RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

Cidade

Câmara Municipal de Aveiro celebra 10 anos de gestão do Museu de Aveiro / Santa Joana

O museu assinala o décimo aniversário da gestão municipal no dia 1 de agosto, sexta-feira, com a inauguração do novo núcleo museológico e com a apresentação do livro “Santa Joana Princesa de Aveiro “Amar a Deus é servir””. José Ribau Esteves, presidente da autarquia, convida a “celebrar uma década de descentralização e gestão de valores culturais de dimensão nacional e mundial”.

Câmara Municipal de Aveiro celebra 10 anos de gestão do Museu de Aveiro / Santa Joana
Redação

Redação

31 jul 2025, 09:22

Em nota assinada pelo autarca, o município dá conta das comemorações que decorrem a partir das 18h00 de sábado. Durante a tarde vai ser feita a visita inaugural da Sala da Roda, o novo núcleo museológico do Museu de Aveiro / Santa Joana, que, de acordo com Ribau Esteves, “realça a dimensão social da vida e da história do Convento Dominicano de Jesus”.

De seguida é apresentado o livro “Santa Joana Princesa de Aveiro “Amar a Deus é servir”, escrito por D. António Monteiro, Bispo de Aveiro, que é, de acordo com o presidente da Câmara Municipal de Aveiro, “resultado do trabalho de proximidade e parceria com a Diocese de Aveiro”.

Recomendações

Armando Grave lidera lista do Chega à Assembleia e a habitação será também prioridade da candidatura
Cidade

Armando Grave lidera lista do Chega à Assembleia e a habitação será também prioridade da candidatura

Armando Grave é atualmente deputado na Assembleia da República (AR), eleito pelo círculo de Aveiro. Natural da cidade, é mestre em Direito e conta com uma trajetória profissional diversificada, tendo desempenhado funções como operário da indústria cerâmica, gestor de empresas e jurista. Em entrevista à Ria, Armando Grave admitiu que nunca pensou ser “candidato a um órgão autárquico”, mas que decidiu aceitar após uma análise profunda da realidade política local. “Sou de Aveiro há muitas décadas e vejo a cidade a decair. Aveiro continua a ser o centro da cidade e, hoje, a principal zona turística, para além dos moliceiros, é o Fórum de Aveiro, que é uma estrutura privada. Tudo o resto da cidade deixou de existir. Isto tem-me incomodado”, afirmou, acrescentando que o convite para ser cabeça de lista à Assembleia Municipal lhe surgiu no “início do ano”. Durante a entrevista, Armando Grave deixou críticas claras aos adversários políticos, com especial ênfase em Luís Souto de Miranda, candidato da coligação ‘Aliança Mais Aveiro’ (PSD/CDS-PP/PPM), mas também a Alberto Souto de Miranda, candidato do Partido Socialista (PS) à Câmara de Aveiro. Sobre Luís Souto de Miranda, que atualmente preside à Assembleia Municipal, acusou-o de ter permitido decisões que considera prejudiciais para o município. “Deixou passar imensas coisas que eu considero que não deviam ter passado. (…) Quem sofre com isso são os cidadãos. Em Aveiro, estão em causa muitos milhões de euros que fazem falta noutras áreas”, criticou, apontando como exemplo a área da saúde. Já enquanto cabeça-de-lista à Assembleia Municipal, Armando Grave destacou a importância de reforçar o papel fiscalizador e transparente daquele órgão. “A Assembleia Municipal tem de voltar a ser o exemplo e garantir transparência e escrutínio de toda a atividade municipal e não uma eventual (…) moleta de interesses que não conhecemos e que não são de todo os interesses dos aveirenses. É este o nosso compromisso por Aveiro”, frisou. Além da construção de um novo hospital central, da criação de um “Departamento da Transparência” na estrutura da Câmara Municipal e do reforço da segurança, tal como avançado pela Ria, Diogo Soares Machado garantiu que a candidatura do Chega à autarquia aveirense, sob o lema “Compromisso com Aveiro”, assenta em “12 pilares”, entre os quais a habitação surge como outra das principais prioridades. Também em entrevista à Ria, o candidato do Chega à Câmara de Aveiro reconheceu que não existe uma “solução final” para o problema da habitação, em Aveiro, mas defendeu uma abordagem “dinâmica” que envolva o setor privado. “Em primeiro lugar, passa por sentar com os investidores e promotores imobiliários que têm interesse em operar em Aveiro”, explicou. O objetivo, segundo Diogo Soares Machado, é alcançar “um ponto comum de entendimento em que eles sintam que têm por parte da Câmara Municipal as condições necessárias e suficientes para aumentarem a intensidade de construção”. Na perspetiva do candidato a “primeira solução” tem de passar pelo aumento da oferta habitacional. “Não há mais casas no mercado, os preços continuam altos e só acede às casas quem não tem dificuldade financeira”, alertou. O candidato aproveitou ainda para comentar diretamente a proposta de Alberto Souto de Miranda que, em entrevista ao Jornal de Notícias (JN), defendeu que a Câmara deveria “ir ao mercado de arrendamento arrendar pelo preço que for”. Para Diogo Soares Machado, trata-se de uma ideia “totalmente desesperada”. “Eu prefiro isentar o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para quem queira recuperar imóveis abandonados e discutir condições de derrama e taxas mais benéficas para empresas que queiram investir na construção em Aveiro”, apontou, defendendo que é necessário apostar em soluções “estruturais” em vez de medidas “circunstanciais”. “Essa medida do candidato socialista é paracetamol”, ironizou. Recorde-se que também esta quinta-feira, 31 de julho, o Bloco de Esquerda (BE) enviou um comunicado às redações onde considerava a proposta de Alberto Souto de Miranda uma “medida de quem recusa intervir no mercado”. À semelhança de Armando Grave, também o candidato do Chega à Câmara de Aveiro aproveitou para comentar, durante a sessão, os candidatos da ‘Aliança’ e do PS afirmando mesmo que a “democracia em Aveiro está em perigo e a decência está a perder por falta de comparência”. Referindo-se a Alberto Souto de Miranda e ao seu mandato como presidente da Câmara, entre 1997 e 2005, recordou que, segundo dados da auditoria da Inspeção-Geral de Finanças (IGF), o socialista deixou a autarquia com uma dívida contabilizada de “250 milhões de euros” hipotecando o futuro do município por “50 anos”. “Agora diz que tem as melhores ideias. Há de ter os melhores projetos, mas de certeza que não tem a menor noção de quanto custa pôr em prática tudo aquilo que papagueia”, criticou. Relativamente a Luís Souto caraterizou-o como a “moleta dos executivos municipais na Assembleia Municipal”. “Não se ouviu uma palavra crítica consciente”, atirou. No final, apelou aos presentes que Aveiro tem de ter um “novo rumo sustentado com um compromisso por Aveiro”. Além do candidato à Câmara e do cabeça de lista, foram ainda divulgados quatro nomes que integrarão a lista à autarquia: Paula Sofia Gomes, Jacinta Marlene Cura, Vasco Sousa e Carlos Balseiro, com Nuno Tavares como mandatário da candidatura. À Ria, Diogo Soares Machado garantiu que o Chega concorrerá a todas as juntas de freguesia do concelho, tendo já todos os candidatos definidos. Recorde-se que nas eleições autárquicas de 2021, a primeira vez que o partido concorreu, em Aveiro, o Chega alcançou “4,04%” dos votos.

