Joana Regadas: “Não temos medo de assumir que é preciso mudar algumas das coisas [na AAUAv]"
Joana Regadas, atual vice-presidente adjunta da direção da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) foi a primeira a avançar com uma candidatura à presidência da AAUAv para o mandato de 2025. A também estudante no Mestrado em Engenharia Biomédica na Universidade de Aveiro (UA) lidera a lista A que apresenta como lema “Unidos pela Voz”.
Isabel Cunha Marques
JornalistaEm grande entrevista à Ria, Joana Regadas voltou a assegurar que a candidatura à AAUAv foi uma decisão muito ponderada” pela “responsabilidade” que o projeto acarreta. “É uma casa com muita história e com muito peso que me estou a propor a receber”, afirmou.
Como retrospetiva sob o seu percurso na Associação Académica [numa fase inicial no setor de Apoio aos Núcleos e, atualmente, como vice-presidente adjunta da direção], Joana recordou que a sua voz “foi um bocadinho complicada de conquistar” e que gostava de passar a mensagem aos estudantes que “todos nós temos uma voz”. “(…) Foi isso que este projeto fez comigo e gostava de ter a oportunidade de lhe retribuir”, assegurou.
Atualmente, a liderar o projeto da lista A, que apresenta como lema “Unidos pela Voz”, a atual estudante no Mestrado em Engenharia Biomédica na UA adiantou que o facto de conhecer de perto a estrutura interna da AAUAv lhe permitiu “identificar muitas das falhas daquilo que não tem corrido tão bem”, realçando que a Associação Académica precisa de “evoluir”. “O projeto precisa de crescimento. Não pode estar estagnado. Se eu não achasse que havia espaço para isso não estaria a colocar-me nesta posição”, disse.
Sobre o crescimento, Joana Regadas assegurou, tal como consta no manifesto da lista A, que o mesmo deve assentar em três objetivos: “inclusão, inovação e bem-estar”. “(…) Queremos marcar e primar pela diferença. Não temos medo de assumir que é preciso mudar algumas das coisas internas da Associação Académica. Temos uma equipa formada e com experiência de dentro e, acima de tudo, temos muita gente nova que acaba por trazer para a mesa todas estas realidades que às vezes dentro da bolha é um bocadinho difícil aperceber-se”, reconheceu.
Entre os vários aspetos a corrigir dentro da Associação, a atual vice-presidente adjunta da direção da AAUAv destacou que “há efetivamente um distanciamento que pode ter sido criado pelo facto da sede da Associação Académica ser do outro lado do campus, mas é uma coisa que nós reconhecemos e queremos, efetivamente, mudar. As pessoas têm de ter espaço e têm de se sentir confortáveis para ter a voz delas”. Como propostas [para contornar esta realidade] apontou, entre os exemplos, a realização de reuniões pelos departamentos da UA e a criação de um orçamento participativo “em que os estudantes acabam por ter a oportunidade de apresentar ideias dentro de um orçamento estabelecido que depois estará explícito quando for a altura devida”.
Já sobre os pontos a trabalhar na UA, a líder da lista A afirmou, entre os vários exemplos, que o Regulamento de Estudos “já não se adequa e precisa de ser revisto”. “Ele está num processo de revisão, efetivamente… Estamos à espera de uma das partes importantes que é a passagem dos coordenadores dos núcleos e responsáveis financeiros para terem um papel de dirigente [associativ] que, atualmente, têm um papel de agente [associativo]. Mas na parte da inovação pedagógica acho que é importante. Nós estamos a ter uma geração que é cada vez mais capacitada (…) e é necessário que o regulamento de estudos se atualize, que esteja previsto esta rápida transformação daquilo que está a ser a sociedade atualmente”, apontou.
Neste seguimento, deu ainda nota da “realidade muito complicada” que os estudantes internacionais estão inseridos, atualmente. “A maior parte deles acaba por chegar quase no final do 1.º semestre (…) é esperado que eles cumpram as unidades curriculares no período normal sem ter acesso a época especial... Para além de não estarmos já aqui a colocar o valor das propinas que acaba por ser muito maior do que aquilo que é a propina para os estudantes nacionais”, criticou.
