RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Gripe das aves detetada no distrito de Aveiro e Leiria

A gripe das aves foi detetada numa exploração de galinhas, patos e gansos no concelho de Albergaria-a-Velha, em Aveiro, e numa ave selvagem nas Caldas da Rainha, em Leiria, anunciou a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).

Gripe das aves detetada no distrito de Aveiro e Leiria
Redação

Redação

03 fev 2025, 16:06

“[…] Foi confirmado um novo foco de infeção por vírus da Gripe Aviária de Alta Patogenicidade (GAAP) numa capoeira doméstica situada na freguesia de Angeja, concelho de Albergaria-a-Velha, distrito de Aveiro”, lê-se numa nota da DGAV. A exploração tem galinhas, patos e gansos.

As medidas de controlo implementadas incluem a inspeção dos locais onde a doença foi detetada, a remoção dos animais afetados e a limpeza e desinfeção, bem como a restrição da movimentação e a vigilância das explorações de aves existentes nas zonas de restrição (num raio de até 10 quilómetros em redor do foco detetado na capoeira doméstica).

Numa outra nota, a DGAV revelou que foi também detetado o vírus numa ave selvagem – corvo-marinho-de-faces-brancas –, nas Caldas da Rainha, em Leiria. Perante a circulação do vírus da gripe aviária, a DGAV voltou a apelar a todos as pessoas que tenham aves para cumprir as medidas de segurança, como o confinamento das aves detidas em Portugal continental.

Acresce o cumprimento das medidas de biossegurança e das boas práticas de produção, evitando os contactos entre aves domésticas e selvagens. Os procedimentos de higiene das instalações, equipamentos e materiais devem ser reforçados. No final de janeiro, a gripe das aves foi confirmada numa capoeira doméstica e em aves do Parque Urbano D. Carlos I, no concelho de Caldas da Rainha, em Leiria.

Um dos focos foi detetado numa capoeira doméstica na freguesia de Tornada e Salir do Porto. O outro foi confirmado em aves do lago que fica no Parque Urbano D. Carlos I. No mesmo mês, tinha sido anunciada a confirmação de um foco de gripe aviária numa pequena exploração de galinhas, patos e gansos, em Sintra, onde já tinha sido detetado um caso no início do mês. No dia em que foi confirmado o primeiro caso em Sintra, a DGS – Direção-Geral da Saúde esclareceu que, até à data, não tinham sido identificadas pessoas com sintomas ou sinais sugestivos de infeção por este vírus (H5N1).

A transmissão do vírus para humanos acontece raramente, tendo sido reportados casos esporádicos em todo o mundo. Contudo, quando ocorre, a infeção pode levar a um quadro clínico grave. A transmissão ocorre, sobretudo, através do contacto com animais infetados ou com tecidos, penas, excrementos ou inalação de vírus por contacto com animais infetados ou ambientes contaminados.

Já tinham sido confirmados em Portugal, na corrente época epidemiológica, três casos de infeção pelo vírus da gripe aviária de alta patogenicidade em aves selvagens, nomeadamente numa gaivota-de-patas-amarelas, em Quarteira, Loulé, numa gaivota-de-asa-escura, em São Jacinto, Aveiro, e numa gaivota-de-patas-amarelas em Olhão, Faro. Mais de 840 focos de gripe das aves foram detetados na Europa, entre outubro de 2024 e janeiro de 2025, sobretudo na Hungria e em Itália. A gripe das aves já afetou mais de 60 espécies de mamíferos em oito anos, incluindo cães, gatos, leões e porcos.

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Câmara de Ílhavo constrói Posto Náutico da Barquinha para reforçar ligação à ria
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Câmara de Ílhavo constrói Posto Náutico da Barquinha para reforçar ligação à ria

