RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

Ex-ministro do ambiente diz que falta, em Aveiro, “uma maneira fácil sem estarmos a pensar no carro”
Cidade

Ex-ministro do ambiente diz que falta, em Aveiro, “uma maneira fácil sem estarmos a pensar no carro”

Em entrevista à Ria, o também ex-ministro do Ambiente e Recursos Naturais, entre os anos de 1991 a 1993, identificou, entre os vários pontos a corrigir na cidade, o “trânsito” como um dos mais críticos. “O tráfego que temos, atualmente, tem de reduzir. Temos de passar a ser muito mais comunitários, nomeadamente, através de sistemas que nos levem aos sítios sem precisarmos de estar à procura de um táxi ou de um autocarro”, afirmou. Para tal, a cidade “tem de estar organizada para que isso aconteça de uma maneira fácil”, frisou. Além do congestionamento de carros, Carlos Borrego afirmou que Aveiro “precisa de fazer muita intervenção na zona central”. “Já vimos que a grande população de Aveiro que trabalha aqui vive fora do centro. É aqui que temos de atuar. Como se atuou com os transportes dos estudantes da estação de comboios para a UA. Este tipo de estratégias tem de ser pensada”, afirmou. “É isso que eu sinto que falta na cidade de Aveiro: uma maneira fácil [de mobilidade] sem estarmos a pensar no carro”, desabafou. Alexandra Queirós, vice-reitora para a cultura e vida nos campi, afirmou, em entrevista à Ria, que, além da cidade de Aveiro, também a UA tem de passar “das palavras aos atos”. Neste sentido, Alexandra Queirós admitiu que está, neste momento, em fase de discussão um plano de ação, a pôr em prática “até 2026”, na UA, que tem como objetivo diminuir “significativamente” a pegada de carbono. “Estamos a utilizar uma calculadora, devidamente validada, que estuda as diferentes dimensões da sustentabilidade”, desvendou. Entre as vertentes a melhorar na UA, a vice-reitora para a cultura e vida nos campi identificou as “áreas da circulação, da deslocação e a questão da alimentação” como as mais prioritárias, até ao momento. Por exemplo, “a gestão do parque de estacionamento devidamente articulado com a mobilidade suave é absolutamente essencial. Isto vai trazer alguns condicionalismos e algumas alterações de rotina que sabemos que são polémicas, mas que são importantes que aconteçam”, frisou. No que toca ao prazo para alcançar a meta, ou seja, a “pegada neutra até 2030”, na UA, Alexandra Queirós disse que é necessário pensar “devagar”. “Isto vai implicar muita sensibilização, mudança de comportamentos para conseguirmos, efetivamente, alcançar as diferentes dimensões da sustentabilidade”, afirmou. “Está definido a aplicação do plano de ação até 2026, mas a nossa lógica é pensar a médio-longo prazo”, reforçou.

GrETUA: “Regresso às Jaulas” traz Marquise, João Borsch e Maria Vai Com Todas
Universidade

GrETUA: “Regresso às Jaulas” traz Marquise, João Borsch e Maria Vai Com Todas

Com o objetivo de mostrar o espaço do GrETUA aos novos alunos, o “Regresso às Jaulas” nasce de “uma brincadeira” com o sotaque aveirense e “com o facto de existirmos atrás da prisão [GrETUA]”, explica o grupo em comunicado de imprensa. A programação promete abrir com uma viagem aos anos 90 com a sonoridade do grupo Marquise. João Borsch fica responsável por fazer o público navegar “pelo escandaloso e pela folia” com a apresentação de ‘É só Harakiri, Baby’, o seu trabalho mais recente, deixando Maria Vai com Todas encarregue por fechar a noite com as suas escolhas musicais. As reservas para o evento podem ser efetuadas aqui. A inscrição é gratuita para os alunos da Universidade de Aveiro (UA) e tem um custo de três euros para o público em geral. O GrETUA é uma secção autónoma da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) e assume a missão de promover a cultura, a formação e a criação artística junto da comunidade académica desde 1979, data da sua fundação.

Oliveira de Azeméis recebe Taça Continental de hóquei em patins
Região

Oliveira de Azeméis recebe Taça Continental de hóquei em patins

O troféu, que o FC Porto ergueu na última edição, em Espanha, será disputado no formato de final a quatro, contando com os finalistas das duas principais competições europeias de clubes de hóquei em patins – a Liga dos Campeões e a Taça WSE. Nas meias-finais, o Sporting, vencedor da Liga dos Campeões, defronta o Follonica, finalista vencido da Taça WSE, e a UD Oliveirense, vice-campeão europeu, o Igualada, campeão da segunda prova mais importante do calendário europeu de clubes. Entre os atuais finalistas, o Igualada é o que tem mais troféus, com cinco títulos (1993, 1994, 1995, 1998 e 1999), seguido do Sporting, que venceu a prova por duas vezes (2019 e 2021), e da UD Oliveirense, por uma vez (2017). O Follonica é o único finalista que ainda não venceu a Taça Continental, troféu que se realiza desde 1980 e que tem no FC Barcelona, com 18 troféus, o clube mais titulado da história da prova.

