Eleições AAUAv: Tudo o que precisas de saber para votar amanhã
As eleições para os órgãos sociais da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) e para a Secção Autónoma da AAUAv (GrETUA) decorrem amanhã, dia 17 de dezembro. Os estudantes são chamados às urnas para eleger a Direção, a Mesa da Assembleia Geral (MAG) e o Conselho Fiscal e Jurisdição (CFJ) da AAUAv.
Ana Patrícia Novo
JornalistaOnde e quando posso votar?
Podem votar todos os estudantes matriculados na Universidade de Aveiro, de caráter não provisório, incluindo os estudantes dos cursos de especialização tecnológica.
A votação decorre nos átrios de entrada dos 16 departamentos da Universidade de Aveiro, bem como no átrio das quatro escolas politécnicas da UA (ESAN, ISCA, ESSUA e ESTGA).
Em todos os departamentos - exceto o Departamento de Ciências Médicas (DCM) - vais poder votar das 9h30 às 17h. No Instituto Superior de Contabilidade e Administração (ISCA), na Escola Superior Aveiro-Norte (ESAN) e na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda (ESTGA) as urnas estarão abertas entre as 9h30 e as 21h. Já na Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro (ESSUA) e no DCM os estudantes podem votar entre as 9h30 e as 20h.
O Grupo Experimental de Teatro da Universidade de Aveiro (GrETUA), Secção Autónoma da AAUAv, vai também a votos. Recorde-se que neste ato eleitoral podem votar todos os estudantes da UA. As eleições decorrerão entre as 9h30 e as 17h no Complexo Pedagógico (CP).
Como é que posso votar?
Para poder exercer o teu direito de voto precisas de ter contigo o teu cartão de estudante ou outro documento oficial (BI/CC, carta de condução ou passaporte). Mas atenção – caso apresentes documento oficial vais ter sempre de mencionar o teu número mecanográfico.
Vais ter de preencher três boletins de voto - um boletim por cada órgão social da AAUAv. Este ano existem duas listas candidatas a cada um dos três órgãos sociais (Direção, MAG e CFJ): a Lista A “Unidos pela Voz” e a Lista E “Evoluímos Juntos”.
Afinal, o que fazem os órgãos sociais da AAUAv?
À Mesa da Assembleia Geral cabe a responsabilidade de dirigir e participar na Assembleia Geral de Alunos, bem como a elaboração e divulgação das respetivas atas. O presidente deste órgão é responsável por convocar as assembleias, marcar a data das eleições para os órgãos sociais da AAUAv, coordenações dos Núcleos e Secções Autónomas da AAUAv.
O presidente da MAG é também responsável por presidir as Comissões Eleitorais, por marcar e conferir posse dos órgãos sociais da AAUAv, núcleos e secções autónomas. Este ano candidata-se a presidente da MAG Inês Filipe, pela Lista A e Gonçalo Estima, pela Lista E.
O Conselho Fiscal e Jurisdicional é o órgão fiscalizador da AAUAv. É da sua competência a garantia de que os Estatutos e Regulamentos estão a ser cumpridos tanto por parte da administração da Direção AAUAv, como da Coordenação dos Núcleos. Cabe também ao CFJ elaborar o parecer sobre o Plano de Atividades e Orçamento (PAO) da AAUAv, bem como o Relatório de Atividade e Contas preliminar e final.
O CFJ pode ainda instaurar inquéritos à atuação financeira ou administrativa de qualquer Órgão, Secção Autónoma, Núcleo ou Comissão da AAUAv. Bernardo Ferreira é candidato a presidente do CFJ pela Lista A, pela Lista E o candidato é Luís Rebelo.
Tanto o presidente da MAG como o do CFJ têm a responsabilidade de assumir a gestão da AAUAv caso haja demissão da direção da associação. Ao CFJ cabe ainda a função de substituir a MAG, em caso de demissão da mesma.