O novo posto náutico terá acesso direto à ria, para facilitar a entrada de embarcações na água, refere uma nota de imprensa municipal, indicando estarem já em curso as obras em terra, nomeadamente a definição de arruamentos e áreas de parqueamento automóvel. Na margem vão ser construídas infraestruturas de apoio à prática de desportos náuticos, que têm vindo a ser reivindicadas por uma coletividade local. “O Posto Náutico da Barquinha incluirá um local fechado de apoio ao Clube Natureza e Aventura de Ílhavo (CNAI), com zona para as embarcações, sala de formação e balneários”, descreve a nota de imprensa.  Quanto ao espaço exterior, “será de utilização livre e aberto à comunidade, sendo dotado de estacionamento automóvel, um parque de merendas, um parque infantil e uma zona de cafetaria com instalações sanitárias de apoio”, acrescenta-se no texto. “Com um investimento superior a 350 mil euros, esta intervenção dará resposta a um anseio antigo do CNAI, e proporcionará a toda a comunidade um novo espaço de lazer, desporto e contacto com a natureza, num exemplo claro de como a valorização ambiental, a promoção da atividade desportiva e a qualificação do espaço público podem caminhar lado a lado, ao serviço de todos”, salienta. Foi na Barquinha que nasceu, em 1993, o CNAI, associação desportiva que já conquistou vários prémios regionais e nacionais em canoagem. A autarquia tem vindo a apostar na revitalização da relação da comunidade com a ria e na valorização do território ribeirinho, tendo já requalificado, no mesmo canal, a zona da Murteira, um pouco a sul, com a criação de um parque de merendas, entre outras intervenções.

Autárquicas: Luís Canelas reconfirmado com 91,6% dos votos como candidato do PS a Espinho
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Autárquicas: Luís Canelas reconfirmado com 91,6% dos votos como candidato do PS a Espinho

A segunda votação deu-se esta quinta-feira à noite e reforçou a posição inicial do candidato, já que no procedimento de fevereiro Luís Canelas obteve apenas 18 votos a favor face aos 12 do concorrente Nuno Almeida – o que, a juntar a dois nulos e quatro abstenções, resultava no que a jurisdição distrital considerou um empate técnico – e agora conseguiu 22 apoios, com apenas dois boletins brancos. “O apoio à minha candidatura foi claramente reforçado, com 91,6% da votação favorável, legitimando a continuidade de um projeto firme, ambicioso e profundamente comprometido com o futuro do concelho de Espinho”, declara Luís Canelas hoje à Lusa. Quando em maio a jurisdição distrital anulou a primeira votação do candidato, alegando que o procedimento realizado em fevereiro não tinha recolhido o mínimo de 50% dos votos presenciais como requerido pelos estatutos do partido, o visado apresentou recurso, que seguiu também para a estrutura congénere do PS nacional. O seu argumento, na altura, foi que a votação de fevereiro foi, tecnicamente, uma “designação de candidato a cargo político”, nos termos do artigo 67.º dos Estatutos do PS, e “não uma eleição interna – distinção expressamente prevista nos próprios estatutos e no Regulamento Eleitoral Interno” do partido. Atendendo a que, um mês depois da anulação, tanto a Jurisdição distrital como a nacional continuavam sem emitir um parecer definitivo sobre o assunto, Luís Canelas optou por convocar novamente a comissão concelhia de Espinho para esta quinta-feira repetir o escrutínio. “Tomei a decisão com o objetivo de desbloquear o impasse político existente na sequência da ausência de resposta por parte da Comissão de Jurisdição Distrital de Aveiro e da Comissão Nacional de Jurisdição, relativamente ao recurso apresentado pela Mesa da Comissão Política Concelhia em 20 de maio de 2025, situação que gerou um bloqueio injustificado à dinâmica política local”, justifica. Luís Canelas propõe-se agora, como cabeça de lista, “retomar um caminho planeado, coordenado e orientado para os interesses de Espinho e dos espinhenses”. Além dessa candidatura, há três outros cabeças de lista já anunciados à Câmara Municipal de Espinho: Ricardo Sousa, que, embora apontado como a escolha do PSD local, enfrenta situação idêntica à de Luís Canelas devido a divergências entre a concelhia e a estrutura nacional do partido; Pilar Gomes, da CDU; e Maria Manuel Cruz, que, sendo a atual presidente da câmara numa lista do PS, vai concorrer como independente. Luís Canelas foi, de janeiro de 2023 até fevereiro de 2025, vice-presidente na equipa de Maria Manuel Cruz, que subiu ao primeiro lugar do executivo na sequência da renúncia de Miguel Reis no âmbito da investigação criminal Vórtex. A presidente da câmara retirou, contudo, a confiança política a Canelas e desvinculou-se ela própria do PS, após ser informada que a estrutura nacional do partido o escolhera a ele como cabeça-de-lista.

