RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Luís Souto de Miranda apresenta mandatário e candidatos às juntas de freguesia esta sexta-feira

Luís Souto de Miranda, candidato da coligação “Aliança Mais Aveiro” à presidência da Câmara Municipal de Aveiro, vai apresentar esta sexta-feira, 20 de junho, pelas 21h00, no Teatro Aveirense, o mandatário da sua candidatura, bem como os nomes dos dez candidatos às juntas de freguesia do concelho, no âmbito das próximas eleições autárquicas.

Luís Souto de Miranda apresenta mandatário e candidatos às juntas de freguesia esta sexta-feira
Redação

Redação

18 jun 2025, 14:37

De acordo com uma nota enviada às redações, a sessão contará ainda com a apresentação dos mandatários da juventude e sénior.

Recorde-se que os cabeças de lista às dez juntas de freguesia do concelho foram aprovados no passado dia 2 de junho, em plenário de militantes da Comissão Política da Secção do Partido Social Democrata (PSD) de Aveiro, tal como noticiado pela Ria.

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PS Aveiro apresenta Alcino Canha na União de Freguesias de Requeixo, Fátima e Nariz e critica junta
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PS Aveiro apresenta Alcino Canha na União de Freguesias de Requeixo, Fátima e Nariz e critica junta

Na sua intervenção, Alcino Canha sublinhou que reside na freguesia "há mais de 40 anos" e que, estando atualmente reformado, dispõe de “tempo livre” para se dedicar à comunidade. “Verifiquei nestes últimos anos que além do que se tem feito pelo atual executivo da Junta, ainda há muito para fazer”, disse. Quanto às motivações da sua candidatura, avançou que são “várias”, sublinhando a importância de criar “novos acessos, novos espaços públicos, requalificar equipamentos e garantir toda a atenção que os nossos mais velhos e as crianças merecem”. Entre as preocupações que pretende priorizar, o candidato apontou a questão da habitação, destacando “a enorme falta de lotes para construção, que permitam aos jovens edificar as suas casas e fixar-se na União de Freguesias”. Apontou ainda a “falta de civismo” na limpeza da freguesia. “Há um desleixo muito grande da própria junta e alguns objetos ficam vários anos colocados onde não deviam estar”, disse. “Se for eleito presidente de Junta garanto que farei mais e melhor”, assegurou. Alcino Canha mostrou ainda inquietação pelos transportes públicos atuais atirando mesmo que, atualmente: “Estamos tão perto e tão longe de Aveiro”. No seguimento, apontou ainda a falta de acesso a saneamento e a gás natural em toda a freguesia, o mau estado dos caminhos, a falta de ocupação dos tempos livres dos jovens e a falta de soluções de bem-estar para os idosos. A sessão contou ainda com a intervenção de Alberto Souto de Miranda, candidato do PS à Câmara Municipal de Aveiro, que recordou a obra feita na gestão socialista e assumiu novos compromissos. “Quando aqui chegamos, chegamos sempre de cabeça erguida. Quando deixámos Aveiro há 20 anos, 98,5% da população tinha rede de saneamento e o saneamento chegou aos lugares mais distantes do Município”, afirmou, apontando como exemplos as freguesias de “Nariz, Requeixo, Fátima, São Jacinto, Oliveirinha, São Bernardo e Santa Joana”. “Vamos também completar esses 0,5% que faltam”, prometeu. O candidato socialista apontou ainda a necessidade de requalificar os equipamentos desportivos, prometendo que “Requeixo e Nariz” vão ter os seus campos pelados transformados em relvados sintéticos, criando condições para poderem “competir na Associação de Futebol de Aveiro”. No seguimento, Alberto Souto de Miranda criticou a alegada concentração de investimentos apenas em “Fátima” e acusou o atual executivo de só avançar com obras em ano eleitoral. Como exemplos, referiu a construção da nova escola e do centro de saúde. “O povo não é estúpido. Chega-se ao ano das eleições e é quando se avança com a construção do centro de saúde”, atirou. Sobre Nariz e Requeixo disse ainda que “ficaram praticamente esquecidos”. Relativamente a estes dois lugares prometeu “mais habitação e equipamentos desportivos”. “Com o acesso que vai ser feito entre Águeda e Aveiro, Requeixo vai ficar muito bem servida de acessos. (…) Requeixo vai ficar a cinco/sete minutos de Aveiro”, atentou o candidato do PS à Câmara. Apontando para o futuro, destacou ainda, entre outros, a necessidade da criação de uma nova zona industrial e a valorização da Pateira de Requeixo. Já na Póvoa do Valado, apresentou uma outra visão: transformar a zona entre o largo da capela e a antiga escola num “parque verde”, resultando num anfiteatro ao ar livre para “espetáculos musicais, teatro, bandas, etc”. Numa crítica direta a Luís Souto de Miranda, candidato da ‘Aliança com Aveiro’ (PSD/CDS-PP/PPM), relativamente à construção do hotel de 12 andares, no Cais do Paraíso, o candidato do PS atirou que “há uns meses o engenheiro Ribau Esteves (…) disse que o parque subterrâneo servia para receber as águas em casos de inundações e agora o meu opositor (…) resolveu fazer outra graçola e diz que a torre dos 12 pisos é para se houver inundações a malta subir lá para cima e fugir às inundações”. "Eu acho que eles andam a meter muita água e a brincar com coisas sérias. Tudo isto me parece infantil, irresponsável, e não se resolvem os problemas sérios de Aveiro com anedotas e com piadolas que ninguém leva a sério", rematou.