Já a Direção da AAUAv tem na sua mão o poder executivo. Joana Regadas e João Carrilho são os dois candidatos a presidente da AAUAv e partilharam, em entrevista à Ria, os projetos que pretendem levar a cabo, caso vençam as eleições. Foi ainda realizado um debate entre os candidatos que é possível assistir através do Facebook da Ria.
O que acontece depois de votar?
Quando terminar o prazo fixado para os estudantes votarem, as urnas serão seladas. Depois de fechadas, serão transportadas para a Casa do Estudante e os votos irão ser contados a partir das 22h. A contagem será feita pela Comissão Eleitoral, mandatários e representantes de cada lista. A Ria - Rádio Universitária de Aveiro estará também presente e irá divulgar os resultados à medida que os mesmos forem apurados no seu blog ao vivo dedicado a estas eleições.
Recomendações
UA assinala 51 anos com Honoris Causa à escritora Lídia Jorge
A escritora Lídia Jorge, nascida em Boliqueime em 1946, vai ser distinguida com o Doutoramento Honoris Causa durante a cerimónia. Isabel Cristina Rodrigues, professora do Departamento de Línguas e Culturas, será a madrinha apresentando as razões que justificam a atribuição desta distinção honorária da UA. A proposta, levada ao Conselho Científico da UA, de atribuição da distinção à escritora que se estreou no romance com “O Dia dos Prodígios”, sublinha a “familiaridade espiritual” que existe entre os valores que pautam a atuação da UA enquanto instituição de ensino superior e os valores representados na obra da escritora, nomeadamente: “a preservação da dignidade humana, o equitativo acesso do ser humano à educação e ao conhecimento, a defesa e a mobilização do pensamento crítico como modo de intervir no tempo e na História”. A obra de Lídia Jorge tem sido estudada em trabalhos académicos desenvolvidos na UA e abordada em publicações de investigadores e professores do Departamento de Línguas e Culturas. Da sua autoria, para além de romances, há ainda contos para crianças e para adultos, textos dramáticos, ensaios e crónicas. A própria autora realizou sessões e encontros no campus sobre a sua produção e sobre literatura. Entre as muitas distinções que lhe foram atribuídas, pode destacar-se a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique e o título de Dama da Ordem das Artes e das Letras de França, ambos atribuídos em 2005, sendo posteriormente elevada ao grau de Oficial desta ordem honorífica francesa, em 2015. Na enorme lista de distinções literárias, em Portugal e no estrangeiro, houve quatro atribuídas em 2023, pelo romance Misericórdia: Prémio Eduardo Lourenço – Centro de Estudos Ibéricos (2023); Prémio de Novela e Romance Urbano Tavares Rodrigues – FENPROF (2023); Prémio do PEN Clube Português de narrativa (2023) e Prémio Literário Fernando Namora (2023). Esta mesma obra foi a primeira em língua portuguesa a receber o Prémio Médicis para melhor livro estrangeiro, distinção que Lídia Jorge recebeu ex aequo com a escritora coreana Han Kang, Prémio Nobel da Literatura de 2024. O Ciclo de Conversas “Ousadia e Liberdade” foi uma das atividades do Programa de Comemoração dos 50 anos da UA. Para documentar essas conversas e as discussões que decorreram nesse âmbito, entre outros suportes, elaboraram-se resumos gráficos de cada uma das conversas, num trabalho original e criativo enquadrado na investigação de doutoramento de Gil Moreira. A UA adquiriu os direitos sobre estes documentos gráficos e vai expô-los publicamente para memória futura. Os painéis, que constituem resumos gráficos de cada conversa de "Ousadia e Liberdade", vão estar expostos no Hall de Exposições da Reitoria, “Resumo Gráfico: Conversas Ousadia e Liberdade” entre 18 de dezembro e 31 de janeiro. O Plano Estratégico da Universidade de Aveiro para 2023-2026 estabelece a sustentabilidade ambiental, económica e social como pilares fundamentais em todas as suas atividades. A UA incorpora os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) nas suas práticas pedagógicas, com ênfase na educação de qualidade e inclusiva e na aprendizagem ao longo da vida, promovendo um ensino inclusivo através do GUIA – Gabinete de Apoio ao Estudante e de atividades de capacitação, via Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Neste sentido, a UA assumiu o compromisso de tornar os seus eventos mais sustentáveis, enquadrados na norma ISO 20121 de Gestão Sustentável de Eventos, que se aplica, tal como pressupõe o conceito de sustentabilidade, nas vertentes social, económica e ambiental.
