RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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UA assinala 52º aniversário com presença de Sampaio da Nóvoa no próximo dia 17 de dezembro

A Universidade de Aveiro (UA) celebra o seu 52º aniversário no próximo dia 17 de dezembro, pelas 15h00, numa sessão que terá lugar no Auditório Renato Araújo, no Edifício Central e da Reitoria. Para além de Paulo Jorge Ferreira, reitor da UA, e de Joana Regadas, presidente da direção da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv), também deve discursar António Sampaio da Nóvoa, reitor honorário da Universidade de Lisboa (UL) e fundador do Grupo Experimental de Teatro da Universidade de Aveiro (GrETUA).

UA assinala 52º aniversário com presença de Sampaio da Nóvoa no próximo dia 17 de dezembro
Redação

Redação

27 nov 2025, 14:49

A cerimónia comemorativa do 52º aniversário da Universidade de Aveiro vai contar com a presença de António Sampaio da Nóvoa. O professor catedrático e reitor honorário da Universidade de Lisboa (UL) teve uma passagem por Aveiro ao longo da década de 1970, altura em que deu aulas de expressão dramática no Magistério Primário de Aveiro. Durante a sua passagem, fundou também o Grupo Experimental de Teatro da Universidade de Aveiro (GrETUA).

Recomendações

Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro promove show de ciência “Física Viva” este domingo
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O espetáculo interativo, que se destina a “miúdos e graúdos”, “desafia o público a experimentar, em tempo real, diferentes fenómenos físicos” e, de acordo com os responsáveis, utiliza uma linguagem acessível e momentos de imaginação e criatividade. A sessão, que inicia com uma apresentação de luz laser e cor, aborda depois áreas da Física como ondas, mecânica e eletromagnetismo. O espetáculo resulta de uma adaptação do "Show de Física" do Departamento de Física da Universidade de Aveiro,desenvolvido por António José Fernandes, Jorge Monteiro e Pedro Pombo. Dirigido a maiores de seis anos, o espetáculo tem um bilhete de sete euros.

Edição de 2026 do Prémio Literário Aldónio Gomes é dedicado ao conto/novela
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Edição de 2026 do Prémio Literário Aldónio Gomes é dedicado ao conto/novela

O galardão, que, segundo a UA, “tem como objetivos estimular a criação literária e revelar novos autores”, foi instituído em 2011 para honrar a memória de Aldónio Gomes, “insigne pedagogo e grande estudioso e divulgador da língua portuguesa e das literaturas de língua portuguesa, cujo espólio foi doado ao DLC da UA”. O júri, presidido pelo diretor do DLC da UA ou por um representante por ele designado, é composto por cinco individualidades de reconhecida idoneidade e prestígio: duas indicadas pelo DLC, duas indicadas pela Reitoria da UA e uma indicada pela Câmara Municipal de Aveiro (CMA). As obras a concurso podem ser enviadas por qualquer pessoa, desde que escritas em língua portuguesa, por correio registado e com aviso de receção, ou entregues em mão na secretaria do DLC, em envelope fechado, com o seguinte endereço: “Prémio Literário Aldónio Gomes 2025”, Departamento de Línguas e Culturas da Universidade de Aveiro, Campus Universitário de Santiago, Universidade de Aveiro, 3810-193 Aveiro. Dentro deste envelope deve estar um outro envelope fechado, com o pseudónimo não conhecido escrito no exterior, e, no interior, a identificação do autor, o telefone, a morada e o endereço de correio eletrónico. O prémio consiste na edição da obra e na doação de 20% de exemplares ao autor, não havendo lugar ao pagamento de direitos de autor correspondentes à primeira edição. A entrega do prémio será feita em cerimónia pública, em data a anunciar oportunamente.

