de Portugal do Processo de Bolonha. A pensar no caso concreto da Universidade de Aveiro, a candidatura defende o fim da taxa de melhoria de nota (caso o estudante não melhore), a “resolução do problema” das filas das Cantinas de Santiago, a redução do preço da refeição social e um maior contacto com os estudantes que habitam as residências. No seio da instituição, a lista propõe também a introdução de mais tomadas de eletricidade em salas e auditórios, de mais micro-ondas na instituição e de um maior investimento na infraestrutura de internet. Recorde-se que, para além da direção, nestas eleições para a AAUAv são também eleitas a Mesa da Assembleia Geral de Alunos (MAG) e o Conselho Fiscal e de Jurisdição (CFJ).Na próxima quarta-feira, 17 de dezembro, será o dia de reflexão, com as eleições a decorrer no dia seguinte, 18 de dezembro.

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Pelas 11h00 desta quinta-feira, segundo uma nota escrita enviada à Ria, a administração da UA adiantava que havia “cerca de 200 trabalhadores em greve, metade pertencente aos Serviços de Ação Social da Universidade de Aveiro (SASUA)”. Além do mais, a administração confirmava ainda o fecho de todas as cantinas e bares dos Serviços de Ação Social (SAS) da instituição, à exceção do bar do Edifício 3 – correspondente à antiga reitoria. Além da UA, a greve geral está também a causar fortes perturbações no concelho de Aveiro, tal como noticiado pela Ria, afetando setores como a educação, a saúde, a indústria e a administração local. Entre as 5h00 e as 12h00, quatro escolas fecharam portas e vários serviços do Hospital de Aveiro registaram paralisações totais ou quase totais. Também no setor municipal a adesão é expressiva, com 75% de paragem nos armazéns gerais da Câmara e 35% nos restantes serviços. A esta hora decorre já uma ação de protesto, em Aveiro, cuja concentração estava marcada para o Largo Dr. Jaime Magalhães Lima. Recorde-se que a CGTP e a UGT decidiram convocar uma greve geral em resposta ao anteprojeto de lei da reforma da legislação laboral, apresentado pelo Governo. A última greve geral, em Portugal, aconteceu em 2013.

Joana Regadas e Leonor Lopes disputam as eleições para a AAUAv
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A comissão referente ao processo eleitoral dos órgãos sociais da AAUAv enviou ontem, via email, as candidaturas aceites para a Direção, Mesa da Assembleia Geral (MAG) e Conselho Fiscal e de Jurisdição (CFJ) da associação. Conforme já tinha sido avançado pela Ria, vão avançar duas listas: uma liderada por Joana Regadas e outra liderada por Leonor Lopes. A lista por que se candidata Joana Regadas à direção da AAUAV é a Lista A. Ao lado da ainda presidente candidatam-se também Mariana Gomes, candidata à presidência da MAG, e Bernardo Ferreira, candidato à presidência do CFJ. Já a Lista D é o projeto liderado por Leonor Lopes. Com a candidata à direção concorrem ainda Santiago Gonzalez, à MAG, e Manuel Oliveira, ao CFJ. À conversa com a Ria, Inês Filipe, presidente da comissão eleitoral – cargo que assume por ser também presidente da Mesa da Assembleia Geral– explicou que o processo decorreu dentro da normalidade. Apesar de, no momento da entrega de candidaturas, dias 2 e 3, terem existido assinaturas em falta por parte de ambas as listas, a dirigente explica que tudo foi regularizado entre os dias 4 e 5, período dedicado à “correção e suprimento de deficiências e decisão sobre as candidaturas”. No que toca às secções autónomas da AAUAv, que também são eleitas no próximo dia 18, há lista única. Para o Grupo Experimental de Teatro da Universidade de Aveiro (GrETUA) candidata-se a Lista E, cuja candidata a coordenadora é Dulce Carmo, e ao NEXUS concorre também a Lista E, tendo como candidata a coordenadora é Ana Baeta. A campanha eleitoral arrancou hoje e deve prolongar-se até à próxima terça-feira, dia 16. Quarta-feira, dia 17, é dia de reflexão. Os estudantes deslocam-se às urnas na quinta-feira, dia 18.

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Segundo uma nota de imprensa enviada à Ria esta terça-feira, 9 de dezembro, o evento resultou de uma organização conjunta entre a ESSUA e Dylan Gonçalves, fisioterapeuta e bombeiro especialista em atuação em emergências, contando ainda com uma “rede nacional de colaboração” e com o apoio da Câmara de Aveiro. Ao longo do dia, a iniciativa integrou palestras científicas dedicadas à exposição ao risco, saúde ocupacional e estratégias de desempenho em contexto de emergência, bem como com workshops especializados em áreas como “segurança física, atuação em cenários de stress, ergonomia na emergência e técnicas específicas de suporte físico e respiratório”. De acordo com a organização, o evento destacou-se pelo “ambiente de cooperação e pela oportunidade de aproximar profissionais e estudantes de áreas distintas, promovendo uma visão integrada da resposta à emergência e da proteção da saúde dos operacionais”. Dado o “interesse manifestado”, a ESSUA adianta ainda na nota que já se “perspetiva” uma segunda edição. A missão passa por “unir a ciência, a formação e a comunidade no serviço à segurança e à saúde pública”. A sessão de abertura contou ainda com a presença de representantes institucionais e estudantis e com a atuação da tuna da ESSUA. Participaram ainda na iniciativa os “operacionais dos Bombeiros Novos e dos Bombeiros Velhos de Aveiro”, entre outros agentes da região.

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