Debate entre candidatos à AAUAv pautado pela convergência de ideias
Os candidatos a presidente da AAUAv, Joana Regadas pela Lista A e João Carrilho pela Lista E, protagonizaram um debate que ficou marcado pela partilha de ideias para a continuação do projeto. Ambas as listas se fizeram acompanhar por dois outros membros. Inês Filipe, candidata a presidente da MAG e Bernardo Ferreira, candidato a presidente do CFJ marcaram presença pela Lista A. No caso da Lista E marcaram presença Matilde Rita, vice-presidente adjunta da lista, e Edgar Piorro, tesoureiro. As relações com a autarquia, a gestão dos espaços da associação académica, a estratégia financeira e o desporto foram as temáticas discutidas num debate que ficou pautado pela convergência de ideias. Os candidatos tiveram ainda a oportunidade de apresentarem os seus projetos. A utilização indevida de património da AAUAv por parte da atual equipa da associação foi o tema que João Carrilho trouxe diretamente ao debate. Joana Regadas, por sua vez, questionou o líder da Lista E sobre medidas concretas que a equipa pretende implementar de forma a melhorar a eficiência e fazer evoluir a estrutura da associação. O debate contou ainda com a resposta, por parte dos candidatos, a 7 de um total de 40 perguntas submetidas pelo público. Quem não teve oportunidade de assistir ao debate pode ainda fazê-lo através da página de Facebook da Ria.As eleições para os órgãos sociais da AAUAv decorrem na próxima terça-feira, dia 17.
UA desenvolve metodologia eficaz e menos invasiva para detetar cancro da próstata
Segundo uma nota da UA, a nova metodologia, à base de líquidos iónicos, “permite a extração, purificação e concentração simultâneas de um biomarcador do cancro da próstata (antigénio específico da próstata, PSA) a partir de amostras de urina”. Atualmente, este biomarcador é utilizado na monitorização deste cancro e outras doenças associadas à próstata, através de amostras de sangue, sendo por isso um método invasivo. Citada na mesma nota, a investigadora do CICECO Mara Freire realça que a deteção de biomarcadores tumorais em amostras de urina “evita a utilização e recolha de amostras mais invasivas, como é o caso de sangue ou tecidos”. No entanto, a sua identificação e quantificação são dificultadas pelo facto dos biomarcadores existirem em baixas concentrações, um problema que os investigadores conseguiram agora ultrapassar. “Ao concentrar o biomarcador, esta técnica permite que a posterior quantificação de PSA seja realizada por técnicas analíticas de rotina, mais simples, mais baratas e disponíveis em laboratórios menos sofisticados”, refere a mesma nota. Mara Freire adianta ainda que esta nova tecnologia “também é capaz de extrair outras formas de PSA da urina, que podem ser adicionalmente quantificadas, abrindo portas para a sua utilização em diagnóstico diferencial do cancro da próstata”. “Por fim, trata-se de uma tecnologia versátil que pode ser customizada por alteração do líquido iónico utilizado, permitindo assim a deteção e quantificação de outros biomarcadores tumorais visando o diagnóstico precoce de outros tipos de cancro”, acrescenta a investigadora. A UA, através da UACOOPERA, obteve a concessão patente nacional, estando ainda em análise o pedido europeu de patente, cujo processo decorre no Instituto Europeu de Patentes.