UNIVERSIDADE

Engenharia Eletrónica e Telecomunicações vence o “UA Sem Fronteiras”
Universidade

Engenharia Eletrónica e Telecomunicações vence o “UA Sem Fronteiras”

“Convidaram-nos para aqui, é um desafio assim meio diferente, estou a gostar!” contou Margarida, estudante do primeiro ano de Ciências Biomédicas. Rodrigo Saraiva partilhou da mesma opinião. O capitão da equipa do curso de Engenharia e Gestão industrial referiu ainda que a atividade “é uma boa iniciativa” porque lhe permitiu conhecer “muitas mais pessoas” não só do seu curso como de outros. À Ria contou também que a equipa tinha conseguido “acabar a primeira fase em 5º lugar”. O objetivo de passar a segunda fase concretizou-se e a equipa acabou por ficar em terceiro lugar. O ouro – os barris de cerveja - acabou por ser conquistado pela equipa do curso de Engenharia Eletrónica e Telecomunicações e a prata foi entregue ao curso de Gestão e Planeamento em Turismo. O curso de Biologia foi também destacado como tendo a melhor mascote e a Escola Superior de Aveiro - Norte (ESAN) venceu na categoria de equipa mais disciplinada. “O que nós pretendemos é promover o desporto, que é muito amado aqui na nossa universidade” explica Luzia Ferreira, vogal do sector do desporto e bem-estar da AAUAv. Tomás Oliveira, também vogal do referido sector concorda e acrescenta que a iniciativa é “uma maneira de conectar os novos estudantes aos núcleos de estudantes dos vários departamentos e dos vários cursos”. Este ano competiram 23 equipas, com 10 alunos cada, perfazendo 230 participantes em competição. O destaque vai, no entanto, para as claques e as mascotes que enchiam o pavilhão desportivo e faziam ecoar cânticos de apoio ao seu respetivo curso. Tomás Oliveira nota que o número de participantes se manteve em relação ao ano anterior, mas que se verificou um maior “esforço” no que diz respeito à preparação das mascotes e das claques. Apesar da iniciativa ter sido alterada para o Pavilhão Aristides Hall “por causa do tempo”, explica Luzia, os objetivos foram cumpridos. A animação era mais do que visível no rosto de todos e em especial no de Tomás que considera ser “sempre bonito ver o pavilhão cheio com atividades promovidas pela AAUAv”.

UA: Novo ano letivo inicia com mais de 1000 novos estudantes internacionais
Universidade

UA: Novo ano letivo inicia com mais de 1000 novos estudantes internacionais

A cultura portuguesa, em especial a língua e a música, bem como o plano curricular do curso de Psicologia da UA foram as razões que levaram Mauro, um estudante da Universidade do Chile - mas natural da Venezuela - a escolher Aveiro, durante um semestre. Apesar de só estar cá há cerca de 20 dias, Mauro diz “estar a gostar muito” da experiência. Um dos grandes pontos que ressalta é a possibilidade de “conhecer pessoas de todos os lados”, algo que “não é muito comum” no seu país, expõe. Mauro é apenas um dos cerca de 400 estudantes em mobilidade incoming vindos de programas como, por exemplo, o Erasmus+. A juntar a eles, a UA conta com a chegada de cerca de 500 novos estudantes de nacionalidade estrangeira. Este ano foram realizadas, até ao momento, 2415 inscrições de estudantes internacionais. Segundo a Divisão Internacional, estes estudantes estão a frequentar todos os ciclos de ensino, contudo, a maioria vem para frequentar os doutoramentos (850 inscrições) e as licenciaturas (756 inscrições). Em conjunto, estes dois ciclos de estudo representam mais de 65% das inscrições de estudantes internacionais na UA. Marina e Melissa são duas das alunas incluídas nessa percentagem. Chegam a Aveiro da China com o objetivo de tirar a licenciatura em Línguas, Literaturas e Culturas. Como razões para a escolha, apontam que olham para Portugal como um país “encantador” e que “simplesmente” gostaram da Universidade de Aveiro. Ao longo da iniciativa, os estudantes foram convidados a partilhar um prato típico do seu país, com o objetivo de promoverem um lanche partilhado. Sobre a mesa viam-se várias iguarias identificadas com as bandeiras dos diferentes países. Paracuca [doce típico angolano], mulgipuder [prato típico da Estónia], delícia turca, brigadeiro e os típicos ovos moles eram alguns desses pratos. Ao mesmo tempo, os estudantes iam-se conhecendo e trocando impressões. O lanche internacional foi apenas uma das atividades que fizeram a tarde. Entre os objetivos da sessão de boas-vindas estavam a promoção de um ambiente de partilha e convivência, assim como a partilha de informação sobre a universidade e a estadia em Aveiro. A sessão contou com as intervenções da chefe de divisão da Divisão Internacional, Sofia Bruckmann, da coordenadora de mobilidade do curso de Engenharia e Gestão Industrial, Marlene Amorim, de Fernando Martins, técnico superior do Núcleo de Desporto e Lazer, e da presidente da Erasmus Student Network (ESN), Matilde Antunes. A atividade contou também com um momento musical protagonizado pela MarnoTuna. Em agosto deste ano, a European Association for International Education (EAIE) distinguiu a UA com uma menção honrosa no prémio Award for Excellence in Internationalisation [excelência na internacionalização, um galardão que reconhece a dedicação da UA na promoção de iniciativas inovadoras e inclusivas no âmbito da internacionalização no ensino superior]. Em declarações à Ria, Sofia Bruckmann afirmou que esta distinção “significa o reconhecimento do trabalho que já vem sendo feito há muito. O trabalho do investimento de muitas pessoas que pensaram a estratégia para a internacionalização da UA e que a tornaram hoje a instituição tão internacional que é. É um reconhecimento e foi muito bom tê-lo recebido de uma instituição como é a EAIE”, continuou Sofia Bruckmann. “Foi pôr a Universidade de Aveiro nas bocas do mundo”, concluiu. A chefe da Divisão Internacional destacou também as “boas práticas na área da internacionalização”  da UA, sobretudo com a criação do Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM).

