UA: O Glossário foi uma ideia “muito feliz” para assinalar os 50 anos
Toda a comunidade da Universidade de Aveiro (UA), assim como a população em geral, foi desafiada, esta segunda-feira, 14 de outubro, pela UA a “dar vida” a 2500 azulejos. A iniciativa deu o “pontapé de saída” para aquela que será a futura instalação da UA intitulada de “Glossário”. A atividade decorreu, no Espaço Mundo, junto ao E24 (situado na Zona Técnica mais conhecida como Catacumbas).
Isabel Cunha Marques
JornalistaPaulo Jorge Ferreira, reitor da UA, foi o primeiro a “pôr a mão na massa” e a pintar o primeiro azulejo. “Estou muito nervoso. Disseram-me que eu tinha de pintar alguma coisa…. Digo-vos uma coisa sou incapaz de pintar o quer que seja”, partilhou com uma risada.
Para o reitor da UA o futuro “Glossário” foi uma ideia “muito feliz” para celebrar os 50 anos da UA já que a cerâmica integra a história da academia, nomeadamente, nos dias de hoje, através do Departamento de Engenharia de Materiais e Cerâmica. “Não me lembro de um momento em que a UA não tivesse consciente daquilo que a cerâmica significou nesta região”, recordou.
“Como uma Universidade deve estar próxima da sociedade e das empresas ao chamarmos a cerâmica para este momento estamos a afirmar tudo aquilo que tem sido o nosso percurso, ao longo dos 50 anos”, acrescentou Paulo Jorge Ferreira.
“Queríamos ter uma peça que representasse os 50 anos e que ficasse no campus”
Ousadia, liberdade, ria, conhecimento ou catacumbas são cinco das 21 palavras que vão integrar o futuro “Glossário”. Um totem de seis metros de altura, revestido com 2500 azulejos, doados pela Aleluia Cerâmicas, de 14 por 14 centímetros, que será instalado, segundo Alexandra Queirós, vice-reitora para as matérias relativas às políticas para a cultura e a vida nos campi da UA, “numa das entradas da UA, junto aos arvoredos, na Rua da Pêga”. Acima de tudo, “queremos que seja um lugar de encontro daí chamar-se ponto 50”, realçou.
Quanto ao surgimento da ideia do “Glossário”, Alexandra Queirós explicou, em entrevista à Ria, que a iniciativa surgiu de um desafio lançado à Plataforma de Intervenção Artística Mistaker Maker. No âmbito das comemorações dos 50 anos da UA, “fizemos um pré-evento que durou de setembro a dezembro de 2023 (…) a que chamamos de ‘UA Memória em Curso’. Nestes encontros tínhamos uma atividade que consistia em as pessoas [comunidade UA] deixarem algumas palavras escritas que representassem com emoções, locais, pessoas, entre outros elementos, a UA”, realçou Alexandra Queirós. “Entretanto, falamos com a Academia à Plataforma de Intervenção Artística Mistaker Maker numa lógica de que queríamos ter uma peça que representasse os 50 anos e que ficasse no campus. Foi-nos apresentada esta proposta”, continuou.
De acordo com a vice-reitora a inauguração do totem ocorrerá a “13 de novembro”. “Os Serviços de Gestão Técnica da UA vão fazer a montagem da instalação (…) Portanto, esta atividade foi o pontapé de saída. Depois vamos para a Aleluia Cerâmicas com a equipa do Mistaker Maker para prepararmos as peças para serem montadas aqui”, realçou.
Ao lado do totem será ainda “enterrada” uma “cápsula do tempo” com objetos e mensagens da comunidade para ser aberta nas comemorações do centenário da UA. “A cápsula do tempo foi uma ideia que surgiu dos serviços de comunicação (…) A ideia é que sejam objetos representativos das áreas de conhecimento e do ensino que fazemos na UA”, adiantou a vice-reitora.
