‘Aliança Mais Aveiro’ apresenta candidatura em Glória e Vera Cruz com ausência de Fernando Marques
A coligação ‘Aliança Mais Aveiro’ (PSD/CDS-PP/PPM) apresentou esta quarta-feira, 23 de julho, Glória Leite como candidata à Junta da União de Freguesias de Glória e Vera Cruz. A ausência de Fernando Marques, histórico presidente da junta que liderou a freguesia nos últimos 12 anos, marcou a sessão, contrariando o padrão das anteriores apresentações, onde os autarcas cessantes estiveram sempre presentes.
Isabel Cunha Marques
JornalistaA apresentação da candidata Glória Leite à Junta da União de Freguesias de Glória e Vera Cruz, pela coligação ‘Aliança Mais Aveiro’ (PSD/CDS-PP/PPM), decorreu esta quarta-feira, em pleno centro da cidade, na Praça Melo Freitas. Ainda antes do início do evento, já se fazia notar uma considerável moldura humana. O ambiente foi animado por um músico ao vivo, acompanhado de um violino, num palco improvisado pela coligação, que atraiu dezenas de apoiantes e curiosos — muitos dos quais aproveitaram para registar o momento em vídeo. Curiosamente, esta mesma praça já foi, em tempos, um espaço de referência para os artistas de rua em Aveiro. Nos últimos anos, porém, vários artistas têm denunciado dificuldades impostas pela autarquia, tal como avançado pela Ria, particularmente no que diz respeito à obtenção de licenças para ali poderem atuar livremente.
Questionado pela Ria sobre se a escolha de um número musical para abrir o evento simbolizava maior apoio aos artistas de rua e à cultura local, Luís Souto de Miranda, candidato da ‘Aliança’ à Câmara Municipal de Aveiro, garantiu que a sua proposta passa pelo diálogo: “Vamos ouvir todos”, afirmou. “Eu tenho por norma sentar as pessoas à mesa e ouvir os argumentos de uns e de outros. É evidente que também não podemos deixar isto virar uma selva urbana”, sublinhou, mostrando-se disponível para construir consensos.
O candidato reforçou ainda a importância da animação cultural contínua na cidade: “Precisamos de muita animação nas nossas ruas. Como disse no meu discurso, temos uma grande manifestação cultural de rua, que é o Festival dos Canais, mas é preciso mais. Eu quero animação o ano todo”, afirmou. Luís Souto de Miranda adiantou ainda que não descarta a criação de um regulamento municipal específico para os artistas de rua, de forma a garantir “regras claras” para todos.
Além deste pormenor, houve um outro detalhe que não passou despercebido a quem marcou presença na Praça Melo Freitas: a ausência de Fernando Marques, atual presidente da Junta de Freguesia de Glória e Vera Cruz. Ao contrário do que tem sucedido nas restantes apresentações da coligação, o autarca não esteve presente no evento, nem o seu nome foi referido nos discursos de Luís Souto de Miranda ou de Glória Leite.
Recorde-se que Fernando Marques é uma figura histórica do Município de Aveiro, tendo liderado a União de Freguesias de Glória e Vera Cruz ao longo dos últimos 12 anos. Não poderá recandidatar-se nestas eleições por ter atingido o limite legal de mandatos consecutivos.
Confrontado com a ausência do autarca, Luís Souto de Miranda referiu que “este é um momento de apontar para o futuro”. “Nós temos todo o respeito pelo trabalho. Haverá um momento obviamente em que será feita a despedida do atual presidente, mas este era o momento da professora Glória e daí não ter havido especiais referências porque as pessoas queriam saber o que ‘Aliança’ pensa para o futuro. Não é muito o dia hoje das homenagens”, justificou.
Questionado sobre o facto de Fernando Marques ter sido, até ao momento, o único presidente de Junta da coligação a faltar às apresentações, o candidato respondeu: “Terá de perguntar ao senhor presidente de Junta”, sublinhando que não foram feitos convites individuais para o evento. “Nós convidamos toda a população a estar presente. Isto é um espaço aberto. (…) Eu pessoalmente não fiz convites a ninguém, apenas convites gerais, através das redes sociais e outros meios”.
Apesar da ausência, o candidato sublinhou o valor do autarca: “É um histórico autarca que nós prezamos pelo trabalho que fez ao longo de muitos anos. É um servidor público a quem Aveiro está muito grato. Isso não há dúvida nenhuma. Será reconhecido na altura certa. (…) Não esteve aqui presente se calhar também por razões pessoais optou por não estar presente”, insistiu.
Sobre se essa ausência poderia ser um sinal de descontentamento com a escolha da candidata, Luís Souto reafirmou que “isso terá de lhe perguntar a ele”. “Não há assim razão nenhuma. Todos os presidentes atuais foram previamente auscultados. Isso é que é importante as pessoas saberem. Depois dessa auscultação escolhemos as soluções que achamos que eram melhores para o futuro da nossa cidade, do nosso Município”, relembrou.
Por sua vez, Glória Leite, em entrevista à Ria, mostrou-se consciente de uma certa discordância, ao afirmar que gostaria que o autarca estivesse “ao nosso lado”, mas que “tal não é possível, pois todos temos as nossas idiossincrasias e são opções pessoais”. “Eu não sou de criar barreiras, sou de criar pontes. Ao longo do caminho, tentei isso, mas não tem sido possível. Pode ser que até ao fim ainda consigamos”, exprimiu, realçando que é uma mulher de “esperança e otimista”.
