RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Incêndios: Fogo em Castelo de Paiva com várias frentes ativas

O incêndio que lavra em Castelo de Paiva, no distrito de Aveiro, tem várias frentes ativas, disse hoje o presidente da autarquia, adiantando que o combate às chamas está a ser dificultado pelas condições do terreno e pelo vento.

Incêndios: Fogo em Castelo de Paiva com várias frentes ativas
Redação

Redação

29 jul 2025, 13:25

“Temos bastantes frentes. Neste momento, o incêndio está a percorrer as freguesias de Fornos, Bairros, Real e São Pedro do Paraíso”, disse à Lusa, pelas 12:30, o presidente da Câmara de Castelo de Paiva, José Rocha.

O autarca referiu que a prioridade, neste momento, é a proteção de pessoas e bens, nomeadamente as casas, adiantando que o combate às chamas está a ter maior incidência nos lugares de Salgueiral, Vilar de Eirigo, Gilde e Gildinho.

José Rocha afirmou ainda que o fogo, que teve origem no incêndio de Arouca, está a lavrar numa área muito grande, o que está a dificultar o trabalho dos bombeiros, que já começam a evidenciar sinais de exaustão. “São muitas horas de combate ao incêndio com bastantes dificuldades, pelo terreno acentuado e pelas condições climatéricas, porque o vento não tem dado descanso”, referiu.

José Rocha admitiu que algumas casas estiveram em risco, mas não houve nenhuma que fosse danificada pelo fogo, acrescentando que os únicos danos materiais, até ao momento, são um armazém de uma fábrica de móveis que ardeu parcialmente.

O autarca contou ainda que o lugar do Seixo continua isolado pelas chamas, mas referiu que têm tido contactos telefónicos com as pessoas que não abandonaram as suas casas. “Não conseguimos aceder ao local, porque o fogo não permite o acesso, porque arde em ambos os lados da estrada, mas as informações que temos é que [as pessoas] têm mantido contacto telefónico e para já não há motivo para alarme”, adiantou.

Os concelhos de Castelo de Paiva e de Arouca, no distrito de Aveiro, ativaram hoje de madrugada os Planos Municipais de Emergência e Proteção Civil.

Pelas 12:45, a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil na Internet indicava que o incêndio que de Canelas/Espiunca, em Arouca, mobilizava 601 operacionais, 195 viaturas e seis meios aéreos.

Recomendações

Incêndios: Aldeia de Gavião em Albergaria com plano de emergência para os fogos
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Incêndios: Aldeia de Gavião em Albergaria com plano de emergência para os fogos

O programa “Aldeia Segura, Pessoas Seguras” visa proteger aglomerados populacionais e a floresta de incêndios rurais, criando e gerindo zonas de proteção e locais de refúgio, e já abrangeu outras quatro aldeias deste concelho do distrito de Aveiro. O plano de emergência da aldeia do Gavião inclui a identificação de caminhos de fuga, pontos de água para os bombeiros e locais de abrigo coletivo e de refúgio, como a capela da aldeia. Para a sua elaboração, “a Proteção Civil Municipal, em colaboração com o Radar Social, realizou um levantamento demográfico para identificar os habitantes com limitações físicas e recolheu dados importantes, como contactos de emergência e medicação”, explica uma nota municipal. De acordo com a Câmara de Albergaria-a-Velha, também foram mapeadas as estruturas locais, como habitações, armazéns e pontos de água. No âmbito do programa “Aldeia Segura, Pessoas Seguras”, no dia 13, o município de Albergaria-a-Velha, em parceria com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, a Junta de Freguesia, os Bombeiros Voluntários e a GNR, vai realizar um conjunto de ações de sensibilização dirigidas à população da aldeia do Gavião. As atividades incluem uma exposição de meios dos bombeiros às 10:00 e, às 11:00, uma sessão pública sobre queimas e queimadas, e a apresentação do programa "Aldeia Segura, Pessoas Seguras" na capela.  À tarde, pelas 14:30, será realizado um exercício de incêndio rural e evacuação da aldeia. Gavião é a quinta aldeia do concelho a aderir ao programa, juntando-se a Carvalhal, Vila Nova de Fusos, Vilarinho de São Roque e Fontão.

