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Autarquias terão financiamento para limpar espécie invasora na ria de Aveiro

De acordo com a agência Lusa, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) revelou ontem, dia 19, que está prevista a abertura de linhas de financiamento às autarquias para apoiar a remoção dos jacintos-de-água na ria de Aveiro. Segundo fonte da APA, “está em elaboração, entre outras ações, uma estratégia nacional que visa a mitigação, combate e controlo” daquela infestante.

Autarquias terão financiamento para limpar espécie invasora na ria de Aveiro
Redação

Redação

20 nov 2025, 11:24

Depois de, conforme noticiado pela Ria, Jorge Almeida, presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), ter atribuído a responsabilidade principal para intervir na invasão de jacintos-de-água na ria de Aveiro à APA, a agência veio garantir que “está em elaboração, entre outras ações, uma estratégia nacional que visa a mitigação, combate e controlo”.

De acordo com uma nota enviada à Lusa, a APA salienta ainda que “está prevista a abertura de linhas de financiamento, por forma que as entidades com responsabilidade no território, entre as quais as câmaras municipais e a Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, possam aceder a apoios para ações de remoção desta espécie invasora”.

A nota confirma que, pela avaliação no terreno, constata-se aumento das áreas ocupadas pela 'Eichhornia crassipes'” e adianta que, “a invasão" por jacinto-de-água nas massas de água na região tem sido "um problema recorrente nos últimos anos”. Segundo a APA, “tem variado muito a extensão da área ocupada, com as condições climáticas, concentração de nutrientes na água, aumento da temperatura da água, caudais e velocidade de escoamento, tendo interferência pontual e localizado no bom estado químico e ecológico da massa de água”. 

Com o recente temporal, toneladas de jacintos-de-água acumularam-se ao sul da ria de Aveiro, no denominado Canal de Mira, dificultando as embarcações, prejudicando a pesca e a produção de bivalves.

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Município de Anadia deve manter valores do IMI, IRS e da Derrama em 2026
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Município de Anadia deve manter valores do IMI, IRS e da Derrama em 2026

Segundo fonte da autarquia revelou à agência Lusa, os valores do IMI equivalem a 0,3 por cento para todos os prédios urbanos e 0,8 por cento para os prédios rústicos, sendo que também deliberado fixar uma redução de 10% da taxa do IMI aos prédios urbanos com eficiência energética, enquanto aos prédios urbanos degradados será aplicada uma majoração de 30%. Aos prédios classificados como de interesse público, de valor municipal ou património cultural, será fixada uma redução de 25% da taxa do IMI. A proposta prevê ainda a redução da taxa do IMI em função do número de dependentes que integram o agregado familiar do proprietário: no caso de um ou dois dependentes a cargo, a dedução é de 30 e de 70 euros respetivamente, enquanto em situações em que haja três ou mais dependentes o valor passa para os 140 euros. O executivo deliberou ainda prorrogar, por mais dois anos, o período de isenção (fixado em três anos) para os prédios urbanos, cujo valor patrimonial tributário não exceda 125 mil euros. Relativamente ao IRS, foi deliberado manter a participação de 3% do Município no imposto, dos sujeitos passivos com domicílio fiscal no concelho de Anadia, para vigorar no ano de 2026. Nas palavras dos responsáveis da autarquia, “a aplicação desta taxa de participação no IRS terá efeitos no Orçamento Municipal, consubstanciada numa redução de 40% da receita, mais de 650 mil euros, valor este que reverterá a favor dos munícipes, desagravando assim a sua carga fiscal”. Já no que diz respeito à Derrama, será mantida a isenção para as empresas com um volume de negócios que não ultrapasse os 150 mil euros. Às empresas com um volume de negócios superior aos 150 mil euros será lançada uma derrama de 0,75% sobre o lucro tributável relativo ao Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC), referente ao exercício de 2025 e a ser cobrada em 2026. As deliberações vão agora ser enviadas à Assembleia Municipal para discussão e aprovação, numa sessão na sexta-feira, dia 21, às 19h00, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.

