RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

Opinião

"Oposição nas Assembleias de Freguesia: Missão e Serviço Público", opinião de Rosa Aparício

Rosa Aparício é membro da Assembleia de Freguesia do da Freguesia de Santa Joana, eleita pelo Partido Socialista.

"Oposição nas Assembleias de Freguesia: Missão e Serviço Público", opinião de Rosa Aparício
Rosa Aparício

Rosa Aparício

Opinião
05 dez 2024, 10:38

A ordem jurídica portuguesa é uma das poucas no mundo que, no plano das Autarquias Locais, adota um modelo em que o direito de oposição está consagrado na Constituição e é desenvolvido, também, por via de uma lei especificamente dedicada a esta matéria, a Lei n.º 24/98, de 26 de Maio.

Esta foi uma lei que surgiu, por proposta do PS, num contexto de reforma e forte modernização das Autarquias Locais.

Uma boa governação de freguesia produz melhores resultados quanto melhor for o desempenho da sua oposição, desempenho esse que deve ter como princípio basilar a representação dos eleitores, e sobretudo o sentido de serviço à comunidade através da sua proximidade no contacto direto com as exigências das pessoas

Efetivamente, se não houver uma oposição firme, organizada e atenta, o desempenho das lideranças das Juntas de Freguesia, particularmente em mandatos onde a governação é suportada por uma maioria, tendem a ser menos eficientes e menos cumpridoras das suas competências e responsabilidades ao serviço da freguesia.

Cabe à oposição, que, a nível das Freguesias, tem o seu papel centrado na presença nas Assembleias de Freguesia, exercer uma (o)posição critica, fiscalizadora e assertiva, através de eleitos locais bem preparados e informados, para poderem exercer a sua missão de modo adequado.

Contudo, uma das grandes dificuldades sentidas pela oposição, a nível local, prende-se com a impotência para a realização de um trabalho com rigor.

Efetivamente, a oposição nas freguesias é realizada por autarcas cuja dedicação à Freguesia é feita em acumulação com um horário de trabalho a tempo inteiro, numa outra atividade profissional.

Estes autarcas que exercem a importante e exigente função de oposição fazem-no sem qualquer remuneração pelo seu trabalho autárquico. No entanto, o trabalho, a preocupação e o empenho são permanentes e o escrutínio da sua atividade é constante.

O que não pode acontecer é a oposição, com maior ou menor número de membros, estar calada sem lutar pela melhoria da sua freguesia e daqueles que em si acreditaram e depositaram o seu voto, elegendo-o como seu representante nos destinos da freguesia.

Se nada fizerem, tal revelará a sua debilidade, a sua falta de visão do que é a democracia local e os eleitores bem poderão perguntar se não merecem melhores representantes.

Todavia, para que a oposição alcance um trabalho com maior e melhor desempenho é fundamental que os executivos das Juntas de Freguesia permitam esse mesmo desempenho, o que muitas vezes não acontece.

De facto, se os executivos partilharem com a oposição os documentos a serem trabalhados, em contexto de Assembleia de Freguesia, não com o mínimo de tempo previsto nos regimentos (48h), como o fazem, mas sim com uma margem de tempo maior e mais justa, seguramente que a oposição terá outras ferramentas para dar um melhor contributo em prol da freguesia.

E, se as sugestões de melhoria e as atividades propostas pela oposição, quer seja através dos contributos para as Grandes Opções do Plano, quer seja através das propostas apresentadas nas Assembleias de Freguesia, forem recebidas como uma mais valia para a freguesia e seus habitantes e não como matéria a desvalorizar, pelo simples facto de serem indicadas pela oposição, teremos melhores desempenhos políticos, melhores freguesias e melhor qualidade na vida da população a quem, por sufrágio, fomos eleitos para servir.

Por fim, será importante ressalvar que o exercício da democracia não se esgota no trabalho dos autarcas, mas também pela participação dos cidadãos nas Assembleias de Freguesia. E, nos dias de hoje, os mecanismos colocados à disposição dos cidadãos permitem diversas formas do seu envolvimento nas decisões locais.

