UA: Maioria dos novos alunos de medicina são do Norte
Apenas “dez” dos 40 novos alunos de medicina, na Universidade de Aveiro (UA), são da região de Aveiro. Firmino Machado, diretor do Mestrado Integrado em Medicina, defende, em entrevista à Ria, que o “fenómeno demográfico” se deve à “irreverência” do curso.
Isabel Cunha Marques
JornalistaFrancisca Lopes foi uma das 40 estudantes que escolheu a Universidade de Aveiro, como primeira opção, para embarcar no curso de medicina. Diretamente dos Estados Unidos, a jovem de 19 anos, chegou há cerca de um ano a Portugal por influência do pai português. Escolheu a UA, mesmo sem conhecer a cidade de Aveiro, por ter lido que “era uma Universidade muito boa”. “Eu só cheguei à Aveiro, na passada sexta-feira. Do que vi é uma cidade muito gira. Escolhi o curso de medicina cá [UA] porque tinha poucos alunos e achei o plano curricular muito prático”, realçou Francisca.
A jovem de 19 anos descreve a entrada na UA como um “sonho” tornado realidade. “Lembro-me que quando saíram as colocações eu nem me acreditei… Quero ser médica desde miúda”, partilhou.
À parte de Francisca, apenas “dez estudantes” do curso de medicina são realmente da região de Aveiro. A informação foi partilhada por Artur Silva, vice-reitor da Universidade de Aveiro, na sessão de abertura do curso. “A maioria [estudantes] é da região do Porto, nomeadamente, de Gaia, Espinho, Maia, Vila do Conde, entre outras. Menos representadas estão, entre os exemplos, as cidades de Coimbra, Santarém, Bragança, Lamego, Tomar e Madeira”, apontou.
Firmino Machado, diretor do Mestrado Integrado em Medicina, justificou este “fenómeno demográfico” com base na “irreverência” do curso. “Isto só mostra que nos afirmamos como uma Universidade e como um curso diferenciador. Fomos a quarta universidade, com a média mais alta, a nível nacional. Ficamos à frente de outras escolas como a Universidade de Coimbra e a Universidade de Lisboa”, realçou. “Isso evidencia que os estudantes não querem só tirar um curso de medicina. Querem mais”, reforçou.
Com o sentimento de que “estamos a construir os médicos do futuro”, o diretor do Mestrado Integrado em Medicina partilhou que espera que os novos alunos saiam da UA com capacidades “não só para resolver os desafios atuais, mas também para resolver os desafios futuros”. “Espero que os nossos estudantes perguntem o porquê, que sejam irreverentes e que tenham a capacidade para fazer amizades e ligações com pessoas que habitualmente não iriam conhecer para apresentar o que há de melhor aos seus utentes”, confidenciou.
Além das aulas na UA, os alunos do curso de Mestrado Integrado em Medicina terão orientação tutorial clínica que vai dividir-se por três Unidades Locais de Saúde (ULS), designadamente a ULS Região de Aveiro, a ULS Entre-Douro-e-Vouga e a ULS Gaia/Espinho, no âmbito do Centro Académico Clínico Egas Moniz Health Aliance.
Depois duma primeira experiência falhada, no ano letivo 2011/2012, em parceria com o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto, a Universidade de Aveiro volta assim a ter um curso de medicina, desta vez, inteiramente lecionado por si.
