PS acusa CMA de querer “fazer a todo o custo” a obra do novo Pavilhão Municipal
A reunião camarária do Município de Aveiro desta quinta-feira, 6 de fevereiro, ficou marcada, entre outros aspetos, pela aprovação, por maioria, do terceiro concurso público para a construção do novo Pavilhão Municipal – Oficina do Desporto, em Aveiro, com um novo valor base superior a 22 milhões de euros. A proposta teve o voto contra do Partido Socialista (PS).
Isabel Cunha Marques
JornalistaNo período da ordem do dia, que tinha entre outros pontos de discussão a abertura de um novo procedimento para a construção do novo pavilhão municipal, Fernando Nogueira, vereador do PS pediu a palavra a José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro (CMA), tendo mostrado desagrado com o aumento de “cerca de 30%” do terceiro concurso público face ao preço inicial [do primeiro concurso] fixado nos 17.4 milhões de euros. “É sabido que o PS votou favoravelmente por considerar que há necessidades reais das coletividades a que a proposta de construção deste pavilhão procura responder, mas é verdade também que na reunião de dezembro relativa à decisão de revogação de contratação do segundo concurso nos questionávamos sobre quais eram os limites aceitáveis para prosseguir com este projeto. E o que verificamos hoje é que o preço base do concurso proposto é já cerca de 30% maior do que o preço base do primeiro concurso e isto começa a parecer-nos (…) que há uma certa insistência num programa que se insiste em fazer… E que ainda por cima numa obra de envergadura é normal (…) que as derrapagens em 20% ou 30% do valor não são tão raras quanto isso e que nos sujeitamos a que no fim o pavilhão acabe nos 23 ou nos 24 milhões”, alertou.
“Por outro lado, sabemos que o mercado reagiu ao preço base do concurso (…) [e que] o preço base que é agora apresentado já é dois milhões acima do valor máximo das propostas não validadas apresentadas, ou seja, isto faz lembrar um pouco a ideia do Rossio”, comparou. “Insiste-se no programa e quer-se fazer a todo o custo”, continuou Fernando Nogueira, sugerindo a Ribau Esteves se não seria de “bom tom” adaptar o programa. O vereador socialista questionou ainda o autarca como é que a nova revisão de preços foi feita já que o índice de revisão de preços em empreitadas, em 2024, era “pouco mais do que 2%”.
Face a isto, Ribau Esteves explicou que quando falamos de “evolução de preços o índice geral não interessa para nada”. “Ninguém liga nada ao índice geral (…) Este fenómeno do crescimento dos preços da construção em Portugal e na Europa vai continuar a acontecer, no mínimo, até ao final do ano de 2026 (…) Alguma vez se pensou que uma obra de duas centenas de milhões de euros do metro de Lisboa ficasse deserta? É evidente que se quer fazer aquela obra e ou se espera x anos para os preços baixarem ou se tem de lançar, outra vez, o concurso com o preço mais alto. Não há volta a dar. Nós já vivemos isto… Lembro-me da obra mais dolorosa que foi a nossa primeira vez neste ciclo político que lançamos um concurso a terceira vez que foi a obra de reabilitação de habitações sociais em Santiago e, obviamente, tivemos de aumentar os valores (…) Isto está a acontecer, vai acontecer, neste tempo, 30% (…) é muito (…), mas nós entendemos que o que está aqui em causa… Esta importância deste pavilhão desportivo que Aveiro inacreditavelmente não tem”, explicou. “Era bem mais importante ter construído esta infraestrutura do que um estádio de futebol, mas entendeu-se que era ao contrário e, portanto, nós entendemos que esta é uma infraestrutura absolutamente capital”, prosseguiu o presidente da CMA, recordando as multifunções que a mesma terá. “(…) Além de ser uma infraestrutura desportiva (…) tem um bar, um restaurante, uma clínica, dois ginásios, área de trabalho para associações desportivas (…) E a capacidade de ser multiuso para que possamos fazer lá dentro eventos de outra natureza como congressos, eventos culturais (…)”, sublinhou.