Ainda assim, a candidata realçou o valor do trabalho realizado por Fernando Marques: “O senhor Fernando tem um trabalho exemplar na União de Freguesias que deve ser muito respeitado e preservado. É isso que nós devemos fazer. Tanto é que dei ênfase à parte que está feita e que deve ser consolidada”, reforçou.
“Acho que também já é altura de termos alguém que vive aqui”
Já durante a sessão de apresentação, o primeiro a tomar a palavra foi Luís Souto de Miranda. Ao longo do seu discurso, fez questão de sublinhar a “emoção particular” que sentiu por estar a apresentar a candidatura de Glória Leite naquele espaço central da cidade. “É um local cheio de história. Nós temos aqui este obelisco que representa uma homenagem que foi feita à liberdade”, referiu, numa alusão à figura de José Estêvão. No seguimento, fez ainda questão de reforçar que é um “filho desta freguesia”. “Nasci aqui, tenho de dizer aqui que de facto eu sou ceboleiro, não sou cagaréu, mas (…) posso dizer que sou um filho desta União de Freguesias”, disse. “Portanto, nasci aqui, sou residente aqui”, continuou.
À semelhança do que tem feito noutras apresentações, o candidato da ‘Aliança Mais Aveiro’ aproveitou o momento para criticar Alberto Souto de Miranda, candidato do Partido Socialista (PS) à Câmara de Aveiro, realçando que o mesmo não reside em Aveiro. “Acho que também já é altura de termos alguém que vive aqui, que vive os nossos problemas, também paga as taxas que vai decretar”, atirou.
Virando o discurso para o futuro de Aveiro e da União de Freguesias de Glória e Vera Cruz, Luís Souto de Miranda afirmou querer construí-lo com uma “renovada energia, determinação e vontade de fazer mais por Aveiro”. “A professora Glória personifica este querer fazer mais.Não lhe faltam qualidades”, comparou. Falando diretamente sobre a candidata, acrescentou: “É um exemplo de força, de vontade, de persistência e de que na vida nada se alcança sem esforço, disciplina, rigor e vontade de vencer os desafios”.
Respondendo indiretamente às críticas que apontavam um eventual conflito de interesses pelo facto de Glória Leite ser, atualmente, diretora do Agrupamento de Escolas José Estêvão, Luís Souto de Miranda assegurou que: “A professora Glória, que estamos hoje aqui a apresentar, não precisa de mais um cargo para se evidenciar, não precisa de resolver a sua vida pessoal com o cargo de junta de freguesia”. “A Glória está aqui por uma razão, porque ama a sua freguesia e ama Aveiro.A Glória está aqui porque quer mesmo fazer coisas boas pela comunidade”, reforçou.
Também em entrevista à Ria, Glória Leite reconheceu que têm existido “algumas tentativas” de levantar dúvidas sobre a compatibilidade entre os dois cargos, mas garantiu que só aceitou o convite porque a lei o permite. “Se não fosse compatível, eu não teria aceitado”, afirmou. “A lei prevê que um diretor possa exercer o cargo de presidente de junta em regime de não permanência, sem auferir qualquer vencimento — mantém-se o vencimento de origem na escola — mas assumindo integralmente a responsabilidade executiva”, explicou.
Para que essa conciliação funcione, destacou a importância de ter equipas sólidas em ambas as frentes: "Tenho de ter uma equipa forte na União de Freguesias e uma equipa forte na escola e é isso que pretendo”. Lembrou ainda que não se trata de uma situação inédita, apontando o exemplo de Filinto Lima, atual presidente da Junta de Freguesia de Oliveira do Douro e, simultaneamente, diretor do Agrupamento de Escolas Dr. Costa Matos. “O que temos de ter sempre na vida? Bom senso, equilíbrio e discernimento para saber quando estamos num papel e quando estamos no outro”, rematou.
Ainda na apresentação, Luís Souto de Miranda revelou também que muitos se questionaram por Glória Leite ser candidata independente pela ‘Aliança’. Aproveitou o momento para citar o Luís Montenegro, primeiro-ministro, sublinhando que “temos de trazer os bons para a política, sem exigir cartão de partido”.
Aproveitando o perfil da candidata, Luís Souto de Miranda destacou o seu “rigor” — qualidade que, segundo o próprio, é fundamental também na gestão autárquica — e lançou nova crítica ao PS: “Precisamos de rigor para não voltarmos ao tempo do descrédito. Os aveirenses já tiveram a sua troika, já pagaram os seus impostos, os desvarios do passado da governação socialista da Câmara Municipal”, apontou.
Para reforçar a diferença entre a gestão atual e a anterior, deu como exemplo o prazo médio de pagamento a fornecedores por parte da Câmara de Aveiro, afirmando que atualmente é de apenas “quatro dias”. “Sabem qual era o prazo de pagamento aos fornecedores no tempo da governação socialista? Não havia prazo.Era a perder de vista”, respondeu, classificando essa realidade como uma falta de respeito para com os pequenos empresários, associações, clubes e até juntas de freguesia. “Nós não estamos para esse peditório. (…) O dinheiro público é de todos nós e exige rigor na sua aplicação”, reforçou.
Já sobre os projetos para o futuro da cidade, o candidato da ‘Aliança Mais Aveiro’ destacou a antiga lota como uma “oportunidade única” e lamentou a postura dos partidos da oposição, que se têm mostrado críticos face à proposta do executivo para aquele espaço que prevê, entre outros aspetos, a criação de habitação e de um hotel. “Chega de conversa fiada e de intelectuais de pacotilha que estão sistematicamente a atrasar o desenvolvimento da nossa terra”, criticou.
