Legislativas: IL promete contribuir para “uma solução de centro-direita reformista e estável”
O líder da IL afirmou hoje que o seu partido está disponível contribuir para uma “solução de centro-direita reformista e estável”, mas advertiu que será “exigente e rigoroso” para garantir que não servirá para fazer “mais do mesmo”.
Redação
“O nosso compromisso com os portugueses é, primeiro, mudança, reformas, exigência e, segundo, contribuir para uma solução de centro-direita, reformista e estável do ponto de vista político”, afirmou Rui Rocha em declarações aos jornalistas numa loja de ovos moles, em Aveiro, onde vestiu o avental e cozinhou o tradicional doce aveirense.
Sem querer pronunciar-se sobre as sondagens que indicam que a AD e a IL estão longe de, juntas, obter uma maioria absoluta, Rui Rocha disse que o importante é transmitir aos portugueses que “há uma oportunidade única de ter uma solução de centro-direita” a governar o país. “Mas uma solução de centro-direita que não é para fazer a mesma coisa. É para fazer muito mais: uma solução reformista, ambiciosa para o país e isso para reforçar a votação na IL”, disse.
O líder da IL disse que o seu partido tem “objetivos claros de transformação” do país e garantiu que será “rigoroso e sempre muito exigente” caso venha a integrar uma solução de centro-direita.
Interrogado sobre quais são as exigências que coloca para eventualmente coligar-se com a AD, Rui Rocha disse que é necessário “mudar o sistema de saúde e criar acesso à saúde para os portugueses, que hoje não têm”. “Nós temos de trazer mais casas para o mercado da habitação, seja de arrendamento, seja no mercado da construção. Temos de baixar os impostos aos portugueses, às famílias e às empresas e temos de diminuir a burocracia e rever o sistema eleitoral”, referiu, acrescentando que esses são os “objetivos claros da IL”.
Sobre se a AD e a IL não estão já a aproximar-se, uma vez que, por exemplo, ambas têm defendido parcerias público-privadas para os mesmos hospitais, Rui Rocha respondeu: “Não basta ter os ingredientes guardados numa gaveta, tirá-los quando dá jeito e depois guardá-los outra vez”.
“A IL não faz isso. A IL tem as pessoas, os ingredientes, a visão, mas quer usá-los mesmo para mudar o país. Outros, eventualmente, têm os ingredientes guardados nas gavetas, fazem uso deles como propaganda, uma vez ou outra, mas depois os ingredientes voltam à gaveta”, criticou, numa alusão à AD.
Recomendações
À terceira foi de vez: Executivo de Aradas aprovado com o apoio do Chega
Pela primeira vez, o Salão Nobre Manuel Simões Madaíl não se revelou pequeno para acolher as pessoas que quiseram assistir ao momento. Ao contrário da última Assembleia de Freguesia, em que estiveram presentes Paula Urbano Antunes e Leonardo Costa, vereadores eleitos pelo PS na Câmara Municipal de Aveiro, além de Firmino Ferreira, presidente da concelhia do PSD-Aveiro, e Diogo Machado, vereador eleito pelo Chega à Câmara, desta vez, ninguém marcou presença. A terceira sessão de instalação arrancou exatamente no mesmo ponto da anterior: na votação do nome do primeiro vogal do executivo, que anteriormente tinha sido reprovado pelos membros da Assembleia com sete votos contra e seis a favor. Desta vez, porém, o desfecho foi diferente. A votação alterou-se e a primeira proposta, de Sandra Monteiro (PSD), acabou por ser aprovada com sete votos a favor e seis contra. O mesmo aconteceu com a restante votação, seguindo-se a aprovação dos nomes de Ricardo Nascimento (Chega), de Sara Ferreira (PSD) e de Vítor Tavares (PSD). Logo após, seguiu-se a eleição da mesa da Assembleia. Para a eleição dos membros, a presidente colocou à consideração dos membros a opção entre votação uninominal, tal como a votação dos nomes do executivo, ou a votação por listas. Acabou por ser aprovada, por unanimidade, a votação por listas. Nessa votação foram apresentadas duas listas: a