Ténis de mesa: Equipas feminina e masculina da AAUAv sagram-se vice-campeãs nacionais universitárias
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Ténis de mesa: Equipas feminina e masculina da AAUAv sagram-se vice-campeãs nacionais universitárias

A conquista do título já era uma grande dificuldade que se antevia à partida, explica Bernardo Azevedo, que dá nota do poderio da Universidade do Porto na competição. “Como o Centro de Alto Rendimento de ténis de mesa é no Porto, há muitos atletas que vão para lá viver, querem fazer do ténis de mesa vida e acabam por entrar na Universidade do Porto”, explica. Assim sendo, tendo a Universidade do Porto ficado na primeira posição quer em equipas masculinas, quer em equipas femininas, a AAUAv conseguiu repetir o feito da época transata e terminar em segundo em ambas as categorias, tal como já tinha acontecido em 2024/2025. Para além deste resultado, também a equipa B masculina esteve perto de chegar ao bronze, o que, nas palavras de Bernardo Azevedo, “teria sido perfeito”, mas acabou por cair diante dos estudantes do Instituto Superior Técnico (IST). Bernardo Azevedo reflete que é difícil fazer previsões a pensar no futuro, uma vez que o ténis de mesa “é uma modalidade que nenhuma universidade trabalha”. Conforme aponta, o rendimento de cada equipa universitária depende da “sorte de ter atletas da região ou que venham estudar” para a instituição e do trabalho feito pelos próprios clubes, que é onde os atletas treinam. A equipa masculina vice-campeã é composta por Daniel Berbigão, André Batel, André Mano e Marco Silva. Inês Aires, Inês Dionísio e Mariana Costa compõem a equipa feminina.

Concerto solidário na UA: Quarteto de Bolso volta a ‘casa’ com ‘hino aveirense’ e outros temas
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Concerto solidário na UA: Quarteto de Bolso volta a ‘casa’ com ‘hino aveirense’ e outros temas

Após cerca de três anos de interregno, o ‘Quarteto de Bolso’ vai regressar aos palcos no próximo dia 12 de dezembro. Ironia do destino ou não- já que todos eles foram estudantes na UA- quis o futuro que esse palco passasse, precisamente, por onde se formaram: na Universidade de Aveiro. O ‘Quarteto de Bolso’ é composto por quatro elementos: Pedro Silva de Engenharia de Materiais, João Tavares de Engenharia Física, Hélder Cabrita de Eletrónica e Comunicações (ET) e Pedro Costa de Música. A cerca de duas semanas para o concerto, em conversa com a Ria, Pedro Costa fala mesmo numa “sensação de aconchego” ao regressar a um local que assegura conhecer “muito bem”. “É literalmente aquele regresso a casa, mas é como se fosse uma casa de um familiar, ao mesmo tempo, um bocadinho mais distante. Porquê? Porque há muito tempo que já não o fazíamos”, partilha. Conta ainda que o último concerto que fizeram decorreu no Luna Bar, na Vagueira. “Se havia um sítio certo para