“O presidente Ribau Esteves conseguiu, após uma luta de anos, (…) que esta área da antiga lota viesse para a esfera municipal.Já foi feito o concurso de ideias.Certamente haverá ajustes, mas não é tempo de andar a repensar tudo”, continuou. Recorde-se que, na passada segunda-feira, 21 de julho, a Iniciativa Liberal (IL) propôs uma alternativa ao plano em curso, sugerindo a criação de um “novo centro de vida urbana” na antiga lota e rejeitando “mais luxo à beira-ria”. Em resposta às críticas e sugestões apresentadas pela oposição, Luís Souto respondeu: “É muito bonito propor ideias muito lindas e o dinheiro senão sair das receitas previstas acreditem que a fatura é de cada um de vocês que está aqui a assistir”.
Para o candidato aquele espaço será a “futura joia da coroa de Aveiro”. “Será um espaço nobre para andarmos lá a passear, para as atividades náuticas.Aveiro tem uma tradição náutica que não pode perder, pelo contrário, temos de expandir”, sublinhou.
Já sobre a Zona do Cais do Paraíso — alvo de críticas recentes da oposição, nomeadamente do Bloco de Esquerda (BE), que classificou o projeto de hotel previsto como um “mamarracho” - Luís Souto de Miranda voltou a criticar o posicionamento dos partidos da oposição. “Agora que se arranjou uma solução para um problema de décadas, uma vergonha às portas da cidade, lá vem novamente o coro dos ‘velhos do Restelo’”, ironizou. “Nós queremos que aquela área seja valorizada, que se torne um local de excelência [e] preservar aquele moinho que ali está”, sintetizou.
Abordando, desta vez, a zona da Beira-Mar e da Praça do Peixe — precisamente o local onde decorreu a sessão —, o candidato da ‘Aliança’ sublinhou a necessidade de reforçar a segurança na freguesia, tanto ao nível da circulação rodoviária como nos espaços públicos. “A prevista videovigilância vai mesmo avançar. Haverá zonas específicas que o justificam. Eu estou farto, mas mesmo farto de ver atos de vandalismo na minha terra”, exprimiu.
Luís Souto de Miranda apresenta “seis áreas” do programa eleitoral
Referindo-se ao seu programa eleitoral, Luís Souto de Miranda apresentou “seis áreas”, sublinhando que se trata de compromissos “mesmo para cumprir”. “Mais vale prometer pouco e fazer do que anunciar muitos sonhos que se podem traduzir em pesadelos para os contribuintes aveirenses”, atirou.
A primeira dessas áreas prende-se com a melhoria do espaço urbano e das vias de comunicação na cidade. Entre os exemplos referidos, destacou a necessidade de eliminar os buracos nos passeios e de melhorar as condições das ruas, sobretudo para pessoas com deficiência. Ainda neste ponto, anunciou que está previsto um concurso público, “em breve”, para uma intervenção profunda no bairro da Beira-Mar. “Será já no nosso mandato que essa recuperação irá avançar e ser concluída”, garantiu.
O candidato da ‘Aliança’ frisou ainda a urgência de melhorar a acessibilidade pedonal e a fluidez do trânsito automóvel na Avenida, apontando como solução o reforço das condições de segurança e a expansão das vias cicláveis.
Quanto aos transportes públicos, admitiu que, embora tenham sido feitas melhorias, ainda há trabalho por fazer. “Não há dúvida de que é preciso repensar a oferta de transportes públicos”, disse, defendendo também o incentivo à utilização dos parques periféricos em articulação com os transportes coletivos.
Como segundo eixo do seu programa, Luís Souto de Miranda propôs tornar a cidade — e particularmente a freguesia — “mais verde e mais amiga do desporto informal”. “Quero que cada bairro tenha um apontamento paisagístico que torne a cidade mais bonita, mais agradável”, explicou. “Em cada bairro um recinto, pode ser muito simples, mas que permita que os miúdos, ou mais graúdos, brinquem e joguem, que é algo que nos faz muita falta. Não podemos ter só locais para estarem sentados a fazer scrolling no telemóvel”, acrescentou.
No âmbito das requalificações de espaços públicos, manifestou ainda o desejo de intervir no Parque Infante D. Pedro, de avançar com o Parque das Barrocas e de concretizar, por fases, o que chamou de “futuro grande parque da cidade”, previsto para a zona do pavilhão do Galitos, em função dos meios disponíveis.
Como terceiro grande objetivo, o candidato da ‘Aliança’ propôs aumentar a atratividade de Aveiro, tanto para visitantes como para residentes. “É ótimo fazer um passeio de moliceiro (…), mas as pessoas vão dizendo: falta aqui qualquer coisa. O Festival dos Canais é excelente, mas há quem defenda que precisamos de mais atratividade”, observou. Nesse sentido, defendeu a criação de uma programação cultural consistente “ao longo do ano”, com iniciativas que reforcem os motivos para visitar a cidade — e, sobretudo, para nela permanecer.
Como exemplo prático, destacou o Ecomuseu do Sal, iniciativa que considerou “excelente”, propondo o alargamento do conceito com a criação de um novo polo dedicado ao sal, nas suas diversas vertentes. “O sal pode voltar a ser o nosso ouro branco”, afirmou, sublinhando a importância de uma estreita colaboração com a Universidade de Aveiro para concretizar este desígnio.
Valorizando também a preservação das tradições locais, Luís Souto de Miranda assegurou que “tudo o que seja reavivar, preservar e divulgar as nossas tradições contem connosco”. Neste âmbito, propôs o regresso da Feira de Artesanato de Aveiro (FARAV), evento que, recordou, “tanto êxito teve há uns anos atrás com a participação de várias entidades”. Por fim, apontou ainda a criação de um centro de arte contemporânea como um dos projetos emblemáticos para a cidade: “Uma referência a nível nacional e, porque não, a par com o que melhor se faz por essa Europa fora”.