Recomendações
UA promove esta semana 7ª edição do “Fórum de Ensino e Aprendizagem”
O primeiro dia do Fórum, entre as 9h30 e as 12h30, será dedicado à apresentação das práticas pedagógicas desenvolvidas por docentes da UA. Ao longo das três sessões, docentes das várias unidades orgânicas apresentarão os resultados dos projetos de inovação pedagógica financiados desde 2020. Todas as sessões ocorrerão na sala do Senado. A partir das 13h45, na sala de Atos Académicos, haverá ainda uma sessão dedicada à apresentação das práticas pedagógicas distinguidas com o “Prémio de Boas Práticas Pedagógicas da Universidade de Aveiro”, bem como a atribuição de menções honrosas. O prémio visa reconhecer o mérito, a qualidade e a inovação pedagógica de docentes ou equipas docentes no contexto das unidades curriculares da UA e foi instituído no âmbito do “Regulamento para a Valorização e Desenvolvimento de Boas Práticas e Inovação Pedagógica”. Na sala do Senado, pelas 14h00, estarão ainda a decorrer três sessões de comunicações orais, dinamizadas por docentes e outros membros da comunidade académica da UA, cujas propostas foram selecionadas no âmbito da submissão de trabalhos da 7.ª edição do “Fórum de Ensino e Aprendizagem – Teaching & Learning Forum”. No dia seguinte, 3 de julho, na sala de Atos Académicos, a abertura do evento estará a cargo de Paulo Jorge Ferreira, reitor da UA, seguindo-se, pelas 9h30, uma apresentação do responsável institucional, com prestação de contas sobre o trabalho realizado e ações para o futuro e partilha de contributo de um membro da comunidade UA. O painel contará com a intervenção de Sandra Soares, vice-reitora para o Ensino e Formação da UA, Joana Regadas, presidente da direção da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) e de Sandra Vieira, vencedora do Prémio de Boas Práticas Pedagógicas 2023/2024. Após o coffee-break, pelas 10h15, seguir-se-á um momento de disseminação de boas práticas da comunidade UA, seguindo-se a partilha de William Carey, desenvolvedor educacional sénior na Universidade Nottingham Trent. Pelas 14h30 haverá ainda workshops sobre os desafios mais imediatos em áreas de intervenção estratégica no ensino e aprendizagem. Já na sala de Atos Académicos, a partir das 16h00, decorrerá uma sessão de posters digitais e a “Estratégias@UO” com a apresentação de uma seleção de práticas institucionais das unidades orgânicas que promovam o sucesso escolar e previnam o abandono. O encerramento acontecerá pelas 17h30. O programa na íntegra pode ser consultado aqui. As inscrições para os diferentes momentos do Fórum de Ensino e Aprendizagem - Teaching & Learning Forum podem ser efetuadas aqui.
AAUAv celebra 47º aniversário com reflexões para o futuro
O 47º aniversário da AAUAv ficou marcado pela formalização de um protocolo entre a estrutura estudantil e a Câmara Municipal de Aveiro (CMA). Na sua intervenção, José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro salientou o momento como “importante” e “relevante”. A formalização do protocolo é, para o autarca, a consolidação da “relação das instituições”. “A palavra dos Homens é sempre mais importante do que os documentos, mas os documentos consolidam a relação das instituições: porque os homens passam e as instituições sempre ficarão”, frisou Ribau Esteves. O protocolo formalizado na cerimónia, no valor global de 44.500 euros, foi aprovado na última reunião camarária. O autarca saudou ainda a associação pelo seu 47º aniversário, “por tudo aquilo que marca o seu passado e, existindo, estimula e aposta no seu futuro”. Joana Regadas, presidente da direção da AAUAv, sublinhou no discurso comemorativo do 47º aniversário que “todas as celebrações de aniversário pressupõem a existência de momentos de reflexão”, tendo sublinhado que a sua reflexão “começa no futuro”. “Infelizmente, muitas das lutas [dos estudantes] permanecem as mesmas, e outras tantas avizinham-se a ressurgir mesmo ao virar da curva”, começou por refletir a dirigente. A representante dos estudantes da academia aveirense deu então nota de cinco notícias recentes relativas ao ensino superior, alertando, em primeiro lugar, para a saúde mental dos estudantes. “Mais de metade dos universitários está em burnout e 40% consomem psicotrópicos (…) esta não é uma urgência de agora, é uma verdade que (…) se tornou uma banalidade, uma urgência que carece de atuação há quase uma década”, enfatizou. O abandono e insucesso escolar, as práticas de ensino serem “as mesmas há 20 anos” e a incapacidade de retenção do talento foram também temas abordados no discurso da dirigente. Joana alertou ainda para o descongelamento das propinas, uma preocupação dos estudantes que volta a estar em cima da mesa devido a declarações da nova secretária do Ensino Superior. "O ensino superior não pode nunca ser reservado apenas para alguns. A aquisição de conhecimento deve ser um fator de nivelação social, nunca de distanciamento", defendeu a presidente da direção da AAUAv. Para Paulo Jorge Ferreira, reitor da UA, a Associação Académica “é simultaneamente história, presente e é também futuro”. No seu discurso, o