Relativamente à comparação com o Rossio, o presidente da CMA atirou ao socialista que o partido não consegue “ultrapassar o trauma” da obra, criticando ainda a primeira proposta de Alberto Souto de Miranda, candidato do PS à CMA, em que propunha, entre outros aspetos, a replantação das palmeiras do Rossio. “(…) Essas maluqueiras que andam para aí em alguns socialistas de quererem plantar palmeiras no Rossio…. Duvido muito que vão ter essa possibilidade, mas também podem plantar palmeiras no telhado deste edifício. Quer dizer, hoje a tecnologia permite tudo e, portanto, nessas abordagens ridículas que vocês fazem às nossas obras e querem plantar palmeiras ridículas num sítio absurdo… Também podem vir a plantar palmeiras no telhado até pode dar uma paisagem mais tropical ao edifício (…)”, ironizou.
Ribau Esteves sublinhou ainda que o Rossio foi uma “obra de excelência, que toda a gente gosta dela e que tem tido rentabilidade financeira e social”. “Estamos muito felizes com a obra do Rossio e o nosso povo também mesmo que alguns digam ‘ó,ó,ó’. É um exercício de felicidade coletiva e, portanto, só queremos conseguir ter empreiteiro para começar esta obra (…) para que, obviamente, Aveiro venha a ter aquilo que nunca teve: um pavilhão desportivo com a devida qualidade e com estas multifunções que referenciei há pouco”, frisou.
Após as justificações, Fernando Nogueira voltou a pedir a palavra realçando que o PS não “acompanhará” a proposta e que, por isso, votaria “contra” a mesma.
Já no período de participação do público, um dos cidadãos trouxe, novamente, entre outros tópicos, o tema do Rossio questionando Ribau Esteves relativamente ao balanço de 2024 do parque subterrâneo do Rossio.
Face a isto, o presidente da CMA afirmou que os “balanços dos negócios das empresas são coisas das empresas”. “Portanto, nós temos acesso a alguma informação como entidade concessionária nos termos do contrato, parte dela pode ser tornada pública, parte dela não pode (…) Da parte da Empark estamos para receber o primeiro relatório da informação que eles nos têm a obrigação de dar por o contrato, precisamente, porque fez agora um ano, no passado dia 2 de fevereiro, que o parque abriu. Estamos a fazer esse balanço… Nós com o nosso concessionário e parte dessa informação vamos torná-la pública (…)”, adiantou.
Monumento evocativo à UA na rotunda do ISCA foi ideia da CMA
Ainda durante o período da intervenção do público, Ribau Esteves aproveitou para esclarecer os “disparates” que se dizem, relativamente, ao monumento evocativo à Universidade de Aveiro (UA) que está na nascer na rotunda junto ao Instituto Superior de Contabilidade e Administração da Universidade de Aveiro (ISCA-UA). “Aquele monumento foi ideia do presidente da CMA, apresentada ao reitor Manuel Assunção e reapresentada ao reitor Paulo Jorge Ferreira, logo que tomou posse (…) e a ideia que tivemos foi ter na cidade um monumento para evocar a sua universidade numa zona de proximidade da nossa universidade com o espaço urbano (…) Foi uma ideia nossa, propusemos à universidade porque entendíamos que não íamos fazer um monumento contra a vontade da universidade (…)”, sublinhou. “E o gosto foi tão grande da universidade, seja do reitor Manuel Assunção como do Paulo Jorge Ferreira (…) que foi a própria universidade, a sua equipa técnica de marketing e de engenharia civil que fez o projeto (…)”, continuou.
O presidente da CMA adiantou também que houve “muita dificuldade” em arranjar um empreiteiro já que é uma obra “muito difícil”. “(…) É uma peça de oito metros de altura em betão (…)”, disse.