Eixo Aveiro-Águeda sem verba garantida: Governo “analisa opções” e custo triplica para 140 milhões
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Eixo Aveiro-Águeda sem verba garantida: Governo “analisa opções” e custo triplica para 140 milhões

No Relatório do Orçamento do Estado para 2026, que deverá ser aprovado nos próximos dias na Assembleia da República, o Eixo Rodoviário Aveiro-Águeda surge inscrito no “Quadro 4.20 – Investimentos estruturantes: Administração Central e Segurança Social (Parte III)”, com uma verba prevista de 47 milhões de euros, acompanhada da nota de que “inclui PRR”. De acordo com o portal ‘Mais Transparência’ do Governo, o projeto apresenta um custo total de 46,9 milhões de euros, totalmente financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com data de início em 9 de junho de 2022 e conclusão prevista para 31 de dezembro de 2025. Contudo, o prazo já não corresponde à realidade. O concurso para a empreitada ainda está em fase de lançamento e os diferentes intervenientes admitem que a execução irá prolongar-se para além dos prazos definidos no PRR. A par disso, o valor da obra evoluiu substancialmente. A Câmara Municipal de Aveiro (CMA), numa informação publicada no seu site a 3 de outubro de 2025, referia que o volume total de investimento municipal previsto para 2025-2027 ascendia a 125 milhões de euros, aos quais se “espera acrescentar os 143 milhões de euros correspondentes ao projeto do Eixo Rodoviário Aveiro-Águeda, em desenvolvimento”. Ou seja, o custo total estimado triplicou face à candidatura inicial - de cerca de 47 milhões para mais de 140 milhões de euros -, deixando claro que o financiamento previsto no PRR já não cobre a totalidade da obra. A situação não é isolada. Numa auditoria publicada em junho, o Tribunal de Contas alertava para “atrasos significativos na execução dos investimentos previstos” em vários projetos de municípios portugueses, financiados pelo PRR, advertindo que “a sua conclusão já não se mostra compatível com as datas-limite definidas” e que existe “um sério risco de incumprimento da data-limite de 30-06-2026”. No caso do Eixo Rodoviário Aveiro-Águeda, somam-se aos atrasos do planeamento da obra a insuficiência das verbas do PRR. Consciente desta realidade, Firmino Ferreira, presidente do PSD-Aveiro e deputado à Assembleia da República, aproveitou a audição do secretário de Estado das Infraestruturas e Habitação, no âmbito do Orçamento do Estado para 2026, para questionar o ponto de situação do financiamento para esta obra. Mas a resposta do Governo deixou margem para dúvidas e gerou alguma apreensão em diferentes agentes políticos locais. “O Eixo Aveiro-Águeda é absolutamente fundamental. Basta passar na região para perceber que é. Estamos, neste momento, a analisar quais são as opções, quer para assegurar o financiamento, quer para assegurar a prossecução e a concretização desta obra que está, neste momento, a ser analisada pelo Governo”, esclareceu o secretário de Estado Hugo Espírito Santo. A expressão “a analisar opções” foi suficiente para agitar a região e, nesse sentido, a Ria contactou os diferentes intervenientes para explicar-lhe tudo. Em declarações à Ria, o deputado do PSD eleito por Aveiro, Firmino Ferreira, confirma que o valor inicialmente previsto para o Eixo Rodoviário Aveiro-Águeda está hoje completamente desajustado face à realidade. “Em 2022, o valor que estava previsto - e para o qual se tinham conseguido fundos comunitários - apontava para um valor a rondar os 46 milhões de euros. Só que (…) é completamente inviável fazer a obra pelo valor que estava pensado. O valor é significativamente mais elevado e, por isso, é preciso reequacionar como é que se vai conseguir captar fundos para a concretização da mesma”, afirma. O também presidente do PSD de Aveiro explica que a sua pergunta ao Governo visava precisamente perceber como será assegurado o novo modelo de financiamento da obra. “Portanto, é preciso perceber como é que se vai fazer o financiamento da obra. E a minha preocupação era nesse sentido. Perceber como vamos fazer isso e, inclusivamente, se os municípios envolvidos poderiam vir aqui a ter alguma implicação nos seus orçamentos também, se a sua participação tivesse que ser revista. O sentido da minha questão era também, de alguma forma, pressionar que o Governo ande com este processo para a frente e procure a melhor forma de o financiar”, sublinha. Questionado sobre a existência de garantias concretas, o deputado admite que a resposta só chegará com a aprovação de um futuro Orçamento do Estado. “Garantia vamos sabê-la com a aprovação do Orçamento do Estado. Isso é que é a garantia se este valor estará ou não estará”, refere, reconhecendo que o Governo “está ciente da necessidade da concretização desta obra”, mas que “a probabilidade maior será a afetação do dinheiro do Estado”. Já o presidente da Câmara Municipal de Águeda, Jorge Almeida, garante que o financiamento do Eixo Rodoviário Aveiro-Águeda “está assegurado”. “Eu diria que o interessante era perguntar ao secretário de Estado o que é que ele queria dizer, porque há uma coisa que eu sei, que efetivamente o assunto estava a ser tratado a nível ministerial, com o envolvimento do primeiro-ministro, que deixou absolutamente claro aos ministros que esta obra é para fazer e ponto”, afirma o autarca. Segundo Jorge Almeida, o Governo já assumiu o compromisso de garantir o financiamento para além do PRR. “Quanto ao financiamento, como toda a gente sabe, há uma resolução do Conselho de Ministros de 20 de março a garantir o financiamento para além do PRR, porque a obra não vai acabar nos prazos do PRR”, reconhece, acrescentando que “a única coisa que teve que ser minimamente decidida foi a questão da plurianualidade do financiamento”. Contudo, a verificação feita pela Ria à Resolução do Conselho de Ministros n.