reitor sublinhou que o trabalho desenvolvido pelo movimento estudantil “é imprescindível para que hoje sejamos aquilo que somos, enquanto universidade, enquanto instituição, enquanto associação académica”, apontando ainda o papel da associação na atração e fixação de jovens em Aveiro e na região. “Hoje em dia, desses cerca de 2.400 novos estudantes que veem para a Universidade de Aveiro e dos quais saem também os dirigentes futuros da associação académica, dois em cada três veem de fora da região de Aveiro e muitos ficam nesta região”, atentou. O reitor frisa ainda a ambição da universidade em “mais do que técnicos competentes, formar cidadãos”, destacando o papel da AAUAv nesse processo. “Aprenderem na Associação Académica faz de vós melhores cidadãos, faz da Universidade de Aveiro uma instituição mais bem preparada para assegurar o futuro, mais atrativa para aqueles que a procuram”, reiterou. O discurso de comemoração ficou ainda pautado pela menção à independência, autonomia e irreverência do movimento estudantil em Aveiro. “Nunca se curvou perante nenhum reitor. Nunca se curvou perante nenhum governante. E todos aqueles que o tentaram fazer, falharam miseravelmente na tentativa: é necessário que assim continue. Nunca como hoje foi tão necessário. Tenho a fé, tenho a certeza, que convosco não corro esse risco”, frisou Paulo Jorge Ferreira. A tomada de posse dos núcleos da AAUAv foi o primeiro momento da celebração. Inês Filipe, presidente da Mesa da Assembleia Geral da AAUAv deu posse aos novos órgãos dos Núcleos, afirmando que o aniversário da AAUAV assinala também “o início de um novo ciclo, um momento de continuidade, de renovação e acima de tudo de compromisso com o associativismo estudantil, que tanto caracteriza a nossa academia”. No seu discurso, Inês Filipe sublinhou que “os núcleos são sem dúvida uma das bases mais sólida deste projeto coletivo que é a AAUAv: são eles que aproximam os estudantes do movimento associativo, que fazem ecoar as suas necessidades, as suas ideias e os seus sonhos”. A dirigente aproveitou ainda a oportunidade para agradecer aos núcleos cessantes e para desejar “aos que agora iniciam este desafio (…) um mandato de crescimento, coragem e celebração”. “Esta associação e academia contam convosco, com a vossa energia, com a vossa visão e sobretudo com o vosso compromisso”, concluiu. O processo eleitoral para os núcleos da AAUAv para o mandato de 2025/2026 decorreu no dia 5 de junho, tendo ficado marcado por irregularidades que levaram à convocação da repetição, em setembro, das eleições do Núcleo Associativo de Estudantes do Instituto Superior de Contabilidade e Administração (NAE-ISCA). Por sua vez, Joana Regadas sublinhou a tomada de posse de “516 novos dirigentes” dos núcleos como uma “personificação” da renovação da AAUAv. “[São] 516 novos estudantes que querem discutir o ensino superior, o desporto, a cultura (…), discutir a UA, Aveiro, Águeda, Oliveira de Azeméis, a região, o país, a Europa, o mundo”, enfatizou a representante dos estudantes. No seu discurso, a dirigente associativa aproveitou ainda para criticar a falta de valorização dos estudantes que participam no movimento associativo. “Escolher fazer parte desta história é grandioso, mas também ingrato”, reparou. “A falta de reconhecimentos e apoios inicia-se muitas vezes neste mesmo local onde nos encontramos: o local que por um lado quer privilegiar os que vão mais além (…) os que, para além de procurarem ser bons profissionais, procuram na universidade encontrar um percurso para se tornarem melhores cidadãos, mas que por outro lado, pouca valorização dá ao percurso integral”, atira. Por sua vez, Paulo Jorge Ferreira agradeceu também aos dirigentes cessantes dos núcleos da Associação, deixando uma palavra também em relação aos novos dirigentes. “Fico satisfeito por ver mais do que nunca mais núcleos, mais estudantes, mais compromissos com esse futuro, porque sei que é daqui que sairão as sementes para uma sociedade melhor, mais pacífica”, refletiu. Também Ribau Esteves deixou uma palavra de “estímulo” aos dirigentes dos núcleos que tomaram posse. “Que sejam um importante contributo continuado nesse processo (…) em que sempre podemos fazer mais e melhor em cada uma das funções que temos para cumprir”, aponta o autarca, destacando a cidadania como uma dessas funções. A AAUAv entregou ainda cinco distinções aos núcleos: Núcleo Mais Solidário, Núcleo Mais Desportivo, Núcleo Mais Setorial, Núcleo Mais Núcleo e o Núcleo Revelação. As distinções foram entregues, respetivamente, ao Núcleo de Estudantes de Ciências Biomédicas, Núcleo de Estudantes de Engenharia Mecânica, Núcleo de Cinema e Fotografia, Núcleo de Estudantes de Multimédia e Tecnologias da Comunicação e ao Núcleo de Estudantes de Gestão. O 47º aniversário contou ainda com a atribuição do galardão Renato Araújo. A iniciativa, que arrancou no ano passado, distinguiu este ano a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), por atuar “diariamente em todo o território nacional, garantindo proteção, apoio emocional e psicológico a quem sofreu o impacto da violência”.