Recomendações
Aveirobus passa a disponibilizar localização dos autocarros em tempo real
Em comunicado enviado à Lusa assinado por Sérgio Soares, presidente da Transdev Portugal – grupo a que a Aveirobus pertence -, a empresa aponta que esta integração é “resultado direto de um trabalho contínuo de rigor operacional, tratamento cuidado dos dados e um compromisso total com a experiência do passageiro”. Para além da Aveirobus, também as outras redes operadas pela Transdev - Avemobilidade, a Aveirobus, a Cávado, a Covilhã Mobilidade, a MobiAve e a MobiViseuDãoLafões – passam a estar no Google Transit. Para consultar e acompanhar os horários dos autocarros basta abrir a aplicação Google Maps e definir o trajeto a seguir, optando depois por “Direções”. De seguida, selecionando o ícone “Transportes Públicos”, a aplicação apresenta as opções de percurso disponíveis, incluindo as linhas de autocarro, horários de partida e chegada, e a localização das paragens mais próximas.
Junta de Freguesia de Santa Joana inaugura amanhã novo edifício multiusos
A empreitada, de acordo com a autarquia, resulta dos Contratos Interadministrativo e de Delegação de Competências estabelecidos entre a Câmara Municipal de Aveiro (CMA) e a Junta de Freguesia de Santa Joana. O espaço fica localizado na Rua do Cócaro, junto ao Parque Urbano do Solposto, em Santa Joana.
Fundação Casa Hermes e UA promovem sessão de apresentação do livro “Dormindo entre Cadáveres”
Segundo a nota recebida pela Ria, o livro, que foi escrito “entre o isolamento e a escassez de meios”, “regista – entre o sonho e o delírio – a memória de dias aflitos, quando o oxigénio faltou no “pulmão do mundo””. A obra resulta da colaboração entre Luís Moreira Gonçalves e Felipe Parucci que contam a história da sua experiência durante a pandemia através da narrativa e da ilustração. A sessão de apresentação é aberta a toda a comunidade e, de acordo com a nota, “propõe uma reflexão sobre o modo como as vivências individuais se entrelaçam com a história coletiva e sobre a importância de preservar a memória de um dos períodos mais marcantes do século XXI”.
Quatro freguesias de Aveiro fecham negociações para evitar eleições intercalares
Após as eleições autárquicas, começam a ser agendados os primeiros atos de instalação das Assembleias de Freguesia. No concelho de Aveiro, apenas seis das dez freguesias alcançaram maioria absoluta. Nas restantes quatro -Glória e Vera Cruz, Esgueira, Aradas e Eixo e Eirol - os futuros presidentes enfrentam agora o desafio de negociar com os outros partidos a aprovação dos respetivos executivos logo na primeira reunião da Assembleia. A 12 de outubro, a coligação ‘Aliança com Aveiro’ (PSD/CDS-PP/PPM) venceu nove das dez freguesias, falhando apenas a União de Freguesias de Glória e Vera Cruz, onde o PS conquistou a presidência, com Bruno Ferreira, atual membro do executivo da Aliança, agora eleito presidente da Junta, como já noticiado pela Ria. Recorde-se que, na primeira reunião da Assembleia de Freguesia, cabe ao presidente recém-eleito apresentar a proposta de vogais para o executivo, que só tomará posse se for aprovada pelos restantes eleitos. No caso de Eixo e Eirol, a ‘Aliança com Aveiro’ venceu esta Junta de Freguesia com 1.316 votos (42,89%), baixando 1,13% em relação ao resultado de 2021 (44,02%). Esta descida, acrescida à entrada do Chega (que anteriormente não tinha concorrido a esta junta), fez com que a ‘Aliança’ perdesse a maioria, alcançando seis mandatos. Já o Partido Socialista (PS) alcançou seis mandatos e o Chega um mandato. Contactada pela Ria, Sara Rocha, atual presidente de Junta e reeleita novamente para o cargo pela ‘Aliança’, mostrou-se confiante quanto à aprovação do executivo na primeira Assembleia de Freguesia que decorrerá já esta sexta-feira, 24 de