Como quarta grande prioridade, o candidato da ‘Aliança’ assinalou a habitação, classificando-a como “o problema número um — em Aveiro, em Portugal e em toda a Europa”. Defendeu a necessidade de “dar força aos projetos de habitação a custos controlados” já previstos para o concelho.
Apesar de pertencer ao partido que lidera o Governo, garantiu que isso não condicionará a sua atuação. “Eu sou do partido do Governo, mas que ninguém pense que estarei de braços estendidos a pedir favores. Eu vou fazer uma cooperação estratégica com o Governo, para garantir que este assume as suas responsabilidades. E nesta área da habitação, é o Governo que tem a primeira palavra”, vincou.
Luís Souto de Miranda acrescentou que há margem para “ser mais ambicioso” e explorar oportunidades para habitação acessível mesmo no centro da cidade. No entanto, advertiu que esse processo exige “uma concertação ótima entre a Câmara Municipal e o Governo”. E concluiu: “Os aveirenses decidirão, mas, de forma muito racional, penso que será mesmo melhor para Aveiro termos dois Luíses à frente: um na Câmara e outro no Governo”.
Como quinto eixo abordou a questão da educação, garantindo que irão avançar “a todo o vapor” com a construção da nova Escola Secundária Homem Cristo. Por fim, falou sobre a saúde, insistindo que “Aveiro não pode esperar mais pela expansão do hospital”. “É inadmissível o que têm feito a Aveiro. São anos após anos. Parece que estão a gozar connosco”, confessou. Reforçando a crítica ao PS, questionou a pertinência de “voltar à discussão de há 20 anos” sobre a localização do hospital, perguntando diretamente: “Vocês acham que isso é bom para Aveiro nesta altura?”
Glória Leite garante ser uma voz “exigente, ativa e independente”
Na sua intervenção, Glória Leite confessou ter-se inspirado em José Estêvão, citando-o ao longo do discurso: “Os títulos em que fundo a minha candidatura são a inocência da minha vida política e a minha constante dedicação pelas coisas da nossa terra”. “Estar em Aveiro implica disponibilidade, exigência, visão, planeamento, proatividade e inovação”, acrescentou a candidata.
Além das linhas apresentadas por Luís Souto de Miranda, Glória Leite sublinhou ainda a intenção de melhorar a comunicação com os fregueses, propondo a ampliação do horário de funcionamento, a aposta em canais online e a criação de uma linha de apoio para o relato de questões e problemas. Garantiu a manutenção dos “cabazes de Natal” e do “passeio sénior anual”, mas destacou que “queremos uma freguesia sem solidão, com um programa intergeracional com valência múltiplas”.
Apostando no voluntariado, tanto jovem como sénior, a candidata explicou: “Temos pensado num programa que envolva as várias faixas etárias, com mais ou menos experiência de vida, mas com benefícios para todos”. Nesse sentido, anunciou que será implementado o serviço gratuito de “cuidador de proximidade”, destinado a apoiar em pequenas tarefas domésticas e no acompanhamento daqueles que mais precisam.
Glória Leite reforçou o compromisso com a cultura e o desporto, explicando que pretendem “fazer acontecer mais Aveiro com ação, visão e compromisso, dando particular relevância à ligação entre a cultura, incluindo todas as vertentes culturais, e o desporto, com as associações e clubes que têm demonstrado toda a disponibilidade para participar num programa social de dinamização cultural anual da União de Freguesias, em diferentes locais”.
A candidata destacou ainda a importância de “unir gerações, fomentar a captação de talentos para as nossas associações e clubes e fazer dos eventos uma normalidade, respeitando quem cá mora e aqueles que escolheram a cidade como sua”. Sobre o desporto, apontou que “os espaços que estão à nossa volta necessitam de intervenção urgente para que possam ser fruídos por todos, para que sejam fator de promoção da atividade física na nossa cidade”. Entre as prioridades estão a dinamização do Parque Infante D. Pedro, a requalificação dos bairros de Santiago e do Liceu, e a intervenção nos campos de basquetebol, futebol e ténis, para “colocar os vizinhos a conviver, travar as solidões e promover a saúde mental”.
Glória Leite apontou ainda a necessidade de reordenar o turismo, propondo que a União de Freguesias promova a mobilidade entre a estação e o centro da cidade, “feita com equilíbrio para existirem turistas em ambos os lados da freguesia”. Sugeriu também disponibilizar “informação consolidada, atualizada e de fácil acesso” com todos os pontos de interesse “cultural, etnográfico, material e imaterial”, assim como articular com o comércio e artesãos para a organização de eventos ao longo do ano.
“Queremos ser uma União de Freguesias sustentável e amiga do ambiente. Queremos os parques verdes para as gerações, promotores de atividades para todas as idades, multiculturais, multifunções e inclusivos”, destacou. “Queremos as hortas no centro da cidade e também as queremos em Vilar, e teremos estas como uma prioridade”, continuou. Sobre este último, disse que “a Ribeira de Vilar está no nosso programa como prioritária” e que acolhem “o projeto da Universidade do Minho, colaborando com a Câmara e com as outras freguesias da cidade”.
Envolvendo as escolas, Glória Leite enfatizou que “os nossos fregueses mais novos têm de ser parte da solução. (…) Também com eles levaremos a cabo ações de limpeza comunitária nas margens e canais, em parceria com associações náuticas, ambientais e outras da freguesia”.