lista A [que integrava membros da ‘Aliança’] e a lista B [que integrava membros do PS e do Movimento Independente ‘Sentir Aradas’]. Contudo, apenas a lista A foi a votos, obtendo sete votos a favor e seis contra. Assim, foram eleitos como presidente da mesa Vítor Silva (PSD), como primeira secretária Cláudia Pinho (PSD) e como segunda secretária Virgília Simões de Almeida (PSD). “Dado os resultados obtidos, a lista B não avançou para votação, [ficando] empossada a lista A à mesa da Assembleia de Freguesia”, leu o novo presidente da mesa na ata, no final da sessão. Recorde-se que, tal como avançado pela Ria esta quarta-feira, as duas anteriores propostas de executivo apresentadas pela presidente da Junta foram chumbadas, após os representantes das três forças políticas da oposição na Assembleia de Freguesia - 'Sentir Aradas', Partido Socialista e Chega - terem exigido, em conjunto, a realização de uma auditoria, a entrega de documentos determinados por sentença do Tribunal Administrativo e Fiscal de Aveiro e a reintegração de duas funcionárias que alegam ter sido alvo de assédio laboral nas suas anteriores funções. Questionado à margem da Assembleia de Freguesia sobre o porquê da mudança de posição, Ricardo Nascimento vincou aos jornalistas que “não mudou de opinião” e que “tudo anda de acordo com o que o partido faz”. “O partido está de acordo com a posição. Tudo o que é feito é feito de acordo com todo o mundo. Alguma coisa tinha de ser feita e foi feita”, exprimiu. “O partido fala. O Ricardo Nascimento é partido. O Ricardo Nascimento é Chega”, continuou. Relembre-se que, na primeira sessão de instalação, o membro do Chega tinha afirmado aos jornalistas que a oposição não pretendia qualquer lugar no executivo, mas apenas “garantias de transparência”. Interpelado sobre o facto de falar em nome do partido e se isso significava que não tinha sido ele a encetar as conversações com Catarina Barreto, o membro do Chega rejeitou a ideia. “Eu represento quem? Eu não represento o Ricardo Nascimento. Eu represento o Chega”, insistiu. Recordado ainda sobre as últimas declarações aos órgãos de comunicação, em que Marlene Teixeira da Rocha, em representação de Ricardo Nascimento, dava a entender que as três forças da oposição estariam “unidas”, o membro do Chega remeteu a decisão para o “povo”. “A nossa opinião pessoal, neste momento, procede de que é que o povo quer. Se o povo votou na gente, eu, Ricardo Nascimento, não tenho de querer nada. Eu fui eleito pelo povo”, declarou. “A gente tentou de todas as maneiras e conseguimos o que queríamos… Vocês vão saber depois. Eu não estou autorizado a falar”, acrescentou. Sobre a existência de um acordo escrito com a presidente da Junta, voltou a reiterar: “Eu não tenho autoridade para falar”, garantindo, contudo, que o conjunto de condições [exigidas pela oposição] tinha chegado a “alinhamento”. “Pode ter a certeza disso”, assegurou. Relativamente à auditoria externa [uma das condições] repetiu: “Não posso falar mais nada sobre isso. Não tenho autoridade”. Relembrado também sobre um vídeo que o Chega promoveu, à porta da Junta de Freguesia de Aradas, há cerca de um mês, nas redes sociais, no âmbito das eleições autárquicas, onde Diogo Soares Machado, Ricardo Nascimento e Armando Grave, deputado que encabeçava a lista do partido à Assembleia Municipal, denunciavam a falta de “transparência” do executivo, o membro do Chega afirmou que: “Pode ter a certeza de que a transparência vem à tona. Acha que o Diogo Machado não conseguiu a transparência? Pode ter a certeza que ele conseguiu. É só isso que eu posso dizer”. Recorde-se ainda que Diogo Machado, no final da primeira Assembleia de Freguesia, na sequência da rejeição do primeiro vogal proposto pela 'Aliança com Aveiro' para o executivo, elogiou a postura de Ricardo Nascimento, considerando-o uma “voz tranquila, mas inflexível nas questões de