RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

Universidade

Margarida Lucas: “Se a escola fecha as portas [ao telemóvel] quem é que vai ensinar as crianças?”

Margarida Lucas, professora auxiliar e investigadora no Departamento de Educação e Psicologia (DEP), na Universidade de Aveiro (UA), alerta que o telemóvel pode ser “um grande aliado de aprendizagem e de pensamento crítico” nas escolas portuguesas.

Margarida Lucas: “Se a escola fecha as portas [ao telemóvel] quem é que vai ensinar as crianças?”
Isabel Cunha Marques

Isabel Cunha Marques

Jornalista
12 out 2024, 10:00

Em setembro deste ano, o Governo recomendou a proibição do uso e da entrada de telemóveis nas escolas para o 1.º e 2.º ciclos. No próximo ano, após uma avaliação do Governo, a medida pode tornar-se obrigatória. No caso do 3º ciclo, o Governo desincentiva apenas o uso de telemóveis e no ensino secundário recomenda o envolvimento dos alunos na construção de regras para a utilização responsável de smartphones nos espaços escolares.

Para Margarida Lucas a implementação destas medidas, nesta fase, pode ser explicada pelo “forte” investimento que o Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) fez no digital, “há cerca de quatro anos”, nas escolas portuguesas. Na altura, o “Ministério da Educação distribuiu muito equipamento [tecnológico] (…) Isto tornou que o telemóvel não fosse tão necessário”, relembrou.

Apesar do avanço da recomendação [no 1.º e 2.º ciclos], até agora, segundo uma notícia do Observador, “apenas 2% dos agrupamentos de escolas proibiram a utilização de smartphones nas escolas”. A investigadora do DEP realçou que a “percentagem tão baixa” de adesão não a surpreendeu, tendo em conta, que estas orientações “requerem reflexão”. Neste momento, “não se trata de uma proibição, mas sim de uma recomendação em que a tónica é não deixar entrar. Faz sentido tirarmos a tecnologia da escola?”, questionou. Margarida Lucas diz que a resposta não é simples já que “cada escola é um contexto diferente”.

“Agora, se nós pensarmos naquilo que a investigação nos diz… Estas recomendações vêm de uma análise de um conjunto de evidências que apontam que realmente, antes dos 13 anos, pode ser arriscado o uso do smartphone”, explicou. Segundo Margarida Lucas estes equipamentos, assim como as aplicações associadas, têm mecanismos que podem levar a “comportamentos aditivos”. “A verdade é que antes dos 13 anos não há maturidade, em vários aspetos, para as crianças perceberem o potencial que têm ali na mão”, alertou.

Assim, na opinião da investigadora deve haver uma “regulação e uma mediação” do uso que se faz do telemóvel em contexto escolar. “Se for numa situação de contexto de sala de aula em que a escola não está dotada de equipamentos tecnológicos suficientes (…) o telemóvel pode ser um grande aliado de aprendizagem e de pensamento crítico”, atentou, destacando que a proibição não é a solução. “Estas medidas extremistas eu tenho alguma dificuldade em aceitá-las porque a escola não pode ser um mundo à parte daquilo que é o mundo real (…) Tem de haver uma sensibilização para a educação do que é o uso do telemóvel”, apelou.

Para Margarida Lucas faz falta falar do telemóvel enquanto ferramenta de trabalho e de aprendizagem, nomeadamente, nas escolas. “Há muito a ideia de que se dá o telemóvel como um prémio. Um brinquedo que se dá para a mão sem termos bem noção daquilo que estamos a fazer”, afirmou. “Acho que também cabe à escola preparar os alunos para as situações que vão encontrar no mundo real (…) Tão simples quanto saberem que aplicações podem instalar, quais são úteis…”, completou.

A investigadora deixou ainda a nota que a maioria da população que tem, atualmente, os filhos em idade escolar, “muitas vezes, nem o nível básico” de competência digital tem. “Se a escola fecha as portas e proíbe esse uso [do telemóvel] quem é que vai ensinar as crianças a fazer isso? São os pais ou os encarregados de educação. Mas será que estes têm as competências necessárias?”, concluiu.