outubro, pelas 21h00. “Eu acho que todos nós, pelo menos, falo pela ‘Aliança’ e pelo PS, queremos o melhor para a nossa terra”, exprimiu. No seguimento, adiantou à Ria que já conversou com o João Morgado, candidato do PS a esta Junta de Freguesia, sobre a proposta de executivo que procurará aprovar esta sexta-feira. “Ele ficou de me dar um ok. (…) Acredito na maturidade democrática e como eles perderam eu acho que faz todo o sentido eles aprovarem o nosso executivo. (…) Acredito nas pessoas e, principalmente, que querem o melhor para a nossa freguesia. (…) Como tal, acredito que o PS vai apoiar a minha lista”, vincou. Relativamente ao mandato do Chega, Sara Rocha disse ainda que não acredita que esta força política “crie um bloqueio”. “Não o vejo como tal, porque acho que também vai pensar na freguesia”, afirmou. “Eu acho que aqui temos de defender a nossa freguesia. Não é só a questão da cor partidária…”, exprimiu. No caso de Esgueira, a ‘Aliança com Aveiro’ venceu esta Junta de Freguesia com 35,33%, ainda que por uma margem muito reduzida: 12 votos. No que toca ao número de mandatos na Assembleia de Freguesia, a ‘Aliança’ alcançou seis, o PS cinco e o Chega dois. Tal como a de Eixo e Eirol, a instalação da Assembleia de Freguesia ocorrerá já esta sexta-feira, 24 de outubro, pelas 21h00. Em relação a este momento, Rui Cordeiro, eleito presidente de Junta pela coligação ‘Aliança com Aveiro’, mostrou-se também confiante de que a sessão possa decorrer “normalmente”, ainda que tenha admitido à Ria que o executivo não está fechado e que se encontra, neste momento, “em negociações com os restantes partidos”. “Só tem de estar fechado no dia da instalação”, atentou. “Obviamente um executivo uniforme é mais fácil do que gerir um executivo partilhado, mas, neste momento, não vou dizer o que vai acontecer porque ainda não está fechado”, afirmou, deixando tudo em aberto. No caso da União de Freguesias de Glória e Vera Cruz, o PS venceu esta junta, ao contrário de 2021, com 3.710 votos (37,46%). Em relação à ‘Aliança com Aveiro’ obteve mais 429 votos. O resultado garantiu ao PS a vitória ainda que não tenha alcançado maioria absoluta. Em relação ao número de mandatos, o PS conquistou seis, a ‘Aliança’ cinco, a Iniciativa Liberal (IL) um e o Chega um. De salientar que, nas últimas eleições autárquicas, tanto o Chega como a Iniciativa Liberal não haviam obtido qualquer mandato. Em entrevista à Ria, Bruno Ferreira, atual tesoureiro e agora eleito presidente de Junta pelo PS, garantiu que as conversações sobre o futuro executivo “estão finalizadas”. “Foi muito fácil”, insistiu. “Por uma questão de cortesia conversei com a AD [Aliança com Aveiro] e o partido pôs determinadas condições que foram acordadas e estão aceites. A IL propôs uma situação que a nós não nos agradou muito, quase uma imposição, e nós não aceitamos. (…) Aliás, já lhes informei disso mesmo. (…) Do Chega está em cima da mesa não um acordo, mas uma conversa”, partilhou. Contactada pela Ria, Glória Leite, candidata da ‘Aliança’ a esta Junta, confirmou o acordo com o PS, salientando que a coligação ajudará a “viabilizar” o executivo e que no seu caso ficará com o cargo de “presidente da Assembleia de Freguesia”. A cabeça de lista adiantou também que Bruno Ferreira lhe chegou a propor um lugar no executivo, mas que acabou por “recusar” por não concordar com a opção. Neste caso, a instalação da Assembleia de Freguesia ocorrerá na próxima quarta-feira, 29 de outubro, pelas 21h00. No caso de Aradas, a ‘Aliança com Aveiro’ venceu esta junta de freguesia com 1.548 votos (34,76%), menos 11,52% do que em 2021 (46,28%). No que toca ao número de mandatos, a ‘Aliança’ alcançou seis, o movimento independente ‘Sentir Aradas’ três, o PS três e o Chega um mandato. Tal como Eixo e Eirol e Esgueira, a