º 69/2025 de 20 de março mostra que o documento não contém qualquer autorização de encargos ou inscrição orçamental para esta obra - apenas a classificação como “projeto prioritário” e instruções à CCDR-Centro e à Infraestruturas de Portugal para “prosseguir com os estudos”. O presidente da Câmara de Águeda adianta, tal como já tinha feito a 3 de outubro de 2025 a Câmara Municipal de Aveiro, que “a obra vai custar mais de 100 milhões de euros” e que “a única coisa que estamos a articular com o Governo é a plurianualidade”, ou seja, a distribuição do financiamento público pelos próximos anos. Sobre os atrasos no avanço da obra, Jorge Almeida recorda que este “é um projeto que teve a avaliação de impacto ambiental”. “Só em termos de avaliação de impacto ambiental, teve que recolher a opinião das mais de 20 entidades. E a coordenação de todas essas coisas foi quase um ano e meio”, esclarece, relembrando que este é “um projeto com uma envergadura muito grande, com múltiplas especialidades”, mas deixando a garantia que “a obra será repartida ao longo dos exercícios de 2026, 2027 e 2028 - que será o término da obra. Em 2028 vamos chegar de Águeda a Aveiro muito rápido”, garante. O presidente da Câmara Municipal de Águeda explica ainda à Ria a diferença significativa entre o valor inicialmente submetido no âmbito da candidatura ao PRR e o custo atualmente previsto para a execução do Eixo Rodoviário Aveiro-Águeda. O autarca recorda que o projeto começou praticamente do zero. “Repare numa coisa: nós começamos a fazer o projeto - não havia absolutamente nada - em setembro de 2022. Foi quando nós entregamos ao gabinete projetista o início do projeto. E o início começou por levantamentos topográficos, como todos os projetos. Portanto, nessa altura, o valor da obra era uma incógnita para todos”, justifica. Segundo Jorge Almeida, só com o projeto finalizado foi possível perceber a verdadeira dimensão do investimento necessário. “[Tivemos noção de que a obra custaria mais do que os 47 milhões previstos no PRR] quando passamos a ter o projeto completo. E quando o projeto estava pronto, ficamos com a noção de que a obra custa 100 e tal milhões de euros”, revela. O autarca justifica o aumento expressivo com a complexidade técnica e estrutural do traçado. “Pois claro, 40 milhões era uma autêntica 'pechincha'. Estamos a falar de uma obra com perfil de autoestrada, com uma enorme passagem superior sobre a linha de alta velocidade, sobre a A1, com a duplicação do nó da A17, com aquela ponte altíssima sobre o rio Águeda... Estamos a falar disto. E estamos a falar de 15 quilómetros de estrada com estas características, numa zona urbana, a passar por zonas urbanas... Portanto, é uma obra cara, claro que sim.” Desta forma, Jorge Almeida sustenta que o orçamento inicial de 47 milhões de euros do PRR era insuficiente e meramente indicativo, tendo o valor real da empreitada sido apurado apenas após a conclusão do projeto técnico. Essa diferença, aliada ao atraso no lançamento de uma obra “complexa” e de “grande envergadura”, acabou por colocar o projeto numa posição de dependência face às verbas do Orçamento do Estado, uma vez que o financiamento comunitário já não é suficiente nem compatível com o novo calendário de execução. O novo presidente da Câmara Municipal de Aveiro, Luís Souto, em declarações à Ria depois da última reunião de Câmara, também abordou o tema e garantiu que o projeto do Eixo Rodoviário Aveiro-Águeda continua a ser uma prioridade. “Como eu expliquei aqui, é um assunto prioritário. Para a semana vamos reunir com a Câmara de Águeda para fazer o ponto da situação e empenharmo-nos ao máximo para que o projeto avance”, afirmou o autarca. Luís Souto sublinha a dimensão técnica e os desafios que o projeto envolve. “É uma obra complexa, é uma obra muito complexa. E atenção que temos ali o atravessamento do rio Vouga, há ali uma complexidade muito grande”, reconhece. Apesar das incertezas sobre o financiamento, o presidente da Câmara de Aveiro mostra-se confiante de que o projeto não será travado. “Eu acredito que não haja retrocesso, porque seria muito mal que o Eixo Aveiro-Águeda tivesse um retrocesso. E, portanto, as coisas acabarão por se compor, de uma forma ou de outra, porque a vontade política existe, eu acredito que existe, a vontade política que se mantém, não há dados contrários a isso, é uma aspiração regional dos nossos deputados, também, obviamente, e, portanto, agora, pode ter que haver alterações, vamos aguardar, em termos do formato de financiamento, ou quer que seja, para a semana vamos fazer um ponto da situação sobre isso”, conclui. Três anos depois do anúncio público do acordo de financiamento e de inscrição do projeto no PRR, o Eixo Rodoviário Aveiro-Águeda continua sem obra, sem concurso e com o financiamento indefinido. O Governo reconhece a importância, mas admite estar ainda a “analisar opções de financiamento”. Águeda garante que há uma resolução que cobre o excedente, mas o documento não o confirma. A indefinição repete-se noutros investimentos estruturantes da região. O novo Hospital de Aveiro, por exemplo, tem apenas 30 milhões de euros garantidos através do Portugal 2030, apesar de o custo total previsto rondar os 150 milhões de euros, um valor muito próximo do necessário para o Eixo Rodoviário. Dois projetos considerados prioritários, mas ambos dependentes de verbas do Orçamento do Estado para poderem avançar em pleno. Quanto ao Eixo Aveiro-Águeda há vontade política, consenso regional, um projeto tecnicamente pronto e um concurso de obra em vias de ser lançado. Quanto a garantias de financiamento, só com os próximos Orçamentos do Estado.