Recomendações
UA: Estudantes denunciam “ditadura” no DFis
Foi enviado ontem, dia 20 de novembro, um email aos estudantes do DFis da UA. “Não me resta outra opção que não seja encerrar o átrio do DFis aos alunos a partir de amanhã”, lê-se no email enviado por João Miguel Dias aos estudantes, a que a Ria teve acesso. Durante esta quinta-feira, dia 21, o espaço esteve encerrado. Em declarações à Ria, João Miguel Dias garante que a medida veio para ficar. Neste momento, para o diretor do DFis, o espaço está “encerrado hoje e para sempre”. “É mais um dia normal no departamento de Física”, ironizou um dos estudantes do DFis à Ria. “Nós constantemente recebemos emails a avisar sobre o comportamento, que não podemos confraternizar e que não podemos colocar as mochilas em cima da mesa”, explicaram. “São repetitivos os emails que o diretor manda a ameaçar”, afirmam. “O primeiro email que ele mandou este ano letivo foi exatamente a ameaçar e a avisar”, revelam os estudantes. Os estudantes destacam ainda que este email [do dia 20 de novembro] difere dos anteriores por ameaçar, pela primeira vez, o encerramento das salas de estudo. “Infelizmente tenho verificado que o mau comportamento por parte dos alunos se está a propagar para outros espaços e sala de estudos do DFis (…) no futuro não hesitarei em encerrar também os espaços ou salas de estudo onde se verifique que os alunos não sabem usufruir das condições que lhes são proporcionadas pelo DFis”, lê-se no email. O átrio é, para alguns estudantes, “um espaço em que as pessoas costumam vir para esperar pelas aulas e não é diferente dos outros departamentos, nós não somos piores que as pessoas dos outros departamentos”, garantem. O espaço é ainda utilizado pelos estudantes para estudar e fazer trabalhos, tal como acontece nos restantes departamentos da UA. “Há departamentos que têm puff’s para as pessoas conviverem”, apontam os estudantes do Departamento de Física. Os estudantes do DFis relatam ainda não ser a primeira vez que o diretor encerra o espaço. “A primeira vez que ele fechou (…) colocou um sistema de alarme de 60 decibéis”. “Trata-nos como se fossemos crianças e não estudantes universitários”, reparam. A medida é ainda apontada como os estudantes como “ridícula”. “Nós dizemos que isto é uma ditadura”, apontam. Segundo os estudantes, inicialmente o sistema instalado “funcionava extremamente mal”. “Foi mudada a máquina da comida porque ela ativava o alarme: caía uma garrafa de água ela ativava, arrastávamos a cadeira aquilo ativava”, exemplificam. Numa zona que é de entrada e passagem de pessoas, os estudantes afirmam que a medida não faz sentido. A única pessoa que se queixa do barulho, garantem, é o diretor do departamento. “No máximo, ele diz que as pessoas da secretaria se queixam” referem os estudantes enquanto sublinham que, mesmo assim, “é ele [diretor] que diz”. João Miguel Dias, diretor do Departamento de Física da UA encerrou o átrio do departamento devido a “comportamento inaceitável e perturbador do normal funcionamento do departamento que têm neste espaço”, lê-se num email enviado aos estudantes do departamento. João Miguel Dias refere no mesmo email que “têm sido frequentes os avisos aos alunos” e que “lamentavelmente estes avisos têm sido ignorados sistematicamente, e o seu mau comportamento tem persistido”. À Ria, o diretor do DFis voltou a sublinhar as ideias contidas no email enviado aos estudantes referindo que o barulho perturba o trabalho da secretaria, que fica localizada também no átrio do Departamento. “Sou o diretor do Departamento de Física, tenho competências para gerir os espaços do DFis de acordo com os objetivos e a missão do departamento”, começa por esclarecer João Miguel Dias. O diretor do departamento deu ainda conta de que o DFis “tem uma lacuna imensa de espaço” no que toca aos investigadores. “Tem imensos investigadores que não conseguem ter laboratórios para realizar os seus trabalhos”, afirmou. “O Departamento de Física tem a função de criar espaços de estudo para os seus estudantes, não tem a função de criar espaços de convívio”, reforçou João Miguel Dias. Referiu ainda que, apesar de existirem máquinas de café e de comida na área do átrio, “é proibido comer” dentro do departamento. Quando confrontado com a realidade de outros departamentos da Universidade de Aveiro, nomeadamente o Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território (DCSPT), onde os estudantes utilizam o átrio como espaço de convívio e alimentação, o diretor referiu que “talvez os alunos do DSCPT se saibam comportar enquanto os do Departamento de Física não sabem”. João Miguel Dias sublinhou ainda ter criado “vários espaços de estudo para proporcionar melhores condições de trabalho aos estudantes deste departamento”. “Os estudantes (…) não se sabem comportar num local público que está destinado a ser um espaço de estudo”, completou. “Entendem