Festas de São Braz: “um progresso fora do normal”
Por estes dias, os habitantes da Quinta do Gato, em Santa Joana, Aveiro vivem a festa de São Braz. Uma festividade que há cerca de 20 anos cumpre o ritual de atirar rebuçados do alto da Capela de São Braz para os devotos. Apesar da tradição, a festa tem vindo a ganhar expressão e, neste momento, não são apenas os rebuçados que contribuem para atrair os aveirenses e forasteiros. A Ria foi procurar saber, afinal, qual é o segredo para o sucesso desta festividade.
Isabel Cunha Marques
JornalistaPara António Gonçalves e Manuel Oliveira, amigos há mais de 40 anos, a festa de São Braz começa com um copo de vinho tinto, durante a tarde, no Restaurante ‘São Brás’. Ambos vivem a 50 metros dali. “Para mim o pior é morar mesmo aqui encostado. A festa termina pela 1h00 e até às 4h00 o barulho continua…”, começa por contar, à Ria, António Gonçalves com uma gargalhada. Apesar de não ser natural de Santa Joana, António confidenciou que ganhou o gosto pela Festa de São Braz, desde os 18 anos, altura em que conheceu a sua esposa. “Eu fui obrigado a vir [por ela] … As festas não eram como agora. Isto agora tem uma proporção muito maior. Temos de elogiar os mordomos da festa, porque teve um progresso fora do normal. Para mim, a seguir a estas é o São Gonçalinho”, afirmou.
Ao contrário de António, Manuel Oliveira sempre viveu no lugar da Quinta do Gato e recorda-se de viver estas festas desde pequeno. “Antigamente atirava-se os foguetes, ia-se atrás das canas para tirar o fio e assim se passava. Não havia nada de rebuçados…. Rebuçados está bem está…. Vivia-se bem. Para mim era fabuloso e agora melhor”, recordou com um sorriso. Sobre o que mais gosta da festividade, Manuel realçou, com um especial brilho nos olhos, que tem um fascínio pelo “barulho dos músicos”. “Eu gosto de acompanhar as festas do Santoinho, mas aqui é melhor. É a minha terra”, exprimiu. Enquanto brindava com António, mais uma vez, realçava ainda à Ria que para o dia seguinte tinha já na sua casa “um presunto, muita cerveja e muito vinho” para oferecer aos mordomos. “É sempre uma alegria”, gracejou.
No largo da capela, enquanto o sino toca para a eucaristia, ouve-se, já ao fundo, um som estridente de um outro sino. É Décio Marques a chamar para o pão com chouriço que acabou de sair do forno a lenha. “Este toque do nosso sino significa a saída do pão”, conta-nos. Veio pela primeira vez à festa de São Braz, em trabalho, para angariar fundos para a Associação Centro Social e Cultural Nossa Senhora da Graça Quintãs. “Já trabalhamos [com o pão com chouriço] há 20 anos… Desde que foi realizado o Carnaval em Aveiro”, partilhou. Para esta festividade trouxe, pelo menos, 100 quilos de massa de pão que foi previamente preparada por uma padeira do Vale de Ílhavo. “A gente está preparada para a guerra (…) O segredo do pão com chouriço é a farinha que não pode ser qualquer uma, o chouriço e o amor que nós depositamos todos nele”, partilhou com um sorriso. À Ria prometeu ainda fazer as “delícias” dos festeiros [com o pão com chouriço] ao longo dos quatro dias.
São Braz tem a “melhor bifana do mundo”
Além do pão com chouriço, há um outro cheiro que se torna impossível não sentir naquele largo. Desta vez, é o cheiro das bifanas que estão a ser preparadas por dois elementos da mordomia e que já atraem forasteiros para as saborear. É o caso de David Antunes, um dos artistas responsáveis por abrilhantar a Festa de São Braz na primeira noite. “Esta malta é do melhor que há. Eles ganham-nos por isto, pelos rebuçados e depois pela melhor bifana do mundo. Ao bocado, enquanto estava a caminho [de Aveiro], vinha a dizer ao meu irmão que o melhor sítio para comer bifanas é aqui”, confidenciou. “Eu não sei o que têm de especial, mas se calhar também não quero saber… É o molho, mas há aqui qualquer coisa…”, exprimiu.
Este ano, a Mordomia de São Braz encomendou cerca de 400 quilos de bifanas para os quatro dias de festa. Em entrevista à Ria, Óscar Branco, juiz da mordomia referiu que o sucesso das bifanas foi por mera “coincidência” e “sorte”. “Antigamente, fazíamos um pernil, mas demorava muito tempo a servir… Era complicado e eram sempre filas. Então começamos a fazer bifanas. Este ano, temos um fornecedor de carne amigo (…) arranjamos carne de boa qualidade, bem cortada e bem temperada e agora é com os nossos cozinheiros da mordomia”, explicou com uma gargalhada. O segredo? Preferiu não revelá-lo à Ria.
Se por agora começam a ser as bifanas a fazer as tentações de quem procura esta festa, há também quem não abdique de a frequentar pela “chuva” de rebuçados de São Braz. Uma tradição com cerca de 20 anos em que os devotos se concentram junto à capela de São Braz para apanhar os rebuçados atirados pela mordomia, não fosse São Braz o padroeiro das dores de garganta. Este ano, foram prometidos pela mordomia cerca de 600 quilos. Óscar Branco recordou que a tradição começou com um grupo de amigos que concluiu o seu percurso académico na Universidade e que quis vir celebrar o feito até à Festa de São Braz. “Lembraram-se que queriam pôr as pessoas de gatas aqui no Lugar da Quinta do Gato… Então recordaram-se de atirar rebuçados de São Braz às pessoas (…) É por eles que isto acontece”, sublinhou, esperançando que quer que a tradição dure, pelo menos, mais “200 anos”.
“O segredo não são os rebuçados”
Independentemente das bifanas ou dos rebuçados de São Braz, a verdade é que a festa tem vindo a ganhar renome e atrai, todos os anos, cada vez mais pessoas. Para o juiz da mordomia “houve outros fatores” para o mesmo acontecer. “Em 2017, também como juiz desta festa reuni um grupo de amigos e é isso que fez toda a diferença. Nós demos muito da nossa vida para estar aqui. Nesse ano, decidimos colocar um toldo na rua para não chover e trazer artistas com algum nome nacional”, explicou. Um desses artistas foi Augusto Canário. “Ele era pouco conhecido em Aveiro e a partir daí começou a fazer muitos espetáculos cá (…) A seguir, foi só mais um bocadinho e, neste momento, temos uma festa com cabeças de cartaz em três dias”, continuou. “O segredo não são os rebuçados (…) A questão que está na base disto tudo é a nossa interajuda, gostarmos da nossa terra e fazermos uma festa para as pessoas virem cá”, recordou Óscar.
Entre as novidades do cartaz deste ano está a festividade ser apadrinhada por Augusto Canário. “Quando eu este ano voltei a assumir a festa a minha ideia foi fazer um revenge daquilo que aconteceu ao longo destes anos e convidar os artistas que vieram cá e que nos deixaram alguma coisa (…) [O Augusto Canário] já esteve connosco três ou quatro vezes e fala de nós por todo o lado onde vai, até porque ele acha que foi alvo de um milagre aqui no São Braz”, contou.
Sobre aquela que será a festa de São Braz em 2026, Óscar preferiu não adiantar, mas garantiu que a mordomia a procurará “melhorar” ainda mais, sempre numa perspetiva da festa de arraial. Sobre quem será o próximo juiz, Óscar Branco garantiu que passará a sua pasta, possivelmente, “ao seu irmão”. “Ainda não sabemos (…) Há sempre um suspense, mas daqui a um mês já deve haver uma decisão”, avançou.
A Festa de São Braz prossegue, este sábado, 1 de fevereiro, tendo como cabeça de cartaz o artista Zé Amaro que atuará, pelas 21h30. No domingo segue-se a atuação de Tiago Silva, pelas 15h00 e de Augusto Canário, pelas 21h30. No último dia, 3 de fevereiro, haverá a missa em honra de São Braz, pelas 19h00.
Recomendações
ADASCA promove sete sessões de recolha de sangue em Aveiro durante dezembro
Nas próximas quartas e sextas-feiras, a ADASCA vai estar presente nas lojas 15 e 16 do Mercado Manuel Firmino para promover colheitas de sangue. Entre as 15h00 e as 19h00, os responsáveis já estiveram presentes na passada quarta-feira, dia 3, e na passada sexta-feira, dia 5. Da mesma forma, vão marcar presença nos próximos dias 10, 12, 17 e 19. Após o Natal, a ADASCA promove ainda uma última dádiva de sangue antes do final do ano, no dia 27, no mesmo local e horário.
Urgências de Obstetrícia do Hospital de Aveiro estão condicionadas durante o fim-semana
No sábado, as urgências de obstetrícia dos hospitais de Braga, Vila Franca de Xira, Aveiro, Santarém, São Francisco Xavier (Lisboa) e Leiria vão funcionar de forma condicionada, recebendo apenas casos encaminhados pelo CODU/INEM. Também no domingo estão referenciadas as urgências de obstetrícia de Braga, Santarém, Aveiro, Leiria e São Francisco Xavier. No sábado vão estar encerradas as urgências desta especialidade nos hospitais de Portimão (distrito de Faro), Barreiro (distrito de Setúbal), Setúbal e Braga, de acordo com as escalas consultadas pela agência Lusa às 12:00 de hoje. A situação melhora no domingo, com o encerramento dos serviços de urgência de ginecologia e obstetrícia dos hospitais de Portimão, Barreiro e Vila Franca de Xira (distrito de Lisboa). Durante o fim de semana, as urgências pediátricas dos hospitais de Vila Franca de Xira, Esposende (distrito de Braga), Beatriz Ângelo, em Loures, vão funcionar com restrições, atendendo apenas casos referenciados pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). Segundo as escalas publicadas, no sábado estarão abertos 132 serviços de urgência em todo o país, além de 28 unidades que funcionam no âmbito do projeto-piloto que obriga as utentes a contactar previamente a Linha SNS 24. No domingo, estarão disponíveis 133 urgências e 27 unidades do projeto-piloto. Os constrangimentos devem-se sobretudo à falta de médicos especialistas para assegurar as escalas. As autoridades de saúde recomendam que, antes de se deslocar a uma urgência, a população contacte a Linha SNS 24 (808 24 24 24) para obter orientação adequada.
ÁTOA, Miguel Araújo e Némanus entre os artistas em destaque nas Festas em Honra de São Gonçalinho
Foi ao som do grupo ÁTOA que a Mordomia de São Gonçalinho apresentou esta sexta-feira o cartaz das tradicionais Festas em Honra de São Gonçalinho para 2026. Questionado pela Ria à margem da apresentação sobre a escolha do cartaz, Osvaldo Pacheco, juiz da mordomia, referiu que é um “fio condutor” em relação ao do ano anterior. “Objetivamente, procuramos que houvesse um fio condutor e que houvesse alguma continuidade. Achamos que faz algum sentido, tradicionalmente, as pessoas encontrarem algo que já estão habituadas porque isso fideliza”, explicou. Sobre o orçamento deste ano, Osvaldo Pacheco adiantou que o mesmo ainda não está fechado. “Há coisas que ainda estão em aberto. Como eu costumo dizer, em relação ao orçamento, prognósticos só no final do jogo”, brincou. Interpelado ainda sobre o tamanho da tenda instalada no Rossio, o juiz da mordomia frisou que será a “mesma do ano passado”. “Ligeiramente maior do que há dois anos e, portanto, penso que a tenda é suficientemente grande para o evento e há sempre a hipótese de abrir as laterais- se o tempo estiver bom. Na prática, podemos funcionar no Rossio como se não tivéssemos tenda, mas tudo dependerá do São Pedro e dos acordos que o São Gonçalinho tiver com o São Pedro”, frisou. Relativamente à venda de cavacas, Osvaldo Pacheco sublinhou que estão a correr “dentro do esperado”. “Aquelas pessoas em que a decisão está tomada já começaram a fazer as suas encomendas e, portanto, como nós temos stock limitado existe muita gente que vem à última da hora, mas aí já não temos hipótese”, disse. “Quem tem a vontade de comprar cavacas deve-o fazer o mais rápido possível”, desafiou. Além da programação anunciada, o juiz da mordomia avançou ainda que há outras novidades a caminho “que não cabem no cartaz”. “Vamos ter atividades para todas as idades, para todos os tipos de interesses, e vamos ter pela primeira vez a exibição de filmes realizados no DeCA, na Universidade de Aveiro, sobre a festa e a discussão sobre esses trabalhos”, atentou. Sobre os desejos para estas festividades, Osvaldo Pacheco foi direto: “Que esteja bom tempo”, gracejou. Os festejos em Honra de São Gonçalinho começam no dia 8 de janeiro, quinta-feira, com a “Salva 21 tiros”, pelas 9h00, seguindo-se a arruada pelas 9h30. Pelas 18h00, terá ainda lugar a eucaristia. A noite prossegue, no Palco Glicínias (no Rossio), com a atuação da Tuna Feminina da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv), pelas 21h00 e com a atuação da Tuna Universitária de Aveiro, pelas 22h00. O primeiro dia finaliza com Alma de Boquerón, pelas 23h30 e com DJ Kold pelas 1h00. O Grupo Coral Vera Cruz atuará ainda na capela pelas 00h00. O dia seguinte, 9 de janeiro, inicia, novamente, com a “Salva 21 tiros”, pelas 9h00, e a arruada pelas 9h30. A tarde prossegue, no Palco Glicínias, com a animação sénior, pelas 14h00, seguindo-se a atuação do grupo ÁTOA, pelas 22h00 e o espetáculo pirotécnico pelas 00h00. A noite finalizará, pelas 00h30, com o grupo “Johnwaynes”. Já no sábado, a programação da manhã mantém-se [“Salva 21 tiros” e arruada], sendo que na parte de tarde haverá ainda eucaristia pelas 17h30. A noite prossegue no Palco Glicínias com a atuação de Miguel Araújo, pelas 22h30, com o espetáculo pirotécnico, pelas 00h00, e com o DJ Zé Gabriel & DJ André Neto, pelas 00h30. O domingo, 11 de janeiro, inicia, novamente, com a “Salva 21 tiros”, pelas 9h00, e com a eucaristia (com o Grupo Coral Vera-Cruz), pelas 11h00. A partir das 16h00, no Palco Glicínias, seguir-se-á pelas 16h00 a atuação da Faina, pelas 22h30 o “Tributus Pink Floyd Reverence Show” e com o “Afrobrothers”, pelas 00h30. As tradicionais Festas em Honra de São Gonçalinho terminam na segunda-feira, 12 de janeiro, com a “Salva 21 tiros”, pelas 9h00, e com a eucaristia, pelas 9h30. No Palco Glicínias estará ainda a acontecer pelas 10h30, o papa cavacas e pelas 18h00, a grande arruada. Este dia o destaque vai ainda para a atuação de Némanus, pelas 22h30, e para o espetáculo piromusical, pelas 00h00. As festas de São Gonçalinho realizam-se anualmente no fim de semana mais próximo do dia 10 de janeiro, dia de São Gonçalinho. As festividades são marcadas pelo pagamento de promessas ao santo em agradecimento ao seu poder de cura de doenças ósseas e à sua capacidade de resolver problemas amorosos. Em troca, os aveirenses e forasteiros atiram quilos de cavacas [doce conventual] da cúpula da capela de São Gonçalinho para o público.
Civilria RunClub São Silvestre Cidade de Aveiro condiciona trânsito este sábado
A Civilria RunClub São Silvestre Cidade de Aveiro, que integra uma caminhada de 5 km e uma corrida de 10 km, realiza-se este sábado. Como tal, estão previstos condicionamentos de trânsito em vários dos arruamentos centrais da Cidade, entre as 16h30 e as 21h30. No Cais da Fonte Nova, onde será feita a partida e a chegada da prova, o corte do trânsito será por um período mais alargado, ou seja, das 07h00 até às 21h30. Nas ruas de acesso ao percurso da prova poderão ainda surgir novos constrangimentos. No Cais da Fonte Nova será feita a reserva de todos os lugares de estacionamento. De acordo com a nota, o percurso da Civilria RunClub São Silvestre Cidade de Aveiro seguirá pelas seguintes vias, com corte total de trânsito: Cais da Fonte Nova, Av. Congressos da Oposição Democrática, Rua doEng. Oudinot, Av. Dr. Lourenço Peixinho, Rua do Clube dos Galitos, Rua da Liberdade, Rua da Arrochela, Rua do Clube dos Galitos, Rua do Batalhão de Caçadores 10, Av. 25 de Abril, Av. de Francisco Sá Carneiro e Rua Manuel J. Braga Alves (paralela).
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Associação “Os Palheiros” vai inaugurar presépio “Entre a Ria e o Mar” na Costa Nova no dia 11
De acordo com a associação, o presépio vai estar patente ao público de 11 de dezembro de 2025 a 2 de janeiro de 2026. A iniciativa, apontam, é feita a partir de utensílios de tradição marítima e composta por figuras de tamanho real. A inauguração acontece na próxima quinta-feira, dia 11, pelas 19h00, na infraestrutura SPRAL, junto ao mini-golf, na Costa Nova do Prado.
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