Oliveira de Azeméis: Património Cultural inicia classificação do Monte Calbo e do Castro de Ul
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Oliveira de Azeméis: Património Cultural inicia classificação do Monte Calbo e do Castro de Ul

Segundo recorda, à agência Lusa, o Rui Luzes Cabral, vereador da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis com o pelouro da cultura, é recente a descoberta de que o Monte Calbo poderá ter acolhido um povoado no período do Bronze Final, na transição do segundo para o primeiro milénio a.C. Essa suspeita, aponta, é reforçada pelo facto de, nas zonas onde houve revolvimento de terras para plantação de árvores, foram recolhidos “fragmentos de cerâmica e um pequeno machado de anfibolito”. O vereador afirma que a escolha do Monte Calbo para instalação de antigos povos dever-se-á às condições favoráveis da zona, já que esse topo da serra do Pinheiro, situado a uma cota de 460 metros, tem “um amplo domínio da paisagem dos vales envolventes”, que, por sua vez, também apresentam “boa capacidade agrícola”. Além disso, “do ponto mais alto é possível, em dias sem neblina, avistar a linha de costa”, o que, em paralelo à componente contemplativa dessa posição geográfica, teria a vantagem de ajudar a identificar possíveis perigos, como a aproximação por mar de povos invasores. Um aspeto a investigar em futuras prospeções é particularmente nessa perspetiva: “O povoado seria delimitado por uma estrutura tipo muralha em pedra, que não foi ainda escavada”. Já no que se refere ao Castro de Ul, Rui Luzes Cabral explicou que está situado num local “razoavelmente conservado, embora tenha algumas zonas afetadas por trabalhos agrícolas e de silvicultura realizados ao longo do tempo, ao que se junta alguma afetação devido à construção de habitações numa das encostas do cabeço”. Localizado num pequeno monte com cota máxima de 105 metros, na confluência dos rios Antuã e Ul, o Castro de Ul não possui o domínio da paisagem que é característico dos povoados castrejos fortificados da Idade do Ferro, mas apresenta “vertentes relativamente íngremes que lhe garantem uma boa defensabilidade natural”. Ainda assim, os vestígios identificados no sítio – que terá tido uma ocupação mais alargada no tempo, “desde o primeiro milénio a.C. até ao século V d.C.” – revelam sinais de edificado defensivo: “As escavações realizadas até à data têm deixado à vista um conjunto de estruturas em pedra associadas a um troço de muralha com uma porta”. As prospeções aí levadas a cabo no século XX também identificaram “algumas estruturas relacionadas com a ocupação romana” e um conjunto de artefactos que “sugerem a existência de ocupações anteriores, tanto da Idade do Ferro como da Pré-história”. Rui Luzes Cabral quer continuar a estudar o local porque, face aos achados do Calcolítico e Idade do Bronze já descobertos no Castro de Ul, acredita que haverá mais a conhecer: “Foram recolhidos utensílios em sílex, nomeadamente lascas, lâminas, raspadores e núcleos, assim como um machado em pedra polida. Apesar de não terem sido identificadas estruturas habitacionais, há pelo menos uma base de lareira que corresponderá à ocupação do sítio durante este vasto período”.