esse espaço de estudo como um espaço de convívio, apesar de sistematicamente alertados para esse mau comportamento”, refere João Miguel Dias. Parte do alerta é feito, inclusive, por um medidor de decibéis. Um pequeno visor faz parte do sistema instalado e mostra aos estudantes os decibéis registados no espaço. “<60 dB Noise Alert” lê-se no cartaz colocado abaixo do visor. Foi instalado há mais de dois anos, segundo o diretor, de forma a “tentar ajudar [os estudantes] a ter um alerta para se comportarem e foi-lhes explicado porquê”, explicou João Miguel Dias. Quando os decibéis chegam ao limite definido, o sistema dispara. Rodrigo Sá, presidente do Núcleo de Estudantes de Engenharia Física (NEEF) refere também que a situação é algo “que se arrasta há algum tempo”. O dirigente do NEEF explica que entende a posição do departamento e admite que o barulho feito no átrio possa afetar “o funcionamento das atividades administrativas do departamento”. No entanto, Rodrigo Sá acredita também que como “não há um espaço para convívio”, os estudantes se concentrem na zona do átrio para esse efeito. Rodrigo sublinhou ainda que “há vários espaços de estudo” no departamento, algo que considera “um ponto positivo”. Sobre existirem várias salas de estudo, Wilson Carmo, presidente da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) sublinha que “é muito bom para o próprio DFis mas um departamento tem de ser visto como um todo”, refere. O presidente da AAUAv entende, por sua vez, que o encerramento do átrio “demonstra que temos um diretor de departamento que não tem qualquer tipo de tato para os estudantes”. O dirigente associativo refere que a maioria dos departamentos da UA têm um espaço onde os estudantes se podem juntar para conviver e fazer as suas refeições caso pretendam. “O único espaço que o DFis tem é o átrio”, indica Wilson Carmo. “É normal que os estudantes naquele espaço queiram fazer as suas refeições quando entendem fazer as suas refeições, ainda para mais numa altura de inverno: não vamos obrigar os estudantes a estarem na rua, à chuva, ao vento e ao frio quando têm um espaço lá dentro que podem utilizar”, refere o dirigente associativo. Wilson sublinha ainda que João Miguel Dias “tem naturalmente de se enquadrar - e nota-se que tem muito que se enquadrar - com aquilo que é a orgânica da UA”. “Claramente que o diretor do DFis está completamente alheio àquilo que é a realidade da Universidade de Aveiro”, reforça. O dirigente associativo sublinhou que vai entrar em contacto com o reitor, tendo afirmado que “a situação como está agora tem obrigatoriamente de alterar”. Caso essa alteração não se verifique, o presidente da AAUAv acredita que é necessário “repensar as pessoas que temos à frente do Departamento de Física”. A Ria já contactou o gabinete do reitor da UA que afirmou “por enquanto” não querer prestar qualquer tipo de declaração. Deixou, no entanto, a garantia de que iria proceder à verificação da situação.
UA: ‘Feira de Emprego Universidade 5.0’ quer “juntar” os estudantes e as empresas
Para Sabrina Guimarães, atual estudante do 1º ano do mestrado em Marketing na UA, a Feira de Emprego foi uma “surpresa agradável”. Diretamente do Brasil, escolheu a UA, este ano, por ser uma Universidade que aposta em cursos direcionados “para as áreas da inovação e da criatividade”. “Acho que foram estes aspetos que fizeram os meus olhos brilhar um pouco mais pela UA e por Aveiro”, confidenciou à Ria com um sorriso rasgado. Completamente “surpreendida” pelo espaço que encontrou [Caixa UA] e a aguardar pela sua vez para conversar com mais uma empresa, repleta de “brindes” nas suas mãos, no primeiro dia, a jovem de 29 anos partilhou a sua satisfação por ver a UA a aderir a este tipo de iniciativas. “É uma grande oportunidade (…) A UA é uma universidade que te enriquece academicamente e agora também ao conectar as empresas aos universitários”, sustentou. Apesar de ainda estar a prosseguir os estudos, o percurso profissional de Sabrina começou já há cinco anos. Ainda assim, face à oportunidade [da Feira de Emprego], não deixou de “tentar a sua sorte” nas entrevistas de emprego. “Tenho uma entrevista esta quarta-feira… Estou nervosa, mas com a idade e com a experiência já começo a ficar mais habituada. Já estou nesta caminhada profissional há algum tempo, mas não vou negar que tenho um certo friozinho na barriga”, partilhou. Entre as mais de 30 empresas que marcaram presença esta terça-feira, 19 de novembro, ou seja, no primeiro dia da Feira de Emprego, esteve a Martifer. Uma empresa mais direcionada para as áreas da construção metálica, da indústria naval e das energias renováveis. Enquanto técnica de recursos humanos na Martifer e responsável por representar a empresa na Feira de Emprego, Cristina Pereira destacou a positividade da iniciativa para a empresa e para os alunos. “No nosso caso já não é a