Esta democracia participativa é uma forma muito objetiva de promoção da aproximação dos cidadãos aos políticos como forma de contrariar a tendência de afastamento dos cidadãos da política, quer pela indiferença, quer por um certo descredito em relação à política e até mesmo à democracia.

Como é evidente, nas autarquias decide-se sobre a qualidade de vida do dia-a-dia da comunidade pelo que a participação das pessoas nessas opções contribui para decisões mais dialogadas e mais participadas.

Esta é sem dúvida uma condição para o bom governo de uma comunidade mais esclarecida, mais comprometida e mais solidária.

Em suma, ser oposição nas freguesias é uma missão de serviço público onde tem de imperar a responsabilidade, o compromisso, e sentido de missão.

Recomendações

“Delegar tudo no Presidente não é governar melhor”, opinião de Hugo Filipe Nunes
Opinião

“Delegar tudo no Presidente não é governar melhor”, opinião de Hugo Filipe Nunes

A Câmara Municipal de Aveiro aprovou uma ampla delegação de competências no seu presidente, Luís Souto Miranda, para o mandato 2025-2029. A lei permite esta opção e, sim, muitas autarquias em situação semelhante à de Aveiro recorrem à lei em nome da “eficiência”, mas a política não se esgota na legalidade, e é aí que começam as perguntas incómodas. Ao contrário do executivo anterior, o atual já não dispõe de maioria absoluta. As aveirenses e os aveirenses distribuíram o seu voto por várias forças políticas, dando a quem lidera a Câmara o direito – e o dever – de governar, mas retirando-lhe o conforto de decidir sozinho. Isto deveria ser lido como um convite da democracia à negociação e à construção de maiorias. Em vez disso, optou-se por repetir o modelo do passado. Delegaram-se em Luís Souto Miranda competências muito vastas: contratação pública com despesas elevadas, licenças urbanísticas e aplicação de regulamentos que mexem com a vida quotidiana de todas e todos. Na prática, o órgão colegial transfere para uma só pessoa uma parte central do poder de decisão. Sem maioria absoluta, o recado do eleitorado é claro: o poder deve ser repartido. Concentrar uma parte importante das competências numa só pessoa é contornar esse recado. A pluralidade existe no papel, mas pesa menos nas decisões concretas. E não está apenas em causa a eficiência administrativa. Quando decisões relevantes deixam de ser discutidas e votadas em reunião de Câmara, perdem-se debate público, contraditório e responsabilização política. Mesmo com maioria absoluta, esta concentração já seria discutível. Sem essa maioria, é politicamente injustificável. Não está em causa a capacidade de trabalho ou a boa-fé de quem preside. A questão é simples: se o voto fragmentou o mapa político, é porque existe a expetativa de que mais vozes sejam ouvidas e de que as decisões resultem de equilíbrios e negociações, e não de cheques em branco. Neste quadro, importa olhar para as posições assumidas na última reunião pública da nossa Câmara. O Partido Socialista, ao propor limites à delegação de competências, não tentou “bloquear” ou criar obstáculos à governação: aceitou que o presidente detenha poderes delegados e que ajudem a agilizar a gestão quotidiana, mas defendeu que determinadas matérias continuem a ser obrigatoriamente apreciadas e decididas em reunião de Câmara. Já o Chega fez o contrário do que apregoa. Apresenta-se como força “anti‑sistema”, contra a concentração de poder, mas acabou por viabilizar a solução que mais reforça o poder de uma só pessoa, quando poderia usar a sua posição para obrigar a maioria relativa a negociar caso a caso. A administração municipal não pode ficar paralisada e ninguém ganha com um executivo amarrado a burocracias inúteis, mas confundir rapidez com concentração de poder é perigoso. A política do medo da paralisação “vendida” por Luís Souto Miranda não pode deixar Aveiro refém: uma Câmara que discute e decide em conjunto pode demorar um pouco mais em alguns processos, claro, mas ganha em escrutínio, transparência e qualidade das decisões. Cinco décadas depois do 25 de Abril, a lição deveria ser clara: governar não é mandar sozinho, é construir soluções. Delegar quase tudo no presidente pode tornar alguns procedimentos mais rápidos, mas empobrece a democracia municipal e afasta as pessoas das decisões que as afetam diretamente. A nova correlação de forças em Aveiro tinha potencial para inaugurar um ciclo diferente mais dialogante e mais exigente em termos de negociação política e construção de consensos, à esquerda e à direita. Ao replicar o modelo de delegação de competências do tempo da maioria absoluta, essa oportunidade foi desperdiçada. As aveirenses e os aveirenses disseram nas urnas que não queriam maiorias absolutas; alguns dos eleitos decidiram, na prática, oferecê-las de novo por via de deliberação interna.