Ílhavo organiza sessões públicas sobre gestão de vegetação no interior de áreas edificadas
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Ílhavo organiza sessões públicas sobre gestão de vegetação no interior de áreas edificadas

Este regulamento, aprovado pela Assembleia Municipal de Ílhavo na Sessão Ordinária de junho na reunião de 4 de julho, segundo uma nota de imprensa enviada às redações, “define regras e normas técnicas para a gestão da vegetação dentro das áreas edificadas do concelho, tendo como objetivo reforçar a segurança, reduzir o risco de incêndio e proteger pessoas, bens e animais”. A primeira sessão decorreu ontem na Junta de Freguesia de São Salvador; segue-se outra esta quarta-feira, 3 de setembro, na Junta da Gafanha da Nazaré; na quinta-feira na Junta da Encarnação e na sexta-feira na Junta da Gafanha do Carmo. Todas as sessões têm início às 18h30.

Delegação francesa em Águeda para conhecer indústria portuguesa das duas rodas
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Delegação francesa em Águeda para conhecer indústria portuguesa das duas rodas

O secretário-geral da ABIMOTA, Gil Nadais, destaca que a missão é “um passo decisivo para reforçar a visibilidade internacional da indústria portuguesa do setor das duas rodas”.  Segundo Gil Nadais, a iniciativa “pretende criar novas parcerias estratégicas e gerar relações comerciais de longo prazo”. “É uma oportunidade única para mostrar a capacidade tecnológica, a inovação e a competitividade das empresas portuguesas”, considera o secretário-geral da ABIMOTA.  Durante três dias, cinco clusters franceses ligados à mobilidade sustentável e ao setor das bicicletas vão conhecer de perto “o ecossistema industrial português”. “O principal objetivo é incentivar a criação de sinergias e potenciar parcerias de cooperação tecnológica e industrial”, esclarece Gil Nadais. A missão francesa é constituída por representantes do CARA, Cygo, NextMove, ID4Mobility e Vélo Vallée, estando previstas visitas a empresas associadas da ABIMOTA, como a Triangle’s, Ciclofapril, Incycles, Unibike e Bikap, assim como a visita ao Bike Value Innovation Centre (BIKINNOV). A missão enquadra-se na estratégia da ABIMOTA de afirmar Portugal como um polo europeu de referência no setor das duas rodas e a iniciativa visa promover não só a exportação, mas também o desenvolvimento de soluções conjuntas.

Autárquicas: Vereador Ricardo Silva é o candidato do CDS-PP à Câmara de Sever do Vouga
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Autárquicas: Vereador Ricardo Silva é o candidato do CDS-PP à Câmara de Sever do Vouga

Ricardo Manuel Tavares da Silva, empresário, integrou a atual maioria PSD/CDS na Câmara, mas viu ser-lhe retirada a confiança política e os pelouros em final de mandato. Ao repetir a candidatura à Câmara de Sever do Vouga aponta como prioridades a saúde, a cultura e o desporto, mas também a expansão das zonas industriais, para “atrair mais pessoas” para o concelho. Em declarações à comunicação social, Ricardo Silva garantiu que vai ter “a mesma dedicação a todas as áreas” e que “as promessas são para cumprir, caso venha a ser eleito, procurando “ouvir e servir” os munícipes. Em relação à “rutura” com o PSD local, após ter integrado a equipa camarária na sequência de um acordo pós-eleitoral, o candidato do CDS esclarece que “nunca esteve em cima da mesa qualquer compromisso para novo mandato”. Ricardo Silva afirma que, enquanto durou, assumiu o acordo “com sentido de responsabilidade” e devolve críticas ao atual presidente da Câmara, Pedro Lobo: “Foi o PSD que escolheu o caminho do oportunismo e do afastamento”. Além de Ricardo Silva, pelo CDS-PP, concorrem à Câmara Municipal de Sever do Vouga, no distrito de Aveiro, o atual presidente, Pedro Lobo, pelo PSD, Sérgio Soares, pelo movimento Sever Mais Forte, Luís Martins, pelo PS, Raul Tavares Rodrigues, pela CDU, e Sandra Bento, pelo Chega. Nas eleições autárquicas de 2021, o partido mais votado em Sever do Vouga foi o PSD, com 43,51% dos votos e três mandatos, seguido do PS, com 28,85% dos votos e dois mandatos, enquanto o CDS foi a terceira força política mais votada, com 22,41% dos votos e dois mandatos. As eleições autárquicas estão agendadas para dia 12 de outubro.