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A instalação de painéis deverá ser feita para a cobertura de estacionamento, de acordo com o anúncio publicado no Diário da República. A empreitada está a concurso público com um valor base de 1,5 milhões de euros, antes de impostos, com um prazo de execução de 270 dias.

FADU, UA e AAUAv querem trazer para Aveiro o maior evento multidesportivo de sempre em Portugal
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Depois de Portugal ter recebido esta competição em 2018 na cidade de Coimbra, a FADU apresenta nova intenção de organizar o maior evento multidesportivo de sempre em Portugal, que ainda na última edição, na Hungria, em 2024, envolveu cerca de 5 mil participantes, provenientes dos diferentes países europeus, com mais de 15 modalidades desportivas em competição. Segundo a FADU a intenção é organizar o evento em 2032 e a iniciativa “surge com o objetivo de reforçar o papel de Portugal na promoção do desporto universitário e consolidar o historial de organização de grandes competições internacionais no país”. Recorde-se que a UA/AAUAv, em conjunto com a FADU Portugal, já organizaram no passado diversos eventos de elevada relevância no panorama desportivo universitário europeu, acolhendo vários Campeonatos Europeus Universitários - incluindo o 1º Campeonato Europeu Universitário de Basquetebol em 2001 e, mais recentemente, o Campeonato Europeu Universitário de Basquetebol 2023, assim como a Assembleia Geral e a Gala da EUSA em 2019, e também a reunião do Comité Executivo e cerimónia de atribuição dos Jogos Europeus Universitários, ainda no último ano, em abril de 2024. Para Ricardo Nora, presidente da FADU, “Portugal tem demonstrado, através da FADU e das suas universidades, um forte empenho no movimento desportivo universitário europeu, sendo anfitriões ativos dos eventos da EUSA. Acreditamos que a Universidade de Aveiro tem excelentes condições desportivas e logísticas para acolher os Jogos Europeus Universitários e uma motivação e empenho no projeto EUSA que permite a realização de um evento único e de sucesso.” Também Pedro Dias, secretário de estado do Desporto, vê com bons olhos a presente candidatura, afirmando que a mesma “contribuirá para confirmar a longa tradição do Desporto Universitário em Portugal e o elevado nível de capacidade organizativa, desportiva e desportivas e de acolhimento da FADU.” Otimista quanto à intenção de organizar este evento também está o Reitor da Universidade de Aveiro, Paulo Jorge Ferreira, que reforça a boa tradição de organização de eventos desportivo na Universidade de Aveiro. “Portugal tem uma longa tradição de desporto universitário e a realização dos EUSA GAMES 2032, em Aveiro irá reforçar ainda mais este legado. Estamos confiantes que as nossas capacidades organizativas, as instalações desportivas de classe mundial e o espírito dinâmico da nossa comunidade académica contribuirão para a realização de um evento de alto nível.” Para Joana Regadas, presidente da direção da AAUAv este é “o passo ideal para completar todos estes eventos desportivos que a UA e a AAUAv têm vindo a organizar”. “Somos reconhecidos pelo desporto, por isso acho que é o passo ideal. As condições quer da cidade, quer da universidade, e o investimentos que estão previstos para o futuro são ideais para recebermos os Jogos Europeus Universitários”, disse a líder estudantil. Os Jogos Europeus Universitários são um evento multidesportivo que envolve atletas de universidades europeias, realizado a cada dois anos e acolhido por diferentes cidades universitárias da europa. As cidades húngaras de Debrecen e Miskolc receberam a última edição dos Jogos Europeus Universitários, depois de Lodz, na Polónia, ter sido escolhida para organizar a edição de 2022.