"O PS ganhou", opinião de Rui Soares Carneiro
Opinião

"O PS ganhou", opinião de Rui Soares Carneiro

Já passou mais de um mês desde o dia das eleições para os diferentes órgãos das nossas autarquias locais, em Aveiro, e praticamente todas as tomadas de posse estão concluídas - faltando apenas a Freguesia de Aradas. Muito pouco li e nada ouvi, sobre os resultados das eleições, e parece ter passado despercebida a consumação de um facto: o PS, em Aveiro, ganhou. Conhecemos todos a maior vitória - para alguns, a única - da noite eleitoral: a conquista da União de Freguesias da Glória e Vera Cruz, a maior do município, liderada agora por Bruno Ferreira, que, mesmo sem maioria, devolve aos socialistas a responsabilidade de dirigir uma autarquia em Aveiro - algo perdido após as eleições intercalares de São Jacinto, em 2022. As pequenas vitórias, secundárias, mas relevantes, resumem-se à retirada da maioria absoluta em outros quatro órgãos: a Câmara Municipal de Aveiro e as Freguesias de Aradas, Esgueira e Eixo-Eirol. Isto permite exercer pressão e influência sobre quem lidera estes órgãos, mas obriga também a uma oposição responsável e construtiva - e não meramente “do contra” -, exigindo uma comunicação mais consistente das suas posições políticas. Mas o PS, em Aveiro, ganhou mais do que isto: Ganhou a oportunidade de perceber, novamente, que eleições não são atos de messianismo caído do céu, onde se deposita mais fé do que realismo e em que se olha mais para os eleitos do que para os eleitores. Ganhou a oportunidade de entender que um ato eleitoral não é uma corrida de 100 metros, mas sim uma estafeta 4x365, onde o trabalho contínuo entre eleições define quem cruza a meta em primeiro. Ganhou a oportunidade de conhecer, tarde e a más horas, as associações, clubes e IPSS que sustentam o nosso tecido social, e das quais se afastou nos últimos anos, perdendo contacto com a realidade e com o trabalho árduo destas instituições. Ganhou a oportunidade de descobrir, no terreno, muitos dos problemas que as pessoas enfrentam diariamente, em locais muitas vezes esquecidos do município, onde as autarquias têm obrigação de intervir. Ganhou a oportunidade de aprender - veremos se aprendeu - que a comunicação próxima, digital e sobretudo presencial, é hoje indispensável para criar confiança e explicar aos eleitores os dossiês em discussão e as posições assumidas. Ganhou a oportunidade de confirmar que a comunicação social é um meio útil e fiável, mesmo após anos a criticá-la, e que deve ser usada como veículo de comunicação e não como bode expiatório. Ganhou a oportunidade de iniciar um novo ciclo, de mudar, e de ser capaz de responder ao atual contexto autárquico, às exigências de fiscalização próprias da oposição, mas também de apresentar propostas e construir um programa de mudança. Ganhou a oportunidade de regressar ao essencial: aos problemas reais das pessoas, aos mais vulneráveis e à classe média, que precisa de crescer e ter mais respostas sociais e económicas. Esquecer esta base social é esquecer os fins para os quais a política nos convoca. Saberá o PS Aveiro aproveitar tantas oportunidades?