Os bastidores de Medicina: o curso da UA que demorou mais de uma década a conquistar
Universidade

Os bastidores de Medicina: o curso da UA que demorou mais de uma década a conquistar

A abertura do curso de medicina na UA era já um objetivo de longa data. Quem o assegurou foi Artur Silva, vice-reitor para as matérias relativas à investigação, inovação, formação de terceiro ciclo e acreditação dos ciclos de estudos na UA. Segundo o mesmo, desde o “final do século 20”, que havia essa ambição por parte “dos gestores desta casa [UA]”. A história mais recente para a criação do curso começou no ano de 2010. A ideia era ter um curso de medicina, dirigido a alunos licenciados, com a duração de 4 anos (em vez dos 6 anos do “modelo tradicional”). O curso resultava de uma parceria com o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto (ICBAS), mas falhou. Apesar de ter decorrido durante dois anos letivos e um semestre, Artur Silva, admitiu que “alguns problemas de organização e entendimento”, bem como a dependência da UA em relação ao ICBAS, acabaram por ditar que o projeto findasse. A Ordem dos Médicos referia também em comunicado, na altura do encerramento deste primeiro curso – em outubro de 2012 - , que “a decisão de criação do curso de medicina de Aveiro foi precipitada e exclusivamente política”. A organização tecia alguns comentários, afirmando que a criação do referido curso “não obedeceu sequer a uma necessidade ou vantagem de aumentar a formação de recursos humanos a curto, médio ou longo prazo”. Acrescentava ainda que não faria sentido que, na realidade de “crise económica e social” sentida na altura, “o Governo financie, a quem já tem uma licenciatura/mestrado, um curso de medicina de qualidade questionável e totalmente desnecessário ao país”. Em 2022, uma década depois, o objetivo de lecionar medicina em Aveiro foi retomado, mas, dessa vez, falhou na acreditação. Sendo a Medicina uma área “muito sensível”, Artur Silva considerou que tem de “haver sustentabilidade” para a construir. No caso da UA, as bases foram sendo estabelecidas, ao longo do tempo, “com a criação da nossa escola de saúde [ESSUA] e depois com a nossa Secção Autónoma de Ciências da Saúde [SACS/DCM]”, referiu o vice-reitor. “Na equipa reitoral anterior [a 2018] havia também uma ideia de um determinado curso de medicina” que diferia da atual, garantiu. A estratégia passou então “pela criação e consolidação do Centro Académico Clínico Egas Moniz Health Alliance”, contou. No âmbito desse projeto foram-se criando pontes que cobriam três centros hospitalares e vários Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) – “desde a sul do Douro a norte do Mondego”, explicou o vice-reitor. A partir daí, com o apoio da Universidade de Utrecht, nos Países Baixos, e com alguns acordos com a Universidade do Minho, foi submetida uma candidatura “em novembro de 2022” à A3ES. Foi nomeada uma comissão de avaliação externa e “por volta de junho” chegou o resultado. “Estava muito confiante porque eu achava que tínhamos um bom curso, mas infelizmente isso não veio a acontecer”, lamentou Artur Silva. No parecer do Conselho Nacional de Ensino e Educação Médica, à altura do chumbo do projeto, lê-se que “apesar de ser a mais robusta do conjunto de candidaturas que nos foram apresentadas até à data” a proposta aveirense “continua a manifestar uma grave insuficiência de recursos humanos para garantir um ensino médico de qualidade”. A instituição referia ainda preocupações com a “distância entre as instituições de ensino” e “a falta de clareza sobre como se irá processar a articulação entre as mesmas e a deficiente formação pedagógica de docentes que irão lecionar ativamente no ciclo clínico”. Apesar da resposta negativa, a vontade de criar o Mestrado Integrado em Medicina não esmoreceu. Em novembro de 2023, é submetido, novamente, na A3ES, “o mesmo curso com melhoramentos”, recordou Artur Silva. Segundo o docente, a lista de melhorias era curta e prendia-se com “pequenos detalhes”, como “respostas de como é que os estudantes se vão deslocar daqui [UA] para os centros de saúde e para os hospitais”, exemplificou o vice-reitor. A maior diferença que notou, e faz questão de reforçar, prendeu-se com a comissão de avaliação nomeada. “Eu defendia que a nova comissão de avaliação fosse essencialmente estrangeira e foi mais ou menos o que aconteceu: e o resultado foi completamente diferente”, declarou Artur Silva. Em junho de 2024 é tornado oficial que Aveiro iria voltar a ter medicina, desta vez o curso tradicional de 6 anos e inteiramente dirigido pela UA. Três meses separam a notícia da aprovação do curso e do arranque do ano letivo corrente. Três meses de trabalho “fora de horas” com “muitas reuniões online para que acontecesse” recordou Artur Silva. O vice-reitor fez questão também de sublinhar a importância de Firmino Machado, atual diretor do Mestrado Integrado em Medicina, que teve como principal função ser a “cola” e a montagem de todo o processo e referiu a relevância da ativação das colaborações “estabelecidas lá atrás” com a Universidade do Minho e com a Universidade de Utrech. Não deixou de fora também todos os profissionais de saúde envolvidos e os “presidentes dos conselhos de administração que libertaram alguns médicos para fazer alguma formação extraordinária”, relembrou. O novo ciclo de estudos de Aveiro está já a decorrer e acolheu 40 alunos. É o segundo curso com a média mais alta da UA (18,2), ficando atrás apenas da licenciatura de Engenharia Aeroespacial (18,35). A nível nacional existem dez cursos de Medicina sendo que Aveiro tem a quarta média mais alta de entrada. Fica no pódio o ICBAS (18,55), a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (18,48) e a Universidade do Minho (18,38), mas fica à frente da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. “A ideia é ir crescendo progressivamente com a entrada de dez novos alunos até ser atingido o limite máximo de 100 alunos”, esclareceu o vice-reitor. Relativamente ao futuro, o objetivo é “mantermos a qualidade que nós idealizamos fazer”, garantiu Artur Silva. O vice-reitor avançou ainda que, nos próximos anos, “temos de ter espaço disponível para a formação e para a investigação”, na área da saúde, e para a “internacionalização do curso”, nomeadamente, através do programa Erasmus. Realçou também que apesar de estar a decorrer a “adaptação de um edifício” para acolher um teatro anatómico a empreitada estará pronta aquando da primeira aula de anatomia - prevista para a segunda semana de novembro. “Está tudo conforme planeado”, afirmou.