Cáritas Diocesana de Aveiro é a 57.º parceria da AAAUA
O acordo foi firmado, na sequência do concerto solidário de Natal que a AAAUA promoveu no passado sábado, 7 de dezembro, por Pedro Oliveira, presidente da AAAUA e por António Leandro, presidente da Cáritas Diocesana de Aveiro, na presença do bispo de Aveiro António Moiteiro, sócio honorário da AAAUA. Nesta ocasião, Pedro Oliveira, começou por agradecer a presença “neste momento simbólico ao bispo de Aveiro e ao presidente da Cáritas, também ele antigo aluno da UA” para enfatizar a vontade que “presidiu à opção de associar o concerto solidário promovido a uma ação de responsabilidade social, neste caso, com a Cáritas Diocesana de Aveiro, recolhendo também bens a favor das famílias carenciadas que esta entidade apoia, motivo de agradecimento a todos os participantes que contribuíram”. Por seu turno António Leandro começou “por agradecer este gesto de partilha com a Cáritas Diocesana de Aveiro”. Deu ainda nota de que a CDA foi oficialmente criada no ano de 1976 e que é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) desde 1983. Desenvolve várias respostas sociais, onde se incluem respostas a crianças, jovens e adultos em situação de risco/emergência; pessoas sem abrigo e vítimas de violência doméstica. A Cáritas Diocesana esta sedeada no centro de Aveiro, tendo o Centro de Acolhimento Infantil em Esgueira. A abrangência territorial desta entidade corresponde aos dez concelhos que fazem parte da Diocese de Aveiro: Águeda, Aveiro, Albergaria-a-Velha, Anadia, Estarreja, Ílhavo, Murtosa, Oliveira do Bairro, Sever do Vouga e Vagos. Atualmente, a Cáritas Diocesana de Aveiro conta com 60 trabalhadores, várias dezenas de voluntários e um orçamento anual de 1,5 milhões de euros. Tem ainda presença efetiva em 28 das 101 paróquias da Diocese de Aveiro, através dos Grupos Paroquiais Cáritas. António Leandro deixou ainda um desafio a todos os Antigos Alunos no sentido de dedicarem um pouco do seu tempo ou doarem as suas competências especializadas em várias áreas de trabalho e respostas sociais da Cáritas Diocesana junto dos mais desfavorecidos. A concluir este momento, o sócio honorário da AAAUA, António Moiteiro destacou a “felicidade por ver esta parceria ser formalizada” apelando a todos para que possam “fruir a época de Natal, na sua essência, em família e no apoio ao próximo” em “detrimento de uma visão mais consumista, que esta época propicia”. A finalizar deixou também o repto aos presentes para “que se juntem à equipa de voluntariado da Cáritas e assim contribuem na multiplicidade de ações que promovem e desenvolvem no território”. Esta foi a 57.º parceria outorgada pela AAAUA, tendo Pedro Oliveira notado que se “trata de um parceiro estratégico, no domínio da inovação social e cidadania ativa, valores que Associação de Antigos Alunos preconiza e espera, com este novo parceiro, poder desenvolver junto da comunidade e em várias áreas, alavancando e potenciando a responsabilidade e o envolvimento cívico de todos quantos fazem parte da AAAUA”.