"O ultraje do aumento das propinas", opinião de Gonçalo Santiago
Opinião

"O ultraje do aumento das propinas", opinião de Gonçalo Santiago

O Governo anunciou o descongelamento das propinas das licenciaturas e mestrados para o próximo ano letivo. Algo, de certa forma, insólito, dado que o valor não se alterava desde 2021. A reação dos estudantes a este aumento não foi a melhor, visto que já estavam acostumados ao valor que, até então, estava fixado nos 697 €. Para esclarecer esta atualização, o Governo emitiu um comunicado com a justificação de que o aumento tem como base a taxa de inflação de 2025, de maneira a “garantir mais autonomia às universidades”, como afirma o Ministro da Educação, Fernando Alexandre. Esta notícia não teve o parecer favorável da maioria dos estudantes, tendo já provocado manifestações por parte destes. De facto, a expressão “aumento das propinas” é suscetível de causar descontentamento. Mas será que há razão para isso? É verdade que, preferencialmente, as propinas deviam ser gratuitas. Contudo, para tal acontecer, seria necessário um investimento brusco, atualmente incomportável para o Estado. Este aumento refletir-se-á num esforço extra de 13 € por ano que os alunos do ensino superior terão de pagar — cerca de 1,08 € (1 € e 8 cêntimos) por mês. Algo que é quase mínimo. Algo que o ministro da Educação também revelou, e que passou despercebido aos olhos da maioria, foi que o apoio social a estudantes vai aumentar 43%. São mais 30 milhões de euros investidos no apoio a estudantes com poucas condições financeiras, para que não fiquem excluídos do ensino superior. Sem falar de todos os apoios dados pelo Governo, não só a estudantes como também a jovens, como, por exemplo, o Porta 65 (programa dedicado ao apoio a jovens no arrendamento de casa) e, ainda, como foi apresentado no Orçamento do Estado, uma medida que prevê que jovens desempregados possam acumular o salário com até 35% do subsídio de desemprego. Os estudantes não estão a ser prejudicados pelo Governo. Aliás, o que este Governo está a fazer, não só pelos estudantes como pelos jovens em geral, é gratificante. O aumento das propinas não impossibilitará nenhum aluno de frequentar o ensino superior; a falta de apoios a estudantes é que o fará. Por isso mesmo, o PSD tem demonstrado a necessidade de refletir sobre esses temas e, mais do que isso, não apenas prometer, mas também executar, algo que o distingue dos últimos anos.