primeira vez que participamos. Aliás, neste momento, temos vários alunos da UA a trabalhar connosco já há alguns anos”, assegurou. Com cerca de 20 entrevistas realizadas, Cristina destacou que o objetivo passou por “falar com alguns dos alunos que nós achamos que estavam já numa fase de conclusão [do curso] sobre algumas das áreas que temos com mais regularidade processo de recrutamento em aberto”. Também de visita à Feira de Emprego, Paulo Jorge Ferreira, reitor da UA, sublinhou a felicidade que sentiu ao concretizar, juntamente com a AAUAv, a quinta edição. “Começamos em 2019 e houve um ano de interregno por causa da pandemia (…) Achamos que vale mais a pena ter menos eventos com mais impacto do que muitos eventos e redundantes”, reconheceu. Pela primeira vez a acontecer no edifício da Caixa UA [a Feira de Emprego], Paulo Jorge Ferreira reconheceu que o espaço permitiu uma maior “interação natural” e que tornou o evento “mais apelativo”. A Nave Multiusos Caixa UA “foi pensada para permitir à UA crescer na vertente académica, cultural e desportiva…. Tem cumprido essa missão e vai continuar a cumprir”, frisou. No que toca às expectativas dos três dias, o reitor da UA disse esperar que “haja mais contacto entre os estudantes e as empresas… Trazer um para junto do outro… É assim que deve ser”, sugeriu, realçando que aguarda que “saiam daqui muitos projetos e ideias para o futuro”. Wilson Carmo, presidente da AAUAv foi de encontro a esta ideia e defendeu que a Feira de Emprego é a prova de que a UA “é uma universidade aberta e que está de portas abertas”. “Há esta interação e vontade de cooperação com o mercado de trabalho… Os estudantes reconhecerem isso também é muito importante”, exprimiu. “Há estudantes aqui que estão a terminar o curso e que estão, neste momento, à procura de emprego. Esta oportunidade de terem aqui o primeiro contacto é muito bom… Também há estudantes que ainda não acabaram o curso, mas que vêm já cá para começarem a ter contactos e para aprenderem como é que se tem uma entrevista de emprego”, explicou o presidente da AAUAv. De acordo com Wilson Carmo, no total dos três dias do evento, “estão agendadas e vão acontecer mais de 970 entrevistas pelas 114 empresas que cá estão”. “Fora isso vão também acontecer entrevistas espontâneas o que quer dizer que vai haver muito recrutamento por aqui”, adiantou. O líder da AAUAv reconheceu que a Feira de Emprego complementa o propósito da UA. “A Universidade de Aveiro quando nasceu era muito uma instituição regional. Neste momento somos uma instituição do mundo (…) Reter estudantes (…) para desenvolverem a região e consecutivamente a região poder-se desenvolver com a UA esse é o mote”, recordou. No período da tarde, Joaquim Felisberto, formador na academia do Doutor Finanças, deu ainda a conhecer um “manual de sobrevivência pós curso”. Com uma “talk” direcionada para a literacia financeira deixou uma mensagem “positiva” às dezenas de estudantes que por ali se encontravam e que o escutavam atentamente. “É possível sobreviver pós o curso? Claro que é… Desde que as pessoas tenham algumas ferramentas e que consigam organizar a sua vida, nomeadamente, através da concretização de um orçamento familiar”, afirmou em entrevista à Ria. Joaquim Felisberto assegurou que está na altura do “Estado” e do “Ministério da Educação” colmatarem esta falta de literacia financeira nas escolas, a nível nacional. “Aliás, nós somos o penúltimo país da União Europeia em termos de literacia financeira não há de ser por acaso… Atrás de nós só a Roménia”, recordou. Segundo este formador, os estudantes deviam ser expostos a esta temática a partir dos “oito ou nove anos”. “Era aí que devíamos começar…”, reconheceu. Apesar desta realidade, Joaquim Felisberto deixou a nota de que os jovens estão mais despertos para a área financeira, principalmente, para os investimentos. “É aquilo que eles acham que é mais sexy, mas para se chegar aos investimentos primeiro é preciso outras coisas…. Tem de se poupar, juntar dinheiro e só depois é que posso investir”, relembrou. A Feira de Emprego Universidade 5.0 é uma iniciativa conjunta da UA e da AAUAv que tem como objetivo aproximar os estudantes e diplomados da UA do mercado de trabalho, através da promoção do contacto com entidades empregadoras, do fomento de ações promotoras da sua capacidade empreendedora e da criação do próprio emprego. A atividade decorre até esta quinta-feira, 21 de novembro, na Nave Multiusos Caixa UA. O espaço expositivo [stands] e para entrevistas está aberto entre as 10h00 e as 17h00. À semelhança do primeiro dia, a Caixa UA recebe também esta quarta-feira, 20 de novembro, pelas 15h30, mais uma talk sobre “Empreendedorismo: A Chave para o Trabalho” com Samuel Xavier, Community & Project Manager e na quinta-feira, 21 de novembro, sobre a “Mobilidade na Empregabilidade” com Pedro Almeida, Erasmus Student Network.