No âmbito do desporto, Joana reconheceu que o atual estatuto de estudante-atleta “não é suficiente” para permitir que todos os estudantes possam ir aos treinos ou às competições internacionais e “mesmo quando têm direito pode não haver facilidade dos docentes em alterar testes, em ter acesso a época especial… Temos de ter uma voz mais ativa e mais presente”.
Confrontada com as declarações de Wilson Carmo, atual presidente da AAUAv e mandatário da lista A, em grande entrevista à Ria, sobre a relação da Associação com o Município de Aveiro, Joana Regadas referiu que o projeto da lista A tem o “intuito de começar uma página em branco (…) com todas as instituições que possam ser nossas parceiras”. “Acho que também só faz sentido porque temos uma equipa renovada, caras diferentes no projeto e acho que só assim podemos evoluir, marcar a diferença e crescer. (…) Estamos completamente disponíveis para criar parcerias com todas as Câmaras que englobam não só o polo de Aveiro, mas também de Águeda e Oliveira de Azeméis (…)”, sustentou.
Ainda como “prioridade” da lista A, Joana assegurou que quer “reformular” a comunicação da AAUAv. “Esta reformulação vem muito de termos ouvido aquilo que os estudantes pediam. Os estudantes sentiam que a informação às vezes não era clara, que não chegava a toda a gente e efetivamente a comunicação deve ser dos setores mais trabalhosos que temos (…) Queremos que haja espaço para haver reuniões nos departamentos, horários abertos onde as pessoas possam vir ter com a presidência ou com alguns membros da direção e que seja efetivamente discutido o projeto sem qualquer entrave porque o projeto só cresce se for discutido (…)”, defendeu.
Questionada sobre as críticas às redes sociais da AAUAv, na última Assembleia Geral de Alunos, em que os estudantes acusavam a direção de publicar “mais festas e paródias do que qualquer outro tema”, Joana reconheceu que “há uma grande dificuldade” em escolher que atividades devem ser comunicadas. “Temos um ritmo de atividades bastante elevado e queremos tentar perceber o que faz sentido ou não. Durante o último ano (…) não foi tão bem conseguido aquilo que foi a comunicação por parte da política educativa (…) mas é algo que estamos cientes e esse é o primeiro passo para mudar. Consciencializar que existe esse problema que nós admitimos e verificamos isso como um problema e queremos efetivamente mudar (…)”, exprimiu.
Já na reta final da conversa, a Ria questionou ainda a candidata à presidência da AAUAv sobre o vídeo publicado pela lista opositora [lista E], nas redes sociais, esta segunda-feira, em que eram tecidas um conjuntos de críticas à atual gestão da AAUAv, entre elas, a de que a Associação está num “ciclo vicioso”. Para Joana a acusação está associada ao facto de “nos últimos três anos” só terem sido eleitos “dois presidentes [diferentes]”. “Acaba por criar a ideia de que não há rotatividade dentro daquilo que é o projeto, mas isso é uma coisa que não é equacionada. Nós somos caras novas, temos objetivos diferentes e queremos primar pela diferença. É um dos nossos compromissos. (…) Acho que o ciclo vicioso acaba (…) quando entram pessoas novas”, frisou. “Temos aqui pessoas novas no projeto, uma cara diferente a assumir o projeto e acho que esse é o primeiro passo para perceber que o que foi, "foi" e acho que o futuro é que é o caminho e é isso que temos que efetivamente discutir porque só discutindo o futuro é que a Associação Académica pode crescer nunca invalidando aquilo que é o contexto histórico de 46 anos que tem de ser sempre colocado em cima da mesa”, acrescentou.