"Os órfãos da IL em Aveiro", opinião de Leonel Almeida
Opinião

"Os órfãos da IL em Aveiro", opinião de Leonel Almeida

Com estas eleições autárquicas a Iniciativa Liberal (IL) Aveiro no concelho elege 3 autarcas em Aveiro, 2 na Assembleia Municipal e 1 na Assembleia de freguesia Gloria e Vera cruz. Fica aquém do resultado obtido nas legislativas, mas em ambiente de apelo ao voto útil entre irmãos demostrou resiliência e bom desempenho. É um degrau abismal para qualquer partido, entra pela primeira vez no circuito político local ativo. É um redobrar de atenção, de exposição e de responsabilidade. João Manuel Oliveira em artigo de opinião na RIA referencia a IL como “partidos que andam à caça de candidatos a menos de seis meses das eleições”, é uma recorrência, não vou contra-argumentar, compartilho da sua opinião, mas a admoestação carece de maior contexto e é base do meu verdadeiro intuito. Esta observação deve ser acompanhada pelas características dos pequenos partidos sem presença nos órgãos locais. Estruturas locais pequenas e frágeis, implantação social descontinua e sem histórico. Em eleições não há maior liberdade do que a liberdade de participar e opinar, cada qual com as suas carolices e ideias. A participação formal no ato eleitoral é embrião de crescimento, é fator diferenciador nas nossas democracias liberais. Novos pensamentos livres e novas personagens que o eleitor pode ou não fazer evoluir, mas sendo autêntica é legitima. Vem isto a propósito das possibilidades de escolha do eleitor e no caso que aqui importa da IL e da orfandade nestas eleições autárquicas. A IL é um partido ideológico com princípios definidores da sua identidade, há e haverá discussão forte sobre as suas matrizes, mas é identificável e acima de tudo valorizado por isso mesmo. A geografia social tendencialmente mais urbana, menos próxima do indivíduo eleito pessoa, mas mais próxima do indivíduo eleito político reforça a importância da procura e escolha na identidade do partido. Na Região de Aveiro não encontraram. Estamos certos de que não há transferência ou continuidade direta na opção de escolha, porém pior do que isso, não houve possibilidade de continuidade de bandeira, ideologia e pensamento. Não obstante o bom desempenho nacional, houve orfandade de IL no voto em muitos concelhos e muitas mais freguesias. É sobretudo relevante em ambiente urbano como é o da envolvência da cidade de Aveiro, onde há registo de resultados eleitorais bem acima da média nacional nas legislativas. Na Região de Aveiro com 12 concelhos e vários núcleos constituídos, apenas 1 apresentou candidatura própria e um outro em coligação, foi Albergaria, conseguindo 1 eleito. Estes dados sobressaem sobretudo quando comparados com os restantes concelhos do círculo eleitoral de Aveiro (Aveiro Norte / AMP como queiram designar), em 7 concelhos, 4 apresentaram candidaturas próprias e 1 em coligação. Os eleitores dos 12 concelhos da Região de Aveiro contribuíram com 12.200 votos para eleger nas Legislativas o deputado Mário Amorim Lopes, desses apenas 4.100 tiveram possibilidade de votar na IL nas Autárquicas, se assim o desejassem, colocando de parte outros novos que optassem. Em modo especulação direta, significa isto que haveria um potencial de triplicar a eleição de Liberais nos órgãos políticos locais. Ademais, como compreenderão, neste tema não há fronteiras estanques e a força do coletivo de proximidade é sempre mais larga do que a soma das partes distantes, especialmente em boa partilha e com interesses comuns. Isto tudo reforçado pela interação e envolvimento nas redes sociais, que incrementa o seu potencial quando há volume afunilado localmente, que neste caso é o que importa. Em boa reflexão, urge à IL combater esta orfandade. O continuo crescimento do partido necessita de reforçar as suas estruturas locais em ato sistemático e estruturado. Novos 4 anos virão. Voltando à referência inicial, sabemos bem a dificuldade que é manter ativas as estruturas locais dos partidos, sabemos bem a importância da abertura à maior participação, sabemos ainda que é relevante deixar florir novos indivíduos com novas contribuições. Sobretudo sabemos, que é dessa forma que o partido cresce e injustamente, não haverá quem se queixe de só ter aparecido 6 meses antes das eleições. Localmente o eleitorado IL é lebre e pede corrida.

Últimas

Urgências de Obstetrícia do Hospital de Aveiro estão condicionadas durante o fim-semana
Cidade

Urgências de Obstetrícia do Hospital de Aveiro estão condicionadas durante o fim-semana

No sábado, as urgências de obstetrícia dos hospitais de Braga, Vila Franca de Xira, Aveiro, Santarém, São Francisco Xavier (Lisboa) e Leiria vão funcionar de forma condicionada, recebendo apenas casos encaminhados pelo CODU/INEM. Também no domingo estão referenciadas as urgências de obstetrícia de Braga, Santarém, Aveiro, Leiria e São Francisco Xavier. No sábado vão estar encerradas as urgências desta especialidade nos hospitais de Portimão (distrito de Faro), Barreiro (distrito de Setúbal), Setúbal e Braga, de acordo com as escalas consultadas pela agência Lusa às 12:00 de hoje. A situação melhora no domingo, com o encerramento dos serviços de urgência de ginecologia e obstetrícia dos hospitais de Portimão, Barreiro e Vila Franca de Xira (distrito de Lisboa). Durante o fim de semana, as urgências pediátricas dos hospitais de Vila Franca de Xira, Esposende (distrito de Braga), Beatriz Ângelo, em Loures, vão funcionar com restrições, atendendo apenas casos referenciados pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). Segundo as escalas publicadas, no sábado estarão abertos 132 serviços de urgência em todo o país, além de 28 unidades que funcionam no âmbito do projeto-piloto que obriga as utentes a contactar previamente a Linha SNS 24. No domingo, estarão disponíveis 133 urgências e 27 unidades do projeto-piloto. Os constrangimentos devem-se sobretudo à falta de médicos especialistas para assegurar as escalas. As autoridades de saúde recomendam que, antes de se deslocar a uma urgência, a população contacte a Linha SNS 24 (808 24 24 24) para obter orientação adequada.