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Descongelamento das propinas de mestrado: Reitor diz-se “cauteloso”, AAUAv mostra-se “preocupada”
Universidade

Descongelamento das propinas de mestrado: Reitor diz-se “cauteloso”, AAUAv mostra-se “preocupada”

No entendimento da presidente da direção da AAUAv, os candidatos à reitoria da UA nas eleições do próximo ano vão ter de pesar se pretendem a elitização da instituição ou se, por outro lado, preferem manter uma UA “aberta” e sem distinção de classes sociais. A dirigente associativa lembra que os objetivos de permanência na Universidade para o 2º ciclo de estudos já estão “longe do ideal” e considera que um possível aumento das propinas pode vir a diminuir ainda mais o interesse dos estudantes. A estudante não vê a medida com bons olhos por partir do pressuposto que cada instituição pode definir o valor de propina que entender de acordo com as suas necessidades. Nas palavras de Joana Regadas, “nunca deverá ser o próprio estudante a financiar a sua instituição” e é “um bocadinho triste chegarmos a este ponto”. A presidente acrescenta ainda que não pode acontecer que, se a Universidade decidir subir o valor das propinas, um estudante tenha de considerar no próximo ano se continua a ter condições de prosseguir estudos no mestrado. Como a questão só se colocará em 2026/2027, o reitor afirma que ainda existe tempo para “estudar que alterações se poderiam ou deveriam introduzir e discuti-las de forma alargada”. Paulo Jorge Ferreira sublinha mesmo que, ainda sem o contexto global daquilo que foi anunciado por Fernando Alexandre, ministro da Educação, é ainda “prematuro” avaliar o impacto global das medidas. No entanto, considera que mexer nas propinas numa direção que tendencialmente permita uma subida acaba por ter um efeito negativo sobre a procura do Ensino Superior e na formação dos jovens. No mesmo sentido, Paulo Jorge Ferreira aponta que, a não ser que haja “provas concretas” de que as mexidas na ação social compensam os efeitos do aumento das propinas, seria “muito cauteloso” nas medidas tomadas. “Não sou em nada favorável a aumentos nas propinas, de uma forma desregulada e de uma forma não acompanhada de estudos sobre a ação social”, remata o reitor. O dirigente da UA não deixa de notar que Fernando Alexandre anunciou também um reforço de cerca de 43% do investimento em ação social no Orçamento do Estado, que passa dos 70 milhões de euros para os 100 milhões. Embora não seja certo que o aumento se vá traduzir num reforço de bolsas para os estudantes - a verba que acresce deve vir substituir um financiamento proveniente de fundos europeus - o reitor enaltece algumas recomendações deixadas pelo estudo para a ação social apresentado pelo ministro. Para Paulo Jorge Ferreira, seria importante automatizar as bolsas, conforme é sugerido. O processo, explica, faria com que estudantes beneficiários de bolsas no ensino secundário tivessem a garantia de que, à chegada ao Ensino Superior, mantêm o apoio. Apesar da ideia ser positiva e introduzir um “fundo de previsibilidade”, o reitor não deixa de notar que não é certo que o governo siga as recomendações do estudo. Por seu lado, Joana Regadas acredita que o aumento do investimento na ação social é benéfica e denota preocupação do Governo em conseguir financiar o setor sem depender dos fundos europeus. À presidente da AAUAv “agrada que [o governo] não esteja preso a fundos europeus porque podem ser voláteis e nenhuma estratégia para o país pode ser pensada a curto prazo”. Já a subida do valor das propinas dos cursos de 1º ciclo de estudos é sinal de “retrocesso” para Joana Regadas. A subida, que deve ser feita de acordo com a taxa de inflação em 2025 – de acordo com as projeções, prevê-se que a propina anual aumente 13 euros, de 697 para 710 -, não foi uma surpresa para a dirigente, que já antevia o anúncio. Não obstante, considera ser um passo no sentido errado que se afasta do objetivo da redução do valor atual da propina. O facto de não se falar já de um descongelamento, que significaria um atualizar automático da propina de acordo com a inflação, é sinal de “cautela” do governo, no entendimento da presidente. No entanto, o aumento do valor da taxa deixa os estudantes com receio de que o próximo passo seja avançar para o descongelamento. O reitor acredita que o aumento de 13 euros é um ajuste “mínimo” que não deve perturbar demasiado o sistema e que não é “incomportável”, mas deixa uma ressalva: “Todos concordamos que o nosso sistema é sensível a perturbações, quer sejam na disciplina de acesso, quer sejam na estrutura da ação social, quer sejam nos valores do alojamento ou das propinas. Pequenas variações das variáveis podem determinar fatores de procura muito diferentes”. Quanto ao anúncio feito pelo ministro de que os recém-diplomados apenas vão poder beneficiar da devolução das propinas ou do IRS Jovem – que até agora eram cumulativos -, Paulo Jorge Ferreira não se mostra preocupado. Embora sejam duas medidas que considera positivas por procurarem manter os jovens a trabalhar em Portugal, o reitor considera que a obrigação de escolher é o “embaraço da fartura”: “[O estudante] tem dois mecanismos por que pode optar. Não me parece que seja mau necessariamente. Mau seria não ter nenhum”. Joana Regadas assinala que o ministro falou também de estratégias de fixação de estudantes em Portugal e, por isso, acredita que é preciso perceber quais são as medidas complementares que vão ser implementadas. A dirigente não deixa de referir que a maioria dos estudantes ainda considera emigrar e, por isso, espera que o ministro tenha refletido antes de tomar a decisão. Recorde-se que, tal como noticiado pela Ria, já no início do ano, Fernando Alexandre tinha admitido a possibilidade de descongelar o valor das propinas no Ensino Superior a partir do próximo ano letivo.