Recomendações
Apesar das novas regras da AAUAv, barraquinhas do Enterro continuam com 'cariz sexual explícito'
São cerca de 30 as barraquinhas que foram aprovadas pela direção da AAUAv e a maioria estava ontem ainda em processo de construção. As decorações foram preparadas pelos estudantes e dirigentes dos núcleos da AAUAv, maioritariamente, nas semanas anteriores e são agora transportadas para o recinto. O espaço estava ontem repleto de estudantes: uns sentados no chão a pintarem decorações, outros pendurados a fixarem partes das estruturas e outros a correrem de um lado para o outro com latas de tinta, spray e lonas decorativas. As 11 horas de sábado, dia 26, são o prazo limite para que os preparativos estejam concluídos, dado que o Enterro arranca na noite desse mesmo dia. Em frente ao palco, do lado direito, um grupo de estudantes sujos com tinta pintava tábuas de madeira de preto e vermelho. Já no local estava também instalada a máquina de finos. Trata-se da barraquinha do Núcleo de Estudantes de Engenharia Civil, que se apresenta com o tema “All In Civil”. Inspirada no universo do poker e dos jogos de casino, a proposta convida os visitantes a “apostarem tudo na barraca de Engenharia Civil”, explica David Nogueira, coordenador do Núcleo. Os estudantes deste curso foram, talvez, dos mais ‘afetados’ pelas novas regras impostas pela AAUAv, já que este ano ficaram impedidos de manter uma tradição do curso: oferecer um shot a quem mostrasse os seios na barraquinha. Apesar da expectativa de contestação, face à polémica gerada nas redes sociais, os membros do núcleo mostraram-se compreensivos com a decisão, revelando que era algo que já havia sido ponderado anteriormente. “Foi o empurrão final que precisávamos para acabar com a tradição”, admitiram, visivelmente constrangidos ao serem confrontados com o tema. Os dirigentes deste núcleo reconheceram a pertinência das medidas, apontando como exemplo recente as acusações dirigidas a dirigentes estudantis da Universidade do Porto, por alegadamente filmarem e partilharem vídeos de colegas sem autorização. Estes casos também serviram, segundo referem, para justificar a posição adotada pela AAUAv. Ainda assim, para alguns estudantes, como Tânia Fernandes, do Núcleo de Estudantes de Engenharia Química, as medidas impostas pela Associação estão a ser um tema “muito sensível”. “Acho que o problema não foi «há uma censura», o problema foi perceber até onde essa censura vai, porque não ter caráter sexual explícito e que apela à violência, acho que é um bocado relativo (…), no sentido que ninguém sabia até onde é que essas limitações iam, mas eu acho que não está assim tão mau - não foram impostas tantas limitações quanto isso pelas barracas que estão aqui, inclusive a nossa”, frisa a estudante. Também Joana Cabral, vice-coordenadora do Núcleo Associativo de Estudantes do Instituto Superior de Contabilidade e Administração da Universidade de Aveiro (NAE-ISCA), contou à Ria que foi alertada pela direção da AAUAv para a possibilidade das decorações da sua barraquinha terem de ser alteradas. O tema escolhido — “Iscanal” — representa “um canal televisivo (…) a fazer referência também ao Pornhub [site de pornografia], mas tentando seguir o regulamento que foi imposto pela AAUAv este ano”. Regulamento esse que a estudante considera “não estar muito explícito”. “Tivemos o nosso tema aprovado e fizemos as nossas decorações, já falamos com pessoas da AAUAv, não disseram nada e agora que já está montado e já está na barraca, estão a ver soluções para ou nós tiramos isto ou temos de o alterar, é chato”, lamenta Joana. A estudante acrescenta que, durante o dia de hoje, 25 de abril, teve de tapar um dos elementos decorativos