Autárquicas: Vereador André Martins Silva é o candidato do CDS à Câmara de Vale de Cambra
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Autárquicas: Vereador André Martins Silva é o candidato do CDS à Câmara de Vale de Cambra

Esse cabeça de lista apresenta-se assim como potencial sucessor de José Pinheiro, que, ao fim de três mandatos na liderança da referida autarquia do distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto, atingiu o limite de mandatos naquela que é uma das seis câmaras do país chefiadas pelo CDS-PP a título autónomo, sem coligação. “Depois de muito trabalho feito nos 12 últimos anos, sob a liderança de José Pinheiro, a minha missão é continuar a desenvolver Vale de Cambra”, declara André Martins Silva à Lusa. “Quero continuar a desenvolver as condições de vida dos valecambrenses, jovens e menos jovens, e a apoiar o empreendedorismo e os empresários, porque a construção de um concelho faz-se com todos”, acrescenta. O cabeça de lista de 42 anos deixa outras promessas: “Manteremos o rigor financeiro e será feito um esforço na simplificação administrativa e celeridade processual, medidas que, por si só, permitem a aposta no crescimento e investimento em Vale de Cambra". Segundo fonte oficial da candidatura, a escolha de André Martins Silva “foi aprovada por unanimidade em plenário de militantes” da concelhia local do CDS, o que o próprio considera “uma honra” e diz conferir-lhe uma missão “desafiante e motivadora”. Natural de Vale de Cambra e aí residente, o cabeça-de-lista dos populares é licenciado em Ensino Básico, na variante de Educação Física, e pós-graduado em Coordenação Técnica de Academias Desportivas, na modalidade de futebol. Além de diretor técnico de ginásios, coordenador de campos de férias e professor de natação no período entre 2005 e 2017, foi ainda professor de Educação Física no ensino público, durante 13 anos. Exerceu ainda funções de treinador de futebol e coordenador de estruturas como a Associação Desportiva Valecambrense, sendo que de 2017 a 2020 assumiu a coordenação técnica de um clube na China. De regresso a Portugal, integrou em 2021 o executivo da Câmara Municipal de Vale de Cambra, onde ficou responsável por “pelouros como o da Juventude, Desporto e Tempos Livres, o do Associativismo e o do Comércio, Mercados e Feiras”. Além de André Martins Silva pelo CDS-PP, outro candidato à Câmara de Vale de Cambra já anunciado para as próximas eleições autárquicas – que deverão realizar-se no próximo mês de setembro ou outubro – é o empresário e dirigente dos bombeiros locais Miguel Aguiar Soares, pelo PSD.

FEST com 250 filmes em Espinho, mais IA, muita habitação e thriller erótico português
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FEST com 250 filmes em Espinho, mais IA, muita habitação e thriller erótico português