PS Aveiro apresenta Bruno Ferreira em Glória e Vera Cruz com críticas de Alberto Souto à Câmara
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PS Aveiro apresenta Bruno Ferreira em Glória e Vera Cruz com críticas de Alberto Souto à Câmara

Tal como anteriormente noticiado pela Ria, Bruno Ferreira começou a sessão a recordar o convite que lhe foi dirigido, em 2021, por Fernando Marques, atual presidente da Junta de Freguesia, eleito pela coligação ‘Aliança com Aveiro’. Bruno relembra que, na altura, aceitou o desafio, integrando a lista como independente, por “desacordo com a então cabeça de lista do PS”. “Ponderei e aceitei o desafio, disponibilizando-me de imediato para integrar a sua equipa que viria a ganhar as eleições”, afirmou o também atual tesoureiro do Executivo. O candidato sublinhou que a sua trajetória política se manteve sempre fiel a uma visão de “verdadeira social-democracia”, que, na sua perspetiva, “se insere na matriz do Partido Socialista”. Justificando a decisão de avançar agora como candidato pelo PS, Bruno Ferreira referiu que pesaram “diversos fatores”, destacando sobretudo a convicção de estar preparado para liderar os destinos da União de Freguesias. “Nas freguesias de Glória e Vera Cruz, é mais aquilo que nos une do que aquilo que nos separa, e é com redobrada esperança que, num futuro próximo, continuarei com total empenho, disponibilidade e a tempo inteiro, na prossecução dos objetivos que forem traçados”, exprimiu. Recorde-se que também, no passado sábado, a direção de campanha da coligação ‘Aliança com Aveiro’, liderada agora por Luís Souto de Miranda, acusou o candidato do PS de usar “o cargo, os eventos e as instalações da autarquia” para fins eleitorais.  Na ocasião, Bruno Ferreira adiantou que o programa eleitoral do PS para a União de Freguesias de Glória e Vera Cruz assenta em “três grandes eixos”: “Proximidade e transparência”; “Cuidar das pessoas da comunidade” e “Valorizar o território e melhorar a qualidade de vida”. Durante a sessão, Alberto Souto de Miranda, candidato do PS à Câmara de Aveiro, aproveitou ainda para destacar algumas das obras realizadas pela gestão socialista e por criticar a atual Câmara Municipal, sublinhando que, em 20 anos, houve “muita conversa, zero [resultados]”. Como exemplo, apontou a habitação. “Muita conversa, mas aí foi deliberado, fizeram zero habitações novas”, criticou. “Uma vergonha no país inteiro. Hoje passei uma vergonha em Coimbra. Dos 308 municípios do país, só dez é que não tinham a sua estratégia local de habitação aprovada por razões de preconceito político. Aveiro era uma delas”, partilhou o candidato socialista. Alberto Souto disse ainda que houve “muitos aveirenses” que ficaram sem possibilidade de ter “casas dignas”. “Nós queremos casas dignas para todos. É essa a nossa ambição. Temos de conseguir fazer com todas as políticas públicas que existam para esse efeito”, vincou. Tal como já tinha feito na apresentação da candidata à Junta de Aradas, o socialista voltou a acusar a coligação ‘Aliança com Aveiro’ de se apropriar de propostas do PS, nomeadamente, na transformação do quartel de Sá em habitação. “Ainda bem que os nossos adversários começam a reconhecer que as melhores ideias são as nossas, porque as deles até agora não vimos nenhuma que se aproveite”, ironizou. Alberto Souto não esqueceu a obra de requalificação da Avenida Lourenço Peixinho, que classificou como um “erro de projeto”. “Sobretudo é uma descaracterização daquilo que era uma das nossas avenidas emblemáticas, uma das avenidas mais bonitas do país, de que todos nos orgulhávamos. Nós temos de ter a arte e o engenho por restituir à avenida a sua característica identitária e, sobretudo, (…) acabar com este engarrafamento que foi aqui criado, com soluções tão simples que eu já anunciei e que vou dispensar de repetir aqui”, insistiu. Respondendo indiretamente às críticas da 'Aliança', Alberto Souto rejeitou responsabilidades sobre a atual situação da avenida: “E não vale a pena a Aliança vir dizer (…) que a culpa foi nossa porque há 20 anos construímos um túnel que traz carros para a Avenida”, apontou.  Referindo-se ainda ao Plano de Pormenor do Cais do Paraíso, que prevê a construção de um hotel de 12 andares, Alberto Souto caraterizou-o como um “fortíssimo disparate urbanístico”. “É este tipo de ideia forte que eles até agora apresentaram”, realçou. “Comigo não se fará uma tal aberração, essa é uma ideia para demolir desde o primeiro momento em que lá chegarmos”, garantiu. Alberto Souto de Miranda trouxe ainda à discussão a demolição da antiga sede da Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Aveiro (CERCIAV), localizada na Avenida Artur Ravara. “E também têm outra ideia forte que é uma mentalidade forte de ‘caterpillar’ que é demolir a casa da CERCIAV”, criticou. “O adversário da Aliança foi a favor da demolição da Vivenda Aleluia, é a favor da demolição da casa da CERCIAV, não tem uma mentalidade, uma cultura, que lhe faça defender o património”, rematou Alberto Souto.

Cais do Paraíso: Documento de 2019 revela semelhanças com o Plano de Pormenor agora aprovado
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Cais do Paraíso: Documento de 2019 revela semelhanças com o Plano de Pormenor agora aprovado