Prometeu ainda melhorar a limpeza e manutenção dos cemitérios. Destacou a prioridade em “rebaixar os passeios e melhorar as acessibilidades em toda a cidade”, comprometendo-se a resolver, em cooperação com a Câmara e com Luís Souto, “a falta de estacionamento, a habitação e a melhoria da iluminação pública”.
No final, assegurou que será sempre uma voz “exigente, ativa, independente, junto do nosso futuro presidente da Câmara”. “Seremos sempre uma voz firme,construtiva na defesa dos interessesda nossa União de Freguesias,com humildade e com muita alegria”, rematou.
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‘Aliança Mais Aveiro’ apresenta candidata à Junta de Aradas com foco na “continuidade” e “inovação”
Atual presidente da Junta, Catarina Barreto concorre assim a um terceiro e último mandato, conforme previsto pela legislação em vigor. Durante a apresentação, Luís Souto de Miranda, candidato da coligação à Câmara Municipal de Aveiro, enalteceu a recandidata, classificando-a como “uma das autarcas com mais experiência política e de gestão ao nível das freguesias”. Destacou ainda o papel “relevante” que Catarina Barreto tem desempenhado na Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE). Comparando Catarina Barreto a Luís Montenegro, primeiro-ministro, Luís Souto de Miranda defendeu que “aqui em Aradas, à imagem do nosso primeiro-ministro, só precisamos mesmo que deixem a Catarina trabalhar”. “Precisamos mesmo que a deixem fazer o que interessa às pessoas do Bom Sucesso, de Verdemilho, da Quinta do Picado e de Aradas. E o que é que interessa mesmo a estas pessoas? Interessa que resolvam os seus problemas, que melhorem a qualidade das suas vidas”, respondeu. No seguimento, partilhou que a candidatura estará assente em dois eixos: “continuidade e inovação”. “Continuidade porque a nossa candidatura não quer ruturas com a atual governação. Nem isso faria sentido sendo eu próprio um membro da atual maioria, tal como é também a presidente Catarina Barreto”, sublinhou. “Vamos avançar e dar seguimento aos bons projetos para Aradas e para Aveiro”, continuou. A apresentação da candidatura decorreu na Casa de Música, atual sede da Orquestra Filarmonia das Beiras — um detalhe que o candidato fez questão de destacar como exemplo do investimento cultural no concelho. “Isso é muito positivo”, afirmou, recordando que a requalificação do espaço representou um investimento de cerca de “um milhão de euros” por parte da Câmara Municipal de Aveiro. “Esta obra (…) requalificou por completo aquilo que vocês conheceram e bem, o antigo Centro Cívico”, lembrou. Luís Souto de Miranda sublinhou ainda que, no futuro, este centro será um “projeto muito mais ambicioso com um valor estimado de 16 milhões de euros de investimento” que resultará na criação do “Quarteirão das Artes e da Cultura de Aveiro”. Em resposta a possíveis críticas sobre a origem da iniciativa, o candidato foi direto: “Alguns poderão dizer: ‘Ah, mas isso foi ideia do Ribau Esteves’. Eu não tenho problema nenhum com isso. Não tenho vaidade pessoal. Se as ideias são boas, se estão bem preparadas e têm justificação, eu quero avançar com elas”. Recorde-se que, também esta quinta-feira, Alberto Souto de Miranda, candidato do Partido Socialista (PS) à Câmara de Aveiro, dirigiu críticas à ‘Aliança’, referindo que as “ideias boas não são suas e as suas ou são muito vagas ou são mesmo péssimas”. Sobre o investimento no Quarteirão das Artes, Luís Souto de Miranda adiantou ainda que o projeto será concretizado “por fases”, começando pelo “Complexo da Memória e Identidade”, que acolherá os arquivos municipais. “Na verdade, Aradas (…) vai ser a capital cultural do município”, constou. Esta aposta, defendeu, está em linha com um dos eixos estratégicos da sua candidatura: reforçar a coesão territorial no município. “Temos de trabalhar, estender o progresso, o desenvolvimento, a cultura, a educação, a recriação a todas as freguesias, a todos os lugares do nosso município”, desejou. Referindo-se ao equipamento cultural, Luís Souto de Miranda frisou que o projeto ocupará toda a área da antiga Quinta do Forte, que muitos conheceram mais tarde como colégio. “É preciso lembrar que esta vasta área esteve, décadas, parada, sem qualquer solução à vista”, expôs. No seguimento da sua intervenção, e alinhado com o tom crítico que tem sido habitual nas suas apresentações, o candidato da ‘Aliança’ teceu críticas ao PS: “Foi graças ao atual presidente, Ribau Esteves, que, contra muitas forças de resistência — e, calma lá, o PS aqui também teve a sua cota-parte de responsabilidade — este projeto avançou. Eles não gostam de ouvir isto, mas a gente tem de lembrar: foi devido à sua determinação e ao seu labor que Aveiro e Aradas ganharam esta extraordinária oportunidade onde hoje nos encontramos”. Prosseguindo com os projetos que pretende implementar em Aradas, Luís Souto destacou a requalificação da zona do Carocho “em diálogo com a Associação dos Amigos do Carocho (ADAC)”. “Este é um assunto (…) que já leva demasiado tempo. (…) Acreditem que o Carocho vai estar nas nossas prioridades mal cheguemos à Câmara Municipal”, prometeu. Abordou ainda a questão da habitação, que considerou uma “área fundamental”, como já havia salientado em anteriores apresentações. “Significativamente também é aqui em Aradas que temos assistido a um grande crescimento, quer em população, quer no seu parque habitacional”, afirmou, recordando que é naquela freguesia que está em curso o “primeiro projeto de habitação a custos controlados (…) na urbanização da Quinta da Pinheira, onde estão previstos 320 fogos”. Com o aumento da população residente, o candidato reforçou a necessidade de melhorar “muito as acessibilidades”. Como exemplo, apontou a intervenção na Avenida Europa. “Aradas merece que a Avenida Europa seja requalificada na sua extensão que atravessa esta freguesia, como foi noutras zonas da mesma avenida, chamada antigamente 109. É preciso colocar passeios”, reconheceu, acrescentando que é também fundamental incluir Aradas na “rota das vias cicláveis” do município. Luís Souto de Miranda falou ainda sobre o projeto da “Via Panorâmica”, que considera “uma nova realidade” para a região, e que atravessará parte da freguesia. “Da Rua da Pega em Aveiro, ligando a Ílhavo, e marginando, na medida do possível, porque há aqui uma entidade muito importante que condiciona tudo isto, que é a Agência Portuguesa do Ambiente (APA). (…) Essa Via Panorâmica irá marginar a Ria e vai ter um grande impacto nesta freguesia”, explicou. O candidato acrescentou que pretendem também intervir na zona da Malhada do Eirô, “tornando aquele espaço para fruição pública e respeitando os valores ambientais”. Falando ainda sobre a antiga Igreja Matriz de Aradas, que “se encontrava bem junto à Ria, virada para o Esteiro de São Pedro”, Luís Souto de Miranda partilhou a vontade de “nos voltarmos para esse belo pedaço da paisagem de Aradas e de Aveiro”, apelando à colaboração da Universidade de Aveiro (UA), com quem pretende estabelecer uma “relação de excelência”. “Ali podemos vir a criar um grande parque ecológico do Esteiro de São Pedro de Aradas”, sintetizou, avançando também que o Largo da Quinta do Picado será requalificado. O candidato da ‘Aliança’ adiantou ainda que haverá uma forte aposta na melhoria da rede viária da freguesia. Sublinhou, igualmente, a importância de estabelecer uma “parceria ativa” com os clubes e associações locais, apontando como exemplo o Futebol Clube Bom Sucesso. “Somos sensíveis às suas dificuldades, como somos sensíveis e vamos trabalhar com as outras associações desportivas e culturais de Aradas”, vincou. Por fim, revelou que o programa completo da candidatura será apresentado “em setembro”. Na sua intervenção, Catarina Barreto fez um extenso balanço do trabalho desenvolvido na freguesia desde 2017, destacando os investimentos realizados, as promessas cumpridas e os projetos em curso. Começou por sublinhar que, desde que assumiu funções, a Junta de Freguesia de Aradas requalificou mais de “40 ruas”, além de ter reabilitado e ampliado o “Centro Escolar de Verdemilho e a Escola Básica do Bom Sucesso”. Recordou ainda a criação do projeto Aradas+, que envolve diariamente “mais de uma centena de pessoas”, a dinamização do Festival Aradas+, que, na sua última edição, contou com “mais de 1500 participantes” e da semana Aradas+ que também bateu recordes, ultrapassando os “3000 participantes”. Entre os vários projetos sociais, destacou o programa Cuidar pelo Amor, desenvolvido em parceria com o Estabelecimento Prisional de Aveiro, para promover a reintegração de reclusos. Sublinhou igualmente o papel de Aradas como parceira ativa da Liga Portuguesa Contra o Cancro do Núcleo Centro, através do projeto Outubro Rosa, e das colaborações com o Hospital Pediátrico de Coimbra, a Cruz Vermelha de Aveiro, o Instituto Português do Sangue e a Associação Calioásis. Na habitação, destacou a implementação do projeto de habitação a custos controlados na Quinta da Pinheira, tal como Luís Souto, que disponibiliza “320 apartamentos” — estando “170” já quase concluídos —, classificando-o como “pioneiro” nos últimos dez anos. “Mais uma vez cumprimos”, garantiu. Catarina Barreto fez ainda referência à integração de Aradas, pela primeira vez, nos órgãos da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE), à captação de investimento público e privado e à participação no projeto europeu DUT – V2G – Quests (Veículos para Rede para Transições equitativas de emissão zero em distritos de energia positiva), em consórcio com a UA. Na vertente económica, apontou o crescimento das zonas comerciais e a criação de “mais de mil postos de trabalho diretos”. Já ao nível da limpeza urbana, referiu a reorganização dos serviços e parcerias com o Instituto de Emprego, a Cooperativa para a Educação, Reabilitação, Capacitação e Inclusão (CERCI) e o Centro de Ação Social do Concelho de Ílhavo (CASCI), para garantir maior eficiência na manutenção dos espaços públicos. “Libertamos o cemitério da freguesia de Aradas do antigo estaleiro da Junta, que de forma muito pouco digna e insalubre acolhia os nossos funcionários”, avançou. A reabilitação da Unidade de Saúde de Aradas, encerrada em 2017 por falta de condições, foi apontada como uma das primeiras obras executadas. Destacou também o apoio contínuo ao movimento associativo, desde a atribuição de sedes a