AAUAv promove encontro com estudantes de doutoramento para debater desafios
Em entrevista à Ria, Joana Regadas, presidente da direção da AAUAv, explicou que o evento nasceu de uma necessidade sentida no terreno. “A ideia surge um bocadinho por aquilo que foi uma necessidade que foi reconhecida não só por nós, mas também pelos estudantes que vieram ao nosso encontro. De facto, a realidade dos estudantes de doutoramento é muito diferente da realidade de mestrado e de licenciatura”, alertou. Segundo esta, o encontro teve como objetivo “perceber a realidade dos estudantes de doutoramento que têm uma faixa etária muito grande e formas de trabalho completamente diferentes”. “O que nós fizemos neste primeiro momento foi discutir algumas das temáticas que identificamos que afetam mais o dia a dia deles”, contou. Entre os temas abordados estiveram o financiamento da investigação, as oportunidades do pós-doutoramento e a saúde mental. “Nós sabemos e chegou mesmo até nós (…) alguns alertas devido ao isolamento dos estudantes de doutoramento. É um trabalho muito individual, às vezes competitivo entre as áreas e acaba por ser muito difícil acompanhar estes estudantes no seu dia a dia”, atentou. Com "mais de dois mil estudantes" de doutoramento a entrar na UA, "anualmente", a presidente da direção da AAUAv sublinhou a importância de olhar com atenção para esta comunidade. “A UA tem recebido cada vez mais alunos de doutoramento e nós, enquanto AAUAv, não fazia sentido continuarmos de olhos fechados para esta comunidade que tem um peso cada vez maior e que necessita também de ter uma aproximação deste lado que é de advogo por eles, quer seja internamente ou nacionalmente”, defendeu, acrescentando ainda que “há cada vez menos oportunidades dentro da academia para estes estudantes ficarem”. Com um olhar crítico sobre a proposta de lei para a revisão do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), que prevê, entre outras medidas, o combate à endogamia académica, Joana Regadas destacou que esta é uma das questões que mais preocupa a AAUAv. “Não acreditamos que a forma proposta seja a solução para esta problemática. Há de facto um problema que tem de ser reconhecido com a endogamia, no entanto, a solução não passa por proibir ou não permitir a contratação destes estudantes”, afirmou. Recorde-se que segundo a proposta de lei do novo RJIES, tal como noticiado pela Ria, “nos três anos subsequentes à obtenção do grau de doutor, um doutorado não pode ser contratado como docente ou investigador, nem exercer funções docentes ou de investigação, na instituição que lhe conferiu esse grau”. Além da presidente da direção da AAUAv, o primeiro encontro contou ainda com a presença de António Gil, diretor da Escola Doutoral da UA (EDUA) e de Artur Silva, vice-reitor para as matérias atinentes à investigação, inovação e formação na UA. Segundo Joana Regadas, a intenção da AAUAv é dar continuidade a estes encontros, com uma nova edição prevista já para “outubro”.