A volumetria prevista para o hotel do Cais do Paraíso já estava desenhada em abril de 2019, cinco anos antes da elaboração do Plano de Pormenor pela Câmara Municipal de Aveiro. O estudo volumétrico, elaborado pelo Atelier Óscar Santos para a sociedade Cais do Paraíso S.A. (futuro Hotel Mully Grand), previa a implantação de um edifício tridente no ‘coração’ do Cais do Paraíso praticamente idêntico ao que veio a ser consagrado no Plano de Pormenor aprovado este mês. Note-se que, do ponto de vista legal, não se pode considerar automaticamente ilegal que um Plano de Pormenor coincida com um projeto previamente desenvolvido por um investidor. A lei admite que a iniciativa privada influencie os processos de planeamento urbano, desde que estes cumpram diferentes etapas legais como elaboração técnica, pareceres de entidades externas, discussão pública, aprovação em Assembleia Municipal e publicação em Diário da República. Apesar disso, o documento agora revelado torna o caso politicamente embaraçoso e juridicamente arriscado. A coincidência entre o projeto privado e o Plano de Pormenor pode levantar suspeitas de que o município atuou para beneficiar um investidor específico, em vez de ponderar o interesse público - um risco que pode abrir espaço para a família Bóia na defesa da sua impugnação judicial. Por outro lado, as semelhanças entre os documentos acabam por reforçar a teoria dos partidos da oposição de que o Plano de Pormenor do Cais do Paraíso é um “fato à medida” do investidor. Outro ponto que a família Bóia considera essencial esclarecer prende-se com a aquisição do terreno do Cais do Paraíso. Em 2018, a sociedade anónima Cais do Paraíso S.A. comprou o lote à então proprietária, Raízes Seculares - Compra e Venda de Imóveis, Lda. Para a família, importa perceber se, nessa data, já existia da parte do presidente da Câmara Municipal de Aveiro, José Ribau Esteves, a promessa de que ali poderia ser construído um hotel de 12 andares e, sobretudo, que razões levaram investidores hoteleiros a interessarem-se por um terreno onde, à época, não estava previsto qualquer projeto dessa natureza. O documento de 2019 agora divulgado surge também com uma imagem 3D, semelhante à que surgiu em 2022 num anúncio de venda na Remax, com um hotel ‘tridente’ com 12 pisos de cércea, precisamente a altura que veio a integrar o Plano de Pormenor do Cais do Paraíso - o que também acrescenta peso à tese de que o projeto foi desenhado à medida do investidor. A Ria questionou a Câmara Municipal de Aveiro sobre as semelhanças entre o estudo volumétrico de 2019 e o Plano de Pormenor, bem como sobre o impacto que este documento poderá ter na perceção de independência do processo. Foi ainda questionado ao Executivo se a existência deste estudo reforça a posição da oposição, que acusa o município de ter feito um “fato à medida” do investidor. Até ao momento, não foi obtida qualquer resposta.

Programa do BE Aveiro propõe duplicar habitação pública e criar metro de superfície
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Programa do BE Aveiro propõe duplicar habitação pública e criar metro de superfície