Associação “Os Palheiros” vai inaugurar presépio “Entre a Ria e o Mar” na Costa Nova no dia 11
Região

Associação “Os Palheiros” vai inaugurar presépio “Entre a Ria e o Mar” na Costa Nova no dia 11

De acordo com a associação, o presépio vai estar patente ao público de 11 de dezembro de 2025 a 2 de janeiro de 2026. A iniciativa, apontam, é feita a partir de utensílios de tradição marítima e composta por figuras de tamanho real. A inauguração acontece na próxima quinta-feira, dia 11, pelas 19h00, na infraestrutura SPRAL, junto ao mini-golf, na Costa Nova do Prado.

ÁTOA, Miguel Araújo e Némanus entre os artistas em destaque nas Festas em Honra de São Gonçalinho
Cidade

ÁTOA, Miguel Araújo e Némanus entre os artistas em destaque nas Festas em Honra de São Gonçalinho

Foi ao som do grupo ÁTOA que a Mordomia de São Gonçalinho apresentou esta sexta-feira o cartaz das tradicionais Festas em Honra de São Gonçalinho para 2026. Questionado pela Ria à margem da apresentação sobre a escolha do cartaz, Osvaldo Pacheco, juiz da mordomia, referiu que é um “fio condutor” em relação ao do ano anterior. “Objetivamente, procuramos que houvesse um fio condutor e que houvesse alguma continuidade. Achamos que faz algum sentido, tradicionalmente, as pessoas encontrarem algo que já estão habituadas porque isso fideliza”, explicou. Sobre o orçamento deste ano, Osvaldo Pacheco adiantou que o mesmo ainda não está fechado. “Há coisas que ainda estão em aberto. Como eu costumo dizer, em relação ao orçamento, prognósticos só no final do jogo”, brincou. Interpelado ainda sobre o tamanho da tenda instalada no Rossio, o juiz da mordomia frisou que será a “mesma do ano passado”. “Ligeiramente maior do que há dois anos e, portanto, penso que a tenda é suficientemente grande para o evento e há sempre a hipótese de abrir as laterais- se o tempo estiver bom. Na prática, podemos funcionar no Rossio como se não tivéssemos tenda, mas tudo dependerá do São Pedro e dos acordos que o São Gonçalinho tiver com o São Pedro”, frisou. Relativamente à venda de cavacas, Osvaldo Pacheco sublinhou que estão a correr “dentro do esperado”. “Aquelas pessoas em que a decisão está tomada já começaram a fazer as suas encomendas e, portanto, como nós temos stock limitado existe muita gente que vem à última da hora, mas aí já não temos hipótese”, disse. “Quem tem a vontade de comprar cavacas deve-o fazer o mais rápido possível”, desafiou. Além da programação anunciada, o juiz da mordomia avançou ainda que há outras novidades a caminho “que não cabem no cartaz”. “Vamos ter atividades para todas as idades, para todos os tipos de interesses, e vamos ter pela primeira vez a exibição de filmes realizados no DeCA, na Universidade de Aveiro, sobre a festa e a discussão sobre esses trabalhos”, atentou.  