GrETUA: “Regresso às Jaulas” traz Marquise, João Borsch e Maria Vai Com Todas
Universidade

GrETUA: “Regresso às Jaulas” traz Marquise, João Borsch e Maria Vai Com Todas

Com o objetivo de mostrar o espaço do GrETUA aos novos alunos, o “Regresso às Jaulas” nasce de “uma brincadeira” com o sotaque aveirense e “com o facto de existirmos atrás da prisão [GrETUA]”, explica o grupo em comunicado de imprensa. A programação promete abrir com uma viagem aos anos 90 com a sonoridade do grupo Marquise. João Borsch fica responsável por fazer o público navegar “pelo escandaloso e pela folia” com a apresentação de ‘É só Harakiri, Baby’, o seu trabalho mais recente, deixando Maria Vai com Todas encarregue por fechar a noite com as suas escolhas musicais. As reservas para o evento podem ser efetuadas aqui. A inscrição é gratuita para os alunos da Universidade de Aveiro (UA) e tem um custo de três euros para o público em geral. O GrETUA é uma secção autónoma da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) e assume a missão de promover a cultura, a formação e a criação artística junto da comunidade académica desde 1979, data da sua fundação.

Miguel Monteiro: "Eu sinto-me hoje bastante resolvido, precisamente, por causa do desporto"
Universidade

Miguel Monteiro: "Eu sinto-me hoje bastante resolvido, precisamente, por causa do desporto"