da barraquinha: uma boneca colocada na parte superior da estrutura, com as pernas abertas e o logótipo do núcleo a cobrir a zona genital. Joana refere ainda que cerca de 160 dos 400 autocolantes impressos pelo núcleo não poderão ser distribuídos, sublinhando o investimento feito, que não terá agora o retorno inicialmente previsto. Outra barraquinha que parece tentar fugir às regras definidas pela direção da AAUAv e apresenta elementos decorativos de cariz sexual explícito é a dos estudantes de Ciências Biomédicas. O tema — “Just Lap Dance” — brinca com a identidade visual do jogo Just Dance. Enquanto alguns estudantes falavam com a Ria, outros penduravam nas paredes da barraquinha pinturas de posições sexuais, numa adaptação das figuras que, no jogo, ilustram a coreografia a ser seguida pelos jogadores. “Seguimos um tema que não fosse muito explícito, mas que desse para ir também de encontro ao que os nossos estudantes estão à espera”, reparam. Em declarações à Ria, Joana Regadas, presidente da direção da AAUAv admite que o regulamento trata “uma zona muito cinzenta” e sublinha que “existirão sempre melhorias a fazer”. “No entanto, é sempre preciso dar o primeiro passo e cometer os primeiros erros para que depois eles possam ser alterados”, frisa a dirigente associativa. Relativamente à existência de decoração explicita nas barraquinhas, Joana Regadas aponta que acredita “que todos conseguimos depreender aquilo que cariz sexual explícito significa”, sublinhando que se algo não estiver em conformidade com os regulamentos vão ser encontradas soluções. “O que nós sempre aconselhamos foi que, em caso de dúvidas, enviem para a Comissão Executiva da Semana do Enterro (CESE), que a CESE avalia, explica e clarifica a questão em si”. A dirigente recorda ainda que a alteração ao regulamento já estava prevista desde a realização do último Integra-te e acredita que toda a estrutura está alinhada e entende “qual é que pode ser o nosso papel em modificar aquilo que tem sido uma crescente de notícias negativas e de posições negativas face a todas estas questões”. Para o futuro, a dirigente espera que “as coisas possam ser melhoradas na base de feedback e da crítica construtiva”.
AAAUA atribui título de Sócio Honorário a João Veloso
Pedro Oliveira, presidente da AAAUA apresentou a proposta da direção considerando-a como “justa e merecida”. “O professor João Veloso, fruto da revisão estatutária concretizada em 2023, tornou-se o 1.º sócio extraordinário da AAAUA, sendo o seu sócio n.º 3113. Acresce o constante apoio e a participação ativa que tem mantido para com a Associação e a dinâmica empreendida, concomitantemente com a análise prospetiva e estratégica que desenvolvemos sobre a Comunidade alumni da UA relativa ao seu fortalecimento e desenvolvimento continuo, trabalho realizado designadamente como membro do Conselho Consultivo da AAAUA”, salienta o dirigente da associação dos antigos estudantes. João Filipe Calapez de Albuquerque Veloso é vice-reitor para a Cooperação da Universidade de Aveiro desde 2020, instituição onde é também professor catedrático. É doutorado em Física Tecnológica pela Universidade de Coimbra (2000) e conta no seu currículo com títulos como o de coordenador do Laboratório Associado I3N-Aveiro, membro do Conselho Científico da UA, diretor do Mestrado Integrado em Engenharia Biomédica e soma a autoria em várias publicações científicas. João Veloso aponta que é “uma honra acrescida receber o título que agora a AAAUA me atribui”, destacando que “a Associação dos Antigos Alunos da Universidade de Aveiro tem tido nos últimos anos um papel marcante na dinamização da rede alumni UA, contribuindo significativamente para a sua revitalização”.