Club Pardilhoense vai “celebrar as tradições” da vila de Pardilhó em evento de Natal
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Club Pardilhoense vai “celebrar as tradições” da vila de Pardilhó em evento de Natal

É com o lema “Unir gerações, celebrar tradições” que o Club Pardilhoense se propõe a, na sua sede, organizar uma “jornada cultural e afetiva que atravessa todas as idades, com atuações musicais, corais, etnográficas e momentos de partilha comunitária”. Entre as 14h00 e as 23h15, vão decorrer uma série de atuações musicais, corais, etnográficas e momentos de partilha comunitária. A iniciativa, que nasce do desafio lançado pela direção do Club Pardilhoense, foi desenhado com o envolvimento de todas as instituições, associações, projetos e grupos da vila de Pardilhó. Neste momento, o clube assegura a participação direta de mais de 380 participantes diretos e uma passagem de público estimada de cerca de até 1000 pessoas.

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Orquestra de músicos em cadeiras de rodas “Ligados às Máquinas” sobe a palco nos Festivais de Outono
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Orquestra de músicos em cadeiras de rodas “Ligados às Máquinas” sobe a palco nos Festivais de Outono

O Ligados às Máquinas é um coletivo cuja música “junta pedaços, cuja conciliação pode parecer forçada ou mesmo impossível, para apresentar um todo unificado e harmonioso que, muito provavelmente, não soa a nada que já tenha escutado até hoje”. Sendo que o projeto já tem mais de dez anos, foi em 2024 que, pela mão da Omnichord, lançaram o seu primeiro disco “Amor Dimensional”. Para este registo, resultado de uma colaboração com origem no festival Nascentes 2023, mais de 30 artistas nacionais cederam matéria sonora da sua autoria, posteriormente transformada pelos Ligados às Máquinas em nove temas originais que desenham um dia na vida de cada um. A orquestra já se apresentou ao vivo em vários pontos do país, através de espetáculos em nome próprio ou de participação em projetos colaborativos, e atuam este sábado, dia 22 de novembro, às 17h00, no auditório do Complexo das Ciências de Comunicação e Imagem (Departamento de Comunicação e Arte da UA. No domingo, dia 23, é a vez de atuarem o Coro e a Orquestra do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Aveiro. Sob a direção de Emanuel Pacheco, professor da Escola Artística do Conservatório, o grupo atua na Nave Multiusos Caixa UA, pelas 17h00. Neste concerto apresentar-se-ão dois agrupamentos da Escola Artística do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Aveiro, nomeadamente a Orquestra Clássica e o Coro, constituído pelos alunos dos 5º, 6º e 7º anos em regime articulado. Para além de obras orquestrais, será apresentada a Cantata Hodie da autoria de Leavitt Hodie. Mais tarde, pelas 21h30, é a vez do Trio Ressonância apresentar “Reminiscências do Alentejo”. O trio de guitarras, que propõe um “olhar renovado sobre o património musical português, integra quatro obras com diferentes abordagens à tradição musical alentejana.  “Reminiscências do Alentejo” é um projeto original do Trio Sonância, trio de guitarras, que propõe um olhar renovado sobre o património musical português, ao reunir compositores do Norte que exploram a sua relação estética e afetiva com o universo sonoro do Alentejo. O programa integra quatro obras com diferentes abordagens à tradição musical alentejana. Neste concerto, o Trio Sonância propõe um percurso singular por novas obras que honram e reinventam a herança musical do Alentejo, afirmando a guitarra como um instrumento de criação viva, de escuta e de território. Este concerto está agendado para o Laboratório das Artes - Teatro Vista Alegre (Ílhavo). O espetáculo tem início com uma breve apresentação de Tiago Pereira, aluno do 4.º grau de Guitarra do Conservatório de Música de Aveiro Calouste Gulbenkian.

Aveiro: Exercícios e mesa-redonda assinalam Dia Mundial da DPOC no Mercado do Peixe
Cidade

Aveiro: Exercícios e mesa-redonda assinalam Dia Mundial da DPOC no Mercado do Peixe