Diogo Soares Machado é o candidato do Chega à CMA e promete auditoria às contas da autarquia
Cidade

Diogo Soares Machado é o candidato do Chega à CMA e promete auditoria às contas da autarquia

“Os executivos liderados pelo Eng. Ribau Esteves durante 12 anos, na minha opinião, reduziram as possibilidades e as probabilidades de Aveiro se afirmar num contexto nacional como uma capital de distrito pujante, forte e uma cidade de futuro. Basicamente isso. Há, obviamente, fatores e elementos que nós iremos analisar uma vez passadas as eleições e em caso de vitória”, afirma o candidato, que expressa ainda preocupações sobre a saúde financeira da autarquia. “Eu tenho muito receio - e receio fundamentado - de que a situação financeira da Câmara Municipal de Aveiro não seja aquela que o Eng. Ribau Esteves apregoa aos sete ventos. Isto é: há de facto uma opacidade, uma nebulosidade e uma total falta de transparência em tudo o que diz respeito a finanças, estado de solvabilidade da Câmara de Aveiro, dívidas, ajustes diretos, concursos públicos, tudo isso.” Diogo Soares Machado garante que, se vencer as eleições, o seu primeiro ato será pedir uma auditoria à Inspeção-Geral de Finanças (IGF): “Um dos nossos compromissos é o compromisso com o rigor e as contas certas. E na lógica desse compromisso, posso-lhe dizer que, em caso de vitória e assim que ganharmos, a primeira ação que devemos tomar é solicitar à IGF uma auditoria completa e o mais profunda possível a toda a atividade municipal e às contas da Câmara Municipal de Aveiro.” O candidato lembra que, em 2023, “Aveiro estava a cerca de 30 milhões de euros de atingir o limite máximo de endividamento permitido por lei, que é de 90 milhões”. E continua: “Imagine que parámos em 2023 e só juntamos o empréstimo que o Sr. Ribau Esteves contraiu agora para a construção do novo pavilhão desportivo municipal – que são 22 milhões de euros. 60 com 22 são 82. Estamos só a 8 milhões de euros de atingir o máximo de endividamento que a lei permite ao Município de Aveiro. Se isto é um Município com as contas certas, vou ali e já venho.” Critica também o passado da governação socialista: “Já vimos um histórico de presidentes de Câmara que deixaram a Câmara de Aveiro hipotecada a 50 anos. Nomeadamente, o atual candidato do PS, quando foi presidente de Câmara, deixou-nos uma dívida de aproximadamente 250 milhões de euros. E vamos pelo mesmo caminho com o Eng. Ribau Esteves, que anda aí a dizer que com ele pagam os seis dias. Não pagam. Aliás, saiu um artigo bastante curioso no Jornal de Notícias, que diz que, neste momento, de todos os municípios analisados, Aveiro é o sexto com a maior dívida.” A candidatura será apresentada sob o lema “Compromisso com Aveiro” e, além da promessa de auditoria, apresenta como uma das principais medidas a construção de um novo hospital. “No caso presente, uma das grandes bandeiras da nossa candidatura vai ser a construção de um novo hospital central e universitário, localizado fora de Aveiro, na confluência das grandes autoestradas, nos terrenos do Parque Desportivo de Aveiro. É um projeto que terá cerca de 15 hectares, para ir para a frente e será um projeto extremamente ambicioso. Posso dizer-lhe que só em construção, se calhar, custará menos do que o dito pavilhão desportivo que o Eng. Ribau Esteves acabou de anunciar a quatro meses do final do mandato.” O hospital será, segundo o candidato, complementar ao atual, que passaria a funcionar como centro de saúde de proximidade. “Será um projeto que levaremos para a frente, em parceria estreita com a Universidade de Aveiro, que durante anos lutou para ter um curso de medicina e finalmente conseguiu. Portanto, também aí estaremos na frente. Queremos recuperar a obrigatória relação de proximidade e parceria estratégica fundamentais entre a Câmara e a Universidade.” Para viabilizar o projeto, Diogo Soares Machado admite recorrer a financiamento europeu e a parcerias