regressar a casa tinha de ser a Universidade de Aveiro”, assegura. O concerto terá ainda uma vertente solidária que reverterá a favor do “Moliceiro Solidário”, um projeto que sai à rua para distribuir comida às pessoas em situação de sem-abrigo em Aveiro, conforme a Ria acompanhou. Sobre esta faceta, Pedro Costa admite até que esta foi o “gatilho” para o grupo dizer “sim” ao desafio da AAAUA. No fundo, foi “uma desculpa para estarmos todos juntos, mas ao mesmo tempo (…) para tentarmos fazer uma boa ação e algo de bom para os que mais precisam”, justifica. No entretanto, e enquanto o grande dia não chega, o “Quarteto de Bolso” já iniciou os ensaios. Sem querer adiantar qual será o repertório final, e questionado pela Ria, Pedro Costa deixou a expectativa de que a música “Quarenta Anos AAUAv- Bem-vindo a Aveiro”- popularmente conhecido pelos estudantes como o ‘hino aveirense’- será uma das escolhidas. “Essa é uma pergunta que por mais que eu queira fazer mistério sobre ela posso responder com uma metáfora: Eu sou de uma terra próxima de Aveiro, Sever do Vouga, e há muitos restaurantes que servem vitela. Nós não vamos a um restaurante de vitela para pedir sushi. Se ‘Quarenta’, neste caso, é uma das músicas mais reconhecidas é provável, não querendo confirmar em absoluto, que nós estejamos a estudar e a adaptar até porque ela foi gravada com a versão alargada do quarteto”, afirma. No seguimento, prometeu ainda que o grupo fará nessa noite a “prova matemática com alta distinção”. “O Quarteto do Bolso não é muito bom a matemática porque nós temos muitas vezes concertos em que temos dois trompetes, guitarras extra e uma série de convidados, mas, desta vez, vamos nós os quatro. Vamos voltar à universidade. Vamos fazer a prova matemática com alta distinção”, admite com uma gargalhada. Sobre a expectativa, Pedro Costa relembra que o grupo sabe a energia que tem e a energia que voltará a sentir ao ligar “os amplificadores, os instrumentos, ao escolher as palhetas e as cordas”. Numa nota de imprensa enviada à Ria, Pedro Oliveira, presidente da AAAUA, considerou estarem “reunidas as condições para uma noite de boa música e muitas recordações dos tempos académicos, aliada a uma ação social, dirigida aos que mais precisam, particularmente neste tempo de Natal”. Em relação à vertente solidária, a nota recorda que, tal como no ano passado, o concerto voltará a incluir uma recolha de bens, especialmente de Natal, a favor da Moliceiro Solidário. “Assim, apela-se à contribuição, que se sugere que seja de bacalhau, bolo-rei, enlatados, produtos de higiene e roupas, nomeadamente calças e meias. A recolha acontecerá no dia do concerto”, explica. O concerto do dia 12 de dezembro, no auditório Renato Araújo, pelas 21h30, terá o custo de 9 euros para sócios com situação regularizada e de 12 euros para o público em geral. Os bilhetes podem ser adquiridos aqui.