instalação da Assembleia de Freguesia decorrerá também esta sexta-feira, pelas 21h00. Em entrevista à Ria, Catarina Barreto, reeleita presidente de Junta nestas eleições, não se alongou muito quanto ao assunto, referindo apenas que “estamos em conversações”. Sobre a aprovação do executivo, a presidente de Junta referiu ainda estar com a “serenidade necessária para conduzir o ato de instalação e ser o que resultar da vontade dos eleitos”. Recorde-se que, segundo informações recebidas pela Ria, logo após a contagem dos votos, Catarina Barreto abordou diretamente Gilberto Ferreira, líder do movimento independente ‘Sentir Aradas’, com o objetivo de marcar uma reunião entre ambos. Os contactos entre Catarina e a oposição intensificaram-se nos últimos dias e está prevista uma reunião decisiva para hoje. A Ria sabe que este assunto está a ser tratado de forma diferente por partes dos partidos da oposição. No entendimento destes, tendo em conta todas as polémicas que surgiram ao longo deste mandato relacionadas com a Junta de Freguesia de Aradas e a sua presidente, só uma negociação com cedências claras por parte de Catarina Barreto poderá levar a oposição a aprovar a proposta para criação do executivo. Caso a situação não evolua para um entendimento, poderá colocar-se o cenário de eleições intercalares nesta freguesia. Confrontada com esta realidade, a autarca garantiu que esse cenário “não a preocupa nada”. “A minha disponibilidade é para aceitar o que for deliberado. Tenho um mandato, já governei duas vezes com maioria absoluta, e, portanto, tenho maturidade política suficiente para aceitar este resultado e aceitá-lo de forma democrática e depois em função do desenrolar ir acompanhando e tomando decisões. Cada facto implica uma nova decisão… Portanto, não vou dizer que estou preocupada com eleições e se vou proceder à eleição do executivo ou não. Eu estou eleita e tenho um executivo em gestão. Sexta-feira os eleitos serão chamados a pronunciar-se e certamente poderão ou não eleger e poderá ou não repetir-se o ato de eleição do executivo”, afirmou. No seguimento, recordou o caso do Município de Águeda em que a “Assembleia [de Freguesia] reuniu 21 vezes até ir para eleições intercalares”. “As situações nunca são lineares. No caso de Aradas, em concreto, há dois partidos e um movimento de cidadãos para conversar e, portanto, segue uma conjuntura de soluções que se podem construir querendo o bem da freguesia”, afirmou. “A Aliança está disponível para negociar, para conversar e aceitou o resultado com humildade democrática e tem maturidade para isso. Portanto, estamos abertos a conversações e é o que estamos a fazer”, rematou. A Ria sabe que há outra dúvida que corre nos bastidores da política em Aradas e que poderá ser decisiva neste desfecho: o facto de Catarina Barreto tomar posse na próxima sexta-feira para um terceiro e último mandato como presidente da Junta de Freguesia de Aradas. Ora, no entendimento da oposição, não é garantido que Catarina Barreto se possa recandidatar num cenário de eleições intercalares, por ter atingido o limite legal de “três mandatos consecutivos”. No site da Comissão Nacional de Eleições (CNE), nas “perguntas frequentes” sobre “limitação de mandatos” há uma que salta à vista: “Não cheguei a completar o 3º mandato consecutivo. Posso candidatar-me na eleição seguinte ao mesmo órgão? No entender da CNE não, pois não é necessário que os mandatos sejam integralmente cumpridos por parte dos presidentes de câmara ou de junta”. Falta perceber se o entendimento do CNE seria ou não acompanhado pelas autoridades competentes, no caso de realização de eleições intercalares. Mas, para já, uma coisa é certa: nesta freguesia a aprovação do executivo poderá ser uma tarefa mais complicada para a coligação ‘Aliança com Aveiro’.