público-privadas. “A construção de um hospital é competência de quem o quiser construir. Até poderia ser uma competência dos privados. O Estado só tem que autorizar e licenciar o aparecimento de um novo hospital. Estes projetos não se fazem apenas com dinheiro dos municipais: fazem-se com recursos a fontes de financiamento europeus, fazem-se com as parcerias públicas ou privadas. Nomeadamente na questão dos terrenos. Os terrenos estão lá, existem. Uma empresa que se chama Parque Desportivo de Aveiro SA, em que a Câmara é sócia, detém cerca de 186 hectares nessa zona, dos quais nós decidimos com um sócio privado a utilização de 15. E, portanto, só aí já, como vê, é uma fatia de orçamento que não sai de custos públicos.” O candidato assegura que este será um projeto com execução garantida: “Isto é um projeto que, connosco, daqui a quatro anos está no terreno. Isso não tenho dúvida absolutamente nenhuma. Aliás, tenho o compromisso firme, fechado e fiel da direção do partido e dos quatro deputados eleitos por Aveiro, no sentido de que a partir do momento em que formos eleitos, este é o dossiê fundamental.” Outra das marcas da candidatura será a criação de um “Departamento da Transparência” na estrutura da Câmara Municipal. “A criação, dentro da Câmara Municipal, de um departamento de atendimento ao munícipe, que se irá designar exatamente por Departamento da Transparência, que é, nem mais nem menos, do que pôr ao escrutínio de qualquer dos munícipes de Aveiro, ou de qualquer pessoa que se dirija aos serviços municipais, todos os processos de licenciamento, todos os investimento, o estado das contas municipais, porque, no fundo, uma Câmara Municipal, um Executivo de uma Câmara Municipal, nada mais é do que servidores do público, do povo que os elegeu.” E reforça: “Se o público os elegeu, tem que ter acesso a toda a atividade que a Câmara a qualquer momento vai fazendo. Essa é uma bandeira nossa. Em nome do rigor e das contas certas, os executivos do Eng. Ribau Esteves, vão ter que passar pela auditoria da IGF, porque se houver contas a prestar e responsabilidades a assumir, vão ter que as prestar e assumir.” A segurança será outro dos pilares da candidatura. “Queremos avançar até ao final do primeiro ano de mandato, com o sistema de videovigilância e com a instalação de duas novas esquadras de polícia em meio urbano.” O candidato relata mesmo um episódio recente em que foi vítima de furto e teve dificuldades em apresentar queixa. “Roubaram uma matrícula do carro aqui junto à sede do Chega, fui ao antigo Governo Civil para apresentar queixa, mas não se pode apresentar ali, só na esquadra da Griné.” O plano inclui entre 150 a 200 câmaras de videovigilância espalhadas pelo concelho e duas esquadras localizadas na freguesia da Glória e Vera Cruz: “Uma na parte ‘cagaré’, digamos assim, da freguesia da Glória e Vera Cruz e outra na parte ‘ceboleira’.” Sobre a hipótese de coligações, Diogo Soares Machado rejeita fazer cenários e garante que o objetivo é vencer. “Estamos no início do processo. Seria precipitado da minha parte estar a analisar cenários de alianças pós-eleitorais. Nós concorremos para ganhar. Ponto final. Os aveirenses vão ter uma palavra a dizer e no final disso analisaremos o cenário. Não estou a colocar nem fora nem dentro. Agora, não quero uma coligação, não quero. Queremos ganhar e queremos governar e mostrar que já chega dos mesmos sempre.” Por fim, atira uma crítica direta ao que considera uma “chacota nacional”: “Sobretudo quando ainda por cima chegamos ao ridículo ético e moral, digamos assim, de que os mesmos sempre, ou seja, PS e PSD/CDS, têm a ousadia de colocar Aveiro num registro de chacota a nível nacional em que dois irmãos concorrem cada um pelo seu bloco, quase como que garantindo que o poder fica na família ganhe quem ganhar. E isto é uma noção de democracia – apesar de não ser ilegal, nem ilegítimo – que a mim parece bastante distorcida, está a ver.”