SASUA abre candidaturas ao alojamento para o próximo ano letivo com previsão de até “800 camas”
Estão oficialmente abertas as candidaturas ao alojamento nas residências universitárias da Universidade de Aveiro (UA) para o ano letivo 2025/2026. Os estudantes que já se encontram alojados em 2024/2025 e pretendem renovar o seu lugar devem submeter a candidatura até “31 de julho de 2025”. Os resultados serão comunicados por email institucional até “30 de agosto”, conforme se lê no site da UA. A candidatura é realizada através de formulário próprio, disponível online. Os estudantes que apresentem o pedido depois da data-limite serão colocados em lista de espera, ficando sujeitos à existência de vagas. Os estudantes realojados manterão o quarto ou residência, desde que não haja impedimentos ou pedido de mudança indicado no formulário. Em entrevista à Ria, João Ribeiro, diretor delegado dos Serviços de Ação Social da UA (SASUA), admite que a procura pelo alojamento poderá ser ainda “maior” este ano, acompanhando o aumento geral dos pedidos de apoio social. “Este ano, ultrapassámos os 4600 pedidos. (…) A universidade está cada vez mais a ser procurada por estudantes deslocados (…) e, com isso, é expectável que haja também um aumento do número de pedido de apoios sociais, onde se inclui o alojamento”, afirmou. Do total de pedidos recebidos, cerca de “1500 estudantes” solicitaram alojamento para este ano letivo. Questionado sobre a possibilidade de haver mais camas disponíveis no ano letivo de 2025/2026, João Ribeiro explica que “há várias variáveis” envolvidas, mas a expectativa é de que a redução na oferta “não seja significativa” em relação à atual, que conta com “cerca de 800 camas disponíveis”. “O campus de Santiago está em renovação com vários edifícios. Nós neste momento já temos a libertação de um edifício concluído que é o Bloco A1 e há três blocos que é expectável que sejam libertados porque estão a ser intervencionados (…) até ao início do ano letivo. No entanto, há outros quatro que vão ser intervencionados a partir de agora e, portanto, é admissível que não estejam disponíveis no início do ano letivo”, explicou. Ainda assim, João Ribeiro partilhou que a expectativa é que no próximo ano estejam disponíveis entre “700 e 800 camas”. “É também expectável — embora sem garantias — que pelo menos um dos edifícios das novas residências no Crasto esteja concluído e disponível no último trimestre do ano”, acrescentou. A possibilidade de recorrer novamente à Pousada da Juventude para reforço da oferta também está em cima da mesa. “Esse mecanismo, a manter-se, iremos recorrer a ele, seguramente”, garantiu o diretor delegado dos SASUA. Recorde-se que este ano, de forma excecional, foram disponibilizadas 22 camas adicionais em Aveiro no âmbito do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior, através de protocolos com a Movijovem e o INATEL. No total, esse plano disponibilizou 706 camas, sendo 603 em pousadas da juventude. O diretor delegado dos SASUA lembrou ainda que os estudantes que não obtenham vaga em residência universitária poderão recorrer ao complemento de alojamento, apresentando contrato e recibos de arrendamento aos SASUA. A UA espera ainda poder firmar acordos com o setor privado, no chamado “eixo 2” da linha de financiamento para as Instituições de Ensino Superior, embora ainda sem confirmações definitivas. Recorde-se ainda que para os novos estudantes, a candidatura ao alojamento só deverá ser feita após a publicação dos resultados do concurso nacional de acesso e matrícula na UA. Já os estudantes internacionais e de mobilidade (Erasmus) que pretendam alojamento devem contactar a Divisão Internacional da UA: [email protected].