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Pedro Frazão congratula-se e escreve que “a A25 está finalmente sem portagens graças ao Chega”
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Pedro Frazão congratula-se e escreve que “a A25 está finalmente sem portagens graças ao Chega”

Nas palavras de Pedro Frazão, o Chega “fez aquilo que os outros prometeram durante décadas e não cumpriram”. Recorde-se que, passados quase 15 anos, foram eliminadas todas as portagens na A25 após aprovação de uma proposta de alteração ao Orçamento de Estado para 2026 submetida ontem, dia 26, pelo Partido Socialista. Segundo o deputado, foi “graças ao Chega” que a proposta foi aprovada e, por isso, “haverá mais liberdade de circulação, mais dignidade e mais respeito por quem sustenta o país real”.

Aveiro: “Litigância judicial” trava obra do ‘Pavilhão Oficina’ e PS defende anulação do concurso
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Aveiro: “Litigância judicial” trava obra do ‘Pavilhão Oficina’ e PS defende anulação do concurso

Depois da empreitada de construção do novo Pavilhão Municipal- Oficina do Desporto ter sido adjudicada, no passado dia 9 de maio, após o terceiro concurso público, num investimento superior a 22 milhões, tal como noticiado pela Ria, o tema voltou à discussão na última reunião pública camarária que decorreu no dia 13 de novembro. No período antes da ordem do dia, Rui Castilho Dias, vereador do PS, alertou Luís Souto de Miranda, presidente da Câmara de Aveiro, de que a obra já deveria ter sido “iniciada em julho” e que, no livro recentemente publicado por José Ribau Esteves, ex-presidente da Câmara de Aveiro, o projeto é referido como estando em “litigância judicial”. “Portanto, o que interessava perceber é que tipo de litigância é esta, se houve impugnação por parte de outro concorrente e se houver condição de o processo ser anulado poderá ser, inevitavelmente, uma oportunidade para revermos e repensarmos o projeto”, expôs. Face a isto, e com base naquela que tem sido a posição contra do PS sobre a empreitada, o vereador da oposição voltou a insistir que o projeto, “neste momento”, não tem a “valência multidisciplinar que deveria ter”. “Concordamos e validamos a ideia de que é necessário criar uma condição para que as entidades desportivas tenham um espaço e um lugar para ter as suas camadas jovens para a prática de desporto. Sabemos que há uma sobrelotação das instalações e sabemos, inclusive, que o Beira-Mar não tem um pavilhão. Estamos cientes disso. O que discordamos é a natureza e a forma como está projetada este pavilhão que não cumpre todas as necessidades”, atentou, dando como exemplo a falta de uma piscina municipal. “Uma piscina, naquela localização, poderia ser bastante útil para as pessoas que vivem nas freguesias de Esgueira, de Azurva e de Cacia, eventualmente, para a prática desportiva”, continuou. No seguimento, disse ainda que as piscinas que existem, atualmente, para a prática desportiva, no concelho, estão inseridas no centro de Aveiro, alertando para “dois grandes problemas”: o “acesso a aulas” e um “movimento pendular desnecessário no final do dia”. Como alternativa ao ‘Pavilhão-Oficina’, Rui Castilho Dias sugeriu a criação de um “centro de congressos e de eventos” que integrasse, entre outros, “concertos e espetáculos”. “Neste momento, não temos”, vincou. “O Centro de Congressos de Aveiro está datado, ultrapassado, mas tecnicamente não acompanha aquilo que são as melhores práticas e as opções em termos de equipamento. Achamos que se eventualmente por razões administrativas o processo tiver de ser anulado gostaríamos de deixar à consideração de repensar aquilo que poderá ser o equipamento multifunções”, notou o vereador da oposição. Em resposta, Luís Souto de Miranda confirmou que a empreitada se encontra parada por motivos de “litigância judicial”. “É verdade que surgiu aqui, chamemos-lhe assim um quiproquó, a nível do concurso, é algo que eu já tinha alertado também em várias instâncias políticas. Nós temos de ter a noção que estamos a viver um tempo em que, além dos prazos normais, (…) a contratação pública tem os seus prazos, (…) acresce que a litigância está a agravar-se. É quase um caso de estudo. Quer avançar, tem as verbas, tem as condições legais, mas lá está mais um concurso em que houve reclamação por isto ou por aquilo”, afirmou. Sobre as críticas da oposição, o presidente da Câmara reforçou que o projeto do ‘Pavilhão-Oficina’ “não nasceu por uma inspiração do anterior presidente da Câmara”. “Foi feito de acordo