GrETUA reabre com o espetáculo “I’m Still Excited” de Mário Coelho na próxima terça-feira
O Grupo Experimental de Teatro da Universidade de Aveiro (GrETUA) prepara-se para acolher já na próxima terça e quarta-feira, 16 e 17 de setembro, pelas 21h30, o espetáculo “I’m Still Excited”. Os bilhetes já estão disponíveis para venda. A peça resulta de uma criação de Mário Coelho, ator, encenador e dramaturgo.
Redação
O espetáculo assinala a reabertura do GrETUA, após a pausa do verão, e integra o mês de integração da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv). Segundo uma nota de imprensa enviada à Ria, “I’m Still Excited” explora o fim de uma relação entre duas pessoas, inseridas num cenário de festa, que funciona também como um ensaio de teatro. A peça conta com as interpretações de Mário Coelho, Anabela Ribeiro, Rita Rocha Silva e Pedro Baptista.
Os bilhetes para o espetáculo estão disponíveis aqui e têm o custo de seis euros para estudante e de oito euros para não estudante.
Paralelamente, o GrETUA inaugura este trimestre a nova rubrica itinerante de leitura coletiva de textos de teatro: “Boca a Boca”. A iniciativa leva textos teatrais a diferentes espaços da cidade. A atividade conta com o apoio da Câmara de Aveiro. A primeira sessão realiza-se já esta segunda-feira, 15 de setembro, pelas 21h00, na Biblioteca da Universidade de Aveiro, e terá como convidado Mário Coelho, que apresentará o texto de sua autoria “Quando eu morrer vou fazer filmes no inferno”. A entrada é gratuita.
Recomendações
Curso de Medicina da UA só poderá aumentar vagas após acreditação definitiva
A confirmação foi dada na passada segunda-feira, dia 8, durante a sessão de boas-vindas aos novos estudantes. Na cerimónia, estiveram presentes o vice-reitor da UA, Firmino Machado, diretor do curso, mas também os presidentes do Conselho de Administração das Unidades Locais de Saúde (ULS) Região de Aveiro, Gaia/Espinho, Entre Douro e Vouga e Matosinhos, bem como a diretora clínica da área hospitalar da ULS Baixo Mondego e o diretor do Departamento de Ciências Médicas (DCM) da UA. Aos novos estudantes, os oradores deram conta de um curso onde todos os agentes funcionam como “colegas de equipa”. Segundo Francisco Amado, diretor do DCM, a proximidade é clara quando olhamos para o quadro de docentes, uma vez que são mais de 90 os professores que também são médicos nas ULS. Do lado dos estudantes, que tiveram a oportunidade de se apresentar, só aqueles que habitam na região de Aveiro é que colocaram a UA como primeira opção. É o caso de Tiago Silva, de Vale de Cambra, que, em conversa com a Ria, diz que não foi só a proximidade que pesou no momento de decidir que instituição escolher. Indeciso entre Aveiro e Porto, afirma que foi a componente prática e de investigação que o motivou a optar pela UA. Já Bruna Diogo, de Viseu, faz parte do lote de alunos que não ficou colocada na primeira opção. A estudante, que já tinha estudado na Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto (FCNAUP), deu preferência ao curso portuense. Ainda assim, não esconde a satisfação por ter sido colocada em Aveiro, considerando a oportunidade igualmente positiva. Para além de ter interesse na vertente mais prática do curso, Bruna destaca que na UA há um tutor para cada aluno, ao contrário do que acontece noutras instituições em que cada docente fica responsável por vários estudantes. Depois da sessão, Firmino Machado explicou que a avaliação do curso deve terminar durante este ano letivo. Primeiro, em setembro, deve existir um momento de avaliação intercalar, que se prende especialmente com o sistema de gestão de qualidade do curso. Recorde-se que, tal como avançado pela Ria, o Mestrado Integrado em Medicina na UA só avançou em junho de 2024, depois de mais de dez anos e pelo menos três tentativas da universidade para viabilizar o curso. A avaliação final deverá decorrer em março do próximo ano civil, altura em que será entregue toda a documentação solicitada pela agência de acreditação. Nesse processo, a universidade terá de demonstrar a implementação das recomendações já feitas, como a criação de um transporte dedicado entre a UA e os locais de residência clínica ou o lançamento de um programa doutoral em Medicina. A acreditação só será garantida após um momento de avaliação presencial com um painel que, acredita o vice-reitor, deve integrar responsáveis internacionais. A decisão será tomada com base na documentação apresentada e nas respostas fornecidas pelo curso, permitindo finalmente que o programa deixe de “caminhar com rodinhas”. Tendo por base aquilo que foram os resultados da “Avaliação 360” – recolhidos junto de estudantes, docentes e staff- Firmino Machado considera que a acreditação está bem encaminhada e que foram cumpridas todas as exigências da agência de acreditação. Conforme explica à Ria, foi adotada e treinada uma força docente suficiente e altamente qualificada, assegurado o envolvimento dos estudantes em metodologias ativas de ensino-aprendizagem e criado um painel internacional que acompanha o curso e emite recomendações contínuas. Quem também se mostra otimista é Artur Silva. Nas palavras do vice-reitor, “o grupo de docentes está motivado, os estudantes estão contentes e o advisory board está feliz”. Segundo explica, o relatório a ser apresentado à agência de acreditação vai refletir estes aspetos e, por isso, deve ter uma resposta positiva. Apesar disso, a impossibilidade de aumentar já o número de vagas acabou por “desiludir” o responsável. Por decisão da agência de acreditação, o curso só poderá passar das atuais 40 para 50 vagas após receber a acreditação final. Relembre-se que, após o lançamento do curso com 40 lugares, a reitoria tinha previsto aumentar dez vagas por ano até atingir 100 colocados. Artur Silva conta que “fez as suas reclamações no sítio certo” e lamenta que a UA não tenha conseguido corresponder ao compromisso assumido. O vice-reitor frisa que o aumento do número de vagas seria importante não só para Aveiro, mas para reforçar o Serviço Nacional de Saúde como um todo. Num momento em que, devido à campanha autárquica, a expansão do Hospital de Aveiro tem estado na ordem do dia, também os responsáveis do curso de medicina aguardam um desfecho com expectativa. Firmino Machado explica que é impossível ter um curso de medicina que se desenvolva apenas em contexto universitário e, pela natureza das competências clínicas, é necessário um contexto de saúde. O Centro Académico Clínico é também uma necessidade para a vertente de investigação. Indo além do curso de medicina, Firmino Machado adianta que vai ser possível desenvolver outras dimensões da Escola Médica que também acabam por beneficiar o curso, que, segundo diz, vive num “ecossistema de interface”. Apesar de já ter começado a ser utilizado no final do ano letivo passado, o Teatro Anatómico terá a sua cerimónia de apresentação no decorrer da próxima semana. O diretor do curso de medicina nota que a infraestrutura, desenhada de propósito para a medicina, também acaba por beneficiar outros cursos, como é o caso da engenharia biomédica ou das ciências biomédicas. Firmino Machado destaca ainda a existência do ‘Programa de Doação Cadavérica’. Conforme já foi reportado pela Ria, o programa permite que pessoas da sociedade civil, ainda em vida, solicitem mais tarde a doação do seu cadáver ao ensino. De acordo com o professor, é uma forma de aproximar o curso e a Universidade à comunidade.
Movimento Estudantil Nacional condena “desumana” ofensiva em Gaza e pede sanções para Israel
Na declaração, os estudantes começam por assumir as Instituições de Ensino Superior como “lugares de diálogo, de convivência e de intercâmbio cultural” e, por isso, espaços onde se promove a compreensão mútua, o respeito pela diferença e a cooperação entre os povos. É nesse sentido que o movimento estudantil nacional assume uma “profunda preocupação com a escalada de violência em Gaza e noutras regiões”. Embora reconheça o direito dos Estados à sua defesa e soberania, é defendido que “a dimensão e natureza da ofensiva em Gaza ultrapassam há muito qualquer justificação possível”. Nas palavras dos estudantes, “não se responde a horror com mais horror”. Na declaração assinala-se que, desde outubro de 2023, já foram assassinadas ou ficaram gravemente feridas mais de 50 mil crianças na Faixa de Gaza e que a esmagadora maioria dos estabelecimentos de ensino foi destruída. “O que se vive é a negação absoluta de dignidade humana e do direito à vida. É vil, é terrível, é desumano – e não temos, sob pretexto algum, o direito de permanecer em silêncio”. Como tal, as Federações e Associações Académicas e de Estudantes formalizaram uma série de exigências ao Governo e à União Europeia. Em primeiro lugar, apelam a que “condenem firmemente de qualquer forma de violência e abuso contra crianças e jovens em zonas de conflito, exigindo o cumprimento integral da Lei Humanitária Internacional, relativa à proteção das pessoas civis em tempos de guerra”. Depois, os estudantes pedem “sanções diplomáticas, económicas e políticas” a Israel enquanto persistirem violações do direito internacional e do direito internacional humanitário. O objetivo é garantir que a comunidade internacional não continua cúmplice por inação. Do ponto de vista da ajuda humanitária, o movimento pede a implementação de programas de apoio ao bem-estar com a garantia de alimentação e cuidados transversais de saúde. Da mesma forma, exigem programas educativos e de apoio psicológico destinados a crianças e jovens afetados, que garantam a sua reintegração segura e saudável em sociedade. Assegurando a aplicação do Decreto-Lei n.º 62/2018, de 6 de agosto, os estudantes querem que seja concedida proteção temporária a estudantes deslocados de zonas afetadas através da atribuição do estatuto de estudante em situação de emergência, por razões humanitárias. Por último, o movimento estudantil nacional defende a criação de programas específicos de acolhimento e integração de estudantes, investigadores e docentes com reforço da cooperação académica com a Autoridade Nacional Palestiniana. Essa cooperação deve acontecer de forma a ser internacionalmente reconhecida através da atribuição de vistos, bolsas de estudo e de investigação. A ideia será “contribuir para a formação avançada e para a reconstrução e consolidação de uma futura estrutura institucional mais sólida na Palestina”. O documento aprovado em ENDA foi proposto pelas Associações Académicas da Universidade de Aveiro, de Coimbra, da Universidade da Madeira, da Universidade do Algarve, da Universidade da Beira Interior, da Universidade de Évora, da Universidade do Minho e da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Juntam-se também como proponentes as Federações Académicas de Lisboa e Porto, a Federação Nacional de Associações de Estudantes do Ensino Superior Politécnico e a Federação Nacional do Ensino Superior Privado e Cooperativo. Os destinatários elencados pelo Movimento Estudantil Nacional são o Ministério dos Negócios Estrangeiros, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação, o Ministério da Cultura, Juventude e Desporto, o Conselho Nacional da Educação, o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos e a Associação Portuguesa de Ensino Superior Privado.
GrETUA retoma programação com lotação esgotada em percursos sonoros para novos estudantes
Em conversa com a Ria, João Garcia Neto, diretor artístico do grupo, explica que a ideia passa por “não só colocar um flyer no kit [do novo estudante], mas trazê-los cá [ao GrETUA]”. A ideia surgiu durante o verão, segundo o diretor do GrETUA, que afirma que o processo de construção das caminhadas coincidiu com as obras nos espaços do GrETUA: “Tínhamos que ir espairecer e então o percurso é uma coisa mais contemplativa e amplia os sons da natureza”. O exercício convida à descoberta dos espaços em redor da Universidade de Aveiro (UA) e, diz o responsável, mostrou coisas novas até aos membros do GrETUA. “Há pessoas que não são da cidade e de repente descobrem aqui lugares nesta fronteira do Campus. Para eles [novos estudantes] já é uma coisa muito espantosa, ficam «Ah, não sabia que a Universidade tinha estes lugares»”, remata o diretor. Para já, a aposta tem sido ganha, considera João Garcia Neto. Foram vários os estudantes que, depois da caminhada de ontem, quiseram deixar o contacto ou procuraram inscrever-se no Curso de Formação de Teatro. O responsável entende que a procura tem uma explicação: “Os caloiros que escolhem vir fazer a audiowalk se calhar já têm ali o bichinho”. Os percursos sonoros são abertos à comunidade no fim-de-semana de 20 e 21 de setembro. A ideia é que, mais tarde, as caminhadas se inscrevam num ciclo e acabem por se espalhar para o centro da cidade de Aveiro. Dia 15 de setembro decorre a primeira edição da nova rubrica “Boca a Boca”, onde os participantes são convidados a uma leitura coletiva de textos de teatro. Conforme explica João Garcia Neto, os presentes podem escolher encarnar uma personagem ou ficar apenas a ouvir. O dramaturgo Mário Coelho, que traz o texto da sua peça “Quando eu morrer vou fazer filmes no inferno”, é o convidado da sessão inaugural. Nos dias 16 e 17 de setembro, o GrETUA recebe o o espectáculo “I’M STILL EXCITED”, de Mário Coelho, com interpretações de Anabela Ribeiro, Mário Coelho, Rita Rocha Silva e Pedro Baptista. O grupo traz iniciativas novas também no âmbito da literatura. É o caso da rubrica “Fora do Armário”, onde, a partir da livraria que o GrETUA mantém em parceria com a Livraria Snob, se procuram desenvolver conversas. A primeira edição, que acontece a 24 de setembro, é dedicada à “figura do flaneur, e às ideias de percurso, caminhada e deambulação que foram pontuando a história da literatura e das artes”. A conversa vai contar com a presença do investigador Diogo Marques, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Os ciclos temáticos de cinema também retomam no mês de setembro com o mote “Anatomia da Errância”. À Ria, João Neto Garcia explica que o que diferencia as sessões é a relação com a música. O ciclo começa no dia 29 com a transmissão de quatro curtas-metragens ao ar livre, junto ao Complexo Pedagógico. Depois das sessões, a atividade prossegue com um DJ set de Maria Nolasco, antiga estudante da UA. As sessões que se seguem já podem ser categorizadas de cine-concertos, de acordo com o diretor. Está programada a projeção do filme “O homem da câmara de filmar”, de Dziga Vertov, que vai ser musicada pelo DJ Stereossauro. Mais tarde, depois de terminar o filme, a música continua. A última sessão relaciona-se com as migrações e com a questão do sentido de pertença. De acordo com João Garcia Neto, a musicar o filme vai estar um baterista africano invisual. Nesse sentido, a sessão vai ser “especial”, uma vez que o GrETUA planeia ter também áudio-descrição da projeção. Dia 2 de outubro volta o habitual “Regresso às Jaulas”. A iniciativa que tem sido recorrente celebra a retoma da atividade letiva com uma noite em que sobem a palco os concertos de Parte Fraca, Piurso e Rezmorah. O GrETUA promove ainda o espetáculo circense “RIMA”, na Fotossíntese (na Alameda da UA), dia 7 de outubro. As atividades de retoma da programação culminam na aula de apresentação do Curso de Formação Teatral do GrETUA, a 8 de outubro, e é aberta a todos os interessados. João Garcia Neto afirma que o coletivo está “entusiasmado” com a formação que se segue à aula. Entre os destaque estão vários novos formadores com que o GrETUA conta, como é exemplo a atriz Beatriz Maia, que dá o módulo de improvisação, ou o palhaço Rui Paixão, que dá o módulo “clown”. O diretor mencionou ainda o módulo “Laboratório de Criação”, que o próprio dará em formato de residência artística no AGITlab, em Águeda. As inscrições para todas as atividades – excluindo aquelas que são de entrada livre – podem ser feitas no site do GrETUA.
ENDA aprova moção para reforçar direitos de dirigentes associativos no RJAJ
Na moção apresentada no ENDA do passado fim-de-semana, 6 e 7 de setembro, os estudantes escrevem que, pelo papel “insubstituível” dos dirigentes associativos na defesa dos interesses dos estudantes e na dinamização das comunidades académicas, é preciso assegurar que os seus direitos académicos estão plenamente garantidos. A ideia é, de acordo com os estudantes, acompanhada pelo legislador português, uma vez que aprovou, em 2019, Regime Jurídico do Associativismo Jovem (RJAJ). O documento previa a criação do Estatuto do Dirigente Associativo Jovem (EDAJ) como instrumento legal de proteção e valorização do percurso académico e formativo dos jovens dirigentes. No entanto, “interpretações divergentes, lacunas operacionais e resistências institucionais” evidenciam, na ótica das associações e federações, a urgência de um quadro legal regulamentar vinculativo que garanta a aplicação uniforme do estatuto em todas as instituições de ensino superior. Dessa forma, pedem os dirigentes que passe a existir um Regulamento Nacional de Aplicação do EDAJ que garanta uniformidade dos procedimentos, critérios e prazos relativos aos direitos dos dirigentes associativos em todas as instituições de ensino superior. O regulamento, segundo os estudantes, deve ser elaborado pelo Ministério da Educação Ciência e Inovação e pela Direção Geral do Ensino Superior depois de ouvidas as Instituições de Ensino Superior e as Associações de Estudantes. Embora refiram que o Artigo 25.º da Lei n.º 23/2006 [2], com a redação da Lei n.º 57/2019, consagre importantes mecanismos de conciliação entre as atividades associativas e académicas, os estudantes consideram-nos “insuficientes”. Segundo alegam, persistem “lacunas claras” na cobertura de exames práticos, orais e laboratoriais, que não podem ser adiados ou repetidos, ou flexibilização formal para outras formas de avaliação contínua. Sendo a necessidade de reforçar os direitos académicos a principal reivindicação, as associações notam que é também importante valorizar institucionalmente os percursos associativo no seu carácter de compromisso cívico e de desenvolvimento de competências transversais. Conforme apontam os estudantes, o associativismo não se traduz apenas na representação política, mas também nas horas de trabalho voluntário, na organização de projetos, no trabalho de mediação entre estudantes e estruturas de decisão e na promoção de ambientes mais inclusivos e participativos. Nesse sentido, o percurso deve ser tido em conta, de acordo com a moção, nos processos de atribuição de bolsas ou na seleção para estágios e programas de mobilidade internacional. O documento aprovado em seio de ENDA considera também que é preciso reforçar a autonomia financeira das associações juvenis e estudantis. O caminho, afirmam os dirigentes, passa por criar mecanismos de sustentabilidade semelhantes a outros que já existem para outras entidades de utilidade pública. Uma das propostas é que, à semelhança daquilo que já acontece com instituições culturais, científicas ou sociais, o Estatuto de Beneficiários Fiscais passe a prever majorações em sede de IRC para donativos atribuídos a associações juvenis e estudantis. Da mesma forma, os estudantes consideram que se o artigo 152º do Código do IRS passasse a consagrar o direito de consignar 1% do imposto liquidado às associações académicas – tal como acontece com IPSS, fundações, pessoas coletivas de utilidade pública e ONGA –, isso garantiria um reforço da autonomia e estabilidade financeira das associações sem aumentar a carga fiscal do Estado. Em suma, as associações escrevem que é urgente refletir e agir no sentido de reforçar, alargar e regulamentar o RJAJ de forma a corrigir a desigualdade na interpretação e execução dos direitos, o desconhecimento institucional generalizado e a ausência de mecanismos eficazes de fiscalização e avaliação.
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JP e JSD de Aveiro apresentam manifesto autárquico jovem este sábado no Sal
Num comunicado divulgado nas redes sociais, a estrutura local da JSD sublinha que o evento pretende juntar “as caras da juventude e a reflexão que importa para cima da mesa, para crescer com Aveiro”. Entre os convidados confirmados estão João Louro, presidente da JSD Nacional, Catarina Marinho, presidente da JP Nacional, João Machado, vereador da Câmara Municipal de Aveiro, Hélder Berenguer, gestor de projetos na Agora Aveiro, João Jubero, mandatário da juventude da coligação ‘Aliança com Aveiro’ (PSD/CDS-PP/PPM), e Luís Souto de Miranda, candidato da mesma coligação à Câmara de Aveiro. A apresentação ficará a cargo de Leonardo Maio, presidente da JSD Aveiro, e Carlota Braga, presidente da JP Aveiro. De acordo com o programa, a sessão arranca às 17h30, seguindo-se uma mesa-redonda às 17h45. A apresentação do Manifesto Jovem está marcada para as 18h40, antecedendo o discurso de encerramento às 19h05. O encontro termina com um momento de comes e bebes pelas 19h25. Recorde-se que esta será a primeira participação de João Machado num momento relacionado com as eleições autárquicas. Conforme avançado pela Ria, quando Luís Souto de Miranda foi anunciado como candidato, João Machado foi a segunda pessoa a declarar publicamente o seu apoio, logo depois de Catarina Barreto, atual presidente da Junta de Freguesia de Aradas. Note-se ainda que João Machado não integra a equipa que acompanhará Luís Souto na corrida à Câmara Municipal. Entre os candidatos que surgem em lugar elegível, apenas a vereadora Ana Cláudia Oliveira, indicada pelo CDS-PP, é uma repetição nas listas.
Autárquicas: CDU propõe Vítor Januário a Azeméis para melhorar salários e apoiar imigrantes
Segundo revela à Lusa esse cabeça de lista do distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto, a coligação entre Partido Comunista Português (PCP) e Partido Ecologista Os Verdes (PEV) quer também aumentar a oferta de habitação e de transportes públicos, procurando assim que a população local fique com “mais rendimento disponível”. “É preciso compromisso autárquico para criar ambientes que favoreçam condições de trabalho facilitadoras da conciliação com a vida familiar e para implicar vários agentes em planos de responsabilização destinados ao desenvolvimento económico do concelho, promovendo também a inclusão de cidadãos estrangeiros, que dão um enorme contributo para o crescimento económico”, defende o candidato. No mesmo contexto, Vítor Januário realça que “a adequação de respostas no acesso à habitação e aos transportes é decisiva para aliviar o peso no orçamento familiar” e acrescenta que “urge mobilizar todos os meios para a reversão da privatização da gestão da água e do saneamento”. Outra prioridade do seu programa eleitoral é “o aprofundamento da democratização da participação cultural” e do usufruto de atividades de recreio e lazer, o que o cabeça de lista de comunistas e ecologistas considera “determinante na vida de cada munícipe”. Natural de Bragança e residente em Oliveira de Azeméis, Vítor Januário tem 57 anos e é professor do ensino secundário, assim como dirigente do Sindicato dos Professores da Região Centro. Além desse candidato da CDU, às eleições autárquicas do próximo dia 12 de outubro em Oliveira de Azeméis também concorrem Ricardo Campelo Magalhães pela IL, Sara Costa pelo BE, Manuel Almeida pelo Chega, Pedro Marques pela coligação entre PSD e CDS-PP, e Joaquim Jorge Ferreira, pelo PS, e Ricardo Praça Costa, pelo Livre. Esse último é o atual presidente da autarquia com 163 quilómetros quadrados e cerca de 70.000 habitantes. Tem maioria absoluta na Câmara e lidera um executivo com seis eleitos socialistas e três vereadores sociais-democratas (pela coligação PSD/CDS), candidatando-se em outubro ao seu terceiro e último mandato.
Arquivo Distrital de Aveiro recebe esta tarde a apresentação da candidata do PS a Aradas
Segundo a informação do partido, a candidata diz que avança para a corrida eleitoral por ver na freguesia “um grande potencial”. Caso seja eleita, afirma querer fazer um trabalho de proximidade, “junto de todos, sem exceção”. Sónia Madaíl, assistente social, acrescenta ainda que é “filha da terra” e que toda a sua família habita em Aradas. Para além de ser membro da Assembleia de Freguesia, a candidata fez parte do Grupo de Jovens e do grupo de teatro da Associação Cultural de Aradas.
Autárquicas: João Matos Silva (PS) critica “política fria e sem garra” da atual junta de Cacia
No discurso de apresentação, João Matos Silva destacou o orgulho em assumir a candidatura e partilhou a sua ligação à terra. Natural de Esgueira, descreveu-se como “neto de Cacia”. “Os meus avós já estão cá há mais de 60 anos, mas não são do centro da vila. São da Póvoa do Paço. (…) Os anos foram passando, mas sempre tive ligação a esta terra. Escolhi esta terra para formar família e casar”, partilhou. Com um olhar crítico sobre a gestão da junta que, neste momento, é liderada pela coligação ‘Aliança com Aveiro’, o candidato referiu que, ao longo dos últimos anos, a população de Cacia tem assistido a uma “política fria, sem chama e sem garra”. “Os problemas da população continuam os mesmos. As promessas de há oito ou quatro anos caíram em saco roto”, atirou. Como exemplo, apontou as piscinas e o Largo de Feiras. “O Largo de Feiras continua no estado que vocês conhecem. Sem condições para os comerciantes, nem para quem o visita. Temos um talho sem condições nenhumas. Em visita com o Alberto Souto, o talhante dizia-nos: ‘Tenho vergonha de vender carne nestas condições. Em pleno século XXI, eu tenho vergonha. O peixe, sendo um dia de sol, estava ao sol’", partilhou. “É para isso que aqui estamos para melhorar. A falta de respostas deste executivo é gigante”, rematou João Matos Silva. No seguimento, lançou um conjunto de questões para a atual Junta de Freguesia: “Porque é que os grandes problemas se mantêm? Será por falta de trabalho? Vontade? Falta de pressão na Câmara ou simplesmente desleixo?”. “A Junta de Freguesia não se pode descartar das suas responsabilidades. Não pode dizer que o problema não é com ela, nem pedir a fregueses que recolham um grupo de assinaturas e que vão falar com o presidente da Câmara”, respondeu prontamente. João Matos Silva reiterou o seu compromisso: “Ajudar todos os fregueses a chegar a quem possa solucionar o seu problema”. Acrescentou também que ser “um presidente presente não é só aparecer em festividades, procissões e arraiais”. Falando sobre alguns aspetos que considera “esquecidos pelos executivos passados”, João Matos Silva destacou a importância dos lugares da freguesia e o potencial ainda por explorar. “Gostava de falar um pouco dos nossos lugares, tantas vezes esquecidos pelos executivos passados. Cacia tem, nos seus lugares, uma riqueza como não há igual no concelho de Aveiro, pelo menos aos meus olhos. A nossa zona ribeirinha tem um potencial enorme, mas nunca foi prioridade para a Câmara, nem para nenhum executivo. Espero que isso mude”, exprimiu. “Somos claros: os lugares desta freguesia merecem respeito e atenção por parte de qualquer executivo”, continuou. Começando pela Póvoa do Paço, reconheceu alguns avanços, nomeadamente, na requalificação do Parque Escolar. Ainda assim, criticou a falta de manutenção deste espaço: “Ainda este ano, as crianças da Póvoa estavam privadas de brincar no recreio, pois as ervas excediam um metro de altura. Temos de trabalhar para garantir manutenção periódica a estes espaços”, sublinhou. O candidato apontou ainda problemas nos passeios da escola. “Má execução, mau projeto. Não interessa o que aconteceu. Interessa é que é um problema fácil de resolver (…) numa tarde”, referiu. Ainda na Póvoa destacou a Rua das Almas que, segundo João Matos Silva, todos os invernos fica alagada. “O problema está identificado há anos. (…) O que é que estamos à espera para resolver o problema? Não somos nós que conhecemos o território melhor que os outros? O que é que falta?”, questionou. Sobre a zona ribeirinha, reforçou o potencial turístico e económico: “A Ribeira da Póvoa do Paço não é exceção. Queremos iniciar um projeto com a Câmara e outras entidades para estudar a possibilidade de fazer um cais fixo nesta ribeira, trazendo dinamismo e pessoas. Sabemos que não é um projeto fácil nem barato, mas comprometemo-nos a desenvolvê-lo e a dialogar com as entidades competentes”, afirmou. João Matos Silva criticou também o abandono dos passadiços de Cacia e Esgueira: “Uma obra bem feita que trouxe pessoas de fora para Aveiro, mas que mais uma vez fazemos a obra, mas não temos qualquer tipo de responsabilidade em cuidar”. Dirigindo-se diretamente a Alberto Souto de Miranda, candidato do PS à Câmara de Aveiro, disse: “Alberto Souto não é só preciso uma equipa para a calçada. Talvez precisemos de uma equipa também para os passadiços, não de forma permanente, mas que esteja com atenção a este problema”. Falando sobre outras zonas da freguesia, como Vilarinho ou Sarrazola, reconheceu problemas recorrentes nas ruas e nas infraestruturas desportivas. Sem esquecer as associações locais referiu ainda que as mesmas têm de ser “mais do que a delegação de competência e a transferência de dinheiro”. “Têm de ter uma política de proximidade que crie condições e que lhes dê condições para continuarem a desenvolver a sua atividade”, resumiu o candidato à junta. Sem esquecer o rio que, de acordo com João Matos Silva, é um “ativo” de Cacia apelou à necessidade de a freguesia ter uma praia fluvial. Regressando ao tema das piscinas referiu ainda que as mesmas têm de ser “cobertas”. “Sei bem que não é fácil, que não é uma coisa barata, mas é dinheiro bem gasto. É dinheiro que fica para hoje e para os anos que vêm. É dinheiro que as pessoas vão sentir no dia a dia, quando puderem levar os seus filhos a ter aulas de natação ou quando os idosos puderem ter aulas de hidroginástica”, explicou. Prestes a terminar a sua intervenção reafirmou: “Precisamos de um presidente que arregace as mangas e que vá à luta pelo desenvolvimento da sua terra para podermos sair deste marasmo em que nos encontramos”. Na sessão, Alberto Souto de Miranda aproveitou para recordar que, “perante 20 anos sem uma única habitação pública -social ou não- construída no município de Aveiro, as últimas habitações foram realizadas no executivo que teve o privilégio de presidir, e precisamente em Cacia”. “É para continuar a fazer”, garantiu. Referindo-se à gestão do parque habitacional feita pela Câmara Municipal considerou que a mesma tem de ser “revista porque é uma urgência enormíssima”. O candidato socialista aproveitou ainda para responder às críticas da ‘Aliança’, que o acusa de ter deixado Aveiro em “situação de bancarrota” durante o período em que foi presidente da Câmara, entre 1997 e 2005. “O que fizemos foi um ciclo notável. Em sete anos e dez meses, aumentamos 54% os ativos do Município de Aveiro. E quem veio a seguir? Eles esquecem-se sempre que foram oito anos (…) de gestão muito má e foram esses oito anos que deixaram Aveiro em situação tão difícil”, expôs. “E a gestão subsequente desses oito anos do PSD e do CDS recordem sempre: O Ribau não herdou a Câmara do Alberto Souto. O Ribau herdou a Câmara do doutor Hélio Maia do PSD e do CDS que foi despedido por má gestão”, continuou. Continuando a falar sobre o passado, Alberto Souto disse ainda ter “muito orgulho no passado”. “Nós tomámos todas as decisões com base nos dados que tínhamos para as tomar, como faz qualquer gestor responsável. E aquilo que nos desequilibrou a tesouraria, já toda a gente o percebeu e o sabe agora, foi a construção do estádio, que foi aprovada, por unanimidade. Foi uma grande vitória para todos. Não alijem as responsabilidades que também têm. Nós não alijamos as nossas”, atirou o candidato socialista. Alberto Souto aproveitou ainda para comentar casos recentes em Aradas, como a retirada da candidatura de Luís Silvano, cabeça de lista do Chega, após ser confrontado pelo JN sobre o seu despedimento com justa causa do INEM em 2019, relacionado com furto de gasóleo, e a decisão da Junta de Freguesia de recorrer da obrigação do Tribunal Administrativo de Aveiro de apresentar documentação solicitada pelo movimento “Sentir Aradas”. “Nós (...) seremos sempre transparentes na gestão e fomos (...) sempre impolutos na gestão da coisa pública. Essa garantia nós podemos dar”, frisou. Numa etapa final do discurso, o candidato socialista fez ainda questão de trazer para tema a eliminação das portagens na A25. Recorde-se que, desde 1 de janeiro, sete portagens em vias rápidas [correspondentes a antigas autoestradas em regime SCUT - Sem Custos para os Utilizadores] foram abolidas. No caso de Aveiro e, especificamente, na A25, das duas concessões existentes nesta autoestrada, a Concessão “Costa de Prata” [que liga a zona das praias a Albergaria-a-Velha] e a Concessão “Beiras Litoral e Alta” [que liga Albergaria-a-Velha a Vilar de Formoso], apenas esta última foi contemplada na proposta apresentada pelo Partido Socialista (PS). Neste caso, a Concessão “A25 Beiras Litoral e Alta”. Alberto Souto afirmou mesmo que o “PS cometeu um erro”, apelando à eliminação dessas mesmas portagens. “É com esta equipa que nós vamos acabar com as portagens que nos estão a dividir do futuro”, concluiu.