Miguel Monteiro, estudante-atleta da Universidade de Aveiro (UA) e medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos Paris 2024, identifica-se com o verbo “ir” e reconhece que, nos dias de hoje, um dos seus maiores defeitos é não saber dizer que “não”. Acompanha desde que se lembra os jogos olímpicos, os campeonatos da Europa e do Mundo, através da televisão, principalmente, claro, a modalidade de atletismo, onde é atleta do lançamento do peso F40. Destaca Nélson Évora e Marco Fortes como duas das suas principais inspirações. Aos 23 anos concluiu o mestrado em Engenharia e Gestão Industrial na UA, é campeão nacional universitário, vice-campeão mundial e, recentemente, atingiu o maior feito da sua carreira desportiva nos Jogos Paralímpicos Paris 2024: a medalha de ouro e o recorde paralímpico, com a marca de 11,21 metros. Foi também o primeiro português a garantir, este ano, uma medalha para Portugal nesta competição. Apesar de ser natural de Mangualde, “um meio pequeno”, como o descreve, no distrito de Viseu, rapidamente tornou-se, nas últimas semanas, um dos temas em grande destaque no panorama nacional ao conquistar o ouro e ao levar o desporto adaptado e a UA até “aos quatro cantos do mundo”. Na UA é visto por muitos como um exemplo e um verdadeiro embaixador da universidade. À conversa com a Ria, Miguel Monteiro fez uma retrospetiva do seu percurso, enquanto estudante-atleta e dirigente associativo, e partilhou a importância da UA para a conquista da medalhada de ouro nos Jogos Paralímpicos de Paris. O jovem deixou ainda a garantia de que vai continuar a dar cartas, pelo mundo do desporto, e que já sonha com o título de campeão mundial do lançamento do peso F40, título que ainda lhe foge. É uma pergunta difícil. Pessoalmente, tinha três objetivos para este ano e, principalmente, para este verão. Chegarmos da melhor forma aos mundiais, que decorreram no Japão, onde conseguimos o segundo lugar. Foi algo muito meritório tendo em conta a gestão que tive de fazer com a escrita da tese e o desporto. Estava tudo a culminar e foi extremamente difícil. O segundo objetivo passava por acabar o curso e consegui. Tirei o mestrado. O terceiro objetivo passava por chegar da melhor forma possível a estes jogos. No fundo, tínhamos o objetivo de ganhar. Eu e o meu treinador. Ao longo destes dois meses, desde o término do curso, focámo-nos, por completo, no atletismo com treinos intensos, bi-diários, para chegarmos bem à prova e com a consciência tranquila de que tínhamos feito tudo o que era possível para estarmos bem fisicamente e psicologicamente. E as coisas acabaram por correr da melhor forma com a medalha de ouro. Foi o culminar de um verão bastante intenso, mas bastante enriquecedor. Bastantes vezes foi complicado gerir isto tudo. No entanto, também tenho a sorte de ter pessoas à minha volta, nomeadamente, família, treinador e amigos, seja de Mangualde ou de Aveiro, que me ajudaram a conciliar isto tudo. Ao longo dos cinco anos de curso, a UA também me deu livre acesso a todas as instalações desportivas à hora que eu quisesse. Sim. Eu seguia um plano de treino do treinador [senhor João] e treinava aqui na universidade, seja no ginásio ou na pista. No fim de semana, complementava esse treino em casa para que nada falhasse. O senhor João estava sempre disponível para treinarmos. Só assim funcionou da melhor forma, tanto o curso como a parte desportiva. Em primeiro lugar, pela proximidade que tem com Mangualde. Depois também explorei a universidade, através da internet, e percebi que era uma universidade que apoiava, desde logo, o desporto. Fosse o universitário, o desporto em geral ou o desporto de recreação. Tinha todas as instalações desportivas necessárias para a prática do atletismo. Depois pelo reconhecimento da UA em todo o país e no mundo. Os cursos são de excelência. Tudo isso ajudou que viesse para cá. Sim, era muito importante. O facto do campus universitário ser todo junto tornou ainda mais facilitada esta gestão de vidas, tanto a académica como a desportiva. O desporto surge muito cedo na minha vida. Os meus pais inscreveram-me na natação quando tinha um ano e meio. Na altura, por causa de todos os benefícios da modalidade. Mais tarde, tal como muitos, também joguei à bola. Fui para o futsal num clube em Mangualde. Só, em 2014, por influência do meu treinador de sempre, o senhor João, é que vim parar ao lançamento do peso. Ele já anda nesta vida há quase 40 anos. É um segundo pai e um companheiro de vida. Trocamos muitas ideias e muitas conversas sobre tudo e mais alguma coisa. Ele já andava nesta vida do atletismo paralímpico e foi a um campeonato do mundo onde viu pessoas de baixa estatura a competir no lançamento do peso. Ele conhecia-me do pavilhão de Mangualde porque, na altura, era ele o encarregado da infraestrutura e eu tinha lá os treinos de futsal e as aulas de educação física. Ele conhecia-me bem, assim como os meus pais. Falou com o team leader da secção de atletismo e disse que tinha lá um rapaz que gostava muito de fazer desporto, que não se negava a nada nas aulas de educação física e que era capaz de dar cartas no atletismo. Foi um olheiro. Ele foi falar com a minha mãe ao trabalho, explicou-lhe o que poderia acontecer e eu fui à experiência. Recordo-me que experimentamos várias modalidades, para as pessoas de baixa estatura, como o lançamento do dardo, do peso e do disco. Acabamos por focar-nos no lançamento do peso porque foi o que me senti melhor e desenvolvi mais rápido. Eu sempre acompanhei os jogos olímpicos, os campeonatos da Europa e do Mundo, nomeadamente, na modalidade de atletismo. Gostava bastante de ver na RTP2. Nélson Évora e Marco Fortes eram alguns dos desportistas que seguia. Quando me falaram da modalidade do atletismo quis logo experimentar. Sou muito o verbo ir. Nos primeiros dois anos, desenvolvi o chamado treino técnico, de terreno. Na altura, ainda nem incorporávamos muito tempo no ginásio e estávamos a descobrir as coisas. Estar nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro foi um pouco surpresa porque não estava na primeira convocatória. Na altura, estava num lugar mais baixo do ranking mundial. Com a exclusão dos russos, por causa do escândalo dodoping, houve uma redistribuição de todas as quotas e só na segunda convocatória acabei por ir. Isto a três semanas dos jogos paralímpicos. Foi todo um mundo novo. Acabei por bater o meu recorde pessoal, na altura, 8,89 metros. Foi a minha primeira experiência fora do continente europeu. Toda a experiência foi um mundo novo. É um motivo de grande orgulho pelo trabalho que fizemos. Só nos deu mais força para continuarmos o processo que estávamos a ter, para incorporarmos o ginásio e para chegarmos mais longe. Sem dúvida. Ainda mais, porque nessa competição, no Rio de Janeiro, estava em sexto lugar. No último lançamento, consegui responder e superar o adversário que estava na quinta posição. A partir daí, sempre sonhamos com as medalhas e comecei a ter a sensação de que estava próximo, mas que era preciso continuar a trabalhar. Tanto é que depois do Rio de Janeiro deixei o futsal e acabei por me focar no atletismo. Eu sabia que, mais cedo ou mais tarde, acabaria por deixar o futsal até porque a diferença de estatura viria a