Glória e Vera Cruz: Fernando Marques quebra silêncio e diz que não tomará partido nas eleições
Cidade

Glória e Vera Cruz: Fernando Marques quebra silêncio e diz que não tomará partido nas eleições

 “Decidi não me envolver no apoio a quem quer que fosse. Não quero aparecer em qualquer ação pública de apresentação ou a outra iniciativa qualquer, porque quero que os aveirenses decidam pela sua própria consciência”, afirmou o autarca à Ria, esta quinta-feira, 31 de julho, à margem da inauguração do novo edifício multiusos da Junta. No seguimento da conversa destacou ainda a sua preocupação em não melindrar antigos apoiantes de diversas áreas ideológicas. “Sei, com certeza aboluta, que as minhas oito eleições, sete com maioria absoluta, não vieram só da ideologia do meu partido. Vieram de várias ideologias. Por isso, não quero que, ao apoiar uma das fações, os outros se sintam traídos”, justificou. Recorde-se que Fernando Marques, tal como noticiado pela Ria, é um autarca histórico do Município de Aveiro, tendo liderado a União de Freguesias de Glória e Vera Cruz ao longo dos últimos 12 anos. Não poderá recandidatar-se nestas eleições por ter atingido o limite legal de mandatos consecutivos. Apesar disso, a sua ausência na apresentação de Glória Leite como candidata à Junta de Freguesia pela ‘Aliança’ não passou despercebida, contrariando o padrão habitual, onde os autarcas cessantes estiveram sempre presentes. Além disso, o seu nome não foi referido nos discursos de Luís Souto de Miranda, candidato da coligação ‘Aliança Mais Aveiro’ ou da própria Glória Leite. Confrontado com esta omissão, Fernando Marques respondeu: “Não estou absolutamente preocupado com isso. Tenho a minha maneira de ser, considero-me uma pessoa humilde e não dou importância a esses pormenores”, comentou. Apesar de não tomar partido, Fernando Marques fez questão de demonstrar respeito pela candidata da coligação. “Tenho muito respeito por ela, conheço-a desde criança. Tive uma conversa com ela na devida altura e disse claramente que não estaria disponível para apoiar qualquer campanha, fosse de quem fosse”, revelou. O presidente cessante assegura que a sua decisão é definitiva e manterá a neutralidade até ao final do processo eleitoral. “Estou com todos, disponível para todos, mas não participo, não apoio, não tenho qualquer intervenção, quer verbal, quer escrita, em relação aos candidatos à Glória e Vera Cruz”, concluiu. Recorde-se que durante a apresentação da candidatura e confrontado com a ausência de Fernando Marques, Luís Souto de Miranda referiu que este era um momento dedicado ao “futuro “e à apresentação da nova candidata.  Já Glória Leite, em entrevista à Ria, mostrou-se consciente de uma certa discordância, ao afirmar que gostaria que o autarca estivesse “ao nosso lado”, mas que “tal não é possível, pois todos temos as nossas idiossincrasias e são opções pessoais”.

SC Beira-Mar: Direção espera apresentar um novo investidor aos sócios até final de setembro
Cidade

SC Beira-Mar: Direção espera apresentar um novo investidor aos sócios até final de setembro

Aprovado o orçamento para a época 2025/2026, que prevê um prejuízo superior a 170 mil euros, o SC Beira-Mar vê-se agora numa posição ainda mais fragilizada. Na Assembleia Geral desta quarta-feira, o presidente da direção Nuno Quintaneiro voltou a referir que é “preciso investimento para gerar a receita que o clube não consegue gerar por si próprio”. Lembre-se que os auri-negros estiveram perto de constituir uma sociedade desportiva com o parceiro Breno Dias Silva, mas acabaram por perder confiança no investidor e decidiram recuar. De volta à busca por um parceiro, o presidente da direção explica que “voltou à fase de ouvir todos”. A discussão tida até à data já deixa o processo mais adiantado, afirma Nuno Quintaneiro, que nota que a proposta aprovada pelos sócios em Assembleia Geral já pode ser usada para filtrar quem não se identifique com o caminho escolhido pelos beiramarenses. Ainda sem nenhuma garantia, o responsável do SC Beira-Mar conta à Ria que espera poder trazer uma nova proposta aos sócios até ao final do verão. Quintaneiro acredita que no momento da votação do Relatório de Atividades e Contas relativos à temporada 2024/2025 - que, de acordo com os estatutos do clube, deve ser apresentado até 30 de setembro - já deve ter algo para apresentar. Relativamente ao novo processo negocial com os investidores interessados, Nuno Quintaneiro assume que se mantêm os pressupostos para a constituição da sociedade desportiva aprovados pelos sócios em Assembleia Geral. No entanto, não nega que a aprovação de um segundo orçamento consecutivo de saldo negativo faz o clube ficar ainda mais apertado. Pela primeira vez, Nuno Quintaneiro falou ainda abertamente sobre a queda do negócio que o clube ia firmar com o empresário. O dirigente explica que, ao longo dos meses em que trabalhou com o empresário brasileiro, a direção foi-se apercebendo de que o investidor “não tinha o perfil certo”: “É preciso perceber a indústria do futebol para ser rentável, é preciso ter responsabilidade. Percebemos que o Breno não estava preparado para as exigências que um clube como este exige. É preciso ter uma lisura à prova de bala”. Durante a intervenção em Assembleia Geral, o presidente lembrou que, no investimento a ser feito no clube, se juntavam a Breno Dias Silva um conjunto de parceiros que têm “um projeto com vista à aceleração de empresas e na área das tecnologias de inovação na região de Aveiro”. Se estas empresas “mereciam a maior credibilidade” ao Beira-Mar, o facto de Breno ter sido afastado dessa rede acabou por dificultar o negócio. Nuno Quintaneiro reconhece que o empresário não agiu de má-fé e que, embora de forma “atabalhoada”, tentou cumprir com aquilo que estava acordado com o SC Beira-Mar, embora, segundo o presidente, não o tenha conseguido fazer na totalidade ou nos prazos pré-definidos. Até ao momento em que o SC Beira-Mar decidiu desistir do acordo, o investidor já tinha efetuado um pagamento de cerca de 300 mil euros, conforme afirmou o presidente do clube. Segundo a direção, o clube não está legalmente obrigado a devolver esse montante, mas Nuno Quintaneiro assegura que tudo será restituído “ao cêntimo”. Para os dirigentes, não proceder ao reembolso “não seria ético” e transmitiria uma imagem de “gangsters” por parte dos responsáveis do clube auri-negro. Ainda sem ter chegado a acordo sobre o valor definitivo, o clube quer “ter a casa arrumada” quando chegar um novo investidor e, portanto, pretende pagar o mais rapidamente possível. De acordo com o presidente do Beira-Mar, a verba já terá sido utilizada para abater o passivo do clube e ajudar a financiar a parte final da temporada transata.