com o levantamento que a Câmara Municipal (…) fez das necessidades ouvindo os players. É assim que tem de ser feito”, frisou. “Eu não consigo compreender que haja um pavilhão que não tenha resultado de um levantamento de necessidades e nós constatamos (…) porque andamos no terreno a falar com as pessoas e (…) há uma efetiva necessidade de um pavilhão em Aveiro. É realmente uma prioridade à prática de modalidades”, opinou Luís Souto. Numa crítica direta ao PS, questionou ainda os vereadores da oposição se havia uma “vontade de andarmos para a frente ou uma vontade de revermos (…) tudo e pormos os contadores a zero e esperarmos mais dez anos pela solução dos problemas”. Sobre o projeto das piscinas, que foi também adjudicado no passado dia 5 de setembro, segundo informação do Município, o autarca recordou que o mesmo já está “previsto” também junto ao Estádio Municipal de Aveiro / Mário Duarte (EMA). “É lá que a piscina municipal vai ser feita e ficamos a saber, e bem, que temos um vereador que está a 100% a favor dessa solução porque eu também já encontrei quem esteja insatisfeito. (…) Há sempre interesses (…) uns são beneficiados, outros são prejudicados”, comentou. No entanto, Luís Souto de Miranda não deixou de concordar que a cidade precisa de um “espaço para congressos”. “Há uma coisa muito interessante que é o elevadíssimo nível de solicitações de congressos que Aveiro tem mesmo com as limitações que todos concordamos. Era fantástico se o IEFP saísse da antiga Fábrica Campos…Podemo-nos unir todos para isso. Enfim, há guerras que temos de travar todos juntos. Estamos de acordo. É uma necessidade. Há, neste momento, uma procura enorme de congressos e ainda bem porque a nossa cidade é fantástica”, sublinhou. Concluída a reunião de Câmara, após dez dias, era a vez de Alberto Souto de Miranda, cabeça de lista do PS à Câmara de Aveiro nas eleições autárquicas, se exprimir, nas suas redes sociais, quanto ao Pavilhão-Oficina. Tal como Rui Castilho, sugeriu a “imediata” anulação do concurso, “aproveitando o facto de o mesmo ter sido impugnado e a obra não ter começado”. “Esse projetado barraco é um erro estratégico colossal: não tem a polivalência desportiva e para espetáculos/concertos de que Aveiro precisa e está no sítio errado (junto ao Estádio). Precisamos de um Multiusos e no local certo (a “walking distance”). Não, deste barraco de 20 milhões”, escreveu. No seguimento, sugeriu que com o “mesmo esforço financeiro público” a autarquia faça uma “parceria público-privada” e que se construa um “multiusos”. “Emendar a mão só lhe fica bem, até porque a mão míope não foi sua. Mas não queira que a sua seja a mão acéfala que só faz porque já vinha de trás. Vale muito a pena refazer o projeto, redefinir o local e fazer as coisas bem feitas”, insistiu. “Atrasa um ano? Sim, mas é preferível isso, do que atrasar mais vinte, a possibilidade de Aveiro vir a ter um multiusos”, prosseguiu Alberto Souto de Miranda. Na publicação, o socialista sugere ainda que construir um pavilhão municipal não é uma opção de “esquerda ou de direita”. “É uma opção de boa ou má gestão estratégica. É decidir para o curto prazo ou decidir para o futuro. Acredito que esta proposta seria aprovada por unanimidade”, refletiu. Como “segunda sugestão”, Alberto Souto de Miranda apelou a que se confira “polivalência desportiva ao Parque de Feiras”. “Instrua os serviços para abrirem concurso para a construção de balneários, aquisição de pisos, tabelas e bancadas retrácteis. Nuns mesitos e sem grande esforço financeiro, pode aumentar a oferta para a prática de desporto”, afirmou. Tal como no pavilhão municipal voltou a insistir que não se trata de uma opção de “esquerda nem de direita”. “É uma solução de curto prazo que fica para o futuro. Acredito que esta proposta também seria aprovada por unanimidade”, insistiu. “Com a primeira sugestão não hipoteca o futuro. Com a segunda dá resposta imediata às premências do presente. A campanha eleitoral já lá vai. Deixe cair os disparates que vêm de trás e aproveite as propostas que o presente e o futuro lhe demandam. As pessoas esperam de si que faça diferente e que faça melhor”, rematou na nota. Esta quinta-feira, 27 de novembro, contactado pela Ria, José Ribau Esteves confirmou a “litigância judicial” no projeto do pavilhão municipal. Quando questionado pelos motivos e qual o estado, o ex-presidente remeteu a resposta para o atual autarca. Contactado também pela Ria, ao longo da última semana, Luís Souto de Miranda não quis prestar qualquer declaração sobre o assunto.