coletividades como os “Tainas”, a “Associação de Xadrez Distrital” ou o “Grupo Poético de Aveiro”, até ao apoio logístico e financeiro para a aquisição de instrumentos, equipamentos e melhoria de infraestruturas. Referiu a criação de equipamentos como o “Parque Intergeracional da Quinta do Canha”, o Parque de Merendas e a requalificação de parques infantis, aumentando de “um” para vários os espaços de lazer disponíveis. Sublinhou também a criação do “Espaço Cidadão” e da “nova identidade corporativa” da Junta. Mencionou ainda a profunda reabilitação do antigo edifício degradado que hoje acolhe a Casa de Música de Aradas, infraestrutura que passou a albergar a Orquestra das Beiras, os Serviços de Cultura da Câmara Municipal de Aveiro e uma filial da Biblioteca Municipal. “Prometemos, cumprimos”, repetiu diversas vezes. Sobre o futuro, Catarina Barreto assumiu novos compromissos: a reabilitação do Largo da Capela da Quinta do Picado, a criação de acessos pedonais seguros na Avenida Europa, a melhoria do parque escolar, a reabilitação da rede viária e a criação de zonas cicláveis e espaços de lazer. Sublinhou também a necessidade urgente de intervenção nas piscinas do Carocho e no complexo do Futebol Clube Bom Sucesso. Assumiu, ainda, o compromisso de reabilitar áreas naturais como a Malhada do Eirô, o Esteiro e São Pedro, com respeito pela biodiversidade, e defendeu a revisão da Carta Educativa. Reafirmou a necessidade da execução da via panorâmica e da transformação do Quarteirão das Artes e Cultura num “importante e inovador polo de cultura”. “Comparemos a Aradas de 2017 com a Aradas de hoje. (…) A obra fala por nós e está à vista de todos”, apelou. No final, Catarina Barreto declarou ainda que “apresentamo-nos hoje, com a maturidade de quem sabe o que fazer e como fazer, e com a certeza da obra feita e a motivação de quem nunca vira a cara a uma boa luta, a quem o trabalho não assusta”. “Antes, pelo contrário, dignifica”, respondeu. E concluiu: “A paixão de quem ama a sua freguesia e a sua cidade, que escolheu e vai continuar a escolher do serviço público uma realização pessoal e também uma obrigação cívica”.
Aveiro: Plano de Pormenor do Cais do Paraíso entra em discussão pública
Segundo uma nota camarária, o plano visa a reconversão de um vazio urbano de importância estratégica localizado numa das principais portas de entrada da cidade, promovendo a qualificação e a integração harmoniosa entre o tecido urbano e os canais da Ria de Aveiro. Após o período de participação pública, o documento segue para nova apreciação pelo executivo municipal e para deliberação da Assembleia Municipal de Aveiro. Recorde-se que na reunião camarária do dia 24 de junho, o Executivo aprovou a proposta do Plano de Pormenor do Cais do Paraíso, que contempla a construção de uma unidade hoteleira de 12 andares. Aprovado foi também o Relatório de Fundamentação que justifica a não sujeição do plano a Avaliação Ambiental Estratégica, em conformidade com a legislação em vigor. Apesar da aprovação, o plano de pormenor contou com os votos contra dos dois vereadores do Partido Socialista (PS) e com a abstenção do vereador Rui Soares Carneiro. O tema voltou à agenda política no dia 3 de julho, com o BE a emitir um comunicado onde reforça a sua oposição ao projeto.
Câmara de Aveiro abre concurso para reabilitar vários arruamentos por 1,7 milhões de euros
Segundo uma nota camarária, o executivo municipal deliberou aprovar a abertura do concurso público para a empreitada de reabilitação das ligações Azurva – Esgueira e Alagoas – Santa Joana – Área 3. A obra tem um valor base de 1,696 milhões de euros e um prazo de execução de um ano. A empreitada prevê a renovação integral do pavimento, da sinalização e das zonas pedonais, assegurando melhores condições de circulação para condutores e peões, bem como maior conforto e funcionalidade urbana para a população servida pelas ligações entre Esgueira, Azurva, Alagoas e Santa Joana, com novas áreas e estacionamento automóvel e redes de águas pluviais.
Ângelo Costa é o candidato do BE à Junta de Freguesia de Requeixo, Nossa Senhora de Fátima e Nariz
Segundo uma nota enviada às redações, o BE descreve-o como “uma das vozes mais fortes na freguesia, tendo organizado várias lutas populares por uma vida coletiva melhor na sua comunidade”. Entre os exemplos, aponta: “A luta por mais e melhores transportes públicos”; “a manifestação pela segurança rodoviária na freguesia” e a organização de “protestos contra a redução do horário do centro de saúde de Nossa Senhora de Fátima”. Ângelo Costa apresenta-se agora pela segunda vez à Assembleia de Freguesia, com um programa “em torno da mobilidade, transportes públicos e serviços públicos”. “Agora com preocupações ainda mais reforçadas pelo crescente preço da habitação que dificulta a vida de quem vive na freguesia e em particular dos seus filhos e netos”, realça a nota. A proteção contra incêndios e a dinamização da agricultura são outras das prioridades da candidatura. Nas eleições autárquicas de 2021, a coligação ‘Aliança com Aveiro’ (PSD/CDS-PP/PPM) venceu com 60,54% dos votos na freguesia, elegendo sete mandatos contra dois do PS/PAN. O BE obteve 6.06% dos votos.