Últimas

Armando Grave lidera lista do Chega à Assembleia e a habitação será também prioridade da candidatura
Cidade

Armando Grave lidera lista do Chega à Assembleia e a habitação será também prioridade da candidatura

Armando Grave é atualmente deputado na Assembleia da República (AR), eleito pelo círculo de Aveiro. Natural da cidade, é mestre em Direito e conta com uma trajetória profissional diversificada, tendo desempenhado funções como operário da indústria cerâmica, gestor de empresas e jurista. Em entrevista à Ria, Armando Grave admitiu que nunca pensou ser “candidato a um órgão autárquico”, mas que decidiu aceitar após uma análise profunda da realidade política local. “Sou de Aveiro há muitas décadas e vejo a cidade a decair. Aveiro continua a ser o centro da cidade e, hoje, a principal zona turística, para além dos moliceiros, é o Fórum de Aveiro, que é uma estrutura privada. Tudo o resto da cidade deixou de existir. Isto tem-me incomodado”, afirmou, acrescentando que o convite para ser cabeça de lista à Assembleia Municipal lhe surgiu no “início do ano”. Durante a entrevista, Armando Grave deixou críticas claras aos adversários políticos, com especial ênfase em Luís Souto de Miranda, candidato da coligação ‘Aliança Mais Aveiro’ (PSD/CDS-PP/PPM), mas também a Alberto Souto de Miranda, candidato do Partido Socialista (PS) à Câmara de Aveiro. Sobre Luís Souto de Miranda, que atualmente preside à Assembleia Municipal, acusou-o de ter permitido decisões que considera prejudiciais para o município. “Deixou passar imensas coisas que eu considero que não deviam ter passado. (…) Quem sofre com isso são os cidadãos. Em Aveiro, estão em causa muitos milhões de euros que fazem falta noutras áreas”, criticou, apontando como exemplo a área da saúde. Já enquanto cabeça-de-lista à Assembleia Municipal, Armando Grave destacou a importância de reforçar o papel fiscalizador e transparente daquele órgão. “A Assembleia Municipal tem de voltar a ser o exemplo e garantir transparência e escrutínio de toda a atividade municipal e não uma eventual (…) moleta de interesses que não conhecemos e que não são de todo os interesses dos aveirenses. É este o nosso compromisso por Aveiro”, frisou. Além da construção de um novo hospital central, da criação de um “Departamento da Transparência” na estrutura da Câmara Municipal e do reforço da segurança, tal como avançado pela Ria, Diogo Soares Machado garantiu que a candidatura do Chega à autarquia aveirense, sob o lema “Compromisso com Aveiro”, assenta em “12 pilares”, entre os quais a habitação surge como outra das principais prioridades. Também em entrevista à Ria, o candidato do Chega à Câmara de Aveiro reconheceu que não existe uma “solução final” para o problema da habitação, em Aveiro, mas defendeu uma abordagem “dinâmica” que envolva o setor privado. “Em primeiro lugar, passa por sentar com os investidores e promotores imobiliários que têm interesse em operar em Aveiro”, explicou. O objetivo, segundo Diogo Soares Machado, é alcançar “um ponto comum de entendimento em que eles sintam que têm por parte da Câmara Municipal as condições necessárias e suficientes para aumentarem a intensidade de construção”. Na perspetiva do candidato a “primeira solução” tem de passar pelo aumento da oferta habitacional. “Não há mais casas no mercado, os preços continuam altos e só acede às casas quem não tem dificuldade financeira”, alertou. O candidato aproveitou ainda para comentar diretamente a proposta de Alberto Souto de Miranda que, em entrevista ao Jornal de Notícias (JN), defendeu que a Câmara deveria “ir ao mercado de arrendamento arrendar pelo preço que for”. Para Diogo Soares Machado, trata-se de uma ideia “totalmente desesperada”. “Eu prefiro isentar o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para quem queira recuperar imóveis abandonados e discutir condições de derrama e taxas mais benéficas para empresas que queiram investir na construção em Aveiro”, apontou, defendendo que é necessário apostar em soluções “estruturais” em vez de medidas “circunstanciais”. “Essa medida do candidato socialista é paracetamol”, ironizou. Recorde-se que também esta quinta-feira, 31 de julho, o Bloco de Esquerda (BE) enviou um comunicado às redações onde considerava a proposta de Alberto Souto de Miranda uma “medida de quem recusa intervir no mercado”. À semelhança de Armando Grave, também o candidato do Chega à Câmara de Aveiro aproveitou para comentar, durante a sessão, os candidatos da ‘Aliança’ e do PS afirmando mesmo que a “democracia em Aveiro está em perigo e a decência está a perder por falta de comparência”. Referindo-se a Alberto Souto de Miranda e ao seu mandato como presidente da Câmara, entre 1997 e 2005, recordou que, segundo dados da auditoria da Inspeção-Geral de Finanças (IGF), o socialista deixou a autarquia com uma dívida contabilizada de “250 milhões de euros” hipotecando o futuro do município por “50 anos”. “Agora diz que tem as melhores ideias. Há de ter os melhores projetos, mas de certeza que não tem a menor noção de quanto custa pôr em prática tudo aquilo que papagueia”, criticou. Relativamente a Luís Souto caraterizou-o como a “moleta dos executivos municipais na Assembleia Municipal”. “Não se ouviu uma palavra crítica consciente”, atirou. No final, apelou aos presentes que Aveiro tem de ter um “novo rumo sustentado com um compromisso por Aveiro”. Além do candidato à Câmara e do cabeça de lista, foram ainda divulgados quatro nomes que integrarão a lista à autarquia: Paula Sofia Gomes, Jacinta Marlene Cura, Vasco Sousa e Carlos Balseiro, com Nuno Tavares como mandatário da candidatura. À Ria, Diogo Soares Machado garantiu que o Chega concorrerá a todas as juntas de freguesia do concelho, tendo já todos os candidatos definidos. Recorde-se que nas eleições autárquicas de 2021, a primeira vez que o partido concorreu, em Aveiro, o Chega alcançou “4,04%” dos votos.