Câmara de Aveiro aprova PP do Parque Desportivo com críticas à habitação e à participação pública
Cidade

Câmara de Aveiro aprova PP do Parque Desportivo com críticas à habitação e à participação pública

No período antes da ordem do dia, José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro, começou por dar nota do crescimento do Festival Dunas de São Jacinto que decorreu de 22 a 24 de agosto em São Jacinto. Segundo o autarca, “desde 2017” o evento tem registado uma evolução positiva, quer na qualidade, quer na adesão do público. Ribau Esteves aproveitou ainda para responder a Alberto Souto de Miranda, candidato do PS à Câmara de Aveiro, que no dia 24 de agosto escreveu nas suas redes sociais que a primeira edição do festival foi da sua responsabilidade. “Tenho muito orgulho em o ter criado e até batizado”, afirmou o candidato socialista. Na sequência disse ainda que o festival “evoluiu bem” e é um “sucesso”, embora realce que os transportes têm de ser ajustados, nomeadamente, o ferry. “Não se entende que não haja horários adequados à excepcionalidade do evento, nem que a lancha de passageiros esteja parada, quando tão necessária seria”, frisou. Em resposta, Ribau Esteves afirmou que o festival “foi inventado por nós” e rejeitou qualquer continuidade com iniciativas anteriores. “Nós não copiamos este festival de ninguém, nem demos seguimento a coisa nenhuma”, assegurou, considerando a declaração do socialista “mais uma nota da falta de seriedade da pessoa em causa” e “mais um exemplo da mentira em que vive o PS e o Dr. Alberto Souto”. Na mesma reunião, o vereador socialista Fernando Nogueira apelou à moderação, reconhecendo que, apesar de não existir uma “marca” consolidada, houve no passado um festival. “Pode é dizer que não tinha continuidade e que não era um evento ainda regular da Câmara, mas daí até chegar ao ponto de dizer que não foi inventado e que é uma coisa completamente nova. (...) Um meio termo aí se calhar também nos faz aí alguma falta”, observou. Já no período da ordem do dia, a proposta de PP do Parque Desportivo de Aveiro, em discussão pública e objeto de declaração de não caducidade, foi um dos pontos que mais tempo consumiu na reunião. O presidente da Câmara explicou que o plano, aprovado na reunião camarária de 24 de junho, recebeu parecer desfavorável de três entidades, sobretudo devido à “existência de um gasoduto de alta pressão que não foi considerado e sobre o qual estavam mesmo previstas construções”. O autarca admitiu a falha: “Houve um erro (…) nosso e da CCDR [Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional], provocado (…) [pelo facto] de não termos consultado a entidade gestora do gasoduto e dessa condicionante”. Entretanto, foi elaborada uma nova versão do plano e, segundo o presidente, na passada quinta-feira realizou-se a segunda reunião da comissão de acompanhamento. “[Dessa reunião] saímos com um parecer favorável, condicionado ainda a alguns ajustamentos, nomeadamente, na componente legal”, apontou. Segue-se agora a fase de audição pública, com “carácter de urgência”, à semelhança do processo aplicado ao Plano de Pormenor do Cais do Paraíso. De acordo com o autarca, o procedimento inclui um pré-aviso de cinco dias, 20 dias de consulta pública e, após o tratamento das participações, o documento será submetido à Assembleia Municipal. Relativamente à proposta de não caducidade, Ribau Esteves referiu que a mesma só “termina no próximo dia 6 de setembro”. Do lado da oposição, o vereador socialista Fernando Nogueira manifestou preocupação com a resposta habitacional prevista no plano. A proposta camarária contempla a construção de “169 fogos” a custos controlados, número que o socialista considera “insuficiente”. Fernando Nogueira acrescentou ainda que o PS não se sente confortável com a forma como a proposta foi aferida, nem com a participação pública prevista. “Temos razões para achar que a participação pública não é de grande esclarecimento. Temos tido bons exemplos de como ela é tratada e essa é também uma razão para não darmos sustentação à ideia de que o plano está pronto para discussão pública”, afirmou. Recorde-se que, no passado dia 27 de agosto, o Executivo Municipal aprovou o Plano de Pormenor do Cais do Paraíso, alvo de críticas de todos os quadrantes políticos e da sociedade civil. Em resposta, o presidente da Câmara acusou o PS de adotar uma postura “muito demagógica”. “Eu percebo a dialética, mas nós preferimos fazer. 