princípio, honestidade e rigor na gestão da coisa pública”. Na altura, acrescentou que era “tempo de devolver a democracia a Aradas”. Sobre a sua integração no executivo, Ricardo Nascimento afirmou que, para garantir a transparência, é necessário “abdicar de algumas coisas”. “Vocês vão descobrir que a transparência vem. Não dá para falar disso hoje. Vocês vão descobrir que a gente tomou a atitude que tomou porque o povo precisa de saber o que está a acontecer e vai saber. Então, eu apoio, eu assino porque alguma coisa vai acontecer. Não vamos fazer uma oposição descarada, mas continuamos na oposição”, defendeu. No seguimento, assegurou ainda que “todos” na oposição teriam conhecimento do acordo alcançado com Catarina Barreto, embora, instado a precisar, apenas tenha dito: “Eu acredito que sim. Tem de perguntar a eles”. Questionado, de forma particular, sobre se voltou a falar com o PS ou com o Sentir Aradas, afirmou “já não ter essa posição”. “Eu sou o cabeça de lista, mas sou só um. Estamos a falar de uma situação que é Junta de Freguesia com concelho. Hoje, eu tenho a felicidade de ter o Diogo Machado no concelho para viabilizar algumas coisas que podem ajudar ainda mais Aradas, mantendo sempre a oposição”, reforçou. A Ria procurou ainda ouvir a oposição, à margem da sessão, mas ambos os partidos não quiseram prestar qualquer tipo de declaração. Note-se que Gilberto Ferreira, eleito pelo Movimento Independente ‘Sentir Aradas’, não marcou presença na terceira sessão, tendo sido substituído. Por fim, questionado sobre uma eventual atribuição de pelouros a Diogo Machado na Câmara Municipal, o membro do Chega respondeu imediatamente: “É mentira”. “O partido, nem todo o mundo, fica contente com o que acontece, mas temos de pensar em quem nos elegeu e é o que a gente está a fazer”, continuou. Contudo, recorde-se que, contactado pela Ria esta quarta-feira, o vereador do Chega não descartou a opção. “Não confirmo nem desminto”, afirmou Diogo Machado. Também à margem da sessão de instalação, Catarina Barreto falou aos jornalistas. Questionada sobre o que tinha mudado desde a última Assembleia, tal como Ricardo Nascimento, afirmou que “foi um acordo alcançado”. “Estamos aqui por bem, de boa fé, a trabalhar por Aradas”, declarou. Interpelada sobre o acordo com o Chega, Catarina voltou a repetir: “Foi um acordo alcançado”, sem confirmar se houve ou não um documento escrito. “O acordo está à vista de todos. Correu bem e o órgão executivo está formado e a mesa está eleita”, continuou. Quanto à integração de um elemento do Chega no executivo, a autarca referiu ainda que era “livre de propor” para o órgão executivo”. “Saio muito satisfeita e, sobretudo, com a boa-fé demonstrada e a vontade de que Aradas continue a crescer”. Sobre a votação por listas- para a eleição da mesa da Assembleia- e o facto de apenas uma delas ter sido votada [a lista A], Catarina Barreto justificou que a lista B não foi levada a votos “porque houve um sinal do Partido Socialista para não avançar”. “Foi feito um sinal pela Sónia [Aires] (…) e tanto é que não contestaram”, explicou, acrescentando que, caso não tivesse havido sinal, colocaria igualmente a lista B a votação, “ainda que não ao mesmo tempo”. Na sequência das questões dos jornalistas, acrescentou ainda que nada mudaria “até porque já tínhamos uma lista aprovada”. A Ria questionou, entretanto, Sónia Aires, eleita pelo PS, sobre se tinha feito ou não sinal a Catarina Barreto, ao que respondeu ser “mentira”. Sobre o acordo com o Chega, Catarina voltou a reiterar o que já havia afirmado à Ria: “Os acordos devem ficar no recato dos acordos para serem bem cumpridos”. Quanto à eventual atribuição de pelouros no Município a Diogo Machado, garantiu “não saber”. “Não sei nada disso. Tem de fazer a pergunta ao Diogo Machado e ao presidente Luís Souto. Não é a mim. Eu não sei se conversam… Eu sei aquilo que tratei”, rematou.
À terceira tentativa, 'Aliança com Aveiro' e Chega deverão aprovar executivo em Aradas
Tal como noticiado pela Ria, Catarina Barreto convocou para esta quarta-feira, dia 12, a terceira sessão de instalação dos novos órgãos autárquicos da freguesia. Recorde-se que as duas propostas anteriores de executivo apresentadas pela presidente da Junta foram chumbadas, após os representantes das três forças políticas da oposição na Assembleia de Freguesia - 'Sentir Aradas', Partido Socialista e Chega - terem exigido, em conjunto, a realização de uma auditoria, a entrega de documentos determinados por sentença do Tribunal Administrativo e Fiscal de Aveiro e a reintegração de duas funcionárias que alegam ter sido alvo de assédio laboral nas suas anteriores funções. Segundo informações recolhidas pela Ria e confirmadas por várias fontes próximas dos partidos locais, é já dado como certo que a coligação ‘Aliança com Aveiro’ e o Chega chegaram a um acordo político que deverá viabilizar o executivo liderado por Catarina Barreto, prevendo-se a integração de um elemento do Chega na Junta de Freguesia. Paralelamente, as mesmas fontes asseguram que o entendimento será mais abrangente, envolvendo também a governação da Câmara Municipal de Aveiro, com a atribuição de pelouros ao atual vereador da oposição, Diogo Soares Machado. Contactado pela Ria, o vereador do Chega preferiu não esclarecer sobre esta possibilidade, limitando-se a afirmar: “não confirmo nem desminto.” Ao longo do dia, a Ria tentou ainda obter reação do presidente da Câmara Municipal de Aveiro, do presidente do PSD-Aveiro, Firmino Ferreira, e da presidente do CDS-Aveiro, Ana Cláudia Oliveira, sem que tenha sido possível recolher qualquer declaração até ao momento.
Teatro Aveirense recebeu comemorações dos 191 anos da Banda da Amizade
O presidente da CMA aproveitou a oportunidade para, de acordo com a autarquia, reafirmar o compromisso com o associativismo cultural, sublinhando o reforço do Programa Municipal de Apoio às Associações, o aumento do apoio logístico, a disponibilização de microapoios ao longo do ano e a criação de um Serviço de Apoio ao Associativismo e de Valorização do Dirigente Associativo. De acordo com Luís Souto, a instituição, que está a menos de dez anos de comemorar o seu bicentenário, é “um símbolo maior do associativismo aveirense e da identidade cultural do concelho, pela sua capacidade única de manter atividade ininterrupta durante quase dois séculos”.
Vereador do Chega acusa Ribau Esteves de esconder pedido de informações do MP até às autárquicas
Os esclarecimentos do ex-presidente da CMA sobre o pedido de informação sobre o Plano de Pormenor do Cais do Paraíso, ontem confirmado por fonte da Procuradoria-Geral da República – depois de o assunto já ter sido discutido na última reunião de executivo municipal, que decorrer na passada quinta-feira -, motivaram críticas por parte de Diogo Soares Machado. Se o antigo autarca revelou que foram solicitados a 25 de setembro e enviados a 27 de outubro, o vereador do Chega acusa-o de “«enfiar» [o pedido de informações na gaveta até 11 de outubro, data em que a despachou para que os Serviços pudessem preparar as informações que o MP exigia”. “Desta forma manhosa e habilidosa, conseguiu manter fora da campanha eleitoral autárquica (que terminou a 10 de outubro...) um assunto polémico e que levanta sérias e fundadas dúvidas acerca da lisura de processos, honestidade, transparência, ética e carácter deste personagem”, aponta. O facto de Ribau Esteves descrever a documentação pedida como uma “carrada de informação” também preocupa o vereador, que questiona: “Se o MP Público pediu assim tanta informação quanta a que o Sr. Ribau descreve à Ria - Rádio Universitária de Aveiro , não acham que o fumo aponta para que haja fogo e do grande?...”. O vereador eleito pelo Chega ainda “registou com agrado” que já recebeu a informação solicitada à Câmara sobre o livro “Aveiro. Coragem de mudar, com Ribau Esteves”. Com base naquilo a que agora tem acesso diz-se “profundamente convicto de que a Câmara tem todas as bases jurídicas e outras para obrigar o autor Ribau a devolver os mais de 13.000€ que todos fomos forçados a pagar”, adiantando que o vai propor na próxima reunião de Câmara.