Diogo Soares Machado é o candidato do Chega à CMA e promete auditoria às contas da autarquia
Cidade

Diogo Soares Machado é o candidato do Chega à CMA e promete auditoria às contas da autarquia

“Os executivos liderados pelo Eng. Ribau Esteves durante 12 anos, na minha opinião, reduziram as possibilidades e as probabilidades de Aveiro se afirmar num contexto nacional como uma capital de distrito pujante, forte e uma cidade de futuro. Basicamente isso. Há, obviamente, fatores e elementos que nós iremos analisar uma vez passadas as eleições e em caso de vitória”, afirma o candidato, que expressa ainda preocupações sobre a saúde financeira da autarquia. “Eu tenho muito receio - e receio fundamentado - de que a situação financeira da Câmara Municipal de Aveiro não seja aquela que o Eng. Ribau Esteves apregoa aos sete ventos. Isto é: há de facto uma opacidade, uma nebulosidade e uma total falta de transparência em tudo o que diz respeito a finanças, estado de solvabilidade da Câmara de Aveiro, dívidas, ajustes diretos, concursos públicos, tudo isso.” Diogo Soares Machado garante que, se vencer as eleições, o seu primeiro ato será pedir uma auditoria à Inspeção-Geral de Finanças (IGF): “Um dos nossos compromissos é o compromisso com o rigor e as contas certas. E na lógica desse compromisso, posso-lhe dizer que, em caso de vitória e assim que ganharmos, a primeira ação que devemos tomar é solicitar à IGF uma auditoria completa e o mais profunda possível a toda a atividade municipal e às contas da Câmara Municipal de Aveiro.” O candidato lembra que, em 2023, “Aveiro estava a cerca de 30 milhões de euros de atingir o limite máximo de endividamento permitido por lei, que é de 90 milhões”. E continua: “Imagine que parámos em 2023 e só juntamos o empréstimo que o Sr. Ribau Esteves contraiu agora para a construção do novo pavilhão desportivo municipal – que são 22 milhões de euros. 60 com 22 são 82. Estamos só a 8 milhões de euros de atingir o máximo de endividamento que a lei permite ao Município de Aveiro. Se isto é um Município com as contas certas, vou ali e já venho.” Critica também o passado da governação socialista: “Já vimos um histórico de presidentes de Câmara que deixaram a Câmara de Aveiro hipotecada a 50 anos. Nomeadamente, o atual candidato do PS, quando foi presidente de Câmara, deixou-nos uma dívida de aproximadamente 250 milhões de euros. E vamos pelo mesmo caminho com o Eng. Ribau Esteves, que anda aí a dizer que com ele pagam os seis dias. Não pagam. Aliás, saiu um artigo bastante curioso no Jornal de Notícias, que diz que, neste momento, de todos os municípios analisados, Aveiro é o sexto com a maior dívida.” A candidatura será apresentada sob o lema “Compromisso com Aveiro” e, além da promessa de auditoria, apresenta como uma das principais medidas a construção de um novo hospital. “No caso presente, uma das grandes bandeiras da nossa candidatura vai ser a construção de um novo hospital central e universitário, localizado fora de Aveiro, na confluência das grandes autoestradas, nos terrenos do Parque Desportivo de Aveiro. É um projeto que terá cerca de 15 hectares, para ir para a frente e será um projeto extremamente ambicioso. Posso dizer-lhe que só em construção, se calhar, custará menos do que o dito pavilhão desportivo que o Eng. Ribau Esteves acabou de anunciar a quatro meses do final do mandato.” O hospital será, segundo o candidato, complementar ao atual, que passaria a funcionar como centro de saúde de proximidade. “Será um projeto que levaremos para a frente, em parceria estreita com a Universidade de Aveiro, que durante anos lutou para ter um curso de medicina e finalmente conseguiu. Portanto, também aí estaremos na frente. Queremos recuperar a obrigatória relação de proximidade e parceria estratégica fundamentais entre a Câmara e a Universidade.” Para viabilizar o projeto, Diogo Soares Machado admite recorrer a financiamento europeu e a parcerias público-privadas. “A construção de um hospital é competência de quem o quiser construir. Até poderia ser