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Simão Santana afirma que "decisão interna" do candidato do PSD à CMA será até ao "final do ano"

A cerca de um ano para as eleições autárquicas, previstas para 2025, no Município de Aveiro começam a fazer-se as primeiras apostas, estudam-se os melhores candidatos e surgem as primeiras “guerrilhas” entre os partidos. É, neste seguimento, que a Ria inicia um conjunto de entrevistas aos principais representantes de cada partido. O primeiro convidado é Simão Santana. Atual adjunto do presidente da Câmara Municipal de Aveiro e presidente da concelhia do PSD de Aveiro.

Simão Santana afirma que "decisão interna" do candidato do PSD à CMA será até ao "final do ano"
Isabel Cunha Marques

Isabel Cunha Marques

Jornalista
25 out 2024, 20:56

Em entrevista à Ria, Simão Santana admitiu que o PSD de Aveiro quer “continuar com este caminho de crescimento”, em 2025, com os atuais executivos da coligação “Aliança com Aveiro”, reafirmando uma ideia já transmitida por Ribau Esteves no 42.º Congresso Nacional do PSD que decorreu, em Braga, no último fim de semana.

Confrontado com o nome de Rogério Carlos, atual vice-presidente da Câmara Municipal de Aveiro, como o possível sucessor de Ribau Esteves na liderança da autarquia aveirense, tal como noticiado pela Ria, o presidente da concelhia preferiu não comentar. “Nós estamos num processo de escolha. Qualquer coisa que o líder do PSD Aveiro diga sobre esse assunto vai perturbar o processo e a última coisa que eu quero é perturbar o processo”, frisou.

Quanto ao nome de Silvério Regalado, ex-presidente da Câmara Municipal de Vagos [outro dos nomes apontados para a liderança da Câmara de Aveiro], Simão Santana aproveitou o momento para relembrar o percurso de José Ribau Esteves até chegar à liderança aveirense. “O facto do nosso presidente Ribau Esteves ter vindo da Câmara de Ílhavo para a Câmara de Aveiro não tem a ver, apenas e só, ou especialmente, pelo facto de ele ser presidente da Câmara de Ílhavo e Ílhavo ser muito próximo de Aveiro. Não! Se hoje formos a Ílhavo, ou se tivéssemos ido no passado, quem mais é que encontrávamos para presidente da Câmara de Aveiro? Eventualmente ninguém”, raciocinou. “O presidente Ribau Esteves foi apenas um fenómeno do ponto de vista político que tinha uma integração muito forte com os cidadãos de Aveiro e que o PSD Aveiro na altura - e muito bem - percebeu que estava ali uma oportunidade para dar a Aveiro outro futuro. E foi essa a equação... A equação não foi de proximidade geográfica”, relembrou.

Simão Santana considera “impossível” alargamento da coligação “Aliança com Aveiro” ao Chega e quanto à Iniciativa Liberal afirma que é uma possibilidade “muito remota”

Relativamente à data para avançar com o nome do candidato, o presidente da concelhia do PSD de Aveiro anunciou à Ria que a “data interna de decisão” ocorrerá até ao “final deste ano”. “No dia seguinte ao presidente Ribau Esteves sair da Câmara todos sabem o que têm que fazer, porque nós trabalhamos em equipa, coordenados, e na gestão dos processos a longo prazo”, atentou. Para Simão Santana a hipótese do nome não ser aprovado pela concelhia ou pela distrital do PSD não é sequer uma opção. “Naturalmente que o nome que irá a uma Comissão Política Concelhia, que irá a uma Comissão Política Distrital e que irá a uma Comissão Política Nacional será um nome que já está entre todos articulado e bem articulado. Não nos passaria pela cabeça estarmos a fazer isto sem, obviamente, irmos falando uns com os outros e perspetivando aquilo que podem ser as soluções para o futuro”, afirmou.

Sobre a opção de manter a coligação “Aliança com Aveiro”, Simão Santana assegurou que “a resposta é mais do que conhecida”. “Eu na altura da minha tomada de posse afirmei que a solução estava na manutenção da coligação ‘Aliança com Aveiro’ e mantemos o que dissemos”, afirmou. Quanto à coligação ser alargada a outros partidos, nomeadamente, à Iniciativa Liberal e ao Chega, o presidente da concelhia do PSD assegurou que, no primeiro caso, a possibilidade é “muito remota” e que no caso do Chega é “impossível”. “O partido Chega não acrescenta nada, absolutamente nada, àquilo que é o desenvolvimento do Município e isso não será possível”, frisou.

Sobre o balanço do mandato autárquico atual, o presidente da concelhia referiu que o mesmo é “claramente positivo”, “sendo que ele tem nos últimos 11 anos [período em que Ribau Esteves liderou a CMA] uma carga de desenvolvimento, de recuperação da Câmara, de aumento da qualidade de vida dos cidadãos muito forte e, portanto, essa é a marca final que fica e o balanço não poderia ser mais positivo”.

“Qual filho pródigo deixa as dívidas para os outros pagarem”

A Ria questionou ainda Simão Santana sobre o último comunicado do PSD de Aveiro dirigido ao PS de Aveiro em que o acusava da “pesada herança que o socialismo deixou” [período em que Alberto Souto de Miranda foi presidente da Câmara Municipal de Aveiro] onde o presidente da concelhia afirmou “qual filho pródigo deixa as dívidas para os outros pagarem e regressa no final desse tempo para dizer que afinal estava tudo muito bem, muito planeado”. Sobre o período em que Alberto Souto de Miranda liderou o Município de Aveiro, Simão Santana caraterizou-o como a “bancarrota absoluta”. “Aveiro estava muito mal classificada nos anuários de finanças públicas, tinha uma dívida brutal, tinha dívidas a mais de 1200 pessoas e empresas, não pagava às associações, não se relacionava com ninguém, não pagava faturas do dia a dia, tinha uma média de pagamento de faturas de 300 dias... Este foi o legado do Partido Socialista! Portanto, pegarem algo que foi mau, que foi penoso...”, descreveu.

Relativamente às críticas da oposição sobre o comboio de alta velocidade (TGV) não parar na cidade de Aveiro, o adjunto do município aveirense recordou que o “Dr. Alberto Souto (…) até se esqueceu do bem que fez a Aveiro, que é uma coisa que não dá para entender, porque Aveiro continuará a ter paragem e vai ter paragem de alta velocidade, nomeadamente o torço do TGV”.

A Ria questionou também Simão Santana quanto ao discurso de Luís Montenegro, no lançamento da primeira pedra para a construção do Hospital de Lisboa Oriental, onde excluiu a empreitada do hospital de Aveiro das “quatro prioridades do Governo” para esta legislatura. Para o presidente da concelhia a interpretação não está correta. “A interpretação correta, que eu faço das palavras do senhor primeiro-ministro, é que a ampliação e requalificação do Hospital de Aveiro teve início de concurso...”, avisou.

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Terceiro concurso do Pavilhão Municipal com duas propostas válidas “muito abaixo” do valor base
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Terceiro concurso do Pavilhão Municipal com duas propostas válidas “muito abaixo” do valor base

No dia 6 de fevereiro, o executivo da CMA aprovava, por maioria, o terceiro concurso público para a construção do novo Pavilhão Municipal com um novo valor base superior a 22 milhões de euros [depois dos dois primeiros concursos terem ficado desertos]. No anúncio publicado em Diário da República (DR), o prazo para a apresentação de propostas terminava no dia 23 de março. Face a “solicitações formais de empresas candidatas”, conforme noticiado pela Ria, o prazo acabaria por ser alargado até esta passada segunda-feira, 7 de abril. Terminado o prazo, na reunião camarária desta sexta-feira, no período da ordem do dia, Ribau Esteves deu nota ao restante executivo que, no total, a autarquia recebeu “seis propostas válidas em preço” para a construção do novo Pavilhão Desportivo, tendo “duas” delas ficado “muito abaixo” do preço base do terceiro concurso. “Estamos muito satisfeitos (…) Uma outra satisfação é que os preços destas duas propostas, que são muito próximas, vêm para muito perto da base do segundo concurso que nós lançámos e bem longe dos 23.5 milhões, que era a base deste terceiro concurso”, afirmou, em entrevista à Ria, à margem da reunião da Câmara, assegurando ainda que as empresas "são nacionais”. “Portanto, agora é o procedimento formal, a adjudicação provisória, a definitiva pela Câmara, o visto prévio do Tribunal de Contas, começar as reuniões com a empresa que vier a ganhar para começar a obra”, continuou. Para preparar essa adjudicação foi ainda aprovada, por maioria, uma revisão orçamental que irá a deliberação na seguinte Assembleia Municipal que decorre na próxima quarta-feira, 16 de abril, pelas 20h30, na sede. “É necessário pormos o orçamento em ordem. A ordem é basicamente o cronograma previsional da execução, para nós podermos adjudicar e depois virmos a ter o visto prévio do Tribunal de Contas. Neste caso tem de ser visto prévio porque como a obra não é financiada por fundos comunitários, não tem visto sucessivo e o visto prévio é obrigatório”, explicou José Ribau Esteves. Apesar da aprovação, a revisão orçamental contou com o voto “contra” do Partido Socialista (PS). “Sabemos que isto é um dos assuntos que onera, fortemente, os compromissos futuros e, por isso, votamos contra”, justificou o vereador socialista, Fernando Nogueira realçando também que “isto dos concursos públicos vai-nos deixando situações dúbias”. No período antes da ordem do dia, Rui Soares Carneiro, vereador do PS questionou ainda o presidente da Câmara quanto ao incêndio que deflagrou, no passado domingo, 6 de abril, numa garagem do Parque de Feiras e Exposições, em Aveiro, onde está sediada a Polícia Municipal, tendo atingido algumas das viaturas de serviço. José Ribau Esteves respondeu que foi “um azar”, mas que “podia ter sido muito pior”. Segundo o edil o incêndio iniciou-se porque uma das “viaturas elétricas [da Polícia Municipal] entrou em autoincendio”. “A sorte foi termos a Feira de Março, estar muita gente na feira e termos funcionários nossos a trabalhar. [Por] coincidência (…) um dos nossos funcionários precisou de ir à garagem buscar ferramentaria (…) [e] acionou a chamada dos bombeiros”, contou. Neste seguimento, o presidente da CMA adiantou que, neste momento, há “duas investigações em curso”: uma da Polícia Judiciária (PJ) e outra do perito dos seguros dos automóveis. Relativamente aos danos, Ribau Esteves assegurou que houve a “perda total” da viatura que originou o incêndio, uma possível perda de uma segunda viatura e dois automóveis “com danos ligeiros”. “Tivemos um dos quadros elétricos daquela zona mais administrativa do parque perdido e, portanto, tivemos também sem eletricidade (…) Não houve qualquer dano nas áreas de trabalho da polícia”, apontou avançando ainda que o serviço da Polícia Municipal se mantém “normal” pela cidade. “Obviamente que baixamos um bocadinho o tempo de serviço na estrada porque não temos viaturas à espera de andar”, referiu. O autarca deixou ainda a nota que a autarquia já procedeu à compra de “duas viaturas normais” e que “até ao final da semana do 21 de abril” se dará a “reposição” da frota da Polícia Municipal.

Legislativas: Isabel Cristina Tavares (CDU) espera “inverter” resultados das últimas eleições
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Legislativas: Isabel Cristina Tavares (CDU) espera “inverter” resultados das últimas eleições

Em entrevista à Ria, Isabel Tavares confessou que “não esperava o convite” para ser cabeça de lista do partido. “Nas últimas legislativas, há um ano, eu fui a segunda da lista pelo círculo de Aveiro. Portanto, não esperava o convite, mas não foi surpreendente. Digamos que estou normalmente disponível para tarefas desta natureza, seja nas legislativas, seja nas autárquicas”, afirmou. “Tenho feito parte de diversas listas no distrito de Aveiro, inclusive nas últimas para o Parlamento Europeu também. Não foi uma surpresa, mas também não era algo que eu estivesse assim à espera”, confidenciou. Isabel Cristina Tavares tem 54 anos, é operária têxtil e, atualmente, desempenha funções de Coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Têxtil, Vestuário, Calçado e Curtumes – Aveiro, Viseu e Guarda e da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios, Calçado e Peles de Portugal. É também membro da Comissão Executiva da Direção da União de Sindicatos de Aveiro e da Comissão Executiva do Conselho Nacional da CGTP-IN e do Comité Central do PCP. Confrontada pela Ria com os resultados alcançados pelo partido nas últimas eleições legislativas, que ocorreram no ano passado, em que a coligação alcançou apenas “1.38% dos votos”, Isabel reforçou que o “distrito precisa mesmo de ter alguém que leve os problemas à Assembleia da República (AR) com rigor”. “Nós temos deputados eleitos do distrito na AR, mas o que constatamos é que os problemas da população e aquilo que são as necessidades do distrito ficam para segundo, terceiro, quarto plano e estão direcionados para outras áreas da economia, e enfim, não dão o devido valor àquilo que são de facto as necessidades do distrito e das populações na medida do tempo”, criticou. Sobre os baixos resultados alcançados pelo partido, a cabeça de lista opinou que Aveiro é um “distrito muito complicado” por “assentar muito à direita”. “O PCP/CDU faz um trabalho de proximidade às populações, aos trabalhadores (…), mas é um trabalho difícil, porque nós não temos na comunicação social, salvo honrosas exceções como é a vossa, o tempo de antena que os outros têm”, lamentou. “Temos, neste momento, um problema muito sério, que as opiniões e as decisões fazem-se e tomam-se com aquilo que a comunicação social passa, e nem sempre a comunicação social tem passado a mensagem correta acerca do PCP”, continuou. Isabel Tavares realçou ainda que tem esperança de que nestas eleições “as coisas se invertam” para que “haja uma voz presente dos aveirenses naquele quadro de discussão que é de facto muito importante”. Entre as principais preocupações apontadas no distrito de Aveiro, a cabeça de lista começou por referir a questão da habitação. “Nós temos aí muitos problemas do ponto de vista da habitação e uma ausência de resposta àquilo que são as necessidades. Se vamos para o centro da cidade, aquilo que vimos construir é um tipo de construção que não é para o comum trabalhador que ganha o salário mínimo nacional. São construções elitistas e que só chegam a quem tem dinheiro”, apontou. “Depois não há uma resposta social. Não há uma preocupação de construção de habitação a custos controlados ou arrendamento acessível (…) Não há nenhum trabalhador com os salários que ganha no distrito que consiga comprar um apartamento de 500 mil euros. Para conseguir um empréstimo na ordem dos 150 a 200 mil euros já tem de ter um salário razoável”, continuou. Para Isabel Tavares também as “acessibilidades e os transportes” têm de ser tidos em conta no distrito. “Eu moro em Aveiro e trabalho habitualmente em São João da Madeira. Se quiser vir de Aveiro para São João da Madeira, de transporte público, tenho de sair de casa às 6h30 para chegar às 10h15 a São João da Madeira. E tenho de sair de São João da Madeira às 16h00 para chegar a minha casa às 19h15. Portanto, isto não é resposta”, frisou. A cabeça de lista sugere assim a necessidade de haver uma “interligação entre as várias cidades do distrito”. “Os trabalhadores movimentam-se e precisam de respostas em termos públicos. Mesmo dentro dos próprios concelhos há dificuldades dessa natureza. Não há aqui uma resposta efetiva a essas necessidades. Na ferrovia tivemos agora a remodelação da Linha do Vouga, mas há muito mais para fazer. Há que ajustar os apeadeiros e as estações às necessidades das populações”, reconheceu. O emprego foi outra das preocupações apontadas. “O nosso distrito tem indústria e a malta olha para aquilo que são as condições de trabalho e os salários dos trabalhadores dos vários setores de atividade e há aqui uma preocupação crescente do ponto de vista daquilo que é o esmagamento dos salários (…). “É preciso ir mais longe e é preciso garantir trabalho estável e com rendimentos justos. Existe muita precariedade no distrito, continuamos a ter empresas que trabalham com base nos contratos com vínculo precário, ou seja, hoje o trabalhador tem garantia de que tem trabalho e salário e amanhã deixa de ter. Isto é uma instabilidade tremenda”, exemplificou. Ainda no âmbito das propostas para Aveiro, Isabel Tavares propôs ainda a isenção total das portagens da A25. “Se falamos que há défice de resposta a nível público nos transportes, obviamente, que o recurso que as pessoas têm depois é a utilização do transporte próprio. Este acrescido de portagens coloca aqui dificuldades”, reconheceu. Já no campo da saúde, a cabeça de lista da CDU falou ainda sobre o aumento de resposta do “Hospital de Aveiro e de Santa Maria da Feira”. “Uma das nossas prioridades é exatamente poder haver aqui um aumento de resposta, não só nos hospitais como nos centros de saúde, de proximidade, a todos os aveirenses e a toda a população do distrito”, disse. Como vem sendo habitual em ano de eleições legislativas, a CDU (PCP-PEV) promove este sábado, 12 de abril, uma apresentação dos candidatos às eleições legislativas, pelas 15h00, no Edifício Atlas Aveiro. O objetivo passa por dar a conhecer à população “as pessoas que compõem a lista da CDU e as caraterísticas de cada um dos elementos que compõem a lista para tomarem a decisão em consciência”. “A nossa lista é composta por pessoas sérias e honestas que trabalham em prol daquilo que é uma sociedade melhor, mais justa e mais solidária”, atentou a cabeça de lista. 1. Isabel Cristina Tavares; 2. Justino Pereira; 3. Maria Miguel Sá; 4. João José Ferreira; 5. Dulce Carvalho; 6. Nuno Silva; 7. Leonor Xarrama; 8. João Canas; 9. Libânia Pires; 10. Julião Silva; 11. Ana Isaura; 12. Bernardo Santos; 13. Hélio Guilherme; 14. Ana Ferreira; 15. José Alves; 16. Maria Miguel Suplentes: 1. Nuno Teixeira; 2. Vítor Januário; 3. Pilar Gomes; 4. Cláudia Barata; 5. Albino Silva Mandatário: Joana Dias

Luís Souto muda nome da coligação e espera apoio de Ribau Esteves, PPM mantém-se
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Luís Souto muda nome da coligação e espera apoio de Ribau Esteves, PPM mantém-se

No convite da sessão de apresentação da candidatura, que já circula pelas redes sociais, Luís Souto de Miranda apresenta a coligação constituída pelos partidos PSD, CDS e PPM com uma nova designação “Aliança Mais Aveiro”. Recorde-se que desde 2013, ano em que José Ribau Esteves iniciou o seu primeiro mandato como presidente da CMA, a designação utilizada para esta coligação era de “Aliança com Aveiro”. Em declarações à Ria, o candidato da agora “Aliança Mais Aveiro” esclarece que a nova nomenclatura pretende “fazer uma ligação com o ciclo anterior” de Ribau Esteves, mas também marcar o início de uma “nova fase”. “Eu acho que [a nova designação] ficou bastante feliz (…). [A palavra] ‘aliança’ para recuperar o que vinha da ‘Aliança com Aveiro’ (…) e agora o ‘Mais Aveiro’ porque nós queremos sempre mais para Aveiro. Somos ambiciosos”, realçou. Em relação à apresentação da sua candidatura, este domingo, Luís Souto mostrou-se confiante quanto à união do partido. “Eu tenho estado a receber confirmações de várias pessoas. (…). Penso que vai ser um grande momento de união do partido em torno da minha candidatura. Todos os militantes do PSD e simpatizantes não querem um regresso ao passado. Querem apontar um futuro de contínuo crescimento, desenvolvimento, inovação e qualidade de vida”, atirou. “As divergências que possam ter existido, neste momento, não é a hora de ponderar essas questões (…), mas concentrar-nos no futuro. Acho que essa mensagem já foi interiorizada”, garantiu Luís Souto. Sobre que militantes da coligação procurarão marcar presença na apresentação, além de Luís Montenegro, o candidato pelo PSD/CDS/PPM preferiu não adiantar mais nenhum nome. “Certamente vão estar personalidades que têm estado na atualidade e no passado recente, como até em fases anteriores da vida local e da vida do partido”, referiu. Interpelado ainda sobre a presença de Ribau Esteves na entrega das listas das eleições legislativas e se acredita que terá o apoio do autarca nas próximas eleições, Luís Souto exprimiu que a sua presença “foi um sinal público de grande congregação de todos em torno do projeto nacional da aliança PSD/CDS - da AD. Estamos todos unidos”, frisou. “Acho que é do interesse (…) de Aveiro que haja aqui, desde o primeiro momento, uma estreita cooperação entre quem quer, na minha opinião, com elevadíssima probabilidade, vir a ser o próximo presidente da Câmara, que sou eu e o atual presidente da Câmara”, completou, realçando que está “convencido” que a estreita cooperação com o Ribau Esteves se vai “confirmar”. Recorde-se que, ao longo das últimas semanas, Ribau Esteves tem sido muito duro na forma como se tem dirigido ao líder nacional do PSD, Luís Montenegro, pela forma com conduziu o processo autárquico em Aveiro, afirmando mesmo, em entrevista à SIC Notícias, no dia 7 de março, que com a escolha de Luís Souto, como candidato à CMA, a derrota do PSD seria “uma possibilidade objetiva”, culpando também Luís Montenegro nesse cenário. A propósito da polémica a nível nacional entre o Partido Popular Monárquico (PPM) e o PSD/CDS - em que o partido decidiu não integrar a coligação nas eleições legislativas de 2025 devido a divergências no processo negocial - Gonçalo da Câmara Pereira, presidente da direção nacional do PPM, esclareceu à Ria que a coligação, em Aveiro, nas eleições autárquicas será “mantida”. “Nós mantemos as nossas obrigações e os nossos contratos até ao fim. Já ouvi dizer que a direção do PSD queria rasgar todas as coligações [com o PPM]... O problema é deles. Nós não rasgamos (…)”, vincou. Para Gonçalo da Câmara Pereira o PPM é “talvez o partido mais amigo do PSD”, criticando a atual direção do partido. “Tanto o Dr. Montenegro, como o Dr. Hugo Soares, não se têm mostrado pessoas de bem (…). Depois de eles terem tratado o PPM como trataram, neste último ano, sem nos ouvir, eu quero saber como é que eles vão tratar os portugueses se por cá ganharem as eleições. Isto é que me assusta”, exprimiu. “Com o candidato a Aveiro (…) nós temos muita consideração e estamos com ele (…). Agora com a direção atual do PSD: não, obrigado”, continuou. Relativamente à nova designação da coligação, o presidente da Comissão Política Nacional do partido garantiu que não “lhe faz confusão” e que “não há dúvida nenhuma que ele [Luís Souto] convidou o PPM e o CDS para manter a coligação que tinha com o Ribau Esteves”. À Ria garantiu ainda marcar presença no domingo na sessão de apresentação do candidato da “Aliança Mais Aveiro”.

Paraguaia Berta Rojas atua em Aveiro no Festival Internacional de Guitarras
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Paraguaia Berta Rojas atua em Aveiro no Festival Internacional de Guitarras

O FIGA nasceu de uma ideia de dois professores do Conservatório de Música de Aveiro e é organizado por uma associação, criada em 2023 especificamente para este fim. Durante a conferência de imprensa para apresentar o FIGA, João Moita, da organização, disse que o festival deverá ter uma periodicidade anual e pretende afirmar-se como uma referência internacional. “Eu acho que o festival vai preencher um espaço cultural importante para a região e ambicionamos também tornar este um evento de referência internacional no âmbito dos festivais de guitarra que acontecem um pouco por todo o mundo”, referiu. O FIGA, que decorre de 05 a 13 de julho, em diversos locais de Aveiro e Ílhavo, inclui sete concertos, onde, de acordo com a organização, “estarão representados diversos estilos interpretativos da guitarra”. O programa começa no dia 05, em Ílhavo, com um concerto ao ar livre com a Orquestra Filarmonia das Beiras e o espanhol Ricardo Gallén. “É um grande solista internacional e uma das grandes estrelas cintilantes da atualidade. É um grandíssimo guitarrista e, portanto, vai ser um concerto fantástico para iniciar o nosso festival”, disse João Moita. Este espetáculo, com entradas gratuitas, está incluindo no programa das Festas da Vista Alegre e é o único que terá lugar fora de Aveiro. No dia 06, realiza-se um concerto no Centro de Congressos de Aveiro com uma orquestra efémera de guitarras, dirigida por João Moita e que conta com mais de duas dezenas de guitarristas de todo o país. A Igreja das Carmelitas em Aveiro também será palco de dois concertos com dois jovens guitarristas: Francisco Berény (dia 09) e Manuel Mesquita (dia 10). No dia 11, o Centro de Congressos de Aveiro recebe o concerto do duo Lagrimosa Beltà, com a canadense Laura Young e a mezzo-soprano grega Frances Pappas, e, no dia 12, irá atuar Pedro Jóia. Finalmente, no dia 13 será a vez de a guitarrista paraguaia Berta Rojas, vencedora de um Grammy Latino em 2022, atuar também no Centro de Congressos de Aveiro. “É uma das maiores guitarristas da atualidade que gravou praticamente toda a obra de Agustín Barrios”, disse João Moita. Para além dos concertos, o programa inclui uma componente de formação com um encontro nacional de professores de guitarra, nos dias 12 e 13, e ‘masterclasses’ com os diversos artistas internacionais presentes. O festival, que tem o apoio da Direção-Geral das Artes, conta com um orçamento que ronda os 70 mil euros.

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Ílhavo promove concurso de hip hop em maio na Fábrica das Ideias da Gafanha da Nazaré
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As inscrições encontram-se abertas até ao próximo dia 2 de maio para todos os interessados, com idade superior a 6 anos, devendo ser formalizadas através do preenchimento do formulário disponível no website do Município. Segundo uma nota de imprensa, a participação poderá ser feita na categoria solo ou pares ou na categoria grupo. “Cada projeto será avaliado por um júri composto por profissionais da área, tendo em conta critérios como originalidade, criatividade, performance e qualidade técnica”, lê-se. Os vencedores receberão um prémio monetário a atribuir aos três melhores. Na categoria solo ou pares o primeiro prémio será de 200 euros; o segundo de 150 euros e o terceiro de 100 euros. Já na categoria grupo o primeiro prémio será de 500 euros; o segundo de 250 euros e o terceiro de 150 euros.

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De acordo com uma nota de imprensa enviada à Ria, as celebrações têm início às 9h30, nos Paços do Município, com o hastear das bandeiras, acompanhado pela atuação da Filarmónica Gafanhense. A Sessão Solene Comemorativa realiza-se a partir das 10h15, na Casa da Cultura de Ílhavo, onde será feita a entrega das Distinções Honoríficas Municipais a “14 personalidades e instituições que se destacaram pelo seu contributo cívico, cultural, social e profissional à comunidade”. Este ano, o programa comemorativo integra ainda dois momentos culturais. Às 16h00, na Sala de Exposições da Casa da Cultura de Ílhavo, será inaugurada a exposição de fotografia “Mário Marnoto – uma vida inteira por detrás da máquina”, que apresenta parte do percurso do fotógrafo ilhavense. Através da sua lente, Mário Marnoto revela uma perspetiva humanista da realidade, guiado pelos valores da liberdade, justiça e igualdade. A exposição estará patente ao público até 4 de outubro. O encerramento das comemorações está marcado para as 17h00, no auditório da Casa da Cultura de Ílhavo, com a apresentação da peça de teatro “Insónia”, protagonizada por Fernando Mendes. No espetáculo, o ator dá vida a Custódio Reis, um vendedor de vinhos e licorosos afogado em dívidas e em crise existencial. Numa noite de insónia, Custódio reflete sobre a sua vida, num monólogo que mistura humor, crítica social e momentos inesperados com figuras que marcaram o seu percurso. Recorde-se que a sessão solene, assim como a peça teatral implicam a reserva de bilhete na Casa da Cultura de Ílhavo e na Fábrica de Ideias da Gafanha da Nazaré. Medalha do Município de Prata: Celestino Prior Medalha de Dedicação de Ouro: Agostinho Cruz Ferreira Rocha Medalha de Dedicação de Vermeil: Fernando Manuel Almeida Lopes Medalha de Dedicação de Prata: Paulo Jorge Loureiro Fonseca (a título póstumo) Medalha de Mérito Social Dourada: Pedro Filipe Labrincha Barreirinha Medalha de Mérito Social Prateada: CERCIAV Medalha de Mérito Social Acobreada: Associação de Solidariedade Social da Gafanha do Carmo Medalha de Mérito Cultural Dourada: Fundação Gil Eannes, FP Medalha de Mérito Cultural Acobreada: Confraria Camoniana; Fernando José Duarte Borges; Grupo de Jovens “A Torre”; Vasco Manuel Bixirão Gonçalves Bilelo (a título póstumo); Medalha de Mérito Desportivo Prateada: Carolina Lopes Medalha de Mérito Empresarial Dourada: Neves & Capote, Lda.

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Situada na antiga Colónia Agrícola, a capela sofreu recentemente danos estruturais, sendo esta obra essencial para a conservação do edifício e para a preservação da identidade cultural da região. A intervenção deverá ficar concluída até final de setembro do ano corrente. O município vai apoiar a empreitada comparticipando com 15.432,30 euros.