RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

Universidade

Engenharia Aeroespacial com “extrema” procura na UA

Três anos após a estreia do curso de Engenharia Aeroespacial na Universidade de Aveiro (UA), o reitor da Universidade faz um balanço positivo da formação e admite que a procura “tem vindo a aumentar”. A partilha foi feita durante a cerimónia de abertura da “Aveiro Space Week 2024” que decorreu, entre 9 e 14 de setembro, na UA.

Engenharia Aeroespacial com “extrema” procura na UA
Isabel Cunha Marques

Isabel Cunha Marques

Jornalista
16 set 2024, 12:15

Ao longo de uma semana, a “Aveiro Space Week 2024” trouxe até à Universidade de Aveiro diversas palestras onde o objetivo principal era discutir e inovar o setor espacial. Entre as atividades propostas, em destaque, estiveram a competição internacional “World CanSat Championship” (WCRC), que consistiu no lançamento de pequenos satélites na base de São Jacinto, e a realização de uma escola de verão sobre software e hardware para o espaço.

Nuno Borges Carvalho, diretor do Departamento de Eletrónica, Telecomunicações e Informática (DETI) da UA, disse que o evento foi um “objetivo tornado realidade”. “A ideia era começar em 2020, mas o covid veio e parou a iniciativa. Esta é a primeira edição em que temos as componentes que gostávamos de ter”, explicou.

No que toca ao curso de engenharia aeroespacial na UA, aposta feita no ano de 2021, o diretor do DETI adiantou que o balanço é “muito positivo” e que os alunos estão contentes. “Estamos prestes a preencher todas as vagas que temos para o mestrado. Isto demonstra que há interesse na área”, assegurou.

Paulo Jorge Ferreira, reitor da UA, foi de encontro a esta perspetiva e reforçou a importância de se dar projeção ao setor. Neste momento, na Universidade de Aveiro, “temos o mestrado e a licenciatura extremamente procurados. A nível nacional é também uma das áreas com maior procura. Ao longo do tempo, a fração de estudantes com classificações elevadas que a procuram tem vindo a aumentar”, realçou.

Apesar do crescimento, o reitor da UA, diz ser essencial evoluir ainda mais na área. “No dia em que a Universidade não quiser evoluir, morre. Uma universidade não é um corpo estático é algo dinâmico que está e faz parte da sociedade. Deve sentir, reagir e pensar o futuro em termos da sociedade”, relembrou.

Aeródromo municipal de Aveiro permitirá “colocar as mãos na massa”

Entre os convidados a marcar presença na sessão de abertura da “Aveiro Space Week 2024” esteve Ana Paiva, secretária de Estado da Ciência e Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro.

A secretária de Estado da Ciência mostrou-se visivelmente satisfeita por estar num evento dedicado ao espaço, posicionando Aveiro “como um centro para as novas tecnologias e para novos projetos inovadores”.

Por sua vez, Ribau Esteves aproveitou a iniciativa para anunciar a criação do aeródromo municipal de Aveiro, que irá funcionar no Regimento de Infantaria, nº10, em São Jacinto. Segundo o autarca esta era já uma “luta” que durava cerca de uma década. “No final da semana passada, tive a felicidade de receber a notícia do ministro da Defesa Nacional da aprovação da proposta da Câmara. Guardei o telefonema só para mim, precisamente, porque tinha o convite para a Aveiro Space Week e achei que era um enquadramento feliz”, justificou.

“Só espero que tenhamos todos muita capacidade para aproveitar mais esta oportunidade de crescimento para o município, para a região e para o país”, completou.

Face à notícia, Nuno Borges Carvalho referiu estar “muito contente” e esperançoso que o novo equipamento permita aos alunos da UA “colocar as mãos na massa”.

O reitor da Universidade de Aveiro partilhou ainda que gostaria que no futuro a faculdade integrasse “um hub tecnológico de grande impacto na economia onde as empresas que precisam de experimentar uma ideia encontrem o mínimo de entraves legais e uma porta aberta para essa experimentação".