Últimas
João Moniz: BE avança até “ao início do ano” com candidato à Câmara de Aveiro
Em grande entrevista à Ria, João Moniz resumiu os últimos 19 anos de governação PSD-CDS, no Município de Aveiro, com “serviços públicos no mínimo e impostos no máximo”. Entre os principais problemas da governação à direita apontou a “política de privatização de serviços públicos e de alienação de património da Câmara e a desvalorização do serviço público e da ação social”. O bloquista considerou ainda a política fiscal do Município como “muito agressiva” realçando que a mesma foi “imposta aos aveirenses” para “resolver os problemas”, nomeadamente, da governação de “Élio Maia”, mas também da governação de “Alberto Souto”. Ainda assim, não deixou de reconhecer que “tem havido um caminho, embora tímido, de desagravamento fiscal, em sede de IMI” (Imposto Municipal sobre Imóveis). “Na nossa opinião ele devia ser acelerado, mas isto é uma realidade que os aveirenses conhecem há dois anos”, constatou. No que toca ao Executivo atual, liderado por José Ribau Esteves, sustentou que “a questão da habitação é uma marca deste Executivo”. “Aqui mais pela inação do que pela ação (…)”, atirou. “Entre outras variáveis que explicam o galopar dos preços da habitação está precisamente o modelo do Município que foi inaugurado por Ribau Esteves (…) de ultra valorização do turismo (…)”, criticou. “Existe esta estratégia de deixar ao mercado o problema da habitação, mas a Câmara também tem uma outra política pública (…) que também tem efeito na habitação que é esta política que a Câmara tem na requalificação do espaço público (…) na Avenida, no Rossio e em muitos outros sítios (…) Como não existe uma política de habitação e de intervenção no edificado, o efeito que essa requalificação urbana tem é de aumentar brutalmente o valor do património imobiliário (…)”, justificou. Questionado sobre a obra do Rossio [uma das empreitadas que o BE foi mais crítico no âmbito da qualificação urbana, nos últimos anos, em Aveiro], João Moniz reconheceu que “era preciso requalificar aquela zona” culpabilizando os “executivos liderados por Ribau Esteves, Hélio Maia e por Alberto Souto” pelo estado de “degradação” da mesma. No ponto de vista do Bloco de Esquerda o espaço devia ter mantido a sua função original, neste caso, de “jardim urbano de usufruto público”. “Não foi essa a opção da Câmara… A Câmara decidiu criar ali uma praça de eventos (…) e fazer também o parque de estacionamento que tem consequências logo à partida de atração de mais tráfego automóvel para aquela zona que tendo em conta aquilo que é o consenso de políticas de urbanismo, hoje em dia, nós devíamos de estar a fazer o contrário. (…)”, apontou. Sobre a recente inaugurada obra do Monumento Evocativo da Muralha de Aveiro, junto à Sé, João afirmou que este “assunto é complexo”. “Nós temos visto que o debate tem andado muito à volta do valor estético da obra. Essa é certamente uma variável, mas na nossa perspetiva não seria a principal variável. Em primeiro lugar, qual era o objetivo daquele monumento? Era evocar a memória histórica da muralha e para tal criou-se esta ideia de que ela seria feita em pedra de Eirol. Ora bem, no momento, em que essa possibilidade ficou descartada aquele monumento parece perder grande parte do seu valor. Isso é uma variável”, expôs. “E depois há outra questão mais de fundo que tem a ver com a forma que nós enquanto comunidade escolhemos aquilo que está no espaço público. E na nossa perspetiva essa escolha não devia pender sobre a vontade do presidente e dos seus gostos pessoais (…) Essas escolhas deviam de ser feitas em diálogo e em articulação com a comunidade, com a cidadania e não estarem à mercê dos gostos pessoais de quem ocupa a Câmara, naquele momento (…)”, continuou. Com o aproximar das eleições autárquicas, o bloquista considerou que com base nos resultados anteriores existe uma “adesão razoável” dos aveirenses ao partido “que tem margem para crescimento”. “O Bloco tem dois eleitos à Assembleia Municipal, tem eleitos em várias freguesias, em Esgueira, na Glória Vera Cruz, em Oliveirinha e, portanto, eu diria que existe esse reconhecimento por parte da parte da população, mas a forma como encaramos esse reconhecimento é que nos coloca numa posição de exigência e nós queremos responder a essa posição (…)”, garantiu. “(…) Nós queremos continuar a ser o terceiro partido municipal em Aveiro”, esperançou. À