IL volta atrás e também vota favoravelmente eliminação das portagens da A25
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IL volta atrás e também vota favoravelmente eliminação das portagens da A25

A Iniciativa Liberal não defende a isenção das portagens por ser adepta do “princípio utilizador-pagador”, explica Mário Amorim Lopes à Ria, uma vez que é “contra a ideia de ter pessoas que não usam as portagens […] a estar a subsidiar o uso de portagens por pessoas que podem ser bastante mais ricas”. Foi esta a razão que levou o partido a abster-se, em julho de 2024, na votação da proposta socialista que determinava o fim do pagamento de portagens nas ex-SCUT. No entanto, os liberais acreditam que o caso das portagens da A25 é “um caso muito particular”. Depois de serem eliminadas todas as ex-SCUT, Mário Amorim Lopes aponta que, no ano passado, a proposta “ficou mal feita” e afirma que “não fazia sentido que aquelas populações ficassem prejudicadas quando houve uma decisão política de isentar as portagens”. Na ótica do deputado, que é hoje também líder do grupo parlamentar da IL, manter as portagens apenas numa parte da autoestrada significaria ter “portugueses de primeira e de segunda”. Recorde-se que, das duas concessões existentes na A25, a Concessão “Costa de Prata” [que liga a zona das praias a Albergaria-a-Velha] e a Concessão “Beiras Litoral e Alta” [que liga Albergaria-a-Velha a Vilar de Formoso], apenas esta última foi contemplada na proposta apresentada pelo PS em 2024. Já no passado mês de maio, no debate organizado pela Ria no âmbito das eleições legislativas, Mário Amorim Lopes, na altura cabeça-de-lista pela IL no círculo eleitoral de Aveiro, tinha afirmado que o partido votaria favoravelmente a eliminação das portagens na A25, apesar de se manter defensor do “princípio utilizador-pagador”.

Ribau Esteves saúda isenção total na A25: “Uma vitória para Aveiro infelizmente muito demorada”
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Ribau Esteves saúda isenção total na A25: “Uma vitória para Aveiro infelizmente muito demorada”

“Uma palavra de satisfação e de congratulação. Lutámos por isto durante mais de 20 anos”, afirmou à Ria - Rádio Universitária de Aveiro o ex-presidente da Câmara Municipal de Aveiro. O ex-autarca espera agora que os procedimentos formais que ainda faltam sejam concluídos rapidamente: “Esperemos agora que o que falta fazer em termos formais seja feito para que no início do ano novo sejam feitas também as operações a cumprir essa decisão.” Ribau Esteves lembrou que esta reivindicação não foi apenas sua, mas resultado de um processo longo que envolveu vários executivos autárquicos ao longo das últimas duas décadas. “Da minha parte e seguramente da parte de tantos autarcas que deixaram o exercício de funções e que comigo lutaram por essa condição (...) só podemos estar satisfeitos com esta decisão”, sublinhou, destacando a relevância estratégica da A25 “para a região centro do país e para o país”, bem como o impacto urbano do itinerário na zona de Aveiro. “Portanto, congratulo-me", reafirmou. Questionado pela Ria sobre o voto contra do PSD e do CDS no Parlamento, Ribau Esteves diz que a posição não é inesperada. “Não [surpreende]. É uma questão de princípio”, afirmou. Recordou que, quando foi tomada a decisão que deixou apenas três pórticos a cobrar, “o Governo e os partidos que o suportam foram contra por questões de princípio e porque queriam uma solução global para o país, com uma estratégia de redução gradual das portagens”. Ribau Esteves considera que a votação desta semana repete o mesmo padrão político: “A decisão já foi tomada na altura, devidamente explicada, e agora foi repetida num quadro parlamentar basicamente igual. E o Governo e os partidos que o suportam mantiveram também a sua posição de princípio”, assinalou. Ainda assim, sublinha que o resultado final merece ser celebrado: "A decisão tem da minha parte satisfação e congratulação”. No balanço final, o autarca diz que este é um desfecho importante, mas demasiado lento. “É uma vitória para Aveiro infelizmente muito demorada. Foram cerca de 20 anos, arredondando a conta. É uma luta longa demais. Antes agora do que nunca, como nos ensinaram os anciãos.” A Ria tentou também entrar em contacto com Luís Souto, atual presidente da Câmara Municipal de Aveiro, que até ao momento ainda não prestou qualquer declaração pública sobre a aprovação da proposta que torna gratuita toda a A25.