uma competência dos privados. O Estado só tem que autorizar e licenciar o aparecimento de um novo hospital. Estes projetos não se fazem apenas com dinheiro dos municipais: fazem-se com recursos a fontes de financiamento europeus, fazem-se com as parcerias públicas ou privadas. Nomeadamente na questão dos terrenos. Os terrenos estão lá, existem. Uma empresa que se chama Parque Desportivo de Aveiro SA, em que a Câmara é sócia, detém cerca de 186 hectares nessa zona, dos quais nós decidimos com um sócio privado a utilização de 15. E, portanto, só aí já, como vê, é uma fatia de orçamento que não sai de custos públicos.” O candidato assegura que este será um projeto com execução garantida: “Isto é um projeto que, connosco, daqui a quatro anos está no terreno. Isso não tenho dúvida absolutamente nenhuma. Aliás, tenho o compromisso firme, fechado e fiel da direção do partido e dos quatro deputados eleitos por Aveiro, no sentido de que a partir do momento em que formos eleitos, este é o dossiê fundamental.” Outra das marcas da candidatura será a criação de um “Departamento da Transparência” na estrutura da Câmara Municipal. “A criação, dentro da Câmara Municipal, de um departamento de atendimento ao munícipe, que se irá designar exatamente por Departamento da Transparência, que é, nem mais nem menos, do que pôr ao escrutínio de qualquer dos munícipes de Aveiro, ou de qualquer pessoa que se dirija aos serviços municipais, todos os processos de licenciamento, todos os investimento, o estado das contas municipais, porque, no fundo, uma Câmara Municipal, um Executivo de uma Câmara Municipal, nada mais é do que servidores do público, do povo que os elegeu.” E reforça: “Se o público os elegeu, tem que ter acesso a toda a atividade que a Câmara a qualquer momento vai fazendo. Essa é uma bandeira nossa. Em nome do rigor e das contas certas, os executivos do Eng. Ribau Esteves, vão ter que passar pela auditoria da IGF, porque se houver contas a prestar e responsabilidades a assumir, vão ter que as prestar e assumir.” A segurança será outro dos pilares da candidatura. “Queremos avançar até ao final do primeiro ano de mandato, com o sistema de videovigilância e com a instalação de duas novas esquadras de polícia em meio urbano.” O candidato relata mesmo um episódio recente em que foi vítima de furto e teve dificuldades em apresentar queixa. “Roubaram uma matrícula do carro aqui junto à sede do Chega, fui ao antigo Governo Civil para apresentar queixa, mas não se pode apresentar ali, só na esquadra da Griné.” O plano inclui entre 150 a 200 câmaras de videovigilância espalhadas pelo concelho e duas esquadras localizadas na freguesia da Glória e Vera Cruz: “Uma na parte ‘cagaré’, digamos assim, da freguesia da Glória e Vera Cruz e outra na parte ‘ceboleira’.” Sobre a hipótese de coligações, Diogo Soares Machado rejeita fazer cenários e garante que o objetivo é vencer. “Estamos no início do processo. Seria precipitado da minha parte estar a analisar cenários de alianças pós-eleitorais. Nós concorremos para ganhar. Ponto final. Os aveirenses vão ter uma palavra a dizer e no final disso analisaremos o cenário. Não estou a colocar nem fora nem dentro. Agora, não quero uma coligação, não quero. Queremos ganhar e queremos governar e mostrar que já chega dos mesmos sempre.” Por fim, atira uma crítica direta ao que considera uma “chacota nacional”: “Sobretudo quando ainda por cima chegamos ao ridículo ético e moral, digamos assim, de que os mesmos sempre, ou seja, PS e PSD/CDS, têm a ousadia de colocar Aveiro num registro de chacota a nível nacional em que dois irmãos concorrem cada um pelo seu bloco, quase como que garantindo que o poder fica na família ganhe quem ganhar. E isto é uma noção de democracia – apesar de não ser ilegal, nem ilegítimo – que a mim parece bastante distorcida, está a ver.”

Glória e Vera Cruz: Fernando Marques quebra silêncio e diz que não tomará partido nas eleições
Cidade

Glória e Vera Cruz: Fernando Marques quebra silêncio e diz que não tomará partido nas eleições