acentuar-se. Jogava com outros rapazes de caraterísticas “normais”. Por outro lado, existem os contratos de alto rendimento e é sempre arriscado lesionarmo-nos fora desse contexto. Optei pelo atletismo porque era aquilo que me ia dar mais condições no futuro. E foi uma ótima opção. Eu aprendi bastante com o ciclo de Tóquio. Notava-se à saída que não estava satisfeito com a medalha de bronze. No entanto, foi a minha primeira medalha paralímpica e só tenho de estar orgulhoso por conseguir esse feito aos 20 anos. Tóquio ensinou-me também a lidar com a pressão social. Na altura, não lidei da melhor forma com a comunicação social, em geral. Neste ciclo paralímpico foi um bocado diferente. Resguardei-me da comunicação social, antes da prova acontecer, e só depois é que surgiu o Miguel Monteiro que foi medalha de ouro. Senti o impacto. Na altura, com poucos anos de experiência, era o recordista mundial. Julgo que não é por maldade, mas na comunicação social, em geral, quem é recordista mundial tem de ganhar medalhas de ouro. Não devia de ser obrigatoriamente assim. Todos estão lá para o mesmo: ganhar a prova. Só um é que vai sair com a medalha de ouro. Neste ciclo, aprendemos a estar tranquilos com o nosso trabalho e a esquecer tudo o que está à volta. Não. Só senti que a medalha era minha depois do último adversário lançar. Eu abdiquei do último lançamento porque já não estava focado na prova e já tinha obtido o recorde paralímpico. A emoção já estava a entrar. Foi de facto um lançamento muito bom. A prova não começou da melhor forma, no entanto, soube manter a calma e depois, no segundo ensaio, lançar já os 11,02 metros. No terceiro lançamento, arrisquei e conquistei a marca dos 11,21 metros. Procurei manter-me bastante ativo, ao longo de toda a prova, porque sabia que qualquer um dos adversários, podia bater, a qualquer momento, a minha marca. Sem dúvida! Agora que sou campeão paralímpico falta esse título no currículo. Já fomos campeões da Europa e vice-campeões mundiais. Vamos continuar a trabalhar para alcançar melhores marcas e, consequentemente, de ficarmos mais próximos desse objetivo. Foram cerca de três meses de muito sacrifício. Tive de abdicar da minha vida social para me focar completamente naquilo que era o nosso objetivo. Todos os meus dias eram uma rotina. Levantar-me, tomar o pequeno-almoço e ir treinar às 10h00. Esse treino, normalmente, de manhã, era no ginásio. Nós criamos um ginásio com o material que a federação [de atletismo] nos ia dando no Pavilhão Municipal de Mangualde. Treinávamos cerca de 1h30. No meio desse treino, tínhamos sempre a pausa para o café. Também isso virou rotina. Depois, ia para casa fazer o almoço e procurava descansar, ao longo da tarde. Às 17h00, tínhamos treino na pista, juntamente com outros colegas de equipa. Mais tarde, ia para casa jantar e descansar. Sim, procurava treinar todos os dias. Nem sempre era possível, mas procurava isso. Não tinha horário fixo para treinar. Sabia que tinha sempre um intervalo de duas horas para o fazer. Na pista ou no ginásio. No final de cada treino, ligava sempre ao meu treinador [o senhor João] e sempre houve essa relação de confiança apesar dos 100 quilómetros de distância. Sempre lidei muito bem com isso. O meu pai tem a mesma condição que eu e a minha mãe e a minha irmã têm estaturas normais. O facto dos meus pais me tirarem as dúvidas sobre esta condição tornou-me muito mais resolvido comigo mesmo. Venho de Mangualde, um meio pequeno, no interior do país, onde toda a gente se conhece. O facto de ser uma pessoa sociável ajudou em muito a integração na universidade e na cidade de Aveiro. O desporto também se tornou crucial na medida em que estamos bem fisicamente, e psicologicamente. Estamos completamente resolvidos uns com os outros. Um episódio bastante engraçado que me ficou na memória, por ter sido das primeiras experiências, foi em Londres, no ano de 2017. Estávamos vários atletas com diferentes tipos de deficiência a contar piadas uns aos outros sobre a nossa condição. Foi algo que me ficou. A convivência com os atletas de outros países torna muito mais saudável o facto de aceitarmos esta condição. O desporto é fantástico. Faz-nos bem. Não só fisicamente, mas também psicologicamente. Prepara-nos para todo o mundo exterior. Eu tive a sorte dos meus pais sempre me deixarem fazer tudo o que eu quisesse. Nunca me puseram entraves em nada. Agradeço-lhes imenso por isso. Tenho a certeza de que existem bastantes pessoas com e sem deficiência que querem conhecer este mundo novo e pode haver ali algum entrave que não esteja a facilitar esse acesso. A mensagem que eu deixo é para libertarem os filhos para o mundo do desporto. Há tantas modalidades que podem ser feitas e o desporto faz bem fisicamente, mas também psicologicamente. Eu sinto-me hoje bastante resolvido, precisamente, por causa do desporto. O mundo associativo é outro mundo fantástico que existe na vida do ser humano. Aprendi muito com o associativismo, nomeadamente, a gerir melhor o meu tempo. No primeiro ano, fui convidado e aceitei, porque não sou pessoa de dizer que não. Foi uma experiência incrível. Foram quatro anos fantásticos onde aprendi muita coisa sobre o associativismo. Muita gente. Desde logo, o meu treinador. Sem ele não estaria no atletismo nem a representar o país da melhor forma. Depois, a minha família. Tem um papel crucial na minha vida. Muitas vezes, abdicam de férias e de eventos familiares para que eu esteja bem. Depois, ao longo de toda a vida, criei amizades que sei que estão guardadas no meu coração e no coração dessas pessoas. Sei que vou poder contar com eles onde for e quando for. [Risos] O Miguel também tem alguns pontos menos bons... Não tenho muita paciência para ficar à espera e não sei, muitas vezes, dizer que não. Isso, por vezes, torna-se um problema porque preenche demasiado a minha vida e não tenho tempo para mim. Dado que só tenho 23 anos e que o meu treinador costuma dizer que a validade dele vai até aos 120 anos, espero continuar no mundo do desporto durante muito tempo a fazer melhores marcas. Acredito que, no futuro, conseguimos lá chegar outra vez. Acho que deve ser esta a mentalidade de um atleta e de uma pessoa, seja no mundo do trabalho ou na vida pessoal. Devemos sempre dar o melhor de nós. O Miguel ainda vai durar bastantes anos. Nunca superei essa marca. No penúltimo treino, antes da competição, atingimos a marca de 11,45 metros. Curiosamente, a marca que tínhamos atingido antes de obter o recorde do mundo. Nós continuamos a achar que é possível. Muitas vezes, é o momento que conta. Não saiu agora nos jogos de Paris [novo recorde mundial], mas vamos continuar a trabalhar para que, no futuro, seja possível atingir essa marca. Acredito que é possível melhorar essa marca [11,60 metros]. Agora, é cada vez mais difícil chegarmos mais longe. Os 12 metros ainda estão longe apesar de serem “só” 40 centímetros. O objetivo passa por melhorar aos poucos essa marca. O anterior recorde estava em 11,15 metros e do nada eu lanço 11,60 metros. Tudo é possível no mundo do desporto. Sim. Quero continuar ligado à universidade e a saber o que se passa por cá. A universidade teve um papel crucial. Espero continuar a ver muitas pessoas aqui na universidade. Vou levá-la para a vida.