Com um orçamento na ordem dos 180.000 euros, a 21.ª edição do certame do distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto decorre até 29 de junho e este ano passa assim de oito para nove dias de duração, com o que o diretor do festival quis “aliviar a intensidade do programa” e responder ao apelo recorrente de “mais filmes para crianças e jovens” – público que representa cerca de 20% de uma audiência que, em 2024, rondou um total de 15.000 espectadores. “O ano passado já havia muitos filmes com IA, mas este ano nota-se um salto gigante nesse domínio, inclusive ao nível das bandas sonoras, e temos uma secção específica só para obras com essa tecnologia”, declarou o diretor do FEST, Fernando Vasquez, à Lusa. “A IA está a ter um grande impacto na produção cinematográfica e avança a um ritmo tão rápido que as diferenças são abismais”, realçou. Da secção competitiva, que em 2025 conta com 10 longas-metragens, o diretor do FEST começa por destacar “Manas”, de Marianna Brennaud, que descreve como “o grande filme brasileiro do momento” ao analisar o despertar sexual de uma adolescente numa comunidade restritiva da Amazónia, e “Mad bills to pay (or Destiny, dile que no soy malo)”, em que Joel Alfonso Vargas conta como uma gravidez não planeada afeta uma família dominicana a viver nos Estados Unidos. “É um dos grandes filmes americanos de 2025 e está destinado aos Óscares”, garante Vasquez. Segue-se “Peacock”, do austríaco Bernhard Wenger, que “em 2018 ganhou o FEST com a melhor curta de ficção e em 2024 foi um dos grandes vencedores do Festival de Veneza”. A obra é uma comédia satírica sobre a rigidez germânica e aborda a crise existencial de um homem que “pode ser alugado para representar o papel de namorado muito culto, filho educado ou outra figura qualquer, mas não sabe ao certo quem ele próprio é”. Sobre a atualidade política internacional, o diretor do certame salientou dois filmes: “Lesson Learned”, do húngaro Bálint Szimler, que explora o ambiente de um liceu para refletir sobre o sistema educativo após 15 anos de governo de Viktor Órban, e “Happy Hollidays”, em que o realizador palestiniano Scandar Copti mostra as dificuldades que as famílias de origem idêntica enfrentam ao residir em Israel, onde estão sujeitas a discriminação geral e um “regime legal específico”. Com idêntico propósito de reflexão social, mas em registo de documentário, Vasquez aponta ainda “To close your eyes and see fire”, que, sendo o primeiro longa-duração dos austríacos Nicola von Leffern e Jacob Carl Sauer, expõe o trauma coletivo de Beirute após as explosões de 2020 no porto dessa cidade e abre “todas as feridas do Líbano e do Médio Oriente”. Com cerca de 200 obras em estreia nacional e uma panorâmica sobre a produção da Geórgia, que “está na moda e a tornar-se uma potência do cinema mundial” graças a uma geração de novos cineastas “particularmente talentosa”, o cartaz do FEST 2025 inclui ainda um programa de formação a cargo de profissionais nacionais e internacionais, sessões de ‘pitching’ com profissionais do audiovisual e atividades paralelas como concertos, festas e exposições no âmbito da 8.ª Bienal Internacional de Arte de Espinho. A direção do festival nota, contudo, que as limitações de alojamento e habitação em Espinho levam muitos dos oradores e participantes do seu intenso programa formativo a instalarem-se noutros concelhos da região, e causam constrangimentos à própria equipa do certame. “Temos dificuldade em negociar com os técnicos que queríamos ter ao serviço no festival porque, como o evento dura nove dias e envolve jornadas muito extensas de trabalho, os profissionais que vivem longe têm mesmo que ficar instalados por perto e o preço do alojamento é tão caro que nos impede de os contratar”, lamentou Fernando Vasquez. Dado que o problema afeta a generalidade dos grandes centros urbanos nacionais, não surpreenderá, por isso, que a habitação seja “o tema claramente dominante” da secção competitiva dedicada exclusivamente a cinema português e este ano disputada por 23 filmes. Dois exemplos disso são a curta-metragem “Agente imobiliário sem casa para viver”, em que Filipe Amorim aborda no registo ‘mockumentary’ a vida de um profissional que não consegue pagar uma renda própria e tenta vender casas para nelas poder dormir, e “C’est pas la vie en rose”, a “ousada e invulgar” primeira longa de Leonor Bettencourt Loureiro, que nela relata como uma banda francesa a viver em Lisboa passa a explorar a cultura local e a contribuir para a gentrificação da capital. Outros filmes da competição portuguesa são “First Date”, comédia romântica que é o primeiro filme do apresentador televisivo Luís Filipe Borges, “em estreia absoluta no FEST”, e “Arriba Beach”, em que o realizador indiano Nishchaya Gera, residente em Portugal, assina o que Vasquez considera “o primeiro thriller erótico nacional, com conotação LGBT”. “A influência de profissionais estrangeiros a viver em Portugal está a trazer muitas coisas boas para o nosso cinema”, garante o diretor do FEST. “Nos anos anteriores isso notou-se sobretudo com a influência brasileira e agora percebe-se também com os profissionais de outras partes do mundo, que têm contribuído para trazer mais variedade de estilos e formatos ao que se faz em Portugal”, conclui.