“UA 2030”: Já é conhecido o primeiro movimento candidato ao Conselho Geral da UA
Está a chegar um momento crucial para a Universidade de Aveiro, que inicia agora um processo de renovação do seu Conselho Geral, o principal órgão da instituição que, entre outra funções, é responsável pela aprovação do plano estratégico, do plano de atividades e contas, do relatório de atividades e contas e da eleição do reitor. Tal como a Ria já noticiou, os resultados da eleição para o Conselho Geral, que irá decorrer no dia 3 de junho, serão decisivos para a eleição do próximo reitor. O sucessor de Paulo Jorge Ferreira, que não se poderá recandidatar depois de atingido o limite de mandatos, deverá ser escolhido pelo novo Conselho Geral, previsivelmente, entre abril e maio de 2026. Foi nesse sentido que um grupo alargado de professores e investigadores da comunidade académica lançou a sua candidatura ao Conselho Geral com a proposta de um futuro mais inovador, sustentável e plural para a instituição. A candidatura, que se apresenta sob o nome "UA 2030: Uma Universidade Inovadora, Sustentável e Plural", foi oficializada através de um manifesto, disponível online, que pretende mobilizar a comunidade para a definição do rumo da UA nos próximos anos. A candidatura, subscrita por cerca de 200 professores e investigadores da UA, assenta em seis princípios fundamentais, que orientam os compromissos estratégicos da lista e a sua atuação no Conselho Geral. De seguida, destacamos os principais pontos que se podem encontrar no site do movimento, bem como a lista de candidatos. 1. Bem-estar e Vida na UA A candidatura compromete-se a melhorar as condições de estudo e trabalho na UA, promovendo um equilíbrio entre a vida pessoal, familiar e profissional. Pretende ainda dar especial atenção ao reforço das atividades de desporto e lazer, além de um combate direto à discriminação e à precariedade laboral. A sustentabilidade, tanto social quanto ambiental, será um dos pilares fundamentais da proposta. 2. Comunicação, Representação e Interlocução O plano estratégico de comunicação visa aumentar a visibilidade da UA, tanto a nível nacional quanto internacional, e melhorar a comunicação interna da instituição. O reforço da ligação com antigos alunos e o incentivo à digitalização são também prioridades. 3. Ambiente Interdisciplinar, Multidisciplinar e Transdisciplinar A promoção de projetos inovadores, transdisciplinares e que integrem novas tecnologias, como a inteligência artificial, será uma das grandes bandeiras desta candidatura. A criação de infraestruturas laboratoriais avançadas e a expansão da presença da UA em diversas áreas do conhecimento são objetivos claros para os próximos anos. 4. Cultura e Arte na UA A valorização da diversidade cultural e a promoção das artes serão igualmente focos da candidatura. O manifesto defende o reforço das atividades culturais e artísticas, bem como a preservação do património cultural da UA, promovendo a arte como um elemento integrador e fundamental na formação de cidadãos críticos. 5. A UA no Mundo Com uma estratégia de internacionalização robusta, a candidatura propõe atrair e reter talentos globais, fortalecer as parcerias internacionais da UA e promover a mobilidade académica, com uma especial atenção para os países lusófonos. 6. Cooperação, Criação e Partilha de Conhecimento A valorização do conhecimento gerado na UA, a promoção de colaborações com a indústria, empresas e entidades públicas, e a criação de uma rede de partilha de conhecimento serão essenciais para o fortalecimento da UA enquanto instituição de referência no ensino superior. Circunscrição A - Engenharia • Paulo Vila Real (mandatário) – Departamento de Engenharia Civil • Armando Nolasco Pinto – Departamento de Eletrónica, Telecomunicações e Informática • Mónica Oliveira – Departamento de Engenharia Mecânica • Teresa Fidélis – Departamento de Ambiente e Ordenamento • Filipe Oliveira – Departamento de Engenharia de Materiais e Cerâmica Circunscrição B - Ciências • João Rocha (mandatário) – Departamento de Química | CICEO • Mara Freire – Departamento de Química • Luís Castro – Departamento de Matemática | CIDMA • Ricardo Calado – Departamento de Biologia • Lara Carramate – Departamento de Física • Bruno Neves – Departamento de Ciências Médicas • Nuno Durães – Departamento de Geociências • Ana Raquel Soares – Departamento de Ciências Médicas • Adelaide Almeida – Departamento de Biologia Circunscrição C - Ciências Sociais, Artes e Humanidades • Mara João Pires da Rosa (mandatária) – Departamento de Economia, Gestão, Eng. Industrial e Turismo • Pedro Rodrigues – Departamento de Comunicação e Arte • Ana Raquel Simões – Departamento de Educação e Psicologia • Paulo Pereira – Departamento de Línguas e Culturas • Sara Moreno Pires – Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território Circunscrição D - Politécnico • Milton Santos (mandatário) – Escola Superior de Saúde (ESSUA) • Ciro Martins – Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda (ESTGA) • Graça Azevedo – Instituto Superior de Contabilidade e Administração da Universidade de Aveiro (ISCA-UA) • Anabela Silva – Escola Superior de Saúde (ESSUA) | CINTESIS • Paulo Lima – Escola Superior de Design, Gestão e Tecnologias da Produção de Aveiro-Norte (ESAN) Artur Silva, do Departamento de Química e do LAQV, Anabela Silva, da Escola Superior de Saúde e CINTESIS, Isabel Cristina Rodrigues, do Departamento de Línguas e Culturas e CLLC, João Marques, do Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território e GOVCOPP, João Rocha, do Departamento de Química e CICECO, Luís Filipe Castro, do Departamento de Matemática e CIDMA, e Susana Sardo, do Departamento de Comunicação e Arte e INET-md, são docentes e investigadores que surgem em destaque na lista de subscritores. A lista completa pode ser consultada aqui.