Um exercício composto por “seis estações”, pensado para alertar para a importância de prevenir, identificar e saber viver com a DPOC, e uma mesa-redonda que contou com a presença de Alda Marques, fisioterapeuta e professora coordenadora na Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro (ESSUA); de Daniela Duarte, enfermeira especialista em Reabilitação; de Andreia Andrade, médica no Serviço de Pneumologia da Unidade Local de Saúde da Região de Aveiro; e ainda de Rosa e José, duas pessoas com DPOC, foram dois dos desafios propostos por este programa. A iniciativa teve organização conjunta entre Câmara Municipal de Aveiro (CMA), a Unidade Local de Saúde da Região de Aveiro (ULS-RA) e a Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro (ESSUA). Em entrevista à Ria, à margem do evento, Marisa Lousada, membro da Comissão Executiva da ESSUA, recordou que esta iniciativa se integra num conjunto de atividades que têm vindo a ser promovidas, nos últimos anos, no âmbito do “SAUD’Aveiro-Saúde na Praça”. “No ano passado, assinalamos seis datas. Este ano, selecionamos quatro dias, entre eles, o Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica onde realizamos várias atividades com a comunidade", explicou. "As pessoas iam passando por várias estações onde estavam a interagir com os estudantes e docentes da ESSUA e com profissionais da ULS-RA e da CMA de forma a perceberem o que é a DPOC, quais são os sinais, como é que estas pessoas se sentem e como é que podem estes profissionais (…) podem ajudar as pessoas durante a intervenção”, descreveu. Paula Capela, responsável pela subunidade de saúde na CMA, também em declarações à Ria, fez ainda um “balanço muito positivo” da atividade face à adesão dos “jovens”. “Espero que saiam daqui com uma atenção para não fumarem. É importante terem uma vida mais saudável, apostarem mais no ambiente, no exercício físico, na alimentação saudável e menos em ações de risco como fumar ou beber”, desejou. Sobre a escolha do Mercado do Peixe acrescentou ainda que se tratou de um local “privilegiado”, uma vez que “estamos em novembro e poderia, eventualmente, chover”. O Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica assinalou-se esta quarta-feira, 19 de novembro, e teve como objetivo, segundo a eurocid, “alertar para o perigo desta doença respiratória, cujos sintomas são muitas vezes desvalorizados e confundidos com um estado natural de envelhecimento”. Com o tema “Falta de ar, pense DPOC”, esta doença é, atualmente, a “terceira principal causa de morte em todo o mundo”. “A DPOC é uma doença comum, evitável e tratável, mas o subdiagnóstico e o diagnóstico incorreto generalizados levam os pacientes a não receberem tratamento ou a receberem tratamento incorreto”, lê-se no site

À terceira foi de vez: Executivo de Aradas aprovado com o apoio do Chega
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À terceira foi de vez: Executivo de Aradas aprovado com o apoio do Chega