O documento, que sucede à apresentação das “11 medidas para transformar Aveiro”, define como áreas prioritárias a habitação, a ação climática, a mobilidade sustentável, os serviços públicos, a igualdade e os direitos, a cultura e o desporto, o bem-estar animal e a democracia participativa e transparente. No que toca à habitação, numa publicação através das redes sociais, João Moniz, candidato do BE à Câmara de Aveiro, anunciou a meta de duplicar a oferta pública “em dez anos”. “Atualmente, o concelho dispõe de cerca de 870 fogos públicos, entre a Câmara Municipal e o IHRU. Isto significa que, na próxima década, a meta seria alcançar entre 800 a 1000 novos fogos públicos em Aveiro”, realça. Para tal, o bloquista defende que o Município deve mobilizar os recursos financeiros nacionais e comunitários, entre os exemplos, “empréstimos à banca”. A proposta inclui expropriações de terrenos agrícolas entre a Av. Francisco Sá Carneiro e a EN109, para criar um novo bairro de habitação pública com espaços verdes e áreas comuns, semelhante ao Bairro de Santiago. “A estimativa de investimento é clara: a concretização de uma operação desta grandeza em Aveiro, distribuída entre T2 e T3, implicaria um investimento estimado entre 140 e 175 milhões de euros ao longo de uma década […]. Ou seja, meio buraco do Rossio por ano”, realça João Moniz. O programa defende ainda que “25%” das novas construções privadas sejam destinadas a rendas acessíveis, a regulação do alojamento local e a limitação da especulação imobiliária. Relativamente à mobilidade, o BE propõe a remunicipalização da AveiroBus e a criação de uma empresa intermunicipal de transportes públicos, com mais oferta e preços acessíveis. Sugere ainda a expansão da rede ciclável, transporte a pedido e um metro de superfície que ligue a estação, a universidade e as praias. Na ação climática e ambiente, entre as medidas, destaca-se a criação do Parque Natural da Ria de Aveiro, que integraria áreas já protegidas, como as Dunas de São Jacinto e a Pateira. O BE aponta corredores verdes na cidade, maior arborização, combate à pobreza energética e aposta na produção descentralizada de energias renováveis. No plano fiscal, o BE propõe a taxa turística municipal de “dois euros por dormida”, capaz de gerar perto de “um milhão de euros por ano para o Município”, a redução da taxa de Imposto Municipal sobre Imóveis [IMI] e o agravamento fiscal de prédios devolutos e em ruínas. Na igualdade e direitos, o programa defende a criação de um Gabinete Municipal para a Igualdade, gabinetes de apoio a vítimas de violência doméstica, políticas inclusivas de urbanismo e transportes adaptados. Propõe ainda um Centro Municipal LGBTI+, com funções de acolhimento e apoio, e um plano de combate à discriminação racial e xenófoba. No campo dos serviços públicos, saúde e educação, o BE rejeita a municipalização das escolas e propõe reforço do pré-escolar público, planos de combate à iliteracia, programas de saúde mental comunitária e a aplicação da tarifa social da água, impedindo cortes a famílias em situação de carência económica. Na cultura e desporto, o programa propõe dotar o Teatro Aveirense com produção própria, apoiar artistas locais, descentralizar eventos culturais, criar um estúdio público de gravação e reforçar equipamentos desportivos em todas as freguesias, incluindo uma piscina olímpica. No bem-estar animal, o partido compromete-se a construir de imediato um canil e gatil municipal, acompanhado de campanhas de esterilização, adoção e programas CED (Capturar-Esterilizar-Devolver). Por fim, na democracia participativa e combate à corrupção, o BE sugere orçamentos participativos reais, assembleias de cidadãos, digitalização dos serviços municipais e maior transparência nos processos urbanísticos. Defende ainda a responsabilização financeira e judicial de autarcas por decisões ruinosas para o erário público. O programa na íntegra pode ser consultado aqui.