AAUAv: Capicua e Van Zee trazem rimas ao Enterro
Universidade

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Capicua e Van Zee são mais dois dos nomes de peso anunciados como cabeças de cartaz com presença confirmada para o Enterro. Os nomes juntam-se aos artistas já avançados nas redes sociais da AAUAv, que desde dia 24 começaram a ser conhecidos: Badoxa, Miguel Luz, T-Rex e Marotos da Concertina. À Ria, Joana Regadas, presidente da direção da AAUAv, confessa que trazer Van Zee novamente a Aveiro é já uma vontade antiga e que “tem um sabor especial”. “Foi um artista que foi descoberto aqui em Aveiro, o primeiro concerto dele, aliás, foi em Aveiro, no Enterro”, sublinha. “É um artista que é muito reconhecido, que está a ter um crescimento muito grande”, repara Joana. A escolha por Capicua prende-se com a vontade “de ter uma mulher como cabeça de cartaz no enterro”. “Era algo de que nós não abdicávamos”, frisa. A mensagem forte do seu novo álbum, Um Gelado Antes Do Fim Do Mundo, fez com que essa vontade se tornasse ainda maior e se viesse a confirmar. “Acaba por celebrar aquilo que é o rap português mais antigo e as mensagens que ela passa são muito claras, muito diretas e muitas delas acabam por ser muito ligadas aos valores da própria Associação Académica então fez-nos todo o sentido”, frisa Joana Regadas. A presidente da AAUAv partilhou ainda que o cartaz foi construído “tendo em consideração que existem muitos gostos musicais” dentro dos estudantes da UA e da cidade. “Fizemos este esforço para tentar ter um bocadinho para cada gosto e dar resposta a todos. Espero que seja uma semana memorável para todos”, exprimiu. “Uma semana em que se criem muitas memórias, conheçam muitas pessoas porque também foi uma das semanas mais marcantes para mim”, completou. As expectativas por parte da AAUAv são altas e a divulgação do cartaz deverá continuar a ser feita ao longo da próxima semana, culminando no dia 6 de abril com a divulgação completa. Recorde-se que a AAUAv tem vindo a promover um conjunto de atividades, ao longo dos últimos dias, para divulgar os artistas pela comunidade estudantil. Uma delas passou por colocar umas calças de ganga, no Café da Universidade de Aveiro (CUA), para anunciar o artista Miguel Luz. “Temos dado pistas dos artistas para as pessoas conseguirem envolver-se mais. Toda a campanha vai estar em torno de um mote e gostaria muito que as pessoas percebessem que o Enterro só é o Enterro por causa delas”, vincou. Relativamente ao local onde decorrerá o Enterro, Joana Regadas adiantou ainda à Ria que o Enterro será realizado no mesmo local das últimas edições - no parque de estacionamento da biblioteca. “Acaba por ser o local que reúne as condições ideais e para o modelo atual do Enterro é o local ideal para o dinamizar”, frisou. De resto, também os preços dos bilhetes serão mantidos face aos valores do ano passado. “Tem sido um ano complicado em termos financeiros e não queríamos que os estudantes perdessem a oportunidade”, repara Joana Regadas. A opção de ealy bird para o passe geral, disponível desde a tarde de sexta-feira e que termina já hoje, dia 29, tem um custo de 43 euros. Depois disso, o preço aumenta para “46 euros, sócio” e para “55 euros, não sócio”. No que toca aos preços dos bilhetes diários, Joana Regadas avançou que o preço médio para o estudante ronda os “11 euros” e o preço para não estudante os “14 euros”. Os bilhetes ou o passe geral estão disponíveis para compra através da aplicação da AAUAv.

