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Câmara de Aveiro adjudica construção de pavilhão municipal por 22 milhões de euros

A Câmara de Aveiro adjudicou esta quinta-feira, após o terceiro concurso público, a empreitada de construção do novo Pavilhão Municipal - Oficina do Desporto, num investimento de mais de 22 milhões de euros.

Câmara de Aveiro adjudica construção de pavilhão municipal por 22 milhões de euros
Redação

Redação

09 mai 2025, 08:32

A empreitada foi adjudicada durante a reunião do executivo municipal por 22.103.700,20 euros, abaixo do preço base do concurso que tinha sido fixado em preço base de 22.790.000 euros, e com um prazo de execução de 540 dias.

A proposta de adjudicação foi aprovada com os votos da maioria PSD/CDS-PP e os votos contra dos três vereadores do PS, que também já tinham votado contra a abertura do concurso. Esta foi a terceira tentativa da autarquia para adjudicar a obra, depois de nos dois procedimentos anteriores, as empresas interessadas não terem cumprido os critérios para adjudicação dos respetivos concursos.

O novo pavilhão a construir junto ao Estádio Municipal de Aveiro tem sido alvo de contestação por parte do candidato do PS à Câmara de Aveiro, Alberto Souto de Miranda, que fala num "erro estratégico colossal" do atual executivo , por entender que esta infraestrutura "não serve os interesses de Aveiro".

Segundo a autarquia, o novo pavilhão desportivo "pretende dar resposta às necessidades da comunidade aveirense", com especial destaque para os programas de "Desporto para os Cidadãos" que a câmara quer desenvolver, e para as associações desportivas com modalidades de pavilhão.

O novo pavilhão, que ficará situado junto ao Estádio Municipal de Aveiro/Mário Duarte, será dotado de quatro campos polidesportivos (para a prática de diversos desportos coletivos), sendo um desses campos envolvido por bancadas, com uma capacidade para receber público num total de 2.500 pessoas.

Para além dos campos com as respetivas medidas oficiais de cada modalidade, o pavilhão terá um ginásio polivalente (para modalidades individuais), instalações adequadas para os técnicos/treinadores, instalações para uso dos clubes/associações, zonas diversas de apoio, salas para reabilitação de atletas, salas de formação, auditório e sala de estudo.

De igual modo, existirá uma área afeta para a equipa da câmara que fará a gestão do equipamento e gestão desportiva municipal, bem como áreas que poderão ser concessionadas, nomeadamente bares de apoio, ginásio e clínica de fisioterapia.

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Tal como noticiado pela Ria, Catarina Barreto convocou para esta quarta-feira, dia 12, a terceira sessão de instalação dos novos órgãos autárquicos da freguesia. Recorde-se que as duas propostas anteriores de executivo apresentadas pela presidente da Junta foram chumbadas, após os representantes das três forças políticas da oposição na Assembleia de Freguesia - 'Sentir Aradas', Partido Socialista e Chega - terem exigido, em conjunto, a realização de uma auditoria, a entrega de documentos determinados por sentença do Tribunal Administrativo e Fiscal de Aveiro e a reintegração de duas funcionárias que alegam ter sido alvo de assédio laboral nas suas anteriores funções. Segundo informações recolhidas pela Ria e confirmadas por várias fontes próximas dos partidos locais, é já dado como certo que a coligação ‘Aliança com Aveiro’ e o Chega chegaram a um acordo político que deverá viabilizar o executivo liderado por Catarina Barreto, prevendo-se a integração de um elemento do Chega na Junta de Freguesia. Paralelamente, as mesmas fontes asseguram que o entendimento será mais abrangente, envolvendo também a governação da Câmara Municipal de Aveiro, com a atribuição de pelouros ao atual vereador da oposição, Diogo Soares Machado. Contactado pela Ria, o vereador do Chega preferiu não esclarecer sobre esta possibilidade, limitando-se a afirmar: “não confirmo nem desminto.” Ao longo do dia, a Ria tentou ainda obter reação do presidente da Câmara Municipal de Aveiro, do presidente do PSD-Aveiro, Firmino Ferreira, e da presidente do CDS-Aveiro, Ana Cláudia Oliveira, sem que tenha sido possível recolher qualquer declaração até ao momento.

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O presidente da CMA aproveitou a oportunidade para, de acordo com a autarquia, reafirmar o compromisso com o associativismo cultural, sublinhando o reforço do Programa Municipal de Apoio às Associações, o aumento do apoio logístico, a disponibilização de microapoios ao longo do ano e a criação de um Serviço de Apoio ao Associativismo e de Valorização do Dirigente Associativo. De acordo com Luís Souto, a instituição, que está a menos de dez anos de comemorar o seu bicentenário, é “um símbolo maior do associativismo aveirense e da identidade cultural do concelho, pela sua capacidade única de manter atividade ininterrupta durante quase dois séculos”.