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Beira-Mar recua na criação da sociedade desportiva com Breno Silva
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Beira-Mar recua na criação da sociedade desportiva com Breno Silva

"Disse sempre aos sócios que só colocaríamos a nossa assinatura na escritura de constituição de uma sociedade desportiva se sentíssemos absoluta confiança e segurança no processo. Neste momento, essas condições não estão reunidas", afirmou Nuno Quintaneiro à Ria, sublinhando que a decisão está em linha com o compromisso assumido em Assembleia Geral. A Direção comunicou oficialmente esta sexta-feira a decisão de não avançar com a constituição da sociedade desportiva, através de uma nota publicada no site do clube. No comunicado lê-se que "a Direção do SC Beira-Mar reuniu com o Sr. Breno Dias Silva, num encontro em que participaram também os presidentes da Mesa da Assembleia Geral e do Conselho Fiscal e Disciplinar do Clube, tendo informado o mesmo que, neste momento, não se encontram reunidas as condições para se avançar com a constituição da Sociedade Desportiva (SD) para o futebol". Confrontado com os pressupostos que terão ficado por cumprir por parte de Breno Silva, o presidente do clube optou por não entrar em detalhes, justificando-se com a sensibilidade da matéria. "Trata-se de uma questão com dimensão jurídica. Para proteger a posição do clube, não me vou pronunciar publicamente sobre esse assunto", declarou. Recorde-se que a notícia já tinha sido anteriormente avançada pela Ria onde, segundo informação recolhida pela redação, a direção do clube tinha mostrado intransigência em abdicar dos pressupostos previamente aprovados em sede própria pelos sócios. Entre as exigências feitas ao investidor, estavam a regularização de compromissos anteriormente assumidos perante o clube, a apresentação de uma garantia bancária e a demonstração de capacidade financeira para assegurar a totalidade do capital social necessário à constituição da sociedade. Apesar do recuo neste processo com Breno Silva, a Direção assegurou que o clube “já se encontra inscrito no Campeonato de Portugal e competirá na época 2025/2026”, embora com “restrições orçamentais”. “À luz do que aconteceu na época passada, em que também arrancamos com muitas restrições orçamentais, vamos procurar construir um grupo forte, competitivo, que dignifique as cores do clube e que também nos garanta, do ponto de vista desportivo, a estabilidade para podermos reiniciar este processo de constituição de uma sociedade desportiva”, afirmou. “Neste momento, o paradigma que temos é (…) de realismo, em que vamos procurar, essencialmente, ser competitivos, sem prometer nenhuma subida de divisão, nem prometer nenhum resultado desportivo em que gostaríamos de ser candidatos, mas nesta altura não estamos em condições de o fazer”, continuou Nuno Quintaneiro. Sem encerrar o dossiê da sociedade desportiva, o presidente do SC Beira-Mar assumiu que, para esta temporada, a constituição da sociedade desportiva já não será possível. “Vejo com muita dificuldade. Aliás, quase que há uma incompatibilidade prática de constituir a sociedade desportiva a tempo da participação no Campeonato de Portugal. (...) A partir do momento em que estejam estabilizados os quadros competitivos da Federação, já não é possível alterar a estrutura formal de um clube para uma SD”, justificou. Com o processo em suspenso, o foco do clube passa agora pela preparação da nova época desportiva. “Dentro das limitações orçamentais que temos, queremos formar um grupo competitivo e garantir condições de estabilidade desportiva, o que também nos permitirá trabalhar a vertente institucional, financeira e organizacional do clube”, afirmou. Ainda assim, Nuno Quintaneiro garantiu que o processo da constituição da sociedade desportiva continuará a ser um dos objetivos estratégicos da direção. “Continuamos com esse objetivo estratégico. (…) Não é por este processo não estar nesta altura no estágio de maturação que vamos desistir”, vincou. Quanto a novos interessados, Nuno Quintaneiro revelou que têm surgido abordagens, “essencialmente, de fora”, mas sem qualquer formalização. “Muitas das abordagens que recebemos são de pessoas que estão no mercado do futebol: agentes, empresários, jogadores, etc. (…) Portanto, pessoas que têm muitos contactos com investidores e que muitas vezes funcionam aqui como intermediários de investidores e que estão no terreno à procura de clubes para realizar esses investimentos e essas parcerias”, avançou. Recorde-se que os pressupostos da sociedade desportivos foram aprovados na Assembleia Geral no dia 22 de novembro de 2024 com um voto contra e duas abstenções.  Breno Dias Silva, um empresário de nacionalidade brasileira, residente em Londres, com “vasta experiência na orientação de empresas em processos de expansão internacional” tinha sido o investidor escolhido para a constituição da sociedade desportiva pela direção do SC Beira-Mar. O seu nome foi oficialmente anunciado a 19 de janeiro, numa conferência de imprensa no Auditório António José Bartolomeu, no Estádio Municipal de Aveiro - Mário Duarte, por Nuno Quintaneiro. . Na altura, a proposta de Breno Silva destacou-se pelo “amplo consenso dentro do clube”.