Pela primeira vez, o Salão Nobre Manuel Simões Madaíl não se revelou pequeno para acolher as pessoas que quiseram assistir ao momento. Ao contrário da última Assembleia de Freguesia, em que estiveram presentes Paula Urbano Antunes e Leonardo Costa, vereadores eleitos pelo PS na Câmara Municipal de Aveiro, além de Firmino Ferreira, presidente da concelhia do PSD-Aveiro, e Diogo Machado, vereador eleito pelo Chega à Câmara, desta vez, ninguém marcou presença. A terceira sessão de instalação arrancou exatamente no mesmo ponto da anterior: na votação do nome do primeiro vogal do executivo, que anteriormente tinha sido reprovado pelos membros da Assembleia com sete votos contra e seis a favor. Desta vez, porém, o desfecho foi diferente. A votação alterou-se e a primeira proposta, de Sandra Monteiro (PSD), acabou por ser aprovada com sete votos a favor e seis contra. O mesmo aconteceu com a restante votação, seguindo-se a aprovação dos nomes de Ricardo Nascimento (Chega), de Sara Ferreira (PSD) e de Vítor Tavares (PSD). Logo após, seguiu-se a eleição da mesa da Assembleia. Para a eleição dos membros, a presidente colocou à consideração dos membros a opção entre votação uninominal, tal como a votação dos nomes do executivo, ou a votação por listas. Acabou por ser aprovada, por unanimidade, a votação por listas. Nessa votação foram apresentadas duas listas: a lista A [que integrava membros da ‘Aliança’] e a lista B [que integrava membros do PS e do Movimento Independente ‘Sentir Aradas’]. Contudo, apenas a lista A foi a votos, obtendo sete votos a favor e seis contra. Assim, foram eleitos como presidente da mesa Vítor Silva (PSD), como primeira secretária Cláudia Pinho (PSD) e como segunda secretária Virgília Simões de Almeida (PSD). “Dado os resultados obtidos, a lista B não avançou para votação, [ficando] empossada a lista A à mesa da Assembleia de Freguesia”, leu o novo presidente da mesa na ata, no final da sessão. Recorde-se que, tal como avançado pela Ria esta quarta-feira, as duas anteriores propostas de executivo apresentadas pela presidente da Junta foram chumbadas, após os representantes das três forças políticas da oposição na Assembleia de Freguesia - 'Sentir Aradas', Partido Socialista e Chega - terem exigido, em conjunto, a realização de uma auditoria, a entrega de documentos determinados por sentença do Tribunal Administrativo e Fiscal de Aveiro e a reintegração de duas funcionárias que alegam ter sido alvo de assédio laboral nas suas anteriores funções. Questionado à margem da Assembleia de Freguesia sobre o porquê da mudança de posição, Ricardo Nascimento vincou aos jornalistas que “não mudou de opinião” e que “tudo anda de acordo com o que o partido faz”. “O partido está de acordo com a posição. Tudo o que é feito é feito de acordo com todo o mundo. Alguma coisa tinha de ser feita e foi feita”, exprimiu. “O partido fala. O Ricardo Nascimento é partido. O Ricardo Nascimento é Chega”, continuou. Relembre-se que, na primeira sessão de instalação, o membro do Chega tinha afirmado aos jornalistas que a oposição não pretendia qualquer lugar no executivo, mas apenas “garantias de transparência”. Interpelado sobre o facto de falar em nome do partido e se isso significava que não tinha sido ele a encetar as conversações com Catarina Barreto, o membro do Chega rejeitou a ideia. “Eu represento quem? Eu não represento o Ricardo Nascimento. Eu represento o Chega”, insistiu. Recordado ainda sobre as últimas declarações aos órgãos de comunicação, em que Marlene Teixeira da Rocha, em representação de Ricardo Nascimento, dava a entender que as três forças da oposição estariam “unidas”, o membro do Chega remeteu a decisão para o “povo”. “A nossa opinião pessoal, neste momento, procede de que é que o povo quer. Se o povo votou na gente, eu, Ricardo Nascimento, não tenho de querer nada. Eu fui eleito pelo povo”, declarou. “A gente tentou de todas as maneiras e conseguimos o que queríamos… Vocês vão saber depois. Eu não estou autorizado a falar”, acrescentou. Sobre a existência de um acordo escrito com a presidente da Junta, voltou a reiterar: “Eu não tenho autoridade para falar”, garantindo, contudo, que o conjunto de condições [exigidas pela oposição] tinha chegado a “alinhamento”. “Pode ter a certeza disso”, assegurou. Relativamente à auditoria externa [uma das condições] repetiu: “Não posso falar mais nada sobre isso. Não tenho autoridade”. Relembrado também sobre um vídeo que o Chega promoveu, à porta da Junta de Freguesia de Aradas, há cerca de um mês, nas redes sociais, no âmbito das eleições autárquicas, onde Diogo Soares Machado, Ricardo Nascimento e Armando Grave, deputado que encabeçava a lista do partido à Assembleia Municipal, denunciavam a falta de “transparência” do executivo, o membro do Chega afirmou que: “Pode ter a certeza de que a transparência vem à tona. Acha que o Diogo Machado não conseguiu a transparência? Pode ter a certeza que ele conseguiu. É só isso que eu posso dizer”. Recorde-se ainda que Diogo Machado, no final da primeira Assembleia de Freguesia, na sequência da rejeição do primeiro vogal proposto pela 'Aliança com Aveiro' para o executivo, elogiou a postura de Ricardo Nascimento, considerando-o uma “voz tranquila, mas inflexível nas questões de princípio, honestidade e rigor na gestão da coisa pública”. Na altura, acrescentou que era “tempo de devolver a democracia a Aradas”. Sobre a sua integração no executivo, Ricardo Nascimento afirmou que, para garantir a transparência, é necessário “abdicar de algumas coisas”. “Vocês vão descobrir que a transparência vem. Não dá para falar disso hoje. Vocês vão descobrir que a gente tomou a atitude que tomou porque o povo precisa de saber o que está a acontecer e vai saber. Então, eu apoio, eu assino porque alguma coisa vai acontecer. Não vamos fazer uma oposição descarada, mas continuamos na oposição”, defendeu. No seguimento, assegurou ainda que “todos” na oposição teriam conhecimento do acordo alcançado com Catarina Barreto, embora, instado a precisar, apenas tenha dito: “Eu acredito que sim. Tem de perguntar a eles”. Questionado, de forma particular, sobre se voltou a falar com o PS ou com o Sentir Aradas, afirmou “já não ter essa posição”. “Eu sou o cabeça de lista, mas sou só um. Estamos a falar de uma situação que é Junta de Freguesia com concelho. Hoje, eu tenho a felicidade de ter o Diogo Machado no concelho para viabilizar algumas coisas que podem ajudar ainda mais Aradas, mantendo sempre a oposição”, reforçou. A Ria procurou ainda ouvir a oposição, à margem da sessão, mas ambos os partidos não quiseram prestar qualquer tipo de declaração. Note-se que Gilberto Ferreira, eleito pelo Movimento Independente ‘Sentir Aradas’, não marcou presença na terceira sessão, tendo sido substituído. Por fim, questionado sobre uma eventual atribuição de pelouros a Diogo Machado na Câmara Municipal, o membro do Chega respondeu imediatamente: “É mentira”. “O partido, nem todo o mundo, fica contente com o que acontece, mas temos de pensar em quem nos elegeu e é o que a gente está a fazer”, continuou. Contudo, recorde-se que, contactado pela Ria esta quarta-feira, o vereador do Chega não descartou a opção. “Não confirmo nem desminto”, afirmou Diogo Machado. Também à margem da sessão de instalação, Catarina Barreto falou aos jornalistas. Questionada sobre o que tinha mudado desde a última Assembleia, tal como Ricardo Nascimento, afirmou que “foi um acordo alcançado”. “Estamos aqui por bem, de boa fé, a trabalhar por Aradas”, declarou. Interpelada sobre o acordo com o Chega, Catarina voltou a repetir: “Foi um acordo alcançado”, sem confirmar se houve ou não um documento escrito. “O acordo está à vista de todos. Correu bem e o órgão executivo está formado e a mesa está eleita”, continuou. Quanto à integração de um elemento do Chega no executivo, a autarca referiu ainda que era “livre de propor” para o órgão executivo”. “Saio muito satisfeita e, sobretudo, com a boa-fé demonstrada e a vontade de que Aradas continue a crescer”. Sobre a votação por listas- para a eleição da mesa da Assembleia- e o facto de apenas uma delas ter sido votada [a lista A], Catarina Barreto justificou que a lista B não foi levada a votos “porque houve um sinal do Partido Socialista para não avançar”. “Foi feito um sinal pela Sónia [Aires] (…) e tanto é que não contestaram”, explicou, acrescentando que, caso não tivesse havido sinal, colocaria igualmente a lista B a votação, “ainda que não ao mesmo tempo”. Na sequência das questões dos jornalistas, acrescentou ainda que nada mudaria “até porque já tínhamos uma lista aprovada”. A Ria questionou, entretanto, Sónia Aires, eleita pelo PS, sobre se tinha feito ou não sinal a Catarina Barreto, ao que respondeu ser “mentira”. Sobre o acordo com o Chega, Catarina voltou a reiterar o que já havia afirmado à Ria: “Os acordos devem ficar no recato dos acordos para serem bem cumpridos”. Quanto à eventual atribuição de pelouros no Município a Diogo Machado, garantiu “não saber”. “Não sei nada disso. Tem de fazer a pergunta ao Diogo Machado e ao presidente Luís Souto. Não é a mim. Eu não sei se conversam… Eu sei aquilo que tratei”, rematou.