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Aviso amarelo prolongado até madrugada de 3.ª feira em 14 distritos devido ao calor
O aviso amarelo emitido para o fim de semana para todos os distritos do país foi estendido até às 00:00 de terça-feira em Beja, Braga, Bragança, Castelo Branco, Évora, Faro, Guarda, Portalegre, Porto, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu. Já nos distritos de Aveiro, Coimbra, Leiria e Lisboa, para onde está prevista a “persistência de valores elevados de temperatura máxima, exceto na faixa costeira”, o aviso amarelo termina às 18:00 de hoje. O aviso amarelo é emitido quando há uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica. O IPMA prevê para os próximos dias no continente tempo quente com valores superiores à normal climatológica desta altura do ano. Esta subida de temperatura deve-se, segundo o IPMA, “à intensificação de um anticiclone localizado sobre os Açores e o estabelecimento de uma crista associada a esse anticiclone que se estenderá até ao golfo da Biscaia, promovendo o transporte de uma massa de ar de origem continental (quente e seco) sobre a Península Ibérica”. A temperatura máxima deverá atingir valores acima de 30 graus Celsius na generalidade do território do continente, podendo rondar os 40 graus em alguns locais, nomeadamente do Alentejo, vale do Tejo e vale do Douro. Apenas alguns locais da faixa costeira ocidental poderão registar valores abaixo dos 30 graus devido à brisa marítima, que será por vezes moderada, em especial durante as tardes. A temperatura mínima também registará valores elevados, não descendo dos 20 graus em algumas regiões, em particular no sul, vale do Tejo e Beira Baixa.
Município volta a procurar ideias para escultura de homenagem aos Cardadores de Vale de Ílhavo
Após o concurso público lançado para este fim ter ficado sem adjudicação, conforme avança uma nota de imprensa do Município enviada às redações, “por nenhuma das cinco propostas apresentadas cumprir os requisitos exigidos”, a autarquia mantém a intenção de concretizar esta homenagem. A escultura será implantada junto à sede da associação “Os Cardadores de Vale de Ílhavo - Associação Cultural e Recreativa” e pretende celebrar e perpetuar esta tradição. Na nota, a autarquia adianta que as propostas devem ser entregues até às 23h59 do dia 6 de agosto, presencialmente no Gabinete de Atendimento Geral da Câmara Municipal de Ílhavo, por via postal ou através do endereço de correio eletrónico [email protected]. A iniciativa prevê que, caso seja apresentada uma ideia que se destaque pela sua “qualidade, interesse e exequibilidade”, esta possa ser escolhida para “desenvolvimento e concretização”, através de um procedimento por ajuste direto, ao abrigo do Código dos Contratos Públicos, até ao valor máximo de 40.650 euros (acrescidos de IVA). “Não haverá lugar à atribuição de qualquer prémio para as restantes ideias apresentadas”, acrescenta. Com origens ancestrais e envolta em mistério, a figura dos Cardadores representa um grupo exclusivamente masculino que surge apenas durante o Carnaval. As máscaras artesanais, feitas com materiais rústicos como cotim, pele de carneiro, cortiça e bigodes de boi, são acompanhadas por uma indumentária peculiar: asas, fitas coloridas, roupa interior feminina, lenço de tricana, meias até ao joelho, sinos e o perfume característico “Tabu”. Usam ainda roupa interior feminina, lenço de tricana, meias até ao joelho, sinos e as tradicionais cardas, com as quais interagem com o público.
Licença parental pode chegar a seis meses com partilha entre progenitores
De acordo com o anteprojeto de lei da reforma da legislação laboral entregue aos parceiros sociais e a que a Lusa teve acesso, “a licença parental inicial pode durar até 180 dias consecutivos”. Atualmente, o Código do Trabalho prevê que mãe e pai tenham direito a uma licença de 120 dias ou 150 dias consecutivos, cujo gozo podem partilhar após o parto, e que pode ser usufruído em simultâneo pelos dois. Com as alterações propostas pelo Governo, a licença parental inicial poderá durar seis meses se, depois do gozo obrigatório dos 120 dias, “que pode ser partilhado entre os progenitores”, os pais optarem por mais 60 dias, facultativos, “em regime partilhado em períodos iguais”. Se não for o caso, a licença pode ir até 150 dias, com o gozo de um período adicional facultativo de 30 dias aos 120 dias obrigatórios. O atual Código do Trabalho já prevê que a licença parental inicial possa durar 180 dias se os pais optarem por usufruir 150 dias consecutivos e “no caso de cada um dos progenitores gozar, em exclusivo, um período de 30 dias consecutivos, ou dois períodos de 15 dias consecutivos, após o período de gozo obrigatório pela mãe”.
Autárquicas: Fernando Saramago candidata-se pela CDU em Estarreja
Fernando Saramago, de 72 anos, trabalhou no Amoníaco Português/Quimigal, Quimiparque e Baía do Tejo – Estarreja e foi dirigente sindical. Segundo uma nota da CDU, o candidato participa ativamente desde os 18 anos em atividades sociais, culturais e associativas, tendo iniciado o seu percurso na Juventude Operária Católica (JOC). Foi ainda atleta de futebol e de andebol do Clube Desportivo de Estarreja e do Grupo Desportivo Amoníaco Português/Quimigal, foi dirigente do GDAP/Quimigal e depois do Estarreja Andebol Clube. Fernando Saramago é deputadoda CDU na Assembleia de Freguesia de Beduído desde 2008 e é membro da Concelhia de Estarreja do PCP. Além de Fernando Saramago,são já conhecidas as candidaturas à Câmara de Estarreja de Manuel Almeida (PS), da atual vice-presidente Isabel Simões Pinto (PSD/CDS-PP) e de Marisa Macedo (independente). Nas eleições autárquicas de 2021, o PSD concorreu em coligação com o CDS-PP e obteve 52,31% dos votos e quatro mandatos, e o PS conquistou 33,45% dos eleitores e três mandatos, sendo o terceiro mais votado o PCP-PEV, com 05,46% dos votos, sem obter qualquer mandato no executivo municipal. As eleições autárquicas vão realizar-se em 12 de outubro.