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Alberto Souto de Miranda acusa Rui Carneiro de “traição” ao PS Aveiro
No passado dia 23 de junho, o secretariado da Comissão Política Concelhia de Aveiro do PS retirava a confiança política ao vereador Rui Soares Carneiro. A decisão foi tomada na sequência de declarações públicas “reiteradas” do autarca, nas quais contestava a escolha do candidato à Junta de Freguesia de Cacia, manifestava a possibilidade de não apoiar a candidatura do PS à Câmara Municipal de Aveiro e admitia integrar uma eventual candidatura independente. “Perante o desrespeito, reiterado, pelos Estatutos do Partido Socialista, não tivemos outra alternativa”, justificava o secretariado concelhio em comunicado. No mesmo dia, Nelson Peralta, ex-deputado do Bloco de Esquerda (BE), vinha a público nas redes sociais denunciar uma tentativa de Rui Carneiro obter “apoio formal e institucional” para uma candidatura independente “a uma freguesia do Município”. Confrontado pela Ria, o vereador negou qualquer contacto formal com o BE. Na segunda-feira, 30 de junho, Rui Soares Carneiro reagiu à decisão do PS, classificando as declarações que motivaram a retirada de confiança como “perfeitamente banais” e negando ter feito qualquer abordagem ao Bloco de Esquerda. Já esta terça-feira, 1 de julho, foi a vez de Alberto Souto de Miranda divulgar uma nota de esclarecimento às redações. Nesse comunicado, Alberto Souto começa por relativizar a saída do vereador. “A deserção de um vereador não é um facto insignificante, por muito insignificante que seja o dito. Não queremos ganhar com unanimismos. Perdemos um voto. Mas há votos que vale a pena perder”, atira. O candidato recorda ter convidado Rui Carneiro para liderar a candidatura socialista à Junta de Freguesia de Cacia, convite ao qual, segundo afirma, o ex-vereador nunca respondeu. “O Dr. Rui Carneiro não teve a coragem para aceitar, nem a educação de me explicar porquê”, lamenta Sobre a eventual falta de apoio de Rui Carneiro à sua candidatura, Alberto Souto reconhece a liberdade individual, mas critica a falta de franqueza. “Podia não gostar de mim. Podia querer ser vereador. Podia não querer ser presidente de Junta. O que queria, porém, nunca mo disse. As pessoas são livres, mas em política e na vida devem ser francas e verdadeiras”, afirma. Relativamente à denúncia feita por Nelson Peralta, Alberto Souto de Miranda não poupou nas palavras, comparando a atitude de Rui Carneiro à de “traidores cobardes” e “tipos sem carácter”. Embora diga não o considerar um traidor, admite que “perante estes factos, há quem possa legitimamente pensar isso mesmo”. Acusando Rui Carneiro de ter construído uma “narrativa” tardia e de se estar a vitimizar, o candidato socialista reforça que há mais de uma testemunha a corroborar a denúncia. “Nelson Peralta lembra que não foi apenas ele o destinatário de tal proposta de traição. Porque carga de água é que haveria de inventar uma coisa destas?”, questiona. Alberto Souto de Miranda encerra o comunicado com um conjunto de acusações duras, sob a forma de perguntas retóricas: “Um vereador que mente não é um homem mentiroso? Um vereador que trai a sua equipa sem qualquer satisfação, não é um mesmo um traidorzeco sem perdão? Um vereador que assim procede não devia pedir desculpa e ter vergonha? Um vereador que assim se prostitui deve hipocritamente pavonear-se pelas redes, como se fosse uma virgem ofendida coberta por um manto de virtudes? Um vereador que assim desprestigia e trai a força política que o elegeu, não devia ter um pingo de dignidade e imediatamente demitir-se?”. Neste seguimento, o candidato socialista acrescenta: “Os cemitérios estão cheios de insubstituíveis e a política está cheia de vermes palavrosos. As pulgas ambiciosas e falsas estatelam-se contra parede da verdade. E só não partem a espinha dorsal porque não a têm”. Na reta final do comunicado, Alberto Souto de Miranda insiste ainda que Rui Carneiro “cavou a sua própria sepultura”. “Ninguém pode confiar num esforçado e frustrado vira-casacas que, licenciosamente, pela calada da noite, faz o ‘trottoir’ partidário e se tenta vender por trinta dinheiros, e ainda guarda uma faca na liga, disfarçada de pena viscosa, pegajosa de tanta necessidade de justificar o injustificável”, conta. Por fim, o candidato socialista dá ainda nota que foi “completamente alheio à retirada de confiança política por parte do Secretariado do PS”, mas que entende a decisão: “Não se pode confiar em alguém assim”, remata. O comunicado na íntegra pode ser consultado aqui.
Município de Ílhavo volta a ser distinguido como “Amigo do Desporto”
O reconhecimento, que o município mantém de forma ininterrupta desde 2018, “confirma o compromisso da autarquia com a promoção da atividade física, do desporto e de um estilo de vida saudável”, lê-se em nota enviada às redações. A autarquia destaca ainda que tem implementado “diversos programas regulares dirigidos a todas as faixas etárias (…) com uma oferta diversificada e inclusiva”. A nota sublinha ainda “múltiplos eventos desportivos” dinamizados anualmente, bem como os apoios aos “clubes e associações desportivas locais na realização dos seus eventos, de caráter regional, nacional e internacional”. O reconhecimento foi entregue no passado dia 17 de junho, no III Congresso da Cidade Social, em Vila Nova de Poiares. A iniciativa reuniu mais de 200 autarquias.