Ria, João Moniz adiantou ainda que o Bloco de Esquerda tem o “objetivo” de anunciar o candidato à Câmara de Aveiro até “ao início do ano”. “Queremos primeiro focar a nossa intervenção no âmbito do programa e das ideias que vamos apresentar aos nossos cocidadãos. Estamos a preparar esse programa e, portanto, essa será a primeira etapa deste processo… E só depois disso iremos focar as baterias na candidatura do ponto de vista dos nomes específicos. Nós estamos a fazer essas conversações”, sublinhou. Relativamente à possibilidade do BE se coligar, o representante do partido realçou que lançou um “repto” à esquerda, em Aveiro, para que o Bloco de Esquerda “pudesse ser um polo agregador para uma candidatura mais forte”. “Nós estamos a fazer esse caminho e esse diálogo com a esquerda em Aveiro. Nós vamos fazer o esforço para que essa alternativa aconteça cientes de que se for preciso iremos sozinhos a eleições”, reforçou. Sobre o diálogo [com os outros partidos], João Moniz alertou que o mesmo tem “linhas vermelhas”. “Nós não vamos falar, nem estamos particularmente interessados em falar, pelo menos, neste âmbito de coligação pré-eleitoral com partidos que apoiaram, por exemplo, a venda de terrenos públicos para depois serem alvo de construção e intervenção para a habitação no setor prémio a valor especulativos. Exclui o partido socialista (…) Estamos a falar de outras forças à esquerda que existem aqui no concelho: o Partido Comunista, o Livre (…)”, revelou. Interpelado com as declarações de Paula Urbano Antunes, líder do PS-Aveiro, em grande entrevista à Ria, onde garantiu que o PS estaria “totalmente indisponível” para se coligar com o BE, João Moniz não se mostrou surpreendido com a afirmação. “Na verdade, o repto que nós lançamos já tinha essa ressalva. Nós não íamos fazer. Não quer dizer que não existam acordos, no sentido, de aproximação (…) Se houver hipótese de haver uma proposta conjunta para aumentar a oferta pública de habitação certamente que sim. Se o Partido Socialista se quiser juntar ao Bloco de Esquerda nessa luta certamente que sim. Nós não vamos fechar essa porta. Agora no âmbito de candidatura autárquica (…) nós já tínhamos fechado essa porta ao Partido Socialista (…)”, relembrou. Confrontado com os nomes mais falados para os candidatos à Câmara Municipal de Aveiro, da Aliança com Aveiro, entre eles, o de Rogério Carlos, atual vice-presidente do Município de Aveiro, o bloquista realçou que se este “decidir dar continuidade ao projeto de Ribau Esteves nós vamos fazer uma avaliação negativa desse projeto (…)”. Já do lado dos socialistas, João Moniz teceu críticas mais duras quanto ao nome de Alberto Souto de Miranda”. “É um pouco perplexante o facto do Partido Socialista ter de ir buscar alguém que governou a Câmara Municipal há quase duas décadas… Um homem do passado, um homem de ontem para liderar o projeto (…)”, descreveu. Por fim, questionado pela Ria sobre a possibilidade de também ele ser um dos candidatos à Câmara de Aveiro, João defendeu que “está disponível para aquilo que o Bloco de Esquerda achar que deve ser a minha responsabilidade. Se os militantes do BE acharem que eu tenho esse perfil eu farei uma avaliação pessoal dessa escolha e vou tomar uma decisão (…)”, defendeu.
Clube dos Galitos/Bresimar conquista dois títulos nacionais no Campeonato Nacional de Piscina Curta
O Clube dos Galitos/Bresimar esteve representado no campeonato com 17 atletas (seis masculinos e 11 femininos) onde obteve os seguintes resultados: Um título nacional sénior por Carolina Fernandes aos 50 Livres e um júnior por Tiago Brandão aos 50 Mariposa; duas medalhas de prata em sénior por Carolina Fernandes aos 50 e 100 mariposa; cinco recordes regionais: Senior/Abs - 50 Costas Carolina Fernandes e Junior18 - 50 Mariposa Tiago Brandão; nove finais séniores (oito melhores nacionais); sete finais juniores (oito melhores nacionais) e dois quartos lugares, quatro cincos lugares, dois sextos lugares, três sétimos lugares, um oitavo lugar e 26 recordes pessoais. No total, participaram no Campeonato Nacional Juniores e Seniores de Piscina Curta 503 atletas em representação de 84 clubes. O Clube dos Galitos foi fundado a 25 de janeiro de 1904, em Aveiro, por um punhado de homens decididos a dotar a sua terra de uma instituição social capaz de dinamizar a cultura, o desporto e o convívio recreativo, celebrou, no ano de 2004, cem anos de existência.