“800 Gondomar” e “DJ Morra a Dantas Morra” abrilhantam a Casa do Estudante
Os 800 Gondomar são um trio de garage-punk-noise-rock que oferece uma atuação enérgica e imersiva. Com três vozes, guitarra, baixo e bateria, a banda destaca-se pela intensidade e pelo uso de elementos sonoros inusitados, como feedbacks, que enriquecem o ambiente sonoro. As suas performances vão além do palco, com os músicos a ocupar diferentes áreas do espaço, incluindo zonas reservadas ao público, explorando livremente a arquitetura e criando uma experiência imprevisível e envolvente. A DJ Morra a Dantas Morra, alter ego de Sofia Dantas, fecha a noite com um DJ set vibrante. Inspirada pela sua própria coleção de discos de vinil, Sofia promete transportar o público para uma pista de dança animada, onde a energia se intensifica a cada batida e até as horas tardias ganham vida. Com um ambiente descontraído e cheio de movimento, a sua atuação cria a atmosfera perfeita para continuar a celebração. Os bilhetes podem ser reservados através do Instagram do NRock ou adquiridos na entrada do evento. O NRock tem como missão aumentar a diversidade cultural na UA e na cidade de Aveiro, organizando vários concertos durante o ano e um festival anual de música portuguesa.
AAAUA realizou segunda edição do Seminário de Literacia Financeira
O Auditório Renato Araújo do Edificio Central e da Reitoria acolheu no passado sábado, dia 16, a 2ª edição do Seminário de Literacia Financeira. Pedro Oliveira, presidente da AAAUA assinalou na sua intervenção a “importância da continuidade da organização de seminários em temas de interesse geral”. Para o dirigente da associação “as mais de 100 inscrições efetivadas” são comprovativas do interesse para a continuação da organização dos eventos. Pedro Oliveira aproveitou ainda para deixar “um agradecimento a todos os participantes e a todos os patrocinadores e entidades presentes”. A sessão contou com a presença de Artur Silva, vice-reitor da Universidade de Aveiro (UA) que após “felicitar a Associação de Antigos Alunos pela dinâmica empreendida” se focou no “interesse e relevância deste tema para os cidadãos, alertando para a crescente importância da literacia financeira a nível digital” e para as ofertas que a UA dispõe nestes domínios. O evento contou com a intervenção de Cristina Peguinho, diretora adjunta do Instituto Superior de Contabilidade e Administração da Universidade de Aveiro (ISCA-UA). A docente abordou a temática ‘Investir no futuro: a Universidade como promotora de literacia financeira’ tendo dado a conhecer a oferta de formação existente na UA. O tema da ‘Literacia Financeira e Digital para a Resiliência das Famílias’ foi também abordado no evento. Francisca Guedes de Oliveira, administradora do Banco de Portugal, foi a responsável por versar sobre o tema, tendo evidenciado não só o papel regulador como também os pilares definidos na atuação do Banco de Portugal. A ‘Intermediação de crédito e a literacia financeira’ foi um tema também abordado na sessão sob a alçada de Samuel Neves, diretor geral da TD Crédito e Tiago Vilaça, presidente da Associação Nacional de Intermediários de Crédito Autorizados (ANICA). O Seminário de Literacia Financeira contou ainda com a realização de uma sessão de autógrafos com o escritor António Massena, autor do livro ‘Variante Mythos’ e da apresentação de Pedro Santos, autor e criador do projeto digital ‘Ser Riquinho’. Pedro Santos abordou a temática ‘Como colocar o dinheiro a trabalhar para ti’ tendo evidenciado as opções de investimento e aplicações financeiras que podem gerar taxas de retorno ou rentabilidade acima da inflação registada.