Universidade de Aveiro destaca biotecnologia azul no Pavilhão de Portugal na Expo2025
“Esta é uma chance única para mostrar a nossa ciência ao mundo e inspirar novas ligações sobre futuros verdes para o oceano”, disse à Lusa o diretor do CESAM. Segundo o académico, o pavilhão português “mostra os progressos de Portugal no uso verde dos biorrecursos marinhos, na criação de novos bioprodutos e em soluções do oceano para os desafios globais”. A Universidade de Aveiro, através do CESAM, participou na conceção do Pavilhão de Portugal na Expo 2025, que decorre até 13 de outubro no Japão, onde são esperados mais de 28 milhões de visitantes. Sob o mote “O Oceano como Futuro Global”, o Pavilhão de Portugal proporciona aos visitantes uma experiência interativa, revelando como o oceano “molda culturas, sustenta economias e é a base da resiliência do planeta”. “A nossa participação na Expo2025 é prova do apoio da Universidade de Aveiro (UA) ao saber do oceano, à inovação na frente da biotecnologia azul e à cooperação global”, disse Helena Vieira, investigadora no CESAM e líder da equipa no projeto. O CESAM “ajudou no desenvolvimento da ideia e da Ciência do Pavilhão, com base na investigação e na inovação feita na Universidade de Aveiro, fornecendo vários materiais, como textos, fotos e vídeos”. Através dos materiais do CESSAM, “os visitantes globais poderão ver como os seres marinhos estão a ser usados na criação de novos fármacos, cosméticos, alimentos e tecnologias ambientais novas, com exemplos reais da investigação e indústria portuguesas”. O pavilhão nacional na Expo2025 Osaka pretende mostrar “a liderança de Portugal na exploração científica e económica do oceano, evidenciando o seu papel chave no passado, presente e futuro, na construção das relações internacionais e na promoção do desenvolvimento sustentável”.
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Apesar das novas regras da AAUAv, barraquinhas do Enterro continuam com 'cariz sexual explícito'
São cerca de 30 as barraquinhas que foram aprovadas pela direção da AAUAv e a maioria estava ontem ainda em processo de construção. As decorações foram preparadas pelos estudantes e dirigentes dos núcleos da AAUAv, maioritariamente, nas semanas anteriores e são agora transportadas para o recinto. O espaço estava ontem repleto de estudantes: uns sentados no chão a pintarem decorações, outros pendurados a fixarem partes das estruturas e outros a correrem de um lado para o outro com latas de tinta, spray e lonas decorativas. As 11 horas de sábado, dia 26, são o prazo limite para que os preparativos estejam concluídos, dado que o Enterro arranca na noite desse mesmo dia. Em frente ao palco, do lado direito, um grupo de estudantes sujos com tinta pintava tábuas de madeira de preto e vermelho. Já no local estava também instalada a máquina de finos. Trata-se da barraquinha do Núcleo de Estudantes de Engenharia Civil, que se apresenta com o tema “All In Civil”. Inspirada no universo do poker e dos jogos de casino, a proposta convida os visitantes a “apostarem tudo na barraca de Engenharia Civil”, explica David Nogueira, coordenador do Núcleo. Os estudantes deste curso foram, talvez, dos mais ‘afetados’ pelas novas regras impostas pela AAUAv, já que este ano ficaram impedidos de manter uma tradição do curso: oferecer um shot a quem mostrasse os seios na barraquinha. Apesar da expectativa de contestação, face à polémica gerada nas redes sociais, os membros do núcleo mostraram-se compreensivos com a decisão, revelando que era algo que já havia sido ponderado anteriormente. “Foi o empurrão final que precisávamos para acabar com a tradição”, admitiram, visivelmente constrangidos ao serem confrontados com o tema. Os dirigentes deste núcleo reconheceram a pertinência das medidas, apontando como exemplo recente as acusações dirigidas a dirigentes estudantis da Universidade do Porto, por