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PS Aveiro apresenta Alcino Canha na União de Freguesias de Requeixo, Fátima e Nariz e critica junta
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Na sua intervenção, Alcino Canha sublinhou que reside na freguesia "há mais de 40 anos" e que, estando atualmente reformado, dispõe de “tempo livre” para se dedicar à comunidade. “Verifiquei nestes últimos anos que além do que se tem feito pelo atual executivo da Junta, ainda há muito para fazer”, disse. Quanto às motivações da sua candidatura, avançou que são “várias”, sublinhando a importância de criar “novos acessos, novos espaços públicos, requalificar equipamentos e garantir toda a atenção que os nossos mais velhos e as crianças merecem”. Entre as preocupações que pretende priorizar, o candidato apontou a questão da habitação, destacando “a enorme falta de lotes para construção, que permitam aos jovens edificar as suas casas e fixar-se na União de Freguesias”. Apontou ainda a “falta de civismo” na limpeza da freguesia. “Há um desleixo muito grande da própria junta e alguns objetos ficam vários anos colocados onde não deviam estar”, disse. “Se for eleito presidente de Junta garanto que farei mais e melhor”, assegurou. Alcino Canha mostrou ainda inquietação pelos transportes públicos atuais atirando mesmo que, atualmente: “Estamos tão perto e tão longe de Aveiro”. No seguimento, apontou ainda a falta de acesso a saneamento e a gás natural em toda a freguesia, o mau estado dos caminhos, a falta de ocupação dos tempos livres dos jovens e a falta de soluções de bem-estar para os idosos. A sessão contou ainda com a intervenção de Alberto Souto de Miranda, candidato do PS à Câmara Municipal de Aveiro, que recordou a obra feita na gestão socialista e assumiu novos compromissos. “Quando aqui chegamos, chegamos sempre de cabeça erguida. Quando deixámos Aveiro há 20 anos, 98,5% da população tinha rede de saneamento e o saneamento chegou aos lugares mais distantes do Município”, afirmou, apontando como exemplos as freguesias de “Nariz, Requeixo, Fátima, São Jacinto, Oliveirinha, São Bernardo e Santa Joana”. “Vamos também completar esses 0,5% que faltam”, prometeu. O candidato socialista apontou ainda a necessidade de requalificar os equipamentos desportivos, prometendo que “Requeixo e Nariz” vão ter os seus campos pelados transformados em relvados sintéticos, criando condições para poderem “competir na Associação de Futebol de Aveiro”. No seguimento, Alberto Souto de Miranda criticou a alegada concentração de investimentos apenas em “Fátima” e acusou o atual executivo de só avançar com obras em ano eleitoral. Como exemplos, referiu a construção da nova escola e do centro de saúde. “O povo não é estúpido. Chega-se ao ano das eleições e é quando se avança com a construção do centro de saúde”, atirou. Sobre Nariz e Requeixo disse ainda que “ficaram praticamente esquecidos”. Relativamente a estes dois lugares prometeu “mais habitação e equipamentos desportivos”. “Com o acesso que vai ser feito entre Águeda e Aveiro, Requeixo vai ficar muito bem servida de acessos. (…) Requeixo vai ficar a cinco/sete minutos de Aveiro”, atentou o candidato do PS à Câmara. Apontando para o futuro, destacou ainda, entre outros, a necessidade da criação de uma nova zona industrial e a valorização da Pateira de Requeixo. Já na Póvoa do Valado, apresentou uma outra visão: transformar a zona entre o largo da capela e a antiga escola num “parque verde”, resultando num anfiteatro ao ar livre para “espetáculos musicais, teatro, bandas, etc”. Numa crítica direta a Luís Souto de Miranda, candidato da ‘Aliança com Aveiro’ (PSD/CDS-PP/PPM), relativamente à construção do hotel de 12 andares, no Cais do Paraíso, o candidato do PS atirou que “há uns meses o engenheiro Ribau Esteves (…) disse que o parque subterrâneo servia para receber as águas em casos de inundações e agora o meu opositor (…) resolveu fazer outra graçola e diz que a torre dos 12 pisos é para se houver inundações a malta subir lá para cima e fugir às inundações”. "Eu acho que eles andam a meter muita água e a brincar com coisas sérias. Tudo isto me parece infantil, irresponsável, e não se resolvem os problemas sérios de Aveiro com anedotas e com piadolas que ninguém leva a sério", rematou.