Vereador do Chega acusa Ribau Esteves de esconder pedido de informações do MP até às autárquicas
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Os esclarecimentos do ex-presidente da CMA sobre o pedido de informação sobre o Plano de Pormenor do Cais do Paraíso, ontem confirmado por fonte da Procuradoria-Geral da República – depois de o assunto já ter sido discutido na última reunião de executivo municipal, que decorrer na passada quinta-feira -, motivaram críticas por parte de Diogo Soares Machado. Se o antigo autarca revelou que foram solicitados a 25 de setembro e enviados a 27 de outubro, o vereador do Chega acusa-o de “«enfiar» [o pedido de informações na gaveta até 11 de outubro, data em que a despachou para que os Serviços pudessem preparar as informações que o MP exigia”. “Desta forma manhosa e habilidosa, conseguiu manter fora da campanha eleitoral autárquica (que terminou a 10 de outubro...) um assunto polémico e que levanta sérias e fundadas dúvidas acerca da lisura de processos, honestidade, transparência, ética e carácter deste personagem”, aponta. O facto de Ribau Esteves descrever a documentação pedida como uma “carrada de informação” também preocupa o vereador, que questiona: “Se o MP Público pediu assim tanta informação quanta a que o Sr. Ribau descreve à Ria - Rádio Universitária de Aveiro , não acham que o fumo aponta para que haja fogo e do grande?...”. O vereador eleito pelo Chega ainda “registou com agrado” que já recebeu a informação solicitada à Câmara sobre o livro “Aveiro. Coragem de mudar, com Ribau Esteves”. Com base naquilo a que agora tem acesso diz-se “profundamente convicto de que a Câmara tem todas as bases jurídicas e outras para obrigar o autor Ribau a devolver os mais de 13.000€ que todos fomos forçados a pagar”, adiantando que o vai propor na próxima reunião de Câmara.

Ribau Esteves quebra silêncio para esclarecer resposta da Câmara ao Ministério Público
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“O Ministério Público solicitou informação à Câmara Municipal de Aveiro sobre o Plano de Pormenor do Cais do Paraíso via e-mail dirigido ao presidente da Câmara no dia 25 de setembro de 2025 e eu respondi pela mesma via - e após a devida recolha de todos os elementos solicitados junto dos serviços - no dia 27 de outubro”, afirmou Ribau Esteves, em declarações à Ria. O ex-presidente acrescentou que a resposta da Câmara foi volumosa: “A Câmara respondeu no prazo que o Ministério Público pediu com uma ‘carrada’ de informação. Tivemos até que fazer um link porque os anexos eram imensos e pesados”. Ribau Esteves garante que apenas pretende esclarecer a cronologia do processo para evitar “dúvidas” quanto à atuação do executivo: “A única coisa que eu quero esclarecer é que o Ministério Público pediu no dia 25 de setembro de 2025 e o presidente da Câmara respondeu no dia 27 de outubro de 2025, para não ficar no ar aquela dúvida de que a Câmara não respondeu”. O ex-autarca sublinhou que o pedido foi dirigido “ao presidente da Câmara” e que respondeu nessa qualidade. “Foi um assunto tratado por mim. O Ministério Público pediu informação a mim - obviamente que não é a mim José Ribau Esteves, é a mim presidente da Câmara - e o presidente da Câmara respondeu”, esclareceu. Sobre o conteúdo da investigação, Ribau Esteves recusou-se a comentar. “O Ministério Público está a fazer o seu trabalho, a analisar. E nesta fase devemos estar todos calados.” O ex-presidente adiantou ainda que desconhece a origem do pedido: “Eu não sei mais nada. Qual foi a origem, se foi a queixa do A ou do B, se foi uma iniciativa própria do Ministério Público, eu não sei, nem tenho que saber nada”. Ainda assim, fez questão de reforçar que “a informação que o Ministério Público solicitou foi toda enviada”. Ribau Esteves justificou a sua tomada de posição pública com o que considerou ser uma leitura incompleta da notícia da Agência Lusa, posteriormente replicada por vários órgãos de comunicação social locais. “As notícias saíram no dia 18 [de novembro], eu saí no dia 31 [de outubro] - até parece que estiveram à espera de que eu saísse [para se responder], ou que eu não respondi. Não, ficam aqui as datas, para não ficarem dúvidas de que fui eu, presidente da Câmara, que respondi”. O ex-presidente afirmou que pretende, no atual contexto, “falar o mínimo possível sobre a Câmara”, salientando que apenas interveio “porque as notícias deixavam a dúvida se a Câmara respondeu ou não respondeu”. Já sobre o seu futuro político, Ribau Esteves disse que o tema “ainda está em aberto”, mas que espera definir a sua posição até ao final do ano. “Ainda continua em aberto, sim. Não está nada definido. Está todo o trabalho de conversa com quem de direito, em desenvolvimento e com toda a abertura e proximidade, mas não há decisões", esclareceu. O ex-autarca acrescentou que comunicará publicamente quando houver uma decisão tomada: “Cumprirei aquilo que eu disse: quando houver decisões, eu vou dizer ‘já está decidido’. Quando for o tempo de comunicar, poderá haver o tempo em que eu vou informar ‘já está decidido, mas ainda não posso indicar’, e haverá o tempo em que comunicarei com todo o gosto e abertura”, apontou, deixando a nota que “a minha perspetiva é que até ao final do ano essa definição do meu futuro esteja decidida e possa ser comunicada”.