Quase 135 mil acidentes rodoviários, 453 mortos e 2.550 feridos graves registados este ano
Os dados constam do relatório de sinistralidade rodoviária hoje divulgado pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) durante a apresentação da campanha de Natal e Ano Novo 2024/2025 “Festas MAIs Seguras”. Segundo o relatório, disponível na página da internet da ANSR e que reúne dados diários, entre 01 de janeiro e 15 de dezembro ocorreram 134.914 acidentes rodoviários, tendo 453 pessoas morrido, 2.550 ficado feridas com gravidade e 41.419 sofrido ferimentos ligeiros. Em relação ao mesmo período de 2023, registaram-se mais 2.939 desastres nas estradas, menos seis mortos, mais 14 feridos graves e mais 306 feridos ligeiros. O relatório faz também uma comparação com 2019, ano de referência para monitorização das metas de redução do número de mortos e de feridos grave até 2030 fixadas pela Comissão Europeia e por Portugal, ano em que ocorreram 134.692 acidentes (mais 216), 502 mortos (menos 49), 2.434 feridos graves (mais 116) e 43.149 feridos ligeiros (menos 1.730). Segundo a ANSR, os distritos com maior número de acidentes são Lisboa (23.328), Porto (22.727), Aveiro (10.518), Braga (10.248) e Faro (10.094), enquanto as vítimas mortais foram em maior número nos distritos de Lisboa (54), Porto (54) e Braga (39). Estes dados dizem respeitos às vítimas mortais cujo óbito foi declarado no local do acidente ou a caminho do hospital. A ANSR indica ainda que a média nacional, entre 2018 e 2024, é de 446 mortos e de 2.315 feridos graves por ano. A plataforma interativa de sinistralidade rodoviária, onde diariamente serão divulgados os dados de sinistralidade do dia anterior, está disponível a partir de hoje no site da ANSR.
Medidas para covid-19 com impacto de mais de 12 mil milhões de euros
De acordo com o TdC, que realizou 47 ações de controlo entre 2020 e 2024, nem sempre foram atingidos os resultados desejados, nem observados “todos os princípios básicos necessários para garantir a transparência e responsabilidade exigidos na gestão pública”. A instituição de controlo das contas públicas considerou que a administração pública, ao nível central, regional e local, apresentou “maleabilidade suficiente” para reagir, adaptar-se e responder com celeridade à emergência provocada pela pandemia, num quadro de “exigente mudança”, com medidas legislativas de exceção e novas políticas públicas. Os planos de contingência médica e o programa de vacinação foram “adequados e eficazes”. Porém, as medidas de apoio ao emprego, ao consumo e ao ensino a distância, apesar de aplicadas na totalidade, registaram “alguns erros” e demoras, não tendo chegado de forma uniforme aos destinatários. Também as medidas de apoio às estruturas residenciais para idosos, à recuperação de aprendizagens e de combate aos efeitos adversos na economia e na habitação apresentaram ineficiências, segundo o relatório “Gestão da Crise Pandémica de Covid-19”. O TdC advertiu para a necessidade de uma maior resiliência do Serviço Nacional de Saúde (SNS), em futuras emergências, bem como para a importância de serem aprovados planos, tanto ao nível estratégico como operacional, para acorrer a novos incidentes graves ou catástrofes, “num trabalho fundamental de antecipação” por parte dos governos e das organizações e estruturas públicas. Afirmou também ser imprescindível acautelar “procedimentos básicos de gestão e controlo” que garantam a transparência e responsabilidade exigidas em contextos de exceção, em que é necessário “desembolsar rapidamente avultados fundos de ajuda de emergência”, com vista a prevenir pagamentos indevidos e potenciais riscos de desperdício e fraude na gestão pública. No documento, os relatores destacam igualmente a relevância de sistemas de informação integrados e eficazes, do reporte transparente (despesa pública realizada, da receita perdida e do custeio das atividades relacionadas com a resposta pandémica e respetivo financiamento) e de informação de qualidade para o controlo das medidas e para a efetiva prestação de contas, incluindo a avaliação da eficácia das medidas adotadas.