alegadamente filmarem e partilharem vídeos de colegas sem autorização. Estes casos também serviram, segundo referem, para justificar a posição adotada pela AAUAv. Ainda assim, para alguns estudantes, como Tânia Fernandes, do Núcleo de Estudantes de Engenharia Química, as medidas impostas pela Associação estão a ser um tema “muito sensível”. “Acho que o problema não foi «há uma censura», o problema foi perceber até onde essa censura vai, porque não ter caráter sexual explícito e que apela à violência, acho que é um bocado relativo (…), no sentido que ninguém sabia até onde é que essas limitações iam, mas eu acho que não está assim tão mau - não foram impostas tantas limitações quanto isso pelas barracas que estão aqui, inclusive a nossa”, frisa a estudante. Também Joana Cabral, vice-coordenadora do Núcleo Associativo de Estudantes do Instituto Superior de Contabilidade e Administração da Universidade de Aveiro (NAE-ISCA), contou à Ria que foi alertada pela direção da AAUAv para a possibilidade das decorações da sua barraquinha terem de ser alteradas. O tema escolhido — “Iscanal” — representa “um canal televisivo (…) a fazer referência também ao Pornhub [site de pornografia], mas tentando seguir o regulamento que foi imposto pela AAUAv este ano”. Regulamento esse que a estudante considera “não estar muito explícito”. “Tivemos o nosso tema aprovado e fizemos as nossas decorações, já falamos com pessoas da AAUAv, não disseram nada e agora que já está montado e já está na barraca, estão a ver soluções para ou nós tiramos isto ou temos de o alterar, é chato”, lamenta Joana. A estudante acrescenta que, durante o dia de hoje, 25 de abril, teve de tapar um dos elementos decorativos da barraquinha: uma boneca colocada na parte superior da estrutura, com as pernas abertas e o logótipo do núcleo a cobrir a zona genital. Joana refere ainda que cerca de 160 dos 400 autocolantes impressos pelo núcleo não poderão ser distribuídos, sublinhando o investimento feito, que não terá agora o retorno inicialmente previsto. Outra barraquinha que parece tentar fugir às regras definidas pela direção da AAUAv e apresenta elementos decorativos de cariz sexual explícito é a dos estudantes de Ciências Biomédicas. O tema — “Just Lap Dance” — brinca com a identidade visual do jogo Just Dance. Enquanto alguns estudantes falavam com a Ria, outros penduravam nas paredes da barraquinha pinturas de posições sexuais, numa adaptação das figuras que, no jogo, ilustram a coreografia a ser seguida pelos jogadores. “Seguimos um tema que não fosse muito explícito, mas que desse para ir também de encontro ao que os nossos estudantes estão à espera”, reparam. Em declarações à Ria, Joana Regadas, presidente da direção da AAUAv admite que o regulamento trata “uma zona muito cinzenta” e sublinha que “existirão sempre melhorias a fazer”. “No entanto, é sempre preciso dar o primeiro passo e cometer os primeiros erros para que depois eles possam ser alterados”, frisa a dirigente associativa. Relativamente à existência de decoração explicita nas barraquinhas, Joana Regadas aponta que acredita “que todos conseguimos depreender aquilo que cariz sexual explícito significa”, sublinhando que se algo não estiver em conformidade com os regulamentos vão ser encontradas soluções. “O que nós sempre aconselhamos foi que, em caso de dúvidas, enviem para a Comissão Executiva da Semana do Enterro (CESE), que a CESE avalia, explica e clarifica a questão em si”. A dirigente recorda ainda que a alteração ao regulamento já estava prevista desde a realização do último Integra-te e acredita que toda a estrutura está alinhada e entende “qual é que pode ser o nosso papel em modificar aquilo que tem sido uma crescente de notícias negativas e de posições negativas face a todas estas questões”. Para o futuro, a dirigente espera que “as coisas possam ser melhoradas na base de feedback e da crítica construtiva”.