Últimas
À terceira foi de vez: Executivo de Aradas aprovado com o apoio do Chega
Pela primeira vez, o Salão Nobre Manuel Simões Madaíl não se revelou pequeno para acolher as pessoas que quiseram assistir ao momento. Ao contrário da última Assembleia de Freguesia, em que estiveram presentes Paula Urbano Antunes e Leonardo Costa, vereadores eleitos pelo PS na Câmara Municipal de Aveiro, além de Firmino Ferreira, presidente da concelhia do PSD-Aveiro, e Diogo Machado, vereador eleito pelo Chega à Câmara, desta vez, ninguém marcou presença. A terceira sessão de instalação arrancou exatamente no mesmo ponto da anterior: na votação do nome do primeiro vogal do executivo, que anteriormente tinha sido reprovado pelos membros da Assembleia com sete votos contra e seis a favor. Desta vez, porém, o desfecho foi diferente. A votação alterou-se e a primeira proposta, de Sandra Monteiro (PSD), acabou por ser aprovada com sete votos a favor e seis contra. O mesmo aconteceu com a restante votação, seguindo-se a aprovação dos nomes de Ricardo Nascimento (Chega), de Sara Ferreira (PSD) e de Vítor Tavares (PSD). Logo após, seguiu-se a eleição da mesa da Assembleia. Para a eleição dos membros, a presidente colocou à consideração dos membros a opção entre votação uninominal, tal como a votação dos nomes do executivo, ou a votação por listas. Acabou por ser aprovada, por unanimidade, a votação por listas. Nessa votação foram apresentadas duas listas: a lista A [que integrava membros da ‘Aliança’] e a lista B [que integrava membros do PS e do Movimento Independente ‘Sentir Aradas’]. Contudo, apenas a lista A foi a votos, obtendo sete votos a favor e seis contra. Assim, foram eleitos como presidente da mesa Vítor Silva (PSD), como primeira secretária Cláudia Pinho (PSD) e como segunda secretária Virgília Simões de Almeida (PSD). “Dado os resultados obtidos, a lista B não avançou para votação, [ficando] empossada a lista A à mesa da Assembleia de Freguesia”, leu o novo presidente da mesa na ata, no final da sessão. Recorde-se que, tal como avançado pela Ria esta quarta-feira, as duas anteriores propostas de executivo apresentadas pela presidente da Junta foram chumbadas, após os representantes das três forças políticas da oposição na Assembleia de Freguesia - 'Sentir Aradas', Partido Socialista e Chega - terem exigido, em conjunto, a realização de uma auditoria, a entrega de documentos determinados por sentença do Tribunal Administrativo e Fiscal de Aveiro e a reintegração de duas funcionárias que alegam ter sido alvo de assédio laboral nas suas anteriores funções. Questionado à margem da Assembleia de Freguesia sobre o porquê da mudança de posição, Ricardo Nascimento vincou aos jornalistas que “não mudou de opinião” e que “tudo anda de acordo com o que o partido faz”. “O partido está de acordo com a posição. Tudo o que é feito é feito de acordo com todo o mundo. Alguma coisa tinha de ser feita e foi feita”, exprimiu. “O partido fala. O Ricardo Nascimento é partido. O Ricardo Nascimento é Chega”, continuou. Relembre-se que, na primeira sessão de instalação, o membro do Chega tinha afirmado aos jornalistas que a oposição não pretendia qualquer lugar no executivo, mas apenas “garantias de transparência”. Interpelado sobre o facto de falar em nome do partido e se isso significava que não tinha sido ele a encetar as conversações com Catarina Barreto, o membro do Chega rejeitou a ideia. “Eu represento quem? Eu não represento o Ricardo Nascimento. Eu represento o Chega”, insistiu. Recordado ainda sobre as últimas declarações aos órgãos de comunicação, em que Marlene Teixeira da Rocha, em representação de Ricardo Nascimento, dava a entender que as três forças da oposição estariam “unidas”, o membro do Chega remeteu a decisão para o “povo”. “A nossa opinião pessoal, neste momento, procede de que é que o povo quer. Se o povo votou na gente, eu, Ricardo Nascimento, não tenho de querer nada. Eu fui eleito pelo povo”, declarou. “A gente tentou de todas as maneiras e conseguimos o que queríamos… Vocês vão saber depois. Eu não estou autorizado a falar”, acrescentou. Sobre a existência de um acordo escrito com a presidente da Junta, voltou a reiterar: “Eu não tenho autoridade para falar”, garantindo, contudo, que o conjunto de condições [exigidas pela oposição] tinha chegado a “alinhamento”. “Pode ter a certeza disso”, assegurou. Relativamente à auditoria externa [uma das condições] repetiu: “Não posso falar mais nada sobre isso. Não tenho autoridade”. Relembrado também sobre um vídeo que o Chega promoveu, à porta da Junta de Freguesia de Aradas, há cerca de um mês, nas redes sociais, no âmbito das eleições autárquicas, onde Diogo Soares Machado, Ricardo Nascimento e Armando Grave, deputado que encabeçava a lista do partido à Assembleia Municipal, denunciavam a falta de “transparência” do executivo, o membro do Chega afirmou que: “Pode ter a certeza de que a transparência vem à tona. Acha que o Diogo Machado não conseguiu a transparência? Pode ter a certeza que ele conseguiu. É só isso que eu posso dizer”. Recorde-se ainda que Diogo Machado, no final da primeira Assembleia de Freguesia, na sequência da rejeição do primeiro vogal proposto pela 'Aliança com Aveiro' para o executivo, elogiou a postura de Ricardo Nascimento, considerando-o uma “voz tranquila, mas inflexível nas questões de princípio, honestidade e rigor na gestão da coisa pública”. Na altura, acrescentou que era “tempo de devolver a democracia a Aradas”. Sobre a sua integração no executivo, Ricardo Nascimento afirmou que, para garantir a transparência, é necessário “abdicar de algumas coisas”. “Vocês vão descobrir que a transparência vem. Não dá para falar disso hoje. Vocês vão descobrir que a gente tomou a atitude que tomou porque o povo precisa de saber o que está a acontecer e vai saber. Então, eu apoio, eu assino porque alguma coisa vai acontecer. Não vamos fazer uma oposição descarada, mas continuamos na oposição”, defendeu. No seguimento, assegurou ainda que “todos” na oposição teriam conhecimento do acordo alcançado com Catarina Barreto, embora, instado a precisar, apenas tenha dito: “Eu acredito que sim. Tem de perguntar a eles”. Questionado, de forma particular, sobre se voltou a falar com o PS ou com o Sentir Aradas, afirmou “já não ter essa posição”. “Eu sou o cabeça de lista, mas sou só um. Estamos a falar de uma situação que é Junta de Freguesia com concelho. Hoje, eu tenho a felicidade de ter o Diogo Machado no concelho para viabilizar algumas coisas que podem ajudar ainda mais Aradas, mantendo sempre a oposição”, reforçou. A Ria procurou ainda ouvir a oposição, à margem da sessão, mas ambos os partidos não quiseram prestar qualquer tipo de declaração. Note-se que Gilberto Ferreira, eleito pelo Movimento Independente ‘Sentir Aradas’, não marcou presença na terceira sessão, tendo sido substituído. Por fim, questionado sobre uma eventual atribuição de pelouros a Diogo Machado na Câmara Municipal, o membro do Chega respondeu imediatamente: “É mentira”. “O partido, nem todo o mundo, fica contente com o que acontece, mas temos de pensar em quem nos elegeu e é o que a gente está a fazer”, continuou. Contudo, recorde-se que, contactado pela Ria esta quarta-feira, o vereador do Chega não descartou a opção. “Não confirmo nem desminto”, afirmou Diogo Machado. Também à margem da sessão de instalação, Catarina Barreto falou aos jornalistas. Questionada sobre o que tinha mudado desde a última Assembleia, tal como Ricardo Nascimento, afirmou que “foi um acordo alcançado”. “Estamos aqui por bem, de boa fé, a trabalhar por Aradas”, declarou. Interpelada sobre o acordo com o Chega, Catarina voltou a repetir: “Foi um acordo alcançado”, sem confirmar se houve ou não um documento escrito. “O acordo está à vista de todos. Correu bem e o órgão executivo está formado e a mesa está eleita”, continuou. Quanto à integração de um elemento do Chega no executivo, a autarca referiu ainda que era “livre de propor” para o órgão executivo”. “Saio muito satisfeita e, sobretudo, com a boa-fé demonstrada e a vontade de que Aradas continue a crescer”. Sobre a votação por listas- para a eleição da mesa da Assembleia- e o facto de apenas uma delas ter sido votada [a lista A], Catarina Barreto justificou que a lista B não foi levada a votos “porque houve um sinal do Partido Socialista para não avançar”. “Foi feito um sinal pela Sónia [Aires] (…) e tanto é que não contestaram”, explicou, acrescentando que, caso não tivesse havido sinal, colocaria igualmente a lista B a votação, “ainda que não ao mesmo tempo”. Na sequência das questões dos jornalistas, acrescentou ainda que nada mudaria “até porque já tínhamos uma lista aprovada”. A Ria questionou, entretanto, Sónia Aires, eleita pelo PS, sobre se tinha feito ou não sinal a Catarina Barreto, ao que respondeu ser “mentira”. Sobre o acordo com o Chega, Catarina voltou a reiterar o que já havia afirmado à Ria: “Os acordos devem ficar no recato dos acordos para serem bem cumpridos”. Quanto à eventual atribuição de pelouros no Município a Diogo Machado, garantiu “não saber”. “Não sei nada disso. Tem de fazer a pergunta ao Diogo Machado e ao presidente Luís Souto. Não é a mim. Eu não sei se conversam… Eu sei aquilo que tratei”, rematou.
À terceira tentativa, 'Aliança com Aveiro' e Chega deverão aprovar executivo em Aradas
Tal como noticiado pela Ria, Catarina Barreto convocou para esta quarta-feira, dia 12, a terceira sessão de instalação dos novos órgãos autárquicos da freguesia. Recorde-se que as duas propostas anteriores de executivo apresentadas pela presidente da Junta foram chumbadas, após os representantes das três forças políticas da oposição na Assembleia de Freguesia - 'Sentir Aradas', Partido Socialista e Chega - terem exigido, em conjunto, a realização de uma auditoria, a entrega de documentos determinados por sentença do Tribunal Administrativo e Fiscal de Aveiro e a reintegração de duas funcionárias que alegam ter sido alvo de assédio laboral nas suas anteriores funções. Segundo informações recolhidas pela Ria e confirmadas por várias fontes próximas dos partidos locais, é já dado como certo que a coligação ‘Aliança com Aveiro’ e o Chega chegaram a um acordo político que deverá viabilizar o executivo liderado por Catarina Barreto, prevendo-se a integração de um elemento do Chega na Junta de Freguesia. Paralelamente, as mesmas fontes asseguram que o entendimento será mais abrangente, envolvendo também a governação da Câmara Municipal de Aveiro, com a atribuição de pelouros ao atual vereador da oposição, Diogo Soares Machado. Contactado pela Ria, o vereador do Chega preferiu não esclarecer sobre esta possibilidade, limitando-se a afirmar: “não confirmo nem desminto.” Ao longo do dia, a Ria tentou ainda obter reação do presidente da Câmara Municipal de Aveiro, do presidente do PSD-Aveiro, Firmino Ferreira, e da presidente do CDS-Aveiro, Ana Cláudia Oliveira, sem que tenha sido possível recolher qualquer declaração até ao momento.
Assembleia Geral de Alunos da AAUAv volta a reunir na próxima terça-feira
Na ordem de trabalhos desta Assembleia constam apenas três pontos: “Aprovação da ata 1.ª sessão da Assembleia Geral de Alunos anterior”; “Apresentação, Discussão e Votação da moção apresentada pelos alunos”; e “Outros assuntos”. Recorde-se que, conforme noticiado pela Ria, a primeira sessão desta AGA foi suspensa depois de a proponente da moção a ser discutida se ter sentido mal. Na altura, Joana Regadas, presidente da direção AAUAv, levantou algumas questões sobre o texto da moção e, em conversa com a Ria, assumiu que teria algumas propostas de alteração a fazer – nomeadamente, a dirigente pretendia remover as referências a outros assuntos que fugissem à temática da propina. Embora já esteja estabelecida a data para a reunião, que deve acontecer na próxima terça-feira, dia 25, pelas 18h00, a sala ainda está por definir. Os documentos relevantes para a Assembleia devem ser disponibilizados com até dois dias úteis de antecedência.
Teatro Aveirense recebeu comemorações dos 191 anos da Banda da Amizade
O presidente da CMA aproveitou a oportunidade para, de acordo com a autarquia, reafirmar o compromisso com o associativismo cultural, sublinhando o reforço do Programa Municipal de Apoio às Associações, o aumento do apoio logístico, a disponibilização de microapoios ao longo do ano e a criação de um Serviço de Apoio ao Associativismo e de Valorização do Dirigente Associativo. De acordo com Luís Souto, a instituição, que está a menos de dez anos de comemorar o seu bicentenário, é “um símbolo maior do associativismo aveirense e da identidade cultural do concelho, pela sua capacidade única de manter atividade ininterrupta durante quase dois séculos”.