Assembleia de Esgueira questionou Ângela Almeida sobre licenciatura, mas continuou sem resposta
A oposição (coligação PS/PAN e BE) e dois cidadãos questionaram ontem a presidente da Junta, no período antes da ordem do dia da Assembleia de Freguesia, sobre a licenciatura que a autarca afirma ter. Ângela Almeida não confirmou nem desmentiu a notícia avançada pela Ria, com base nos esclarecimentos prestados pela Universidade de Aveiro, sobre o facto de não ser licenciada por aquela instituição, ao contrário do que afirma. Apesar disso, Ângela Almeida deu apenas a nota que nunca exerceu a profissão de professora.
Ana Patrícia Novo
JornalistaA Assembleia de Freguesia de Esgueira reuniu ontem, naquela que foi a primeira aparição pública de Ângela Almeida, presidente de Junta desta freguesia e ainda deputada na Assembleia da República, depois da Universidade de Aveiro ter esclarecido que esta não é licenciada pela instituição aveirense, ao contrário do que afirma. A polémica não constava na ordem de trabalhos, mas foi introduzida na discussão pelo público e pelos membros da oposição da Assembleia de Freguesia nas intervenções antes da ordem do dia.
Foram dois os esgueirenses que se inscreveram para falar no período antes da ordem do dia. Ambos questionaram a presidente de Junta sobre o facto da autarca se apresentar como licenciada e ter sido desmentida pela Universidade de Aveiro. Os cidadãos mostraram-se ainda preocupados com a possibilidade da presidente ter exercido a profissão de professora sem as habilitações necessárias pela lei e sublinharam a gravidade da situação. “O descrédito é completo (…). Quem faz uma coisa destas, isto é grave – estamos a falar de uma pessoa que se arvorou licenciada, prestou declarações falsas na Assembleia da República, se isto não tem peso, se isto não tem gravidade, não sei o que será necessário”, aponta um dos cidadãos. “Acho que cabe à Assembleia de Freguesia, se tem licenciatura, defender a posição da senhora doutora Ângela Almeida; se ela não é licenciada é exatamente o contrário”, repara ainda o cidadão.
Rui Duarte, presidente da Assembleia de Freguesia de Esgueira entendeu que o tema não seria um ponto “relevante” para incluir na ordem de trabalhos. “Isto é uma questão cível entre os denunciantes e os denunciados e que nada tem a ver com a Assembleia”, frisou. Aos esgueirenses a presidente garantiu, no entanto, nunca ter lecionado, mas escusou-se a dar esclarecimentos adicionais à Assembleia.
“Nunca lecionei a minha profissão em nenhuma escola, nem pública nem privada (…). Se isso deixa alguém mais tranquilo, que fique”, aponta a autarca. “Eu só tenho de responder nesta assembleia, porque sou presidente de junta e é nessa função que eu irei responder. O que cada um faz no foro pessoal, era o que faltava vir para aqui falar de cada membro da assembleia ou de cada cidadão”, respondeu Ângela Almeida.
A autarca mostrou ainda alguma indiferença no decorrer da sessão perante as declarações da oposição e dos cidadãos, rindo-se várias vezes durante as diferentes intervenções relativas ao tema. Ainda durante a Assembleia de Freguesia, ao ser abordada sobre o estado de obras que decorrem na freguesia por um elemento da oposição, respondeu de forma irónica que “deve ter sido um engenheiro sem licenciatura”.
Em declarações à Ria, Luís Martins, membro da Assembleia de Freguesia de Esgueira pela coligação PS/PAN dá nota que “só precisamos de uma resposta clara: sim ou não; se persiste na mentira, estamos perante um padrão que não fica bem, não deve ser praticado na política”. “Não é necessário ser licenciado [para ser presidente de Junta nem deputado], agora é necessário ser idóneo e se tem [a licenciatura], tem; se não tem, não tem, ponto, e a senhora esquiva-se sempre a dar resposta a esta questão”, sublinha o membro socialista.
Hugo Nunes, membro da Assembleia da Freguesia de Esgueira pelo Bloco de Esquerda (BE), é também crítico da posição de Ângela Almeida, referindo que “quem é eleito tem responsabilidades e o Bloco sempre defendeu que quem é eleito tem responsabilidades acrescidas nomeadamente ao nível da transparência, do rigor e da prestação de contas”. “A presidente da Junta de Freguesia é reflexo daquilo que aconteceu na Assembleia da República em que por falta de prestação de contas nos encontramos, de formas distintas, em situações críticas”, frisou o bloquista. “Questionada na sede mais própria da freguesia e por quem a elegeu para o cargo que ela ocupa, a presidente opta por fugir às questões”, aponta Hugo.
O bloquista critica ainda o facto de Ângela Almeida não ter participado nas últimas Assembleias Municipais, lamentando que o assunto relativo às habilitações literárias retire o foco dos problemas dos fregueses de Esgueira. “O trabalho dela nessa sede é defender ou pelo menos representar os esgueirenses que a elegeram”, nota.
A Ria tentou também obter uma declaração de Ângela Almeida, mas mais uma vez a presidente de Junta e atual deputada à Assembleia da República recusou-se a prestar qualquer tipo de esclarecimento.
*Notícia editada às 19:33 de 23 de abril de 2025.
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Comédia infantil do Nobel Egas Moniz em livro e peça de teatro em Estarreja
A obra, escrita pelo Nobel da Medicina português para os seus sobrinhos-netos, foi adaptada para livro e peça de teatro no âmbito das comemorações dos 150 anos do seu nascimento, informa a autarquia. A apresentação do livro, com ilustrações de Cinara Saiónára, na Casa Museu Egas Moniz, em Avanca, decorre no sábado, pelas 15:00, segundo adianta uma nota de imprensa da Câmara de Estarreja. “Este conto revela a faceta lúdica e a transversalidade do neurocientista, num texto com 89 anos”, destaca a nota, revelando que já será feito “um momento de interpretação da obra” no lançamento do livro pelo Grupo de Teatro Infantil do Município de Estarreja (Trama). A estreia da adaptação teatral propriamente dita terá lugar só a 22 de junho, com encenação e adaptação de Leandro Ribeiro, encerrando as comemorações dos 150 anos do nascimento de Egas Moniz, iniciadas no ano passado. O programa comemorativo inclui ainda a exposição “Egas Moniz – Um Encontro”, patente até dia 24 na Casa da Cultura e o concerto de “Alma de Coimbra”, dia 31, no Cine-Teatro. As celebrações dos 150 anos do nascimento de Egas Moniz visam homenagear a vida e o legado do cientista nascido em Avança, no concelho de Estarreja, distrito de Aveiro.
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FNAM contra entrega da gestão do hospital de São João da Madeira à Misericórdia
A presidente da FNAM, Joana Bordalo e Sá, revelou essa posição à Lusa após uma reunião com profissionais de várias especialidades na sede da Unidade Local de Saúde do Entre Douro e Vouga (ULS EDV), que, a partir de Santa Maria da Feira, gere dezenas de unidades do distrito de Aveiro, entre as quais o referido equipamento de São João da Madeira e os hospitais de Ovar e Oliveira de Azeméis. “Há muito pouca informação sobre o assunto e os próprios médicos têm muito pouco acesso a dados sobre a entrega do hospital à Misericórdia”, declarou Joana Bordalo Sá. A responsável acrescentou: “mas somos contra essa medida, porque não percebemos qual o racional para isso e não há nenhum estudo que nos mostre qualquer benefício na mudança”. Para a presidente da instituição, “devem ficar na esfera pública os hospitais que foram pagos pelo Estado, que foram equipados pelo Estado e que estão a funcionar efetivamente bem, como é o caso do de São João da Madeira, que tem muitas consultas e onde se faz muita cirurgia de ambulatório”. Joana Bordalo Sá defendeu, por isso, que a entrega do hospital à Santa Casa “não serve verdadeiramente o Serviço Nacional de Saúde”, pelo que “deve manter-se na gestão da ULS EDV”. Em 12 de dezembro, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou pretender “retomar o caminho” de transferir para as Misericórdias responsabilidades na gestão hospitalar.