169 fogos de habitação a custos controlados é pouco? Era melhor 500 ou 600? Claro que sim, mas obviamente também crescia o irrealismo”, afirmou, sublinhando que o Município tem atualmente quatro operações de habitação a custos controlados em desenvolvimento, embora nenhuma esteja ainda concluída. O autarca destacou que este é o “primeiro plano de pormenor” do Município em que parte da edificabilidade prevista será destinada a habitação acessível. “Nunca aconteceu”, frisou. Deixou ainda a garantia de que se a próxima maioria entender pode fazer mais habitação a custos controlados. “O plano não o proíbe”, esclareceu. No seguimento, Ribau Esteves aproveitou ainda para deixar uma crítica ao PS: “O Partido Socialista hoje tem como ferramenta política principal a retro escavadora. É um partido que anda sempre de retro: anda para trás e a partir com tudo”. A proposta acabou aprovada por maioria, com a abstenção do vereador independente Rui Carneiro e o voto contra do PS. Segundo uma nota de imprensa enviada à Ria pela autarquia, o PP do Parque Desportivo de Aveiro constitui uma “intervenção de grande dimensão e impacto regional, que prevê a introdução de novas zonas habitacionais, áreas comerciais, serviços, equipamentos e espaços empresariais, articulando-os com a malha urbana existente e promovendo a requalificação dos terrenos adjacentes aos atuais equipamentos desportivos”. O projeto pretende ainda “reforçar a competitividade de Aveiro nos planos turístico, social, cultural e económico, com especial foco na promoção da prática desportiva de base e de alto rendimento, assegurando uma estratégia de crescimento sustentável e coeso para o território”. Outro dos temas que gerou também discussão ao longo da ordem de trabalhos prendeu-se com a abertura do procedimento de classificação do edifício da antiga Biblioteca Municipal, como Monumento de Interesse Municipal. Recorde-se que conforme aprovado em reunião camarária no dia 6 de março, o antigo edifício da Biblioteca Municipal será transformado no Museu de Arte Cerâmica Contemporânea. O vereador socialista Fernando Nogueira saudou a iniciativa de classificação, mas lamentou que não tenha havido “o mesmo cuidado com outros imóveis, não apenas pela via patrimonial, mas também pelos lugares com memória coletiva, como a própria proposta refere”. Relativamente ao edifício em causa, deixou clara a discordância: “Nunca chegaremos a estar de acordo com isto. (…) A nossa posição é que a construção do Museu da Bienal perturba a memória do lugar que se diz querer preservar (…) pela sua volumetria e que nos atira para uma argumentação muito parecida com aquela que foi usada pelos políticos locais em 87”. Fernando Nogueira recordou ainda que o Município chegou a ter “uma carta de património municipal aprovada em conjunto com o Plano Diretor Municipal de 1995”, que acabou por cair no esquecimento, questionando o destino dado a outros edifícios com relevância histórica que, no seu entender, “também poderiam e deveriam ter sido classificados pela Câmara”. Também o vereador independente Rui Carneiro votou favoravelmente, mas deixou uma dúvida quanto à articulação entre a futura classificação e o projeto já aprovado para o Largo Jaime Magalhães Lima. Perante as intervenções, Ribau Esteves mostrou-se surpreendido com as posições dos vereadores. “Se vocês são contra este projeto sejam contra esta proposta. (…) Esta proposta só vem aqui porque nós temos um projeto (…) aprovado e vamos adjudicar”, insistiu. O autarca recordou que, após um segundo concurso, a obra foi adjudicada, tendo seguido a revisão orçamental para a Assembleia Municipal desta terça-feira, 2 de setembro, num novo valor base de 4.8 milhões de euros. O presidente da Câmara sublinhou ainda que a proposta de classificação decorre diretamente do projeto e tem também uma função instrumental: garantir a elegibilidade do edifício para fundos comunitários, nomeadamente, do programa regional Centro 2030. A proposta acabou por ser aprovada por unanimidade.