Na cerimónia de abertura, a Agência Espacial Europeia apresentou também o investimento no desenvolvimento do Centro Tecnológico Espacial, na ilha de Santa Maria, nos Açores.

A primeira edição da “Aveiro Space Week” esteve integrada na Agenda Newspace Portugal. Pelo evento passaram figuras ilustres do panorama científico e tecnológico, entre os exemplos, o astronauta da National Aeronautics and Space Administration (NASA), Danny Olivas.

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A competição, organizada pela Federação Académica do Desporto Universitário (FADU Portugal), reuniu as melhores equipas universitárias do país nas modalidades de Counter-Strike 2, Valorant, Rocket League e League of Legends. Estiveram presentes 32 equipas, apuradas através dos torneios regionais, representando 17 clubes universitários de todo o país. A equipa de Counter-Strike 2 da UAveiro, composta por André Clérigo, Guilherme Mesquita, Francisco Domingues, Tomás Silva, José Costa, Gonçalo Freitas, João Mendes e Tiago Pita, venceu a final frente à Associação Académica da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (AAUTAD) por 3-0, numa série à melhor de cinco. Além do título em Counter-Strike 2, a UAveiro participou também nas modalidades de League of Legends e Rocket League. Em League of Legends, a equipa aveirense composta por Diogo Couto (ECT), João Santos (Eng.Informática), Rafael Maia (Redes e Sistemas Informáticos), Gonçalo Martins (ECT), André Alves (Eng. Informática) e Alexandre Faustino (EET) caiu nos quartos de final frente à AAIPS. Em Rocket League, a equipa representada por Eduardo Fernandes (mestrado Eng. Informática), Diogo Barros (Eng. Computacional), Rodrigo Lopes (ECT) e Guilherme Silva (MTC) alcançou o terceiro lugar, ao vencer a AEIST por 4-2. Mais de 250 agentes desportivos estiveram envolvidos nesta edição dos eFADU Nacionais, que contou com transmissão em direto na RTP Arena e no canal de Twitch da eFADU Portugal. O evento teve ainda o apoio da Câmara Municipal de Matosinhos e da Associação de Estudantes do Instituto Superior de Administração e Gestão do Porto (ISAG).

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A nova tecnologia foi desenvolvida por um grupo de investigação multidisciplinar da Universidade de Aveiro (UA), em colaboração com o Instituto Politécnico do Porto. O projeto resultou na criação de um conjunto de moléculas “que melhoram a imagiologia médica, com menor toxicidade, e permitem também a terapia fotodinâmica de tumores”, segundo uma nota de imprensa da Universidade de Aveiro. As novas moléculas integram, numa única estrutura, a capacidade de detetar tumores mais eficientemente em tomografia computorizada (TC) e ressonância magnética nuclear (RMN), e, ao mesmo tempo, atuam terapeuticamente sobre o tumor. “Isto significa que as moléculas já patenteadas possuem características de agentes de contraste para diagnóstico e propriedades terapêuticas, permitindo tratar diretamente o tecido tumoral, um avanço que pode melhorar o prognóstico de pacientes com cancro”, explica. De acordo com a nota, “os compostos preparados apresentam menor toxicidade em comparação com os produtos de contraste usados clinicamente”, o que se deve “à natureza dos compostos, à menor quantidade necessária e à sua distribuição preferencial no tecido tumoral”. Integraram a equipa de investigação Amparo Faustino e Graça Neves (LAQV-REQUIMTE), Rui Pereira (ESSUA - Escola Superior de Saúde), Adelaide Almeida (CESAM - Centro de Estudos do Ambiente e do Mar) e Rúben Fernandes (Politécnico do Porto). A tecnologia, intitulada "Porfirinas Iodadas, seus métodos de produção, formulação, composição farmacêutica e usos", faz parte de uma patente nacional recentemente concedida, adianta a nota universitária.

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