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Mealhada prevê redução de 57 mil euros na fatura com iluminação pública este ano
“Os investimentos que estamos a fazer na substituição das luminárias já estão a mostrar resultados, quer para os cofres da autarquia, quer para a redução das emissões de gases de efeito estufa, ajudando a combater as mudanças climáticas e promovendo a sustentabilidade ambiental”, evidenciou o presidente da Câmara da Mealhada, António Jorge Franco. Segundo a Câmara da Mealhada, perto de 70 por cento da iluminação pública no concelho está a ser feita com recurso à tecnologia LED, tendo os consumos de energia passado de “2,4 milhões de quilowatts por hora (kWh), em 2021, para cerca de 1,8 milhões de kwh, estimados até final deste ano”. “Prevê-se que até ao término de 2025 esteja toda a iluminação pública munida desta tecnologia”, acrescentou. Numa nota enviada à agência Lusa, esta autarquia do distrito de Aveiro referiu que a redução do consumo de energia na iluminação pública vem sendo feita há três anos consecutivos. “Atualmente, e com um total de 7.848 pontos de luz, o concelho da Mealhada deverá fechar o corrente ano com um total estimado de 1,8 milhões de kWh, quando em 2023 gastou dois milhões, em 2022 2,2 milhões de kWh e em 2021 o total foi superior a 2,4 kWh”, informou. A redução da fatura vem acontecendo “mesmo com a criação de mais pontos de luz, com a abertura de novos arruamentos ao longo dos últimos anos”. Para António Jorge Franco, estes números mostram que “este é o caminho a seguir e a reforçar”. No que toca à iluminação dos edifícios públicos, o consumo previsto para este ano deverá “ficar abaixo dos 2,5 milhões de kWh registados em 2021”. “Apesar do aumento do número de edifícios públicos que temos ao nosso encargo, vamos ter o valor mais baixo dos últimos anos em termos do consumo previsto, mas acredito que vamos baixar mais este valor no futuro próximo. Os investimentos que vão ser feitos e a sensibilização constante junto dos trabalhadores da Câmara para uma cultura de poupança, contra o desperdício, vão contribuir para esse objetivo”, perspetivou o autarca.
Entradas de museus e monumentos aumentam a partir de janeiro de 2025
O despacho publicado pela secretária de Estado da Cultura homologa a nova tabela de preços, que vigorará a partir do dia 01 de janeiro e segundo a qual a maioria dos bilhetes normais sofrem aumentos que variam entre os dois e os sete euros comparando com a tabela atual. Alguns equipamentos culturais vão aumentar para o dobro, como o Museu Nacional de Etnologia, em Lisboa, e o Museu Nacional da Música, que vai abrir em Mafra em 2025, ou o Paço dos Duques de Bragança, em Guimarães, de cinco para 10 euros. Os maiores aumentos - de sete euros - verificam-se em alguns dos equipamentos mais visitados do país, como é o caso da na Torre de Belém, do Museu Nacional dos Coches (inclui entrada no Picadeiro Real), no Museu Nacional de Arqueologia e nos Palácios Nacionais da Ajuda e de Mafra, de oito para 15 euros, enquanto no Mosteiro dos Jerónimos, o valor passará de 12 para 18 euros, num acréscimo de seis euros. Outros museus verão as suas entradas a aumentar cinco euros, como o Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, o Convento de Cristo, em Tomar, e o Mosteiro de Alcobaça, de 10 para 15 euros. Haverá equipamentos que sobem dois euros nos bilhetes, nomeadamente o Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado, em Lisboa, o Museu Nacional Resistência e Liberdade, em Peniche, o Museu Nacional Grão Vasco, em Viseu, o Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra, e o Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto, de oito para 10 euros. Outros museus ficarão com os preços inalterados, como os casos do Museu Nacional do Traje e o Museu Nacional do Teatro e da Dança, ambos em Lisboa, com entradas a cinco euros, que deverão estar encerrados em, pelo menos, parte de 2025 para obras no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência. No início deste ano, no âmbito de uma reorganização orgânica do Ministério da Cultura, foram extintas a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) e as Direções Regionais de Cultura, e criadas duas entidades: o instituto Património Cultural e a empresa pública MMP. O documento hoje publicado em Diário da República também inclui a revisão do regime de gratuitidade dos museus, monumentos e palácios nacionais da MMP, criado pelo Governo para garantir o acesso gratuito a estes equipamentos em 52 dias por ano a todos os cidadãos residentes em território nacional. Ainda quanto ao acesso gratuito a museus, monumentos e palácios, desde agosto, também menores de 12 anos, acompanhados por adulto, passaram a não ter limite de entrada, bem como visitantes em situação de desemprego residentes na União Europeia, e ainda investigadores, profissionais de museologia e/ou património. Na mesma condição de entrada livre estão conservadores e restauradores em exercício de funções, membros de organizações nacionais ligadas ao património, trabalhadores dos organismos tutelados pelo Ministério da Cultura e os incluídos no Registo dos Profissionais da Área da Cultura. Igualmente sem limites de acesso estão, desde agosto, professores e alunos de qualquer grau de ensino, em visita de estudo, grupos com comprovada carência económica, membros de Grupos de Amigos de museus e monumentos, ou voluntários do setor do património, entre outros. Na quarta-feira, o presidente da MMP, Alexandre Pais, alertou, numa audição na Assembleia Municipal de Lisboa, que há vários museus e monumentos, em particular na capital, a ultrapassar os seus limites: “Quando nós já temos espaços completamente no limite da sua capacidade, como é o caso do [Mosteiro dos] Jerónimos, que é de facto um caso muito preocupante, a Torre de Belém e mesmo o [Museu Nacional do] Azulejo, que estão a ultrapassar a sua capacidade, nós temos de ter aqui uma alternativa”. “Estamos numa fase de encontrar estratégias”, frisou Alexandre Pais, que salientou a ideia de que não há turistas a mais, estão é mal distribuídos, sendo necessário encontrar soluções para levar a cabo essa distribuição, quando a perspetiva de um novo aeroporto será a de atrair até Portugal mais do dobro de visitantes da atualidade. As estatísticas de 2023 "mostram que, nos 38 museus, monumentos e palácios nacionais agora geridos pela MMP se verificou um aumento de visitantes na ordem dos 10% comparativamente com o ano anterior, o que representa cerca de mais 444 mil visitas ao longo do ano". Entre os equipamentos culturais mais visitados em 2023, o Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, lidera com 965.526 entradas, seguido pela Fortaleza de Sagres, com 427.817 visitantes, e pelo Castelo de Guimarães, com 387.570.
Suspeito de assaltos e furto de telemóveis em local de culto fica em prisão preventiva
Em comunicado, a PSP esclareceu que o homem, de 37 anos, foi presente ao Tribunal Judicial de Aveiro, tendo ficado sujeito à medida de coação mais gravosa. O suspeito foi detido na segunda-feira, em cumprimento de um mandado de detenção fora de flagrante delito, poucas horas após alegadamente ter cometido mais um assalto. De acordo com a Polícia, o homem é suspeito da prática de “três crimes de furto no interior de estabelecimento, com recurso a arrombamento, e um crime de furto em local de culto, nas últimas três semanas”. O último caso ocorreu na madrugada de segunda-feira, quando o suspeito terá entrado num estabelecimento, arrombando a porta de entrada, e furtado um telemóvel, um cartão de débito bancário e dois cofres portáteis, de pequenas dimensões, contendo um total de 415 euros. “Os bens furtados foram todos recuperados e entregues ao legítimo proprietário”, refere a PSP. Fonte da PSP esclareceu à Lusa que no caso do local de culto, o suspeito terá furtado três telemóveis que se encontravam no interior de carteiras, pousadas nos bancos, classificando o caso como um "furto de oportunidade".