Sobre os desejos para estas festividades, Osvaldo Pacheco foi direto: “Que esteja bom tempo”, gracejou. Os festejos em Honra de São Gonçalinho começam no dia 8 de janeiro, quinta-feira, com a “Salva 21 tiros”, pelas 9h00, seguindo-se a arruada pelas 9h30. Pelas 18h00, terá ainda lugar a eucaristia. A noite prossegue, no Palco Glicínias (no Rossio), com a atuação da Tuna Feminina da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv), pelas 21h00 e com a atuação da Tuna Universitária de Aveiro, pelas 22h00. O primeiro dia finaliza com Alma de Boquerón, pelas 23h30 e com DJ Kold pelas 1h00. O Grupo Coral Vera Cruz atuará ainda na capela pelas 00h00. O dia seguinte, 9 de janeiro, inicia, novamente, com a “Salva 21 tiros”, pelas 9h00, e a arruada pelas 9h30. A tarde prossegue, no Palco Glicínias, com a animação sénior, pelas 14h00, seguindo-se a atuação do grupo ÁTOA, pelas 22h00 e o espetáculo pirotécnico pelas 00h00. A noite finalizará, pelas 00h30, com o grupo “Johnwaynes”. Já no sábado, a programação da manhã mantém-se [“Salva 21 tiros” e arruada], sendo que na parte de tarde haverá ainda eucaristia pelas 17h30. A noite prossegue no Palco Glicínias com a atuação de Miguel Araújo, pelas 22h30, com o espetáculo pirotécnico, pelas 00h00, e com o DJ Zé Gabriel & DJ André Neto, pelas 00h30. O domingo, 11 de janeiro, inicia, novamente, com a “Salva 21 tiros”, pelas 9h00, e com a eucaristia (com o Grupo Coral Vera-Cruz), pelas 11h00. A partir das 16h00, no Palco Glicínias, seguir-se-á pelas 16h00 a atuação da Faina, pelas 22h30 o “Tributus Pink Floyd Reverence Show” e com o “Afrobrothers”, pelas 00h30. As tradicionais Festas em Honra de São Gonçalinho terminam na segunda-feira, 12 de janeiro, com a “Salva 21 tiros”, pelas 9h00, e com a eucaristia, pelas 9h30. No Palco Glicínias estará ainda a acontecer pelas 10h30, o papa cavacas e pelas 18h00, a grande arruada. Este dia o destaque vai ainda para a atuação de Némanus, pelas 22h30, e para o espetáculo piromusical, pelas 00h00. As festas de São Gonçalinho realizam-se anualmente no fim de semana mais próximo do dia 10 de janeiro, dia de São Gonçalinho. As festividades são marcadas pelo pagamento de promessas ao santo em agradecimento ao seu poder de cura de doenças ósseas e à sua capacidade de resolver problemas amorosos. Em troca, os aveirenses e forasteiros atiram quilos de cavacas [doce conventual] da cúpula da capela de São Gonçalinho para o público.

Civilria RunClub São Silvestre Cidade de Aveiro condiciona trânsito este sábado
Cidade

Civilria RunClub São Silvestre Cidade de Aveiro condiciona trânsito este sábado

A Civilria RunClub São Silvestre Cidade de Aveiro, que integra uma caminhada de 5 km e uma corrida de 10 km, realiza-se este sábado. Como tal, estão previstos condicionamentos de trânsito em vários dos arruamentos centrais da Cidade, entre as 16h30 e as 21h30. No Cais da Fonte Nova, onde será feita a partida e a chegada da prova, o corte do trânsito será por um período mais alargado, ou seja, das 07h00 até às 21h30. Nas ruas de acesso ao percurso da prova poderão ainda surgir novos constrangimentos. No Cais da Fonte Nova será feita a reserva de todos os lugares de estacionamento. De acordo com a nota, o percurso da Civilria RunClub São Silvestre Cidade de Aveiro seguirá pelas seguintes vias, com corte total de trânsito: Cais da Fonte Nova, Av. Congressos da Oposição Democrática, Rua doEng. Oudinot, Av. Dr. Lourenço Peixinho, Rua do Clube dos Galitos, Rua da Liberdade, Rua da Arrochela, Rua do Clube dos Galitos, Rua do Batalhão de Caçadores 10, Av. 25 de Abril, Av. de Francisco Sá Carneiro e Rua Manuel J. Braga Alves (paralela).