UA: Novo laboratório no DQ permite “formas de ensino mais desafiantes e mais inovadoras”
Universidade

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Presente na inauguração, Paulo Jorge Ferreira, reitor da UA, alertou, ao longo do seu discurso, para os “potenciais benefícios da sustentabilidade” nas empresas de fileira alimentar ao trabalharem em conjunto com a Universidade. “Acho que a presença do conhecimento da ciência junto de qualquer cadeia de valortem sempre potenciais benefícios de sustentabilidade.Todas partem de uma matéria-prima e produzem algo que se atreve. O processo consome água, energia, recursos e gera muitas vezes subprodutos. Subprodutos podem ser cascas (…) e que são encarados como lixo. As empresas que lidam com essas cadeias de valor, muitas vezes, não têm nenhum interesse, nem capacidade de inovação, para lhes destinar novos recursos. Uma universidade, um centro de investigação, pode muito bem fazer isso. Pode determinar que numa área longe da área do negócio principal da empresa há possibilidades de aplicação daqueles subprodutos (…)”, relembrou. A isto, Paulo Jorge Ferreira juntou ainda um “segundo ingrediente” na qual as universidades são “úteis” para estas empresas, nomeadamente, através da “pequena qualificação” dos trabalhadores. “Estas cadeias de valor mercê das grandes alterações tecnológicas (…) têm várias novas áreas de negócio e têm, por vezes, necessidade de qualificar pessoas. E as soluções tradicionais, fazer mais um mestrado, fazer mais uma pós-graduação, muitas vezes, não são viáveis (…)”, notou. “A UA tem hoje programas de qualificação destinados exatamente a esse problema. Cursos de curta duração, carteiras de microcredenciais, através das quais uma empresa pode requalificar progressivamente (…) os seus trabalhadores”, disse. Armando Silvestre, diretor do DQ, foi de encontro a esta ideia e frisou também a importância deste novo laboratório dar resposta a esta “necessidade de formação ao longo da vida, para além dos três ciclos de formação clássico”. “É esta a motivação, é este o contexto que nos traz aqui, aplicado a uma área muito específica, a área alimentar, onde, efetivamente, a formação e a inovação são absolutamente fundamentais”, assegurou. “Para criarmos estas ofertas formativas e as condições que necessitamos, muitas vezes, é necessário mais do que boa vontade e, nesse aspeto, o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e, em particular, o projeto Aveiro Education and Social Alliance foi uma oportunidade e um momento único para criarmos o curso de especialização em “Inovação e Sustentabilidade nas Cadeias Alimentares”. Construímos uma oferta que responde à necessidade de formação contínua, que foi identificada pelos nossos parceiros empresariais (…) de nos dotarmos de um espaço de formação para experimentação e para aulas modernas, que permita implementar essas formas de ensino mais desafiantes e mais inovadoras”, continuou. Na sessão, Sílvia Rocha, diretora do curso em Inovação e Sustentabilidade nas Cadeias Alimentares, aproveitou ainda para apresentar o plano curricular da formação, que arrancou no ano passado, mostrando-se “satisfeita” com os números da primeira edição. “No primeiro ano, propusemos a previsão de 13 estudantes (…) e tivemos um total de 103 candidaturas, 95 elegíveis e 45 matriculados (…) Porquê [só 45 matriculados]? Em Aveiro estamos bem localizados, mas a verdade é que temos muitas grandes empresas na área alimentar que estão afastadas daqui”, referiu. Assim, entre as principais mudanças desta segunda edição a diretora do curso anunciou que a formação estará disponível, este ano, também em regime b-learning. “Claro que é muito mais enriquecedor se estiver no sistema presencial, mas neste momento nós temos uma sala equipada para ter todas as condições e para ter aulas de qualidade à distância”, garantiu. Também as habilitações necessárias foram alargadas. “Na primeira edição, fomos talvez muito restritivos e eram só licenciados em Bioquímica, Biotecnologia e áreas afins”, continuou. “Neste momento, já temos as condições que nós gostaríamos. Temos realmente um laboratório que permite ter aulas de uma forma muito dinâmica e que tem equipamentos que permitem a experimentação. Ainda vamos adquirir pelo menos mais dois equipamentos que achamos que são fundamentais nesta fase na área da inovação alimentar”, finalizou Sílvia Rocha. Recorde-se que as candidaturas para esta formação especializada abrem no dia 1 de abril e encerram no dia 21 do mesmo mês. O edital pode ser consultado aqui. Após os discursos, seguiu-se uma mesa-redonda com o tema “Inovação na fileira alimentar: desafios atuais e oportunidades na perspetiva de diferentes players" que contou com a presença de Deolinda Silva, diretora executiva da PortugalFoods; Marlos Silva, director of R&D and Incentives Department, leading the team who manages a portfolio of R&D projects mainly in Digital Transformation, Food Innovation, Sustainability, Automation & Robotics and Clean Energy, da SONAE; Natacha Fontes, gestora I&D|R&D Manager, da Sogrape e Ana Tasso Rosa, ex-estudante de licenciatura e de mestrado do DQ, R&DI diretor da Casa Mendes e Gonçalves. O evento terminou com uma visita inaugural ao laboratório de inovação e experimentação alimentar e com um momento de brinde partilhado. O laboratório de inovação e experimentação alimentar e o novo curso de especialização foram financiados por verbas dos investimentos Incentivo Adultos e Impulso Jovens STEAM do Plano de Recuperação e Resiliência de Portugal (PRR).