Paulo Jorge Ferreira diz que a UA é um exemplo enquanto sistema binário em audiência na AR
Universidade

Paulo Jorge Ferreira diz que a UA é um exemplo enquanto sistema binário em audiência na AR

“A Universidade de Aveiro é talvez a instituição de ensino superior, pelo menos, uma das que melhor pode falar acerca das vantagens de ter ensino politécnico e universitário porque se assumiu há muito tempo como agregadora dos dois subsistemas”, frisou o também reitor da UA, na audição do CRUP, no âmbito do grupo de trabalho de avaliação do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), na Comissão de Educação e Ciência da Assembleia da República (AR). Em resposta aos deputados, Paulo Jorge Ferreira sublinhou que, atualmente, há uma diferenciação dos candidatos que escolhem o ensino politécnico e o universitário, na primeira fase de acesso ao ensino superior. “A nível nacional, 27% dos candidatos escolhem só cursos de natureza politécnica e 47% dos candidatos escolhem só universidades. Significa também que na Universidade de Aveiro, por exemplo, eu tenho estudantes que só escolhem subsistema politécnico e outros que só escolhem o universitário. Do lado dos candidatos há uma diferenciação”, expôs. Para o presidente do CRUP, não existe confusão entre os dois subsistemas. “Podemos melhorar com certeza as leituras, mas os próprios candidatos que são os juízes da diferenciação já mostram alguma e estes números também”, realçou. Na Universidade de Aveiro, “entre o meu Departamento de Eletrónica, Telecomunicações e Informática (DETI) e a Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda (ESTGA) existe em ambas o curso de informática… Há cada vez menos sobreposição de candidatos comuns do que antes”, exemplificou. Caso os subsistemas evoluam na direção da convergência, Paulo Jorge Ferreira alertou que haverá uma oferta formativa diferente. “As instituições que daí resultarem terão de se adaptar porque vai continuar a haver ensino mais profissionalizante e menos profissionalizante”, afirmou. Questionado ainda sobre o alojamento para os estudantes, o também reitor da UA reforçou que, no caso da Universidade de Aveiro, os estudantes vêm cada vez de mais longe [o número de estudantes deslocados tem sucessivamente aumentado]. “É preciso uma atenção crescente no que toca à questão do alojamento por parte dos Serviços de Ação Social”, reforçou.

“Integra-te’24” já tem cartaz e a Caixa UA é o local escolhido
Universidade

“Integra-te’24” já tem cartaz e a Caixa UA é o local escolhido

A semana de concertos acontece, este ano, de 2 a 5 de outubro, e pretende cumprir a tradição de dar as boas-vindas aos novos estudantes da UA. Ao contrário dos anos anteriores, os espetáculos acontecem, pela primeira vez, na Caixa UA, a nova nave desportiva e multifunções da UA. Até agora, o “Integra-te” acontecia numa tenda colocada, no parque de estacionamento, atrás da cantina de Santiago. Relativamente ao cartaz, o primeiro dia, 2 de outubro, conta com as atuações de Julinho KSD, Mayara Azevedo, Tuna Mista da Universidade de Aveiro (Marnotuna) e DJ Edgar Marques e tem o preço de dez euros para estudante e de 14 euros para não estudante. O dia seguinte, fica a cargo de Mizzy Miles, Ganso e Tuna Feminina da Associação Académica da Universidade de Aveiro (TFAAUAv). Os bilhetes têm um custo de nove euros para estudante e de 13 euros para não estudante. Ivandro, DJ Roy e a Tuna Universitária de Aveiro (TUA) são os responsáveis por abrilhantar a sexta-feira, 4 de outubro. Os bilhetes têm um custo de 11 euros para estudante e de 15 euros para não estudante. A última noite de concertos, 5 de outubro, conta com as atuações de Dillaz, DJ Perez e DJ Kold. Os bilhetes têm um custo de 11 euros para estudante e de 15 euros para não estudante. Há ainda a possibilidade de adquirir o passe geral para o “Integra-te’24”. Para os sócios AAUAv tem o custo de 29 euros, na primeira fase, que decorre de 20 a 25 de setembro e de 33 euros, na segunda fase, que acontece de 26 de setembro a 1 de outubro. Para os não sócios AAUAv, tem o custo de 40 euros, de 20 setembro a 1 de outubro. Os bilhetes diários e gerais podem ser adquiridos na aplicação da AAUAv, na loja da AAUAv, de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 17h00, e no stand da AAUAv, no Glicínias Plaza, em horário a anunciar, brevemente. Segundo a AAUAv, as vendas dos bilhetes gerais estão condicionadas a um limite máximo e os bilhetes diários para estudantes apenas estão à venda até ao dia anterior do concerto. Os bilhetes podem ser trocados pelas pulseiras que dão acesso ao recinto na loja da AAUAv ou no stand da AAUAv no Glicínias Plaza. Em alternativa, a troca poderá também ser feita na bilheteira do evento, a partir do dia 2 de outubro. Recorde-se que a Nave Multiusos Caixa UA foi inaugurada em maio deste ano e situa-se na zona desportiva sul do Campus de Santiago. Com uma área de construção de cerca de sete mil metros quadrados, o equipamento foi concebido para acolher atividades desportivas, assim como eventos académicos, culturais e recreativos. O cartaz na íntegra pode ser consultado, aqui. *(Notícia atualizada no dia 20 de setembro, às 19h00, em virtude da atualização dos preços dos bilhetes gerais não-sócios)

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Ex-ministro do ambiente diz que falta, em Aveiro, “uma maneira fácil sem estarmos a pensar no carro”
Cidade

Ex-ministro do ambiente diz que falta, em Aveiro, “uma maneira fácil sem estarmos a pensar no carro”