Alberto Souto de Miranda: Livro com “101 propostas” quer servir de “inspiração” para os partidos
Ambos escritos e pensados por si, Alberto Souto de Miranda diz sentir uma “grande satisfação” quando olha para o resultado final das duas obras. No que toca ao livro “Do tempo tão pouco”, o também presidente da SEDES (Associação para o Desenvolvimento Económico e Social) de Aveiro explicou à Ria que este consiste numa “coletânea de textos” que foi publicando e escrevendo ao longo dos anos. O mesmo está organizado em “cinco capítulos”. “Um primeiro justamente com os textos da SEDES que eu produzi nesses mesmos encontros. Depois, um segundo capítulo com questões de política nacional, um terceiro com questões locais de Aveiro, um quarto com panóplias de alguns livros e um quinto sobre homenagens póstumas e em vida”, avançou. A apresentação deste livro será realizada por Álvaro Beleza, presidente da SEDES. Relativamente ao segundo livro e ao mais ansiado pelos aveirenses já que se intitula de “Um futuro para Aveiro – 101 propostas”, o socialista destacou que a obra pretende assumir-se como um “exercício livre de pensamento cívico”. “A ideia é colocar as pessoas que se interessam pelo futuro de Aveiro a pensar um bocadinho em função de um conjunto de ideias”, realçou. Sobre essas propostas destacou que algumas são mais “atrevidas”, “especulativas” e “extravagantes” e outras “mais fáceis de se concretizar”. “É um livro em que a ideia é mesmo: suscitar a discussão sobre algumas vertentes da nossa vida autárquica e partilhá-las com todos. É evidente que vão ser ideias controversas (…), mas todas elas fazem parte do nosso futuro a meu ver. Se daqui a alguns anos algumas delas se concretizarem ficarei muito contente…”, exprimiu. “Ficam à disponibilidade de todos os partidos. Portanto, para quem vier a estar no poder, no próximo ano e se quiser aproveitar alguma eu ficarei muito contente…”, sugeriu. Sobre as propostas retratadas, Alberto Souto de Miranda avançou que o livro toca sobre “várias áreas” a melhorar, em Aveiro, entre elas, a “mobilidade, o urbanismo, o espaço público e (…) algumas políticas imateriais”. O livro “tem vários capítulos. São 101 propostas (…) Se isto fosse um exercício coletivo certamente seriam 300”, reconheceu com uma gargalhada. “Não queria estar a desvendar já [todas elas] senão o livro perde algum impacto”, confessou. Sobre as propostas sugeridas, em cada área, o socialista adiantou que as mesmas estão organizadas por “classificação, ou seja, grau 1, grau 2 e grau 3 consoante a minha apreciação do seu grau de exequibilidade”. Questionado sobre se alguma destas “ideias para o futuro” constava já nos seus planos aquando do tempo em que liderou a autarquia local, o socialista confirmou e sublinhou que “há ideias que já são antigas e que continuam a fazer sentido para o futuro”. “Por exemplo, uma ideia mais antiga do que eu é o aproveitamento do Lago do Paraíso. Há 60 anos que já se fala sobre isso”, reconheceu. Interpelado ainda sobre data da publicação dos livros, tendo em conta que se aproximam as eleições autárquicas do próximo ano, Alberto Souto de Miranda garantiu que “no dia de hoje não é candidato a nada”. Recorde-se que no dia 8 de outubro, o nome do socialista foi um dos avançados pela Ria como um dos principais candidatos socialistas à Câmara de Aveiro nas eleições autárquicas de 2025. Também em grande entrevista à Ria, Paula Urbano Antunes, presidente da concelhia do PS-Aveiro apontou o nome de Alberto Souto de Miranda como “excelente” e um “dos melhores currículos que o PS tem”. “Eu sei que se fala nisso, mas essa é uma decisão que será tomada no tempo próprio, pelos órgãos próprios com todas as variáveis que eu penso que têm de ser consideradas (…) com todos os nomes que estão a ser ponderados”, frisou, insistindo que a publicação do livro [das 101 propostas] se destina a todos os partidos. “Isso para mim foi um fator importante, precisamente, publicar estas ideias antes dos candidatos e dos programas estarem no terreno. Assim todos se podem inspirar… E isto não é uma perspetiva partidária. É uma perspetiva pessoal, aberta a todos”, assegurou. Relativamente à publicação de uma terceira obra, o socialista partilhou que já deu o “pontapé de saída” à mesma e que será um livro “totalmente diferente”. “Nem sequer é sobre Aveiro, nem sobre política”, disse. Sobre a data de publicação, realçou que “se tudo correr bem” estará pronto em “junho do próximo ano”.