À terceira tentativa, 'Aliança com Aveiro' e Chega deverão aprovar executivo em Aradas
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À terceira tentativa, 'Aliança com Aveiro' e Chega deverão aprovar executivo em Aradas

Tal como noticiado pela Ria, Catarina Barreto convocou para esta quarta-feira, dia 12, a terceira sessão de instalação dos novos órgãos autárquicos da freguesia. Recorde-se que as duas propostas anteriores de executivo apresentadas pela presidente da Junta foram chumbadas, após os representantes das três forças políticas da oposição na Assembleia de Freguesia - 'Sentir Aradas', Partido Socialista e Chega - terem exigido, em conjunto, a realização de uma auditoria, a entrega de documentos determinados por sentença do Tribunal Administrativo e Fiscal de Aveiro e a reintegração de duas funcionárias que alegam ter sido alvo de assédio laboral nas suas anteriores funções. Segundo informações recolhidas pela Ria e confirmadas por várias fontes próximas dos partidos locais, é já dado como certo que a coligação ‘Aliança com Aveiro’ e o Chega chegaram a um acordo político que deverá viabilizar o executivo liderado por Catarina Barreto, prevendo-se a integração de um elemento do Chega na Junta de Freguesia. Paralelamente, as mesmas fontes asseguram que o entendimento será mais abrangente, envolvendo também a governação da Câmara Municipal de Aveiro, com a atribuição de pelouros ao atual vereador da oposição, Diogo Soares Machado. Contactado pela Ria, o vereador do Chega preferiu não esclarecer sobre esta possibilidade, limitando-se a afirmar: “não confirmo nem desminto.” Ao longo do dia, a Ria tentou ainda obter reação do presidente da Câmara Municipal de Aveiro, do presidente do PSD-Aveiro, Firmino Ferreira, e da presidente do CDS-Aveiro, Ana Cláudia Oliveira, sem que tenha sido possível recolher qualquer declaração até ao momento.