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Tensões na Distrital do PS-Aveiro: Bruno Aragão e Joana Sá Pereira retiram-se da lista de deputados
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Tensões na Distrital do PS-Aveiro: Bruno Aragão e Joana Sá Pereira retiram-se da lista de deputados

O presidente da Câmara de São João da Madeira e antigo presidente da federação, Jorge Sequeira, foi uma das vozes mais críticas, lamentando a "falta de qualidade" da lista apresentada e o afastamento de figuras que poderiam fortalecer a representação do distrito na Assembleia da República, dando o exemplo da atual deputada à Assembleia da República, Cláudia Santos. Recorde-se que Cláudia Santos é natural de Aveiro e não foi indicada pela Comissão Política da concelhia do PS-Aveiro, que preferiu indicar Filipe Neto Brandão e Rosa Aparício. Contudo, Cláudia Santos era deputada à Assembleia da República desde 2019 e foi sempre uma indicação da direção nacional do PS. A insatisfação alastrou-se a várias concelhias, com vários apoiantes da candidatura de Jorge Sequeira, nas últimas eleições para a distrital, a demonstrarem o seu descontentamento. Um deles foi Joaquim Jorge, atual presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, que manifestou descontentamento pela descida do deputado Bruno Aragão na lista, vendo nisso um desrespeito pela sua estrutura local. As divisões internas na distrital do PS de Aveiro ficaram ainda mais evidentes com a decisão de Bruno Aragão (Oliveira de Azeméis) e Joana Sá Pereira (Mealhada), transmitida durante a reunião, de que pretendiam que o seu nome fosse retirado da lista de deputados como sinal de protesto. Mais sorte teve Filipe Neto Brandão, atual deputado à Assembleia da República que, mesmo tendo apoiado Jorge Sequeira na disputa eleitoral para a federação com Hugo Oliveira, acabou por se manter em lugar elegível na proposta do atual presidente da distrital. Neto Brandão lamentou a indisponibilidade de Bruno Aragão e de Joana Sá Pereira para continuarem na lista e deu nota que o presidente da federação o tinha informado de que apenas consideraria para a lista de deputados indicações das concelhias. O presidente da Federação Distrital do PS de Aveiro, Hugo Oliveira, aproveitou a sua intervenção final para recordar os presentes que tinha “muito orgulho” por ter garantido nas negociações com a direção nacional do PS que o número dois da lista fosse alguém do distrito e relembrou o antigo presidente da distrital, Jorge Sequeira, que os candidatos que subiram agora posições na lista de deputados (Paulo Tomaz de Águeda e Nuno Almeida de Espinho) já tinham integrado as listas anteriores feitas pelo próprio Jorge Sequeira, e que, assim sendo, não entendia as referências à falta de qualidade da lista apresentada. A lista acabou por ser aprovada com 50 votos a favor, 26 contra e 2 em branco, evidenciando que Hugo Oliveira continua com o apoio da larga maioria dos dirigentes socialistas do distrito de Aveiro. As listas de deputados serão amanhã aprovadas pelos órgãos nacionais do PS e aguarda-se pela indicação da nacional para o quinto lugar da lista que terá que ser uma mulher. Cláudia Santos poderá ainda integrar a lista se o secretário-geral do partido, Pedro Nuno Santos, assim o entender. 1 - Pedro Nuno Santos (Indicação da direção nacional) 2 - Susana Correia (Santa Maria da Feira) 3 - Hugo Oliveira (Estarreja) 4 - Filipe Neto Brandão (Aveiro) 5 - Indicação da direção nacional (terá que ser uma mulher) 6 - Paulo Tomaz (Águeda) 7 - Nuno Almeida (Espinho) 8 - Ana Marta Santos (Ovar) 9 - Catarina Gamelas (Albergaria-a-Velha) 10 - José António Rocha (Castelo de Paiva) 11 - Ricardo Conceição (Anadia) 12 - Daniela Gonçalinho (Oliveira do Bairro) 13 - Regina Fontes (Arouca) 14 - João Figueiredo (Santa Maria da Feira) 15 - Cláudia Campos (Murtosa) 16 - Ana Patrícia (Sever do Vouga) Suplentes: 1 - Justino Monteiro (Ovar) 2 - LaSallete Monteiro (Vagos) 3 - Eduardo Conde (Ílhavo) 4 - Ana Magalhães (Vale de Cambra) 5 - Irene Gomes (São João da Madeira)

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Música, teatro, comédia, cinema e atividades para as escolas em abril no Teatro Aveirense
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Música, teatro, comédia, cinema e atividades para as escolas em abril no Teatro Aveirense

O mês de abril traz ao Teatro Aveirense um conjunto de propostas em diferentes áreas, convocando a música, o teatro, a comédia, o cinema e as atividades para as escolas. O início do mês é marcado pela celebração da Revolução dos Cravos com a companhia Mala Voadora, que traz a Aveiro o seu espetáculo 25 de abril de 1974, encenado por Jorge Andrade, a ser apresentado em exclusivo para a comunidade escolar nos dias 3 e 4 de abril. Para além de dar a conhecer os factos que garantiram a instauração de uma democracia em Portugal, esta criação estabelece com o seu público um diálogo em torno dos mecanismos de construção da ficção e da manipulação da realidade. No dia 6 de abril, o Teatro Aveirense apresenta-se fora de portas com Jacarandá, um espetáculo de marionetas, de Adriana Melo e Magnum Soares, que se revela sob a forma de solo intimista e sem palavras numa viagem pelas profundezas da natureza. Encontro marcado às 16h00 no Auditório da Sociedade Musical de Santa Cecília, em São Bernardo, com entrada gratuita. Uma iniciativa do programa municipal Aveiro em Família para maiores de 6 anos. Na semana seguinte, no dia 10 de abril, será a vez de os Marquise se apresentarem em palco, integrados no ciclo Novas Quintas, com o qual o Teatro Aveirense tem revelado nomes emergentes da música nacional. Os Marquise são um quarteto nascido no Porto com uma clara influência do rock alternativo dos anos 90. Em 2023 lançaram um EP de estreia que rapidamente os destacou no panorama nacional emergente e acabam de apresentar o primeiro álbum. O dia 11 de abril terá como destaque o fenómeno Amigos da Treta, projeto criado em 1997 e que se apresenta no Teatro Aveirense com José Pedro Gomes e Aldo Lima a darem corpo às personagens Zezé e Jóni. A música regressa no dia 19 de abril com o concerto de encerramento do XXII Estágio da Orquestra dos Jovens dos Conservatórios Oficiais de Música, iniciativa que irá decorrer no Teatro Aveirense entre os dias 16 e 19 de abril, com um momento público na sua derradeira data. Nos dias 22 e 23 de abril o Teatro Aveirense volta a receber a Festa do Cinema Italiano, que nesta edição propõe os filmes “Confidência”, de Daniele Luchetti, Diva Futura; “Cicciolina e a Revolução do Desejo”, de Giulia Louise Steigerwalt; “O Lugar do Trabalho”, de Michele Riondino e “A Grande Ambição”, de Andrea Segre. No cinema existe ainda a programação da rubrica “Os Filmes das Nossas Terças”, este mês preenchida com os filmes “Monsieu Aznavour”, de Mehdi Idir e “Grand Corps Malade,” no dia 1 de abril, “Lulu”, de Pedro Anjos, no dia 8, e “Diamante Bruto”, de Agathe Riedinger, no dia 15. A estes filmes junta-se a antestreia de “A Última Meia”, no dia 24 de abril, uma curta-metragem de animação de Carolina Batista que contou com o apoio da Câmara Municipal de Aveiro. O mês completa-se com o espetáculo “Refugiado”, no dia 30 de abril, encenado e interpretado por Paulo Matos, que se debruça sobre o tema da migração, relatando a epopeia de um homem que foge do seu país de origem para procurar um futuro possível num outro lugar. A programação na íntegra pode ser consultada aqui