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Aveirobus passa a disponibilizar localização dos autocarros em tempo real
Em comunicado enviado à Lusa assinado por Sérgio Soares, presidente da Transdev Portugal – grupo a que a Aveirobus pertence -, a empresa aponta que esta integração é “resultado direto de um trabalho contínuo de rigor operacional, tratamento cuidado dos dados e um compromisso total com a experiência do passageiro”. Para além da Aveirobus, também as outras redes operadas pela Transdev - Avemobilidade, a Aveirobus, a Cávado, a Covilhã Mobilidade, a MobiAve e a MobiViseuDãoLafões – passam a estar no Google Transit. Para consultar e acompanhar os horários dos autocarros basta abrir a aplicação Google Maps e definir o trajeto a seguir, optando depois por “Direções”. De seguida, selecionando o ícone “Transportes Públicos”, a aplicação apresenta as opções de percurso disponíveis, incluindo as linhas de autocarro, horários de partida e chegada, e a localização das paragens mais próximas.
Equipa feminina de Basquetebol 3x3 da AAUAv/UA sagrou-se campã nacional universitária
A Associação Académica da Universidade de Aveiro / Universidade de Aveiro (AAUAv/UA) apresentou na competição quatro equipas diferentes, num total de 16 estudantes-atletas. Segundo conta à Ria o treinador João Balseiro, que pela primeira vez está a frente da equipa universitária, normalmente a competição de 3x3 ficava reservada para o final do ano, mas com a alteração do modelo competitivo o principal objetivo passou a ser ter o “maior número de atletas possível a competir”. Das quatro equipas, apenas uma delas não foi capaz de chegar aos quartos-de-final. Entre três que chegaram ao segundo dia, só uma chegou à meia-final e foi mesmo essa a que viria a ficar com a medalha de ouro. O técnico aponta que “Aveiro tem tido nos últimos anos, principalmente no feminino, sucesso no basquetebol” e recorda que a equipa de 5x5 é hexacampeã universitária. “O título de 3x3 tinha fugido nos últimos anos, mas era uma questão de pormenor”, garante. Por seu lado, a atleta-estudante Madalena Picado, que frequenta a licenciatura em Marketing, valoriza o apoio da comunidade da Universidade de Aveiro na conquista. Depois de ter estado no último título universitário na modalidade de 5x5, que foi conquistado em Coimbra no passado mês de abril, a jogadora afirma que esta vitória é “muito diferente”. O facto de a própria modalidade exigir uma maior distância em relação ao treinador e de a equipa ter menos jogadores fez com que houvesse um “espírito de equipa mais forte”. O título vale uma passagem direta para os Jogos Europeus Universitários 2026, que se disputam em Salerno entre 18 de julho e 1 de agosto. Aí, João Balseiro espera encontrar “corpos, em tamanho e dimensão, completamente diferentes”, mas afirma que é “mais uma experiência que as atletas vão poder vivenciar” e que “vai trazer bagagem para o futuro”. No mesmo sentido, Madalena Picado considera que o europeu vai ser “muito mais desafiante”, mas garante que as jogadoras estão “preparadas”. “Queremos representara Universidade de Aveiro da melhor forma”, conclui. A Madalena Picado juntou-se também Maria Neto, Maria Andorinho (ambas da Licenciatura em Fisioterapia) e Joana Silva (da Licenciatura em Geologia) na conquista do Campeonato.
AAUAv/UA conta com cinco nomeações para melhores do ano na Gala do Desporto Universitário
Decorrem até amanhã, dia 24, às 12h00, nas redes sociais da Federação Académica de Desporto Universitário (FADU), as votações para escolher os melhores atletas-estudantes do ano. Entre os vários prémios, são cinco as nomeações de atletas / equipas que representam a Associação Académica da Universidade de Aveiro / Universidade de Aveiro (AAUAv/UA). A lutar pelo prémio melhor atleta masculino do ano está André Ferreira, do Remo, que não só arrecadou duas medalhas de ouro no Campeonato Nacional Universitário (M2x e M4-) como também o fez no Campeonato Europeu Universitário de Remo (LM1x e LM2x). Já Gonçalo Freitas procura ser melhor atleta de eSports depois de se ter sagrado Campeão Nacional Universitário na modalidade de Counter-Strike 2 nos e-FADU Nacionais. Do ponto de vista coletivo, são três os coletivos aveirenses que procuram arrecadar o prémio de melhor equipa do ano. É o caso da equipa de futebol de sete feminina, que se sagrou campeã nacional universitária e que, no europeu, ficou em 5º lugar e recebeu o Prémio Fairplay; da equipa de remo LM4-/M4-, que foi campeã nacional universitária e campeã europeia universitária; e da equipa de eSports.