Em entrevista à Ria, o também ex-ministro do Ambiente e Recursos Naturais, entre os anos de 1991 a 1993, identificou, entre os vários pontos a corrigir na cidade, o “trânsito” como um dos mais críticos. “O tráfego que temos, atualmente, tem de reduzir. Temos de passar a ser muito mais comunitários, nomeadamente, através de sistemas que nos levem aos sítios sem precisarmos de estar à procura de um táxi ou de um autocarro”, afirmou. Para tal, a cidade “tem de estar organizada para que isso aconteça de uma maneira fácil”, frisou. Além do congestionamento de carros, Carlos Borrego afirmou que Aveiro “precisa de fazer muita intervenção na zona central”. “Já vimos que a grande população de Aveiro que trabalha aqui vive fora do centro. É aqui que temos de atuar. Como se atuou com os transportes dos estudantes da estação de comboios para a UA. Este tipo de estratégias tem de ser pensada”, afirmou. “É isso que eu sinto que falta na cidade de Aveiro: uma maneira fácil [de mobilidade] sem estarmos a pensar no carro”, desabafou. Alexandra Queirós, vice-reitora para a cultura e vida nos campi, afirmou, em entrevista à Ria, que, além da cidade de Aveiro, também a UA tem de passar “das palavras aos atos”. Neste sentido, Alexandra Queirós admitiu que está, neste momento, em fase de discussão um plano de ação, a pôr em prática “até 2026”, na UA, que tem como objetivo diminuir “significativamente” a pegada de carbono. “Estamos a utilizar uma calculadora, devidamente validada, que estuda as diferentes dimensões da sustentabilidade”, desvendou. Entre as vertentes a melhorar na UA, a vice-reitora para a cultura e vida nos campi identificou as “áreas da circulação, da deslocação e a questão da alimentação” como as mais prioritárias, até ao momento. Por exemplo, “a gestão do parque de estacionamento devidamente articulado com a mobilidade suave é absolutamente essencial. Isto vai trazer alguns condicionalismos e algumas alterações de rotina que sabemos que são polémicas, mas que são importantes que aconteçam”, frisou. No que toca ao prazo para alcançar a meta, ou seja, a “pegada neutra até 2030”, na UA, Alexandra Queirós disse que é necessário pensar “devagar”. “Isto vai implicar muita sensibilização, mudança de comportamentos para conseguirmos, efetivamente, alcançar as diferentes dimensões da sustentabilidade”, afirmou. “Está definido a aplicação do plano de ação até 2026, mas a nossa lógica é pensar a médio-longo prazo”, reforçou.

Concurso para atribuir 66 casas com renda apoiada em Aveiro recebeu 618 candidatos
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Concurso para atribuir 66 casas com renda apoiada em Aveiro recebeu 618 candidatos

Segundo os dados desse relatório, citados em nota de imprensa, 68% das candidaturas são de pessoas que procuram uma renda mais acessível e apenas 11% devido a más condições habitacionais. Quanto ao tipo de famílias candidatas, 55% correspondem a famílias unitárias (179) ou monoparentais (164), e em termos profissionais, apenas 31% dos candidatos se encontram em situação de desemprego (193). A nota municipal refere ainda que, das 527 candidaturas consideradas válidas, 20% estão em situação de alojamento precário (126), 41% residem em Aveiro há menos de cinco anos e 26% são de cidadãos estrangeiros. “Segue-se agora o período formal de audição dos interessados, após a apreciação da qual o executivo municipal fará a aprovação da lista definitiva com a atribuição das habitações em causa”, informa a mesma fonte. A autarquia dá conta de que “prossegue com o trabalho realizado nos anteriores mandatos (2013/2017 e 2017/2021), concretizando investimentos relevantes que se encontram em diferentes fases”. Salienta ainda que é feito diariamente o acompanhamento técnico dos inquilinos da Câmara, “com ações e programas que aumentam o seu nível de integração social e de qualidade de vida”.

Aveiro vai ter Casa de Música que acolherá a Orquestra Filarmonia das Beiras
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Aveiro vai ter Casa de Música que acolherá a Orquestra Filarmonia das Beiras

“O executivo municipal deliberou aprovar o Protocolo de Cooperação a celebrar entre a Câmara Municipal de Aveiro e a Associação Musical das Beiras/Orquestra Filarmonia das Beiras”, anuncia uma nota de imprensa. Pelo protocolo aprovado em reunião de câmara, “é cedido o requalificado Centro Cívico de Aradas, que passará, a partir do dia 01 de outubro [terça-feira], a denominar-se Casa de Música”. A obra de requalificação do edifício Casa de Música, realizada pela Câmara de Aveiro, implicou um investimento de cerca de um milhão de euros. Para dar uma nova vida a um espaço destinado à realização de atividades culturais, foi feita a renovação e qualificação das infraestruturas, a readaptação de espaços funcionais e o melhoramento da acessibilidade. O protocolo envolve ainda o apoio institucional, logístico e financeiro da câmara, no montante anual de 50 mil euros, para a realização das atividades da Associação Musical das Beiras. Entre estas contam-se concertos, ações de atração de novos públicos, formação orientada para as escolas, espetáculos teatrais com música, óperas e grupos de câmara. Fundada em 1995, a Associação Musical das Beiras é uma instituição cultural sem fins lucrativos que fornece suporte jurídico àOrquestra Filarmonia das Beiras, atualmente composta por 31 músicos, sendo dirigida pelo maestro Jan Wierzba.

Câmara de Aveiro aprova permuta de terrenos da nova ligação de Mamodeiro
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Câmara de Aveiro aprova permuta de terrenos da nova ligação de Mamodeiro

“O executivo municipal deliberou aprovar o Contrato de Permuta de Terrenos entre a Câmara Municipal de Aveiro (CMA) e os Armazