RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Impakt, José Rocha e Wuant marcam presença na sexta edição da semana do empreendedorismo da UA

De 21 a 24 de outubro a Universidade de Aveiro (UA) promove a sexta edição da ‘semana do empreendedorismo’. A iniciativa é de participação gratuita, mas é necessário realizar inscrição previamente.

Impakt, José Rocha e Wuant marcam presença na sexta edição da semana do empreendedorismo da UA
Redação

Redação

17 out 2024, 15:40

Integrada na estratégia de promoção do Empreendedorismo STEP UP Universidade de Aveiro Empreendedora, a UA dinamiza a 6ª edição da Semana do Empreendedorismo. O evento pretende estimular os membros da academia aveirense e da região a adotar uma cultura empreendedora. O evento vai contar com a realização de mesas redondas temáticas e com workshops que se vão distribuir ao longo dos quatro dias.

Um dos destaques da programação prende-se com o tema ‘Empreender na Twitch: Paixão e Negócio’. A mesa redonda vai juntar na academia aveirense os streamers Impakt, José Rocha e Wuant. A conversa decorrerá no dia 22 de outubro na galeria multifunções e está agendada para as 14h30.

Este ano, o evento foi ainda alargado “às suas escolas politécnicas”, lê-se no site da UA. No dia 23 as atividades previstas vão ser realizadas na Escola Superior Aveiro-Norte (ESAN) e na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda (ESTGA). As restantes iniciativas vão decorrer na já referida galeria multifunções da UA.

A programação completa pode ser consultada aqui. A participação nos diferentes eventos da Semana do Empreendedorismo da UA é gratuita, no entanto, é necessário realizar inscrição previamente. As inscrições estão abertas e efetuam-se através do preenchimento do formulárioaqui disponibilizado.

O evento é promovido pela comunidade STEP UP Universidade de Aveiro Empreendedora, que contempla a Unidade Transversal para a Cooperação com a Sociedade (UACOOPERA), a Universidade de Aveiro Incubator, aAAUAv e um grupo de docentes que lecionam e/ou investigam na área do empreendedorismo.

Recomendações

Habitação, propinas e o futuro dos jovens marcam debate entre Luís Marques Mendes e estudantes da UA
Universidade

Habitação, propinas e o futuro dos jovens marcam debate entre Luís Marques Mendes e estudantes da UA

Foi numa conversa aberta com estudantes da UA que Luís Marques Mendes passou a tarde desta terça-feira. Durante cerca de uma hora e meia, o candidato à Presidência da República respondeu a perguntas colocadas por Joana Regadas e por vários estudantes presentes. Entre os temas em destaque estiveram a habitação, o financiamento do ensino superior, a economia e as perspetivas para o futuro dos jovens no país. A propósito da crise habitacional, em particular no contexto estudantil, o candidato reconheceu que “não há solução rápida (…) porque construir casas é uma coisa que evidentemente leva tempo”. No entanto, defendeu que é preciso “encontrar uma alternativa mais rápida” e apontou como solução imediata o relançamento do mercado de arrendamento. “A alternativa que vejo de forma realista e pragmática é criar rapidamente condições para fazer funcionar o mercado de arrendamento”, afirmou Luís Marques Mendes. O candidato defendeu que “existem muitas casas desocupadas em cidades como Aveiro, Coimbra, Lisboa e em várias zonas do país, aptas para arrendamento”, mas que não são colocadas no mercado porque “as leis mudam constantemente e os senhorios perderam confiança no sistema”. Para ultrapassar o impasse no mercado de arrendamento, Marques Mendes defendeu a necessidade de um compromisso político alargado e duradouro entre os principais partidos. “Se houvesse um entendimento entre quem governa e quem está na oposição para garantir que, durante dez anos, as regras do arrendamento se mantêm inalteradas — mesmo que mude o Governo — isso traria estabilidade e confiança ao setor”, afirmou. Luís Marques Mendes aproveitou ainda para criticar a política do anterior Governo socialista relativamente ao travão das rendas. Recordou que, durante a crise inflacionista de “há três ou quatro anos”, o Executivo impôs um limite de 2% ao aumento das rendas, medida que, segundo o candidato, gerou desconfiança entre os senhorios. “Ficaram aflitos e perderam a confiança”, resumiu. Ao invés de limitar os valores, o candidato às presidenciais defendeu que cabe ao Estado, no cumprimento da sua função social, apoiar diretamente as pessoas carenciadas. “Quando a renda está demasiado alta por causa da inflação, a solução não é impor limites. É o Estado ao abrigo da sua função social que ajuda as pessoas carenciadas com o pagamento da respetiva renda. É isto que se chama subsídio de renda”, relembrou. Reforçando a urgência de um consenso político, Luís Marques Mendes sublinhou que, na sua perspetiva, “só há uma saída”: “É justamente os principais partidos entenderem-se para dar estabilidade às regras do arrendamento e, no fundo, dizerem aos senhorios coloquem as casas no arrendamento. (…) Se houver mais casas para arrendamento, os preços tendem a baixar”, sustentou. Caso não se alcance esse entendimento, o candidato garantiu que esta será uma das “primeiras prioridades centrais” do seu mandato como Presidente da República, logo após a tomada de posse. “Isto precisa de um entendimento partidário”, repetiu. Sobre o financiamento do ensino superior, Luís Marques Mendes apresentou dois pontos de vista em confronto: “Há uma teoria que é das universidades e dos politécnicos e das instituições que dizem que as propinas têm de ser descongeladas porque essa é uma receita das universidades e precisam dessa receita para serem competitivos”. Por outro lado, “há uma outra teoria mais dos estudantes e das suas associações que dizem que se houver um aumento de propina isso tem um problema para as dificuldades no ensino superior”. Perante este dilema, o candidato defendeu que é preciso encontrar um “meio termo porque ambas as teorias fazem sentido”. “Eu espero e desejo que, nas conversas que estão a acontecer convosco (…) que o Governo na sua proposta final, procure uma solução de diálogo e de equilíbrio”. Face a isto, apontou como possível “solução de diálogo e de equilíbrio” o “descongelamento das propinas na base do que a lei estabelece que é o aumento da própria inflação”. “Mas evidentemente que tem de entrar a função social do Estado. (…) Isto não pode fazer-se nem à custa das instituições, mas também, muito menos, à custa dos estudantes que enfrentam, sobretudo, o problema recorrente da habitação, o qual limita profundamente os seus rendimentos”, rematou Luís Marques Mendes. Recorde-se que tal como avançado pela Renascença na passada segunda-feira, 21 de julho, Fernando Alexandre, ministro da Educação, em resposta por escrito ao jornal Público, avançou que o descongelamento das propinas não estará concluído este ano letivo [2025/2026] já que a “realização de eleições antecipadas não permitiu desenvolver e implementar o novo regulamento a tempo do início do ano letivo”. A Renascença adianta ainda que o processo “só avançará com a reforma da ação social”.  Outra temática abordada pelo candidato às presidenciais passou pelo futuro dos jovens no país. Segundo Marques Mendes, neste momento, em Portugal “há um emprego muito forte”, justificado pelo crescimento económico. “Qual é o grande problema que hoje em dia existe? É que são empregos com baixos salários”, reconheceu. Para Luís Marques Mendes, este fator está na origem da crescente emigração de jovens qualificados. “Como os jovens de hoje saem com altas qualificações das universidades, têm evidentemente a expectativa justa e legítima de terem um salário bom. Onde é que encontram esse salário bom? Não está dentro de Portugal. E este é o problema maior”, refletiu. Apesar da realidade, Marques Mendes destacou que já existem setores onde essa tendência começa a inverter-se, nomeadamente nas áreas tecnológicas. “[Isto] significa que investir em cursos que tenham uma forte componente tecnológica é importante”, afirmou, considerando que a UA é, neste campo, “um belíssimo exemplo”. Para “estancar” a saída de jovens para o estrangeiro, defendeu ser essencial “fazer crescer ainda mais a economia” e propôs um acordo de concertação social entre Governo, sindicatos e entidades patronais com vista à valorização salarial. À margem da conversa, em entrevista à Ria, Joana Regadas, presidente da direção da AAUAv, comentou também a crise da habitação, salientando que a Associação Académica tem defendido a necessidade de existirem “incentivos ao arrendamento das propriedades a estudantes”. Recordou que esta proposta “já foi levada inclusive ao Encontro Nacional de Dirigentes Associativos (ENDA)”, embora ainda não tenha tido avanços concretos. “É, de facto, premente abordarmos esta questão e percebermos como é que o arrendamento privado pode também ajudar a combater a longo prazo”, reforçou. No seguimento, sublinhou a importância de se refletir sobre o futuro do ensino superior em Portugal. Apesar do esforço feito para promover o crescimento do setor, Joana Regadas alertou que esse avanço não foi acompanhado por uma preparação adequada para enfrentar os desafios que dele decorrem. “Estamos a enfrentar, atualmente, uma realidade em que se prevê um crescimento (…) no ensino superior, no entanto, não houve um esforço para prever quais é que seriam as dificuldades que esse crescimento irá trazer”, constatou. A presidente da direção da AAUAv referiu que se estima um crescimento de cerca de 10% até 2030 ou 2035, o que poderá levar o país a atingir os 60% de escolaridade ao nível do ensino superior. Sublinhou, no entanto, que a maioria destes novos estudantes continuará a ser composto por alunos internacionais ou deslocados, que necessitam de apoios específicos para garantir não só o acesso, mas também a permanência no sistema. “É preciso pensar a permanência, não só as condições de acesso. Um estudante tem de ser capaz de entrar e de permanecer no ensino superior e, de seguida — também foi o que foi discutido aqui — perceber como é que irá sair”, expôs. Refletindo sobre o Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior (PNAES), Joana Regadas manifestou preocupação com a sua fraca execução e os prazos cada vez mais apertados. “Temos um plano nacional de alojamento do ensino superior com uma taxa de execução baixíssima, os fundos do PRR a terminar, o PNAES que acaba em 2026, e ficamos num momento estagnado onde o plano não foi executado”, alertou. Apesar de se falar num possível prolongamento do plano, rejeita a ideia de adiar soluções: “Não queremos prolongar porque o que nós precisamos são de camas já. Não precisamos de camas daqui a dez anos. Precisamos de camas agora”. A presidente da AAUAv deu como exemplo a situação da Universidade de Aveiro, que se prepara para receber cerca de 2.800 novos estudantes, grande parte dos quais deslocados. “É preciso ter uma noção de que grande parte destes estudantes (…) não estão perto da sua residência, que se quiserem fazer deslocações de transportes públicos, muitas vezes enfrentam transportes de uma hora e meia com atrasos. Isso não é tudo benéfico para aquilo que é a permanência no ensino superior”, reforçou. Joana Regadas destacou ainda a necessidade de repensar os apoios existentes para estudantes deslocados, como o complemento ao alojamento. Denunciou que, apesar de serem importantes, estes apoios podem estar a ter um efeito contrário: “Temos um mercado atualmente que se tenta igualar àquilo que é o complemento ao alojamento, e o objetivo não é esse. O complemento deve servir não para inflacionar, mas para tentar colmatar aquilo que são as despesas”, vincou. “Temos muitos estudantes atualmente que encontram uma casa e que, para terem um preço mais acessível, acabam por ficar em condições precárias, onde não têm recibos e ficam claramente em situações ainda mais de desvantagem, porque nem sequer podem ter acesso a estes complementos”, apontou a presidente da direção da AAUAv. Ao contrário da “solução de diálogo e equilíbrio” apontada por Luís Marques Mendes, Joana Regadas afirmou que a posição da Associação Académica de Aveiro passa “sempre por uma redução gradual da propina”. “Um descongelamento iria contra tudo aquilo que tem sido feito, ao longo dos últimos anos”, sublinhou. “Estamos a falar que, em 2018, as propinas rodavam os mil euros. (…) Mil euros é um peso muito grande para uma família. Eu percebo o intuito de alargar aquilo que é a ação social (…), mas é necessário primeiro implementar isto”, expôs. Para a dirigente, o aumento “nunca” será uma solução para um ensino superior “mais equitativo”. “Queremos que todos tenham as mesmas oportunidades de frequentar, que o ensino superior seja um elevador social e que não seja um local onde as discrepâncias entre os diferentes ambientes sociais, socioeconómicos promovam esta diferença grave. É completamente o oposto daquilo que é o propósito do ensino superior”, insistiu. No dia em que decorreu a conversa aberta com o candidato às presidenciais, Joana Regadas adiantou ainda à Ria que AAUAv promoveu um conjunto de formações destinadas aos núcleos. “Foi um dia completo de formações (…) e fico muito feliz de termos tido aqui cerca de 40 dirigentes (…) que (…) assumiram o compromisso e mostraram que os jovens querem saber e fazer mais”, exprimiu. “É muito importante pensarmos que isto não é algo da direção é mesmo da estrutura. Nós aqui falamos por todos os estudantes, e acho que foi isso que hoje conseguimos demonstrar: que estamos aqui pelos estudantes, mas também pelos jovens em geral, num contexto mais amplo, onde também nos inserimos”, continuou. Já na reta final da entrevista, deixou ainda um apelo para que os estudantes sejam ouvidos de forma contínua e não apenas em momentos eleitorais. “As nossas opiniões não se resumem a campanhas eleitorais. Nós temos opiniões ao longo de todo o ano, ao longo de todo o mandato, ao longo de todas as diferentes fases. Vivemos isto na primeira mão e acredito que muitas coisas seriam muito mais fáceis se nos deixassem a nós ser uma peça-chave naquilo que é a discussão e no pensamento e construção de soluções”, defendeu.

Arranca esta segunda-feira a 1.ª fase do acesso ao Ensino Superior: UA abre 2.388 vagas
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Arranca esta segunda-feira a 1.ª fase do acesso ao Ensino Superior: UA abre 2.388 vagas

Tal como noticiado, anteriormente, pela Ria, a UA mantém a oferta de 40 vagas para o curso de Medicina, enquanto o curso de Educação Básica regista um ligeiro aumento, passando de 50 para 53 vagas. Também o curso de Música viu o seu número de lugares subir, com 54 vagas disponíveis (mais duas face ao ano passado). Em contrapartida, o curso de Engenharia de Materiais sofreu uma redução, oferecendo este ano 21 vagas, menos quatro do que no ano letivo anterior. No total, a nível nacional, para o próximo ano letivo, as universidades e institutos politécnicos disponibilizaram 55.956 lugares (mais 643 face ao ano passado) através do regime geral de acesso, que abrange o concurso nacional e os concursos locais, destinados, por exemplo, a cursos artísticos. Para candidatos emigrantes, lusodescendentes ou com pedido de substituição de provas de ingresso por exames estrangeiros, o prazo para a submissão das candidaturas termina mais cedo, em 28 de julho. Os estudantes vão poder escolher entre mais de 1.100 opções em 34 instituições de ensino superior. Os resultados são conhecidos a 24 de agosto e os candidatos colocados na 1.ª fase têm depois até dia 28 de agosto para realizar a matrícula.  A 2.ª fase decorre entre 25 de agosto e 03 de setembro, com a divulgação dos resultados a 14 de setembro, seguindo-se a 3.ª fase entre 23 e 25 de setembro, cujos resultados serão conhecidos em 01 de outubro. Para apresentarem a candidatura, os alunos necessitam de uma senha de acesso – que pode ser pedida através do ‘site’ da DGES – e da ficha ENES, emitida pela escola com a classificação final do secundário e os resultados nas provas de ingresso.

Estudantes da UA trocam férias por voluntariado na reabilitação de casa em Sever do Vouga
Universidade

Estudantes da UA trocam férias por voluntariado na reabilitação de casa em Sever do Vouga

André, estudante de Engenharia Civil, é um dos voluntários que decidiu aceitar o desafio. Ao longo de cinco dias de trabalho intenso, garante que a experiência está a ser “única” e cheia de aprendizagens práticas. “Já aprendi a fazer massa e até a aplicar pladur com o senhor Nuno, o mestre de obras responsável por nos acompanhar”, conta. Apesar das dificuldades, como o calor intenso e o esforço físico constante, André acredita que tudo vale a pena: “Não é algo fácil estar sempre ao sol a fazer massa, mas é uma experiência única e dá sempre jeito para o futuro". A decisão de participar surgiu de forma espontânea. “Inscrevi-me por incentivo de um colega. Como não tinha nada para fazer nas férias acabei por vir ter aqui com ele”, acrescenta. Também Afonso, aluno do mestrado em Bioinformática Clínica, juntou-se à equipa. Apesar da formação não estar diretamente ligada à construção civil, Afonso viu no projeto uma oportunidade para sair da sua zona de conforto. “Está a ser muito desafiante de facto. Sair da zona de conforto, desafiar-me. É um mundo bastante exigente e novo, mas estou a concretizá-lo e estou a gostar”, explica. A motivação principal foi ocupar o tempo livre de forma útil: “Vi que era uma oportunidade de ter impacto. Também sempre gostei de fazer voluntariado, então foi três em um", exprime. Sobre os desafios, não esconde que o ritmo é exigente. “O mais desafiante é acordar cedo. Ficar aqui cerca de oito, quase nove horas de trabalho e depois voltar para casa. Ao final do dia, já estamos mesmo muito cansados”, afirma. Ainda assim, garante que está a aprender bastante. “Da parte técnica, já aprendi muita coisa: a fazer massa, a colocá-la, a fazer e colocar preenchimento, etc", descreve. Mesmo reconhecendo que não seguiria esta vida profissionalmente, valoriza a experiência: “Estas duas semanas faço por gosto, mas na vida, provavelmente, não seria feliz. Acho que é uma excelente experiência para ocupar um pouco o nosso verão e as nossas férias”, realça com um sorriso. Entretanto, o grupo já concluiu a parte exterior da habitação, restando apenas finalizar o telhado e os trabalhos no interior da casa. Hugo Rodrigues, professor no Departamento de Engenharia Civil, é o responsável por acompanhar estes estudantes na experiência. Partilha à Ria que esta foi a primeira que a UA se uniu a este projeto. “Esta foi uma aproximação da Câmara de Sever do Vouga que já tinha esta parceria com a Mão Amiga com a UA. A Reitoria abraçou esta ideia e achou bem prosseguir com esta ideia e que, no fundo, sendo uma ação de reabilitação, entendeu por bem que o Departamento de Engenharia Civil podia ser um dos interlocutores iniciais. E foi assim que aconteceu esta aproximação”, explica. Hugo descreve a parceria com o Departamento de Engenharia Civil como “natural”, ainda que, desde o início, tenha feito questão de tornar esta iniciativa “aberta a todos os estudantes da Universidade de Aveiro”. As inscrições terminaram na passada quinta-feira, 10 de julho, e foi a partir delas que se selecionaram os dez voluntários que integram o grupo, entre os quais estão André e Afonso. A equipa é diversificada, reunindo estudantes de áreas tão distintas como Turismo, Engenharia Biomédica, Engenharia Civil e até Música. Para garantir a qualidade e segurança dos trabalhos, os voluntários contam com o acompanhamento de um mestre de obras. Apesar da ajuda, o docente não deixa de reconhecer a “exigência física” que estes jovens têm a cargo. Para equilibrar esse esforço, Hugo Rodrigues destaca que a Associação, em parceria com a Câmara Municipal, teve o cuidado de promover momentos de convívio, como uma atividade de team building realizada este domingo e um arraial solidário marcado para o dia 26 de julho. “Estas iniciativas permitem-nos, no fundo, cultivar o lado social, promovendo o convívio e o relaxamento no final do dia. Mas é uma atividade muito exigente. Confesso que os vejo sempre muito cansados, embora também animados, porque a construção tem essa vantagem de permitir ver algo a ganhar forma. De repente, tudo começa a ficar melhor”, admite. Numa nota final, Hugo Rodrigues disse ainda que, no final da primeira semana, o balanço é já “claramente positivo”, apontando para a continuidade do projeto nos próximos anos. “No futuro, queremos continuar com esta ação. Queremos que os estudantes tenham um papel ainda mais ativo, em particular, na definição das suas funções, na escolha de materiais para a reabilitação, etc”, finaliza.

Universidade de Aveiro abriu portas à primeira edição da FutuRegion Summercamp
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Universidade de Aveiro abriu portas à primeira edição da FutuRegion Summercamp

Planeamento sustentável, urbanismo e interoperabilidade, dados e proteção cívica, gestão baseada em dados e experiência digital unificada foram as temáticas abordadas na primeira edição da FutuRegion Summercamp, que contou com a realização de várias sessões práticas, masterclasses técnicas, sessões de co-criação e momentos de networking. “Durante cinco dias, a Universidade de Aveiro foi palco de um ambiente de cocriação e aprendizagem multidisciplinar, reunindo mais de 60 participantes, entre técnicos municipais de norte a sul do país, (…) estudantes de licenciatura e doutoramento, investigadores e especialistas nacionais e internacionais”, atenta a organização do evento em nota enviada às redações. A iniciativa promoveu “o contacto direto com tecnologias emergentes aplicadas à gestão urbana”, com o objetivo de “capacitar profissionais, estudantes e técnicos autárquicos para os desafios das cidades inteligentes”. Em comunicado lê-se ainda que o FutuRegion Summercamp se afirmou “como uma experiência formativa pioneira em Portugal, aproximando o conhecimento académico das necessidades reais do setor público e empresarial e contribuindo para acelerar a transformação digital e sustentável das cidades e regiões”. A abertura da primeira edição ficou a cargo de João Veloso, vice-reitor da UA responsável pela cooperação Universidade-Sociedade, e de Nuno Ribeiro, co-CEO da Ubiwhere.

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Artistas portugueses juntam-se a campanha internacional por mais proteção de direitos face à IA
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De acordo com a Associação para a Gestão e Distribuição de Direitos (Audiogest), num comunicado hoje divulgado, ao todo são 17 os artistas portugueses que “dão voz ao apelo internacional para uma maior proteção dos direitos dos criadores face ao rápido avanço da Inteligência Artificial (IA), numa iniciativa promovida pela Audiogest, que assim se associa à campanha ‘Stay True To The Act’”. Com esta campanha, iniciada pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, na sigla em inglês), pretende-se “sensibilizar os decisores políticos europeus para a urgência de garantir que os sistemas de IA respeitam as regras de propriedade intelectual, promovendo um futuro onde a criatividade humana e a inovação tecnológica possam crescer lado a lado”. A lista de artistas portugueses que se associaram à campanha, através de pequenos vídeos, inclui, além de Diogo Piçarra, Dino D’Santiago e a dupla Calema, Fernando Ribeiro (dos Moonspell), Pedro Abrunhosa, João Cabrita, Miguel Ângelo (Delfins), Tomás Wallenstein (Capitão Fausto), João Gil, Diogo Zambujo, (Joana) Dela Marmy, Carlos Leitão, João Couto, Afonso Dubraz, Domingos Guerreiro (Puro Rock), Mastiksoul e Satiro. Segundo a Audiogest, “a campanha continua aberta a todos os artistas que queiram juntar a sua voz a esta causa”. A campanha “Stay True To The Act” tem como objetivo principal “a proteção dos direitos de autor e a inovação, preconizando que, para que a criação artística continue a florescer, os criadores devem manter o controlo sobre a forma como as suas obras são utilizadas e ser devidamente remunerados por esse uso”. Os participantes na campanha defendem que os sistemas de IA que utilizem obras criativas “devem ser transparentes e respeitar as regras de direitos de autor em vigor” e “requerer o consentimento explícito dos seus autores, uma vez que a criatividade não pode ser extraída sem autorização e uma perspetiva de crescimento conjunto”. Além disso, defendem que a União Europeia “deve garantir um ecossistema onde a inovação tecnológica e o mercado criativo possam prosperar em equilíbrio”.

Segundo concurso da alta velocidade entre Oiã-Coimbra deverá ser lançado “a muito breve trecho”
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Em resposta à agência Lusa, a IP disse hoje que o processo de lançamento da segunda parceria público-privada (PPP) da linha de alta velocidade “encontra-se na sua fase final de aprovação, sendo expectável o seu lançamento a muito breve trecho”, não indicando data concreta sobre quando tal poderá acontecer. Anteriormente, a IP tinha afirmado que esse novo concurso público deveria ser lançado a 31 de maio, tendo já passado cerca de dois meses do prazo na altura apontado. Em declarações ao jornal As Beiras, a Câmara Municipal de Coimbra afirmou recentemente que o concurso será lançado ainda neste mês. Esta segunda PPP surge depois de um primeiro concurso lançado em julho de 2024, que recebeu uma única proposta que foi chumbada pelo júri, depois de propor o desvio da estação da linha de alta velocidade de Coimbra-B para Taveiro, fora da cidade de Coimbra, ao contrário do previsto no projeto. Este novo concurso mantém a estação em Coimbra-B, mas reduz vários encargos da concessão, encurtando o traçado previsto nesta PPP, que anteriormente terminava em Soure, e que agora ficará em Taveiro. Em resposta à Lusa, a IP disse hoje que se mantém a construção de um novo edifício de passageiros em Coimbra-B, já o troço que anteriormente estava nesta PPP (Taveiro a Soure, com cerca de 11 quilómetros de extensão) será incluído “no âmbito da próxima PPP” do projeto da linha de alta velocidade, que irá até ao Carregado, contemplando uma estação em Leiria. Em fevereiro, o Jornal de Negócios avançou que o júri do concurso concluiu, no relatório preliminar, que o consórcio Lusolav (liderado pela Mota-Engil) não cumpria o caderno de encargos e recomendava a sua exclusão da única proposta apresentada. A decisão de revogar a contratação do consórcio da Lusolav esteve em linha com a Câmara Municipal de Coimbra, que defendeu a exclusão dessa proposta e o relançamento do concurso público com a maior urgência, apoiada posteriormente pela Assembleia Municipal, com uma moção da CDU aprovada por todas as forças, com exceção do PS e do Chega, que se abstiveram, e um voto contra do presidente União de Freguesias de São Martinho do Bispo e Ribeira de Frades (PS). Aqueles órgãos municipais de Coimbra criticavam o facto de a única proposta não respeitar a solução da IP, propondo um desvio da futura estação intermodal de Coimbra-B para Taveiro. O ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, em entrevista ao jornal Público no dia 28 de março, disse estar “convencido de que [o concurso] vai ser com o mesmo preço-base”. A linha de alta velocidade Lisboa-Porto deverá ligar as duas principais cidades do país em cerca de uma hora e 15 minutos, com paragens possíveis em Gaia, Aveiro, Coimbra e Leiria.

Multinacional alemã Testo inaugura fábrica em Albergaria num investimento de 25 milhões de euros
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Multinacional alemã Testo inaugura fábrica em Albergaria num investimento de 25 milhões de euros

Segundo uma nota camarária, a inauguração da nova unidade industrial da empresa no concelho está prevista para setembro. “Trata-se de um investimento estratégico de 25 milhões de euros, com potencial para criar 500 postos de trabalho, reforçando o posicionamento de Albergaria-a-Velha como polo de atração de investimento e inovação”, refere a mesma nota. A nova unidade da empresa, que se assume como líder mundial de tecnologia de medição, irá produzir equipamentos de medição portáteis de elevada qualidade. Presente nos cinco continentes, a Testo, com sede na cidade de Titisee-Neustadt (Alemanha), emprega atualmente 3.700 trabalhadores e regista um volume de negócios superior a 420 milhões de euros. A autarquia refere ainda que a multinacional alemã passou também a integrar a Rede de Embaixadores Empresariais de Albergaria-a-Velha, numa cerimónia simbólica realizada na terça-feira. A Rede de Embaixadores Empresariais integra-se no programa municipal “Albergaria Empreende+”, que contempla 20 ações estratégicas para dinamizar a economia local, atrair investimento, apoiar empreendedores e valorizar o capital humano, numa cooperação em prol do desenvolvimento sustentável do território. Segundo a autarquia, o concelho distingue-se atualmente por apresentar “um dos tecidos empresariais mais robustos da região Centro, com mais de 3.120 empresas, 10.540 empregos diretos, um volume de negócios superior a 1.500 milhões de euros e exportações anuais acima dos 500 milhões de euros”. “Nos últimos 10 anos, Albergaria-a-Velha registou um crescimento sustentado de 25% no número de empresas e criou mais de três mil novos postos de trabalho, resultado de uma estratégia ativa de promoção da competitividade e do empreendedorismo”, conclui a mesma nota.

Ílhavo apresenta Plano de Mobilidade Urbana Sustentável
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Ílhavo apresenta Plano de Mobilidade Urbana Sustentável

Abrangendo todo o território municipal, o PMUS integra ainda um estudo de tráfego dedicado à cidade da Gafanha da Nazaré. Este plano, que começou a ser desenvolvido antes mesmo da sua obrigatoriedade legal, pretende “orientar políticas e ações com foco na sustentabilidade, coesão territorial e na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos”. “O Município de Ílhavo encontra-se também a implementar uma plataforma de monitorização que permitirá avaliar os impactos das ações previstas, facilitando eventuais adaptações ao longo da próxima década”, realça uma nota enviada às redações esta quarta-feira. O plano resulta de um “trabalho técnico detalhado”, baseado em dados concretos e num diagnóstico detalhado da realidade local. Ao longo da sessão, foram destacadas as principais medidas previstas nos diferentes eixos de atuação, bem como todo o processo participativo que contribuiu para a sua construção. Na nota, a autarquia recorda ainda que a participação pública teve um papel central na elaboração do PMUS. “Realizaram-se duas sessões participativas: a primeira a 25 de outubro de 2023, na Escola Secundária da Gafanha da Nazaré, dirigida a entidades e agentes locais, e a segunda, a 9 de abril de 2024, na Fábrica das Ideias da Gafanha da Nazaré, aberta à população. Em ambos os momentos, os participantes puderam partilhar preocupações, identificar problemas e propor soluções no âmbito da mobilidade”, destaca.  “O PMUS de Ílhavo constitui um instrumento técnico de planeamento com impacto nas dimensões ambiental, social e económica, refletindo uma abordagem integrada e participada à mobilidade urbana”, conclui a nota.