Festivais de Outono arrancam este domingo com Orquestra das Beiras e Laura Peres
Como já tem vindo a ser tradição, a Orquestra das Beiras será a responsável por abrir a edição de 2025 dos Festivais de Outono. Ao longo do espetáculo procurará apresentar um “programa eclético com obras de Bacewicz, Mozart e Saint-Saëns”, num concerto que pretende celebrar a música da juventude dos três compositores, bem como o talento da jovem violinista Laura Peres. Recorde-se que, em 2024, Laura Peres foi distinguida com o 1º lugar do Prémio Jovens Músicos (Nível Superior – Violino) e com o Prémio EMCY, tendo atuado enquanto solista com a Orquestra Gulbenkian. O bilhete para o público em geral tem o custo de três euros e pode ser adquirido aqui. A iniciativa prossegue na próxima quinta-feira, 30 de outubro, pelas 21h30, também no auditório Renato Araújo, onde a Orquestra de Sopros da UA proporcionará o concerto “Texturas Sonoras”, com Ana Telles (piano) e direção de Alberto Roque. O espetáculo procurará “demonstrar a diversidade sonora de uma orquestra de sopros, assim como a forma como esta tem sido explorada ao longo de décadas por inúmeros compositores”. “Neste concerto os universos acústico e eletrónico convivem lado a lado, influenciando-se mutuamente, criando texturas sonoras expressivas e por vezes explosivas”, salienta uma nota enviada às redações esta quinta-feira, 23 de outubro. Nessa nota, Pedro Rodrigues, professor e diretor artístico dos Festivais, destaca ainda a “pluralidade estética” patente na programação desta edição. O evento inclui, além do mais, nomes como o de “Surma”, “Martín Sued e a Orquestra Assintomática” e “Daniel Bernardes” (Prémio SPA Autores 2025). No que toca ao concerto de Martín Sued e da Orquestra Assintomática, a nota adianta ainda que o espetáculo esteve inicialmente previsto para o “dia 14 do mesmo mês”, tendo sido, posteriormente, adiado para o dia 21, pelas 21h30, no auditório Renato Araújo, devido à nomeação dos artistas para os prémios Grammy Latino. “Os bilhetes já adquiridos para dia 14 mantêm-se válidos para dia 21. No caso haver interesse em obter reembolso, este pode ser solicitado até 28 de novembro, através do endereço [email protected], no caso dos bilhetes comprados online. Para os bilhetes adquiridos em loja, o reembolso deve ser solicitado onde se efetuou a compra”, esclarece. A programação inclui também o concerto “Amor Dimensional”, do coletivo Ligados às Máquinas ou o concerto de encerramento que alia Henrique Portovedo à Orquestra Filarmonia das Beiras e à Orquestra Sinfónica do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade sob a direção do maestro Luís Carvalho. Os Festivais vão contar ainda com os "Concertos para Famílias", nos dias 9 e 16 de novembro, pelas 11h00, no auditório Renato Araújo. Saliente-se que, este ano, os Festivais de Outono decorrem sob o tema “Juventude e Tecnologia” e que a programação pretende valorizar o “papel da música entre os jovens, das tecnologias na criação artística e enquanto facilitadoras de uma participação mais inclusiva da comunidade”. A programação na íntegra pode ser consultada aqui. Para esta edição foi ainda construída uma rede de colaboração com instituições de ensino artístico da região: Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Aveiro, Banda Amizade, Conservatório de Música e Artes do Dão, e a própria Universidade de Aveiro.