Segurança Rodoviária esclarece que seguro obrigatório não se aplica às trotinetas
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Segurança Rodoviária esclarece que seguro obrigatório não se aplica às trotinetas

As trotinetes e ‘scooters’ elétricas, ‘segways’ e ‘hoverboards’ “não estão sujeitos à obrigação de ser efetuado seguro de responsabilidade civil automóvel como condição de admissão à circulação na via pública”, refere a ANSR, numa nota enviada à Lusa. O esclarecimento da ANSR surge após a PSP ter avançado que, a partir de sexta-feira, passaria a fiscalizar o seguro de responsabilidade civil nas trotinetes elétricas, ‘scooters’ elétricas, ‘segways’ e ‘hoverboard’, uma obrigatoriedade prevista no decreto-lei que transpõe a diretiva comunitária relativa ao seguro obrigatório de responsabilidade civil automóvel. Segundo a ANSR, este decreto-lei, que entra em vigor na sexta-feira, “é aplicável à circulação de qualquer veículo a motor destinado a circular sobre o solo, que não se desloque sobre carris, acionável por uma força mecânica, assim como os seus reboques, ainda que não atrelados”, que tenha uma velocidade máxima de projeto superior a 25 quilómetros por hora ou um peso líquido máximo superior a 25 kg e uma velocidade máxima de projeto superior a 14 quilómetros por hora”, não sendo o diploma aplicável “às cadeiras de rodas destinadas exclusivamente a pessoas com incapacidade física”. Questionado pela Lusa sobre que tipos de veículos estão em causa, a ANSR não especificou quais são. A Segurança Rodoviária sublinha que estão excluídos deste decreto-lei todos os veículos que são, “para efeitos de circulação rodoviária, equiparados a velocípedes, o que significa que a sua admissão à circulação na via pública não depende da realização de seguro de responsabilidade civil nem exige que o seu condutor seja detentor de título de condução”. A ANSR salienta ainda que as trotinetas ou dispositivo de circulação com motor elétrico “com potência máxima contínua superior a 0,25 kW ou que atinja uma velocidade máxima em patamar superior a 25 quilómetros por hora, não estão autorizados a circular na via pública, dado que ainda não foi definido quer o seu regime de circulação quer as suas características técnicas, que têm, ainda, de ser objeto de decreto regulamentar”.

Alcino Canha é o novo candidato do PS à freguesia de Requeixo, Nossa Senhora de Fátima e Nariz
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Alcino Canha é o novo candidato do PS à freguesia de Requeixo, Nossa Senhora de Fátima e Nariz