Mareato traz ÀTOA a Ílhavo
O Mareato arranca já este fim de semana, com atividades a decorrer na Costa Nova do Prado. No dia 3 de julho, na parte da manhã, há wakeboard e stand up paddle na Praia da Biarritz, junto à ponte. À tarde está programado o torneio de matraquilhos, um workshop de danças tradicionais e uma cãominhada, no relvado da Costa Nova do Prado. O dia seguinte volta a arrancar com atividades aquáticas, na parte da manhã, com boia puxada por barco e canoagem, a partir da Praia da Biarritz, e vela, no Clube de Vela da Costa Nova. Já à tarde, no relvado, realiza-se um torneio de ténis de mesa e começa um torneio de ténis, que se estende até dia 6 de julho. Também para este dia, à tarde, no Cais Criativo da Costa Nova, está agendado o Diálogo Jovem, dinamizado pelo Conselho Nacional de Juventude (CNJ). A iniciativa, aponta a autarquia, é “uma oportunidade para os jovens partilharem as suas ideias e contribuírem ativamente para o futuro da juventude em Portugal”. A tarde termina com uma sessão de yoga, no mesmo local. A 5 de julho realiza-se mais uma edição da Corrida Popular da Costa Nova do Prado, com um percurso de dez quilómetros entre a Costa Nova e a Vagueira. O evento inclui também a Corrida dos Mais Pequenos, uma caminhada e uma aula de zumba de aquecimento. As inscrições para a iniciativa já estão esgotadas. No dia seguinte, voltam-se a viver momentos de emoção, com a Travessia da Ria a Nado e Aquatlo, também já esgotada. Ainda na tarde de 6 de julho, há uma Escape Mission para resolver no relvado da Costa Nova do Prado. Entre 3 e 6 de julho, das 10 às 19 horas, há zona lounge para relaxar no relvado e também uma zona de playground, com insufláveis, ténis de mesa e matraquilhos. Já no fim de semana seguinte, a música ganha protagonismo, com três noites de espetáculos no relvado. No dia 11 de julho, há DJ Set de Overule. O dia seguinte fica a cargo de Neon Run e Insert Coin. A última noite do Mareato, arranca com Freddy Strings and the Groovefellas e termina com ÀTOA. O último fim de semana do festival conta ainda com uma competição de cross-training em equipa, no areal da Praia da Barra.
Ministro apela ao "esforço patriótico" para aproveitar os fundos comunitários
Castro Almeida falava no encerramento do Congresso da Região de Aveiro, perante representantes de autarquias e de várias entidades públicas, reconhecendo que a Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro “já se encontra a executar o pacote financeiro significativo de fundos europeus do programa Centro 2030”. “Faço um apelo a todos os envolvidos neste processo, que é verdadeiramente patriótico todo o esforço no sentido de garantirmos a máxima execução dos fundos à nossa disposição”, disse. Segundo o ministro, “Cumprir as metas é garantir o contrato de confiança com a Comissão Europeia”, sendo essa “uma questão fundamental”. Referindo “a importância de executar depressa e bem os fundos” à disposição, Castro Almeida salientou que “o Estado Português tem um conjunto de metas de execução muito ambiciosa, já este ano”. “Isso implica que todos - os promotores, as autoridades de Estado, os organismos intermédios, os auditores - estejam bem cientes do seu papel neste compromisso coletivo de não desperdiçarmos um único euro à nossa disposição”. Elogiando a capacidade exportadora da região de Aveiro e o seu dinamismo económico, Castro Almeida disse que “é importante continuar a colocar o foco no crescimento das exportações e na diversificação de mercadorias como forma de atingir esse objetivo”. “O Estado deve apostar decididamente nas exportações de bens e serviços, apontando para um valor acima dos 50%, a chegar próximo dos 55%, o que é um objetivo muitíssimo ambicioso, dado que estamos atualmente com 46,5%”, indicou. É a vocação exportadora da região de Aveiro, conforme referiu, “que faz dela a segunda comunidade intermunicipal do território nacional, logo a seguir à Grande Lisboa, no índice sintético de desenvolvimento regional”.