Fraude fiscal na cortiça que lesou o Estado em 400 mil euros julgada na Feira
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Os arguidos, que estão acusados de um crime de fraude fiscal qualificada, optaram por ficar em silêncio no início do julgamento. O processo tinha ainda como arguidos outras duas sociedade e o seu representante legal, que se encontra em parte incerta e, por essa razão, estes foram declarados contumazes. Segundo a acusação do Ministério Público (MP), os factos ocorreram entre 2019 e 2021 e envolvem empresas que não possuíam atividade efetiva, tratando-se de "sociedades meramente instrumentais", para emissão e utilização de faturas falsas, tendo em vista a obtenção de vantagens fiscais indevidas, nomeadamente em sede de IVA e IRC. O MP diz que estas sociedades não possuíam qualquer estrutura empresarial, meios, máquinas, instrumentos, trabalhadores que suportassem a movimentação de milhares de euros, servindo apenas para a emissão de faturas falsas relacionadas com vendas de cortiça e rolhas de cortiça que nunca existiram. Com esta atuação, de acordo com a investigação, os arguidos alcançaram uma vantagem patrimonial ilegítima no valor global de 378.425 euros, causando um prejuízo ao Estado de idêntico valor. O MP requereu que este montante seja declarado perdida a favor do Estado.

Região de Aveiro com nova estratégia para o turismo
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O plano, aprovado pelo Conselho Intermunicipal e pela Assembleia Intermunicipal, baseia-se num diagnóstico atualizado da atividade turística dos 11 municípios que integram a CIRA e nas tendências do setor. A estratégia elege sete produtos turísticos considerados estratégicos: o turismo de natureza, cultural, de sol e mar, gastronomia e vinhos, turismo náutico, industrial e de arte e arquitetura. A estratégia aponta a região de Aveiro como a nova marca de destino turístico, através da qual a Comunidade Intermunicipal pretende “reforçar o turismo como setor estratégico da sua atuação e instrumento de coesão territorial”.  De acordo com o que foi hoje divulgado na página de Internet da CIRA, a atual marca “Ria de Aveiro” será reposicionada como uma marca de produto. O documento também segmenta os mercados emissores de turistas em três tipologias: mercados “maduros”, mercados de crescimento, e mercados de diversificação. São apontados como mercados maduros Espanha e França, como mercados de crescimento o Brasil e os Estados Unidos e exemplificado como mercado de diversificação o Canadá.

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