Em declarações à Ria, Alcino confessou não estar à espera do convite, admitindo não ter uma ligação política ativa, embora tenha acompanhado a política local ao longo dos anos. “Não sou muito ligado à política, mas tenho confiança no doutor Alberto Souto e quero ajudar, sobretudo a minha freguesia. Há muita coisa a fazer”, disse. Apesar de não ser militante de nenhum partido, Alcino Canha aceitou o desafio por acreditar que pode fazer a diferença. Natural de Oliveira do Bairro e residente há “40 anos” na freguesia de Nossa Senhora de Fátima, reconhece, no entanto, que não conhece em profundidade as localidades de Requeixo e Nariz. Para colmatar essa lacuna, garante que contará com elementos da sua lista com forte ligação a essas comunidades. “Quero ter nomes importantes em cada terra, que conheçam os problemas e sejam a voz do povo”, afirmou. Mecânico de profissão, Alcino Canha revelou à Ria que esteve ligado à CMA entre “2000 e 2020”, onde foi o “responsável” pelo departamento das BUGA’s. “Fomos nós que arrancámos com as BUGA’s em 2000”, destacou. Sobre as dificuldades da freguesia, Alcino aponta para o estado dos centros de saúde como uma das maiores preocupações. “Estão praticamente inativos. Há muita coisa que precisa de melhorar, mas também não sei se é possível mudar tudo porque também faz parte se a Câmara tem dinheiro, se temos fundos disponíveis, etc”, referiu. Nas últimas eleições autárquicas, realizadas em 2021, a coligação 'Aliança com Aveiro' (PSD/CDS/PPM) venceu esta freguesia com 60,54% dos votos, alcançando sete mandatos. A coligação 'Viva Aveiro' (PS/PAN) ficou em segundo lugar, com 24,83% dos votos e dois mandatos. Face a estes resultados, Alcino reconhece a dificuldade em reverter o cenário, mas mostra-se esperançoso: “É difícil, mas o Chega pode dividir os votos da direita. Poderá ser benéfico para o PS”. Apesar do contexto desfavorável, o candidato socialista promete empenho. “Sempre que trabalhamos é para ter sucesso. Vamos ver se resulta, mas estou convencido que sim que vai funcionar”, realçou. Recorde-se que a Comissão Política Concelhia do Partido Socialista de Aveiro aprovou no dia 26 de maio, em reunião interna, os nomes dos cabeças de lista às dez juntas de freguesia do município para as eleições autárquicas de 2025. A decisão contou apenas com “uma abstenção” numa das propostas. Armando Dias tinha sido anunciado como o candidato do PS à Junta de Freguesia de Requeixo, Nossa Senhora de Fátima e Nariz, mas acabou por abdicar do lugar por “questões pessoais supervenientes”, tal como anunciado por Alberto Souto de Miranda, candidato do PS à Câmara de Aveiro, à Ria.

Universidade de Aveiro lidera projeto para restaurar recifes de ostras
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Universidade de Aveiro lidera projeto para restaurar recifes de ostras

“O projeto RePor propõe uma abordagem inovadora para restaurar os recifes de ostras que têm vindo a sofrer um acentuado declínio devido à exploração excessiva e à poluição, de forma a recuperar e rentabilizar os benefícios ecológicos, económicos e sociais destes ecossistemas importantes”, explica a universidade em nota de imprensa.  De acordo com o texto, serão desenvolvidas e aplicadas “técnicas inovadoras para aumentar a resiliência das ostras juvenis ('Ostrea edulis'), incluindo o pré-condicionamento a choques térmicos e de salinidade, aliado à modulação do microbioma”. O projeto baseia-se numa plataforma tecnológica composta por malhas poliméricas porosas e biodegradáveis, que permite a libertação controlada de moduladores microbianos, anteriormente desenvolvida pela mesma equipa de investigação. Após a fase de testes em condições laboratoriais, as ostras tratadas serão transplantadas para áreas da Ria de Aveiro, “onde serão monitorizados indicadores como saúde, crescimento, composição microbiana e taxa de sobrevivência”. “Com este trabalho, espera-se contribuir para o desenvolvimento de estratégias eficazes e sustentáveis no restauro de habitats marinhos degradados, com base em soluções biotecnológicas e adaptadas às crescentes pressões ambientais sobre os ecossistemas costeiros”, explica a mesma fonte. Coordenado pelo investigador Daniel Cleary, do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM), o RePor é apoiado pelo programa Mar2030, e cofinanciado pelo Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos, das Pescas e Aquicultura (FEAMPA), no âmbito da ação de Apoio à Proteção e Restauração da Biodiversidade e dos Ecossistemas Marinhos. O projeto obteve parecer favorável da Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM), estando alinhado com a Diretiva Quadro Estratégia Marinha e contribuindo para a implementação da Estratégia Ambiental do Atlântico Nordeste da Convenção para a Proteção do Meio Marinho do Atlântico Nordeste (OSPAR).