 “Decidi não me envolver no apoio a quem quer que fosse. Não quero aparecer em qualquer ação pública de apresentação ou a outra iniciativa qualquer, porque quero que os aveirenses decidam pela sua própria consciência”, afirmou o autarca à Ria, esta quinta-feira, 31 de julho, à margem da inauguração do novo edifício multiusos da Junta. No seguimento da conversa destacou ainda a sua preocupação em não melindrar antigos apoiantes de diversas áreas ideológicas. “Sei, com certeza aboluta, que as minhas oito eleições, sete com maioria absoluta, não vieram só da ideologia do meu partido. Vieram de várias ideologias. Por isso, não quero que, ao apoiar uma das fações, os outros se sintam traídos”, justificou. Recorde-se que Fernando Marques, tal como noticiado pela Ria, é um autarca histórico do Município de Aveiro, tendo liderado a União de Freguesias de Glória e Vera Cruz ao longo dos últimos 12 anos. Não poderá recandidatar-se nestas eleições por ter atingido o limite legal de mandatos consecutivos. Apesar disso, a sua ausência na apresentação de Glória Leite como candidata à Junta de Freguesia pela ‘Aliança’ não passou despercebida, contrariando o padrão habitual, onde os autarcas cessantes estiveram sempre presentes. Além disso, o seu nome não foi referido nos discursos de Luís Souto de Miranda, candidato da coligação ‘Aliança Mais Aveiro’ ou da própria Glória Leite. Confrontado com esta omissão, Fernando Marques respondeu: “Não estou absolutamente preocupado com isso. Tenho a minha maneira de ser, considero-me uma pessoa humilde e não dou importância a esses pormenores”, comentou. Apesar de não tomar partido, Fernando Marques fez questão de demonstrar respeito pela candidata da coligação. “Tenho muito respeito por ela, conheço-a desde criança. Tive uma conversa com ela na devida altura e disse claramente que não estaria disponível para apoiar qualquer campanha, fosse de quem fosse”, revelou. O presidente cessante assegura que a sua decisão é definitiva e manterá a neutralidade até ao final do processo eleitoral. “Estou com todos, disponível para todos, mas não participo, não apoio, não tenho qualquer intervenção, quer verbal, quer escrita, em relação aos candidatos à Glória e Vera Cruz”, concluiu. Recorde-se que durante a apresentação da candidatura e confrontado com a ausência de Fernando Marques, Luís Souto de Miranda referiu que este era um momento dedicado ao “futuro “e à apresentação da nova candidata.  Já Glória Leite, em entrevista à Ria, mostrou-se consciente de uma certa discordância, ao afirmar que gostaria que o autarca estivesse “ao nosso lado”, mas que “tal não é possível, pois todos temos as nossas idiossincrasias e são opções pessoais”.

SC Beira-Mar: Direção espera apresentar um novo investidor aos sócios até final de setembro
Cidade

SC Beira-Mar: Direção espera apresentar um novo investidor aos sócios até final de setembro

Aprovado o orçamento para a época 2025/2026, que prevê um prejuízo superior a 170 mil euros, o SC Beira-Mar vê-se agora numa posição ainda mais fragilizada. Na Assembleia Geral desta quarta-feira, o presidente da direção Nuno Quintaneiro voltou a referir que é “preciso investimento para gerar a receita que o clube não consegue gerar por si próprio”. Lembre-se que os auri-negros estiveram perto de constituir uma sociedade desportiva com o parceiro Breno Dias Silva, mas acabaram por perder confiança no investidor e decidiram recuar. De volta à busca por um parceiro, o presidente da direção explica que “voltou à fase de ouvir todos”. A discussão tida até à data já deixa o processo mais adiantado, afirma Nuno Quintaneiro, que nota que a proposta aprovada pelos sócios em Assembleia Geral já pode ser usada para filtrar quem não se identifique com o caminho escolhido pelos beiramarenses. Ainda sem nenhuma garantia, o responsável do SC Beira-Mar conta à Ria que espera poder trazer uma nova proposta aos sócios até ao final do verão. Quintaneiro acredita que no momento da votação do Relatório de Atividades e Contas relativos à temporada 2024/2025 - que, de acordo com os estatutos do clube, deve ser apresentado até 30 de setembro - já deve ter algo para apresentar. Relativamente ao novo processo negocial com os investidores interessados, Nuno Quintaneiro assume que se mantêm os pressupostos para a constituição da sociedade desportiva aprovados pelos sócios em Assembleia Geral. No entanto, não nega que a aprovação de um segundo orçamento consecutivo de saldo negativo faz o clube ficar ainda mais apertado. Pela primeira vez, Nuno Quintaneiro falou ainda abertamente sobre a queda do negócio que o clube ia firmar com o empresário. O dirigente explica que, ao longo dos meses em que trabalhou com o empresário brasileiro, a direção foi-se apercebendo de que o investidor “não tinha o perfil certo”: “É preciso perceber a indústria do futebol para ser rentável, é preciso ter responsabilidade. Percebemos que o Breno não estava preparado para as exigências que um clube como este exige. É preciso ter uma lisura à prova de bala”. Durante a intervenção em Assembleia Geral, o presidente lembrou que, no investimento a ser feito no clube, se juntavam a Breno Dias Silva um conjunto de parceiros que têm “um projeto com vista à aceleração de empresas e na área das tecnologias de inovação na região de Aveiro”. Se estas empresas “mereciam a maior credibilidade” ao Beira-Mar, o facto de Breno ter sido afastado dessa rede acabou por dificultar o negócio. Nuno Quintaneiro reconhece que o empresário não agiu de má-fé e que, embora de forma “atabalhoada”, tentou cumprir com aquilo que estava acordado com o SC Beira-Mar, embora, segundo o presidente, não o tenha conseguido fazer na totalidade ou nos prazos pré-definidos. Até ao momento em que o SC Beira-Mar decidiu desistir do acordo, o investidor já tinha efetuado um pagamento de cerca de 300 mil euros, conforme afirmou o presidente do clube. Segundo a direção, o clube não está legalmente obrigado a devolver esse montante, mas Nuno Quintaneiro assegura que tudo será restituído “ao cêntimo”. Para os dirigentes, não proceder ao reembolso “não seria ético” e transmitiria uma imagem de “gangsters” por parte dos responsáveis do clube auri-negro. Ainda sem ter chegado a acordo sobre o valor definitivo, o clube quer “ter a casa arrumada” quando chegar um novo investidor e, portanto, pretende pagar o mais rapidamente possível. De acordo com o presidente do Beira-Mar, a verba já terá sido utilizada para abater o passivo do clube e ajudar a financiar a parte final da temporada transata.