Aveiro recebe a partir de hoje os Summer Games 2025 do Special Olympics
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Aveiro recebe a partir de hoje os Summer Games 2025 do Special Olympics

A tocha olímpica chega hoje a Aveiro de comboio e vai percorrer “pontos emblemáticos” da cidade. A viagem até ao Rossio, onde será acesa a pira olímpica, vai ser feita a bordo de um moliceiro. A cerimónia de abertura, que arranca pelas 20h30, conta com a participação da campeã olímpica Rosa Mota, que vai acompanhar a “Torch Run” organizada pela Polícia de Segurança Pública (PSP) e pelos responsáveis do Special Olympics Portugal. Está prevista a participação de atletas naturais de Andorra, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Itália, Malta, Mónaco, Portugal e Roménia naquilo que, diz a autarquia, será mais do que uma competição. De acordo com a nota de imprensa, a prova será uma “grande festa da inclusão” e celebra “a superação, o talento e a união através do desporto”. Vão realizar-se provas de basquetebol, ténis de mesa, equitação, atletismo, programa de treino de atividade motora (MATP), futsal, ginástica, natação e andebol. A prova vai contar com a presença de representantes do Comité Olímpico e do Comité Paralímpico de Portugal, de membros do Governo, do Instituto Nacional para a Reabilitação, da Fundação INATEL, do Special Olympics Europa/Eurásia, da Universidade de Aveiro, da Câmara Municipal de Aveiro e de várias federações e associações desportivas.

Universidade de Aveiro tem candidaturas abertas a Mestrados e Programas Doutorais até sexta-feira
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Universidade de Aveiro tem candidaturas abertas a Mestrados e Programas Doutorais até sexta-feira

As candidaturas aos 125 percursos formativos da UA podem ser feitas apenas online. Contam-se 75 mestrados, nove mestrados em ensino e 36 programas doutorais.