AAAUA atribui título de Sócio Honorário a João Veloso
Pedro Oliveira, presidente da AAAUA apresentou a proposta da direção considerando-a como “justa e merecida”. “O professor João Veloso, fruto da revisão estatutária concretizada em 2023, tornou-se o 1.º sócio extraordinário da AAAUA, sendo o seu sócio n.º 3113. Acresce o constante apoio e a participação ativa que tem mantido para com a Associação e a dinâmica empreendida, concomitantemente com a análise prospetiva e estratégica que desenvolvemos sobre a Comunidade alumni da UA relativa ao seu fortalecimento e desenvolvimento continuo, trabalho realizado designadamente como membro do Conselho Consultivo da AAAUA”, salienta o dirigente da associação dos antigos estudantes. João Filipe Calapez de Albuquerque Veloso é vice-reitor para a Cooperação da Universidade de Aveiro desde 2020, instituição onde é também professor catedrático. É doutorado em Física Tecnológica pela Universidade de Coimbra (2000) e conta no seu currículo com títulos como o de coordenador do Laboratório Associado I3N-Aveiro, membro do Conselho Científico da UA, diretor do Mestrado Integrado em Engenharia Biomédica e soma a autoria em várias publicações científicas. João Veloso aponta que é “uma honra acrescida receber o título que agora a AAAUA me atribui”, destacando que “a Associação dos Antigos Alunos da Universidade de Aveiro tem tido nos últimos anos um papel marcante na dinamização da rede alumni UA, contribuindo significativamente para a sua revitalização”.
Lucinda Rigueira apresenta este sábado livro sobre linguajar do Bairro da Beira Mar
De autoria de Lucinda Rigueira, a obra literária “nasceu de uma brincadeira” como dá nota a mesma ao Diário de Aveiro. O livro pretende registar para a posteridade o “linguajar cantado” e a “musicalidade” da forma “muito caraterística do bairro” da Beira Mar, lê-se na sinopse do livro. Lucinda Rigueira é “«cagaréu» de gema”, tirou o curso de professora no Magistério Primário de Aveiro e fez o Complemento de Formação Científica e Pedagógica na Universidade de Aveiro. Agora “abre uma gaveta de memórias que a levaram a escrever ‘Conversas no linguajar do Bairro da Beira-Mar’”, lê-se na nota sobre a autora no site da editora do livro. A sessão de apresentação decorre este sábado, dia 26, no Salão Nobre dos Bombeiros Novos de Aveiro.
Bivalves da Ria são mote para o “Tanto Mar!” de abril
No âmbito da exposição de fotografia “Património em rede: um peixe, uma comunidade, dois países”, patente no MMI, o autor Eduardo Martins, dá início, pelas 11h, a uma visita que “convida a redescobrir a pesca do atum-rabilho, na costa Algarvia, e a sua reabilitação depois de ter estado extinta desde 1972”, dá nota a autarquia. A parte da tarde (14h) contará com uma oficina sobre a exposição destinada a famílias com crianças dos 6 aos 10 anos. Pelas 16h realiza-se uma oficina de cozinha no âmbito do Festival Gastronómico de Produtos da Ria “Vamos aos Cricos” com a presença de Carlos Gaspar, chef do restaurante Clube de Vela, que vai preparar uma receita em que os bivalves da Ria são o ingrediente principal. A tarde termina com uma “Conversa de Mar”, pelas 17h, com Anabela Valente, armadora e mestre Arrais que colabora com a Mútua dos Pescadores e com a APARA. A palestrante irá versar sobre a temática “Pesca tradicional: a perspetiva de uma mariscadora”.