Autárquicas: Pedro Marques é o candidato do PSD a Azeméis para valorizar as freguesias
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Autárquicas: Pedro Marques é o candidato do PSD a Azeméis para valorizar as freguesias

A escolha do cabeça-de-lista a essa autarquia do distrito de Aveiro e da Área Metropolitana do Porto foi decidida “por unanimidade” da estrutura local do PSD, que reconhece ao candidato a “competência, experiência e visão” para liderar o concelho. “O PSD de Oliveira de Azeméis está confiante e plenamente mobilizado para apresentar aos oliveirenses um projeto ambicioso e coeso, valorizando tanto o papel das freguesias como o de todos quantos vivem, trabalham ou investem no concelho”, diz o partido em comunicado. Para os social-democratas, Pedro Marques reúne “uma trajetória profissional e académica ímpar, com experiência e conhecimento dos problemas e ambições dos munícipes, adquiridos tanto com a sua vivência quotidiana no município quanto aquando da sua passagem como vereador pela Câmara de Oliveira de Azeméis – onde coordenou pelouros estratégicos como Finanças, Recursos Humanos, Turismo, Desporto e Património e onde se destacou na implementação de projetos inovadores”. O PSD reconhece-lhe assim “uma capacidade comprovada de gestão de projetos” e um “conhecimento profundo da gestão municipal”, defendendo que o seu “perfil de liderança” está “preparado para projetar e transformar Oliveira de Azeméis num concelho de referência e num exemplo de qualidade de vida, tanto a nível nacional como internacional”. Nascido em julho de 1970 e formado em Direito pela Universidade Lusíada, Pedro Marques tem pós-graduações na área do Desporto e cursos paralelos em domínios como Mediação de Conflitos e Finanças Púbicas Locais. Trabalhando também como consultor jurídico e fiscal, é especializado em Direito Público e atua em áreas como Administração, Urbanismo, Ordenamento do Território e Contratação Pública, tendo acumulado “vasta experiência em contencioso administrativo e licenciamento”. Depois de ter integrado os conselhos de Disciplina da Associação de Futebol do Porto e da Federação Portuguesa de Ciclismo, atualmente é membro do conselho jurisdicional da Liga Portuguesa de Futebol Profissional e “analista jurídico de um canal televisivo de desporto”. Com cerca de 163 quilómetros quadrados e 70.000 habitantes, o município de Oliveira de Azeméis é atualmente gerido por uma maioria socialista, no seu segundo mandato. O executivo camarário local integra seis eleitos do PS e três vereadores do PSD. Além de Pedro Marques, até ao momento só Manuel Almeida, do Chega, formalizou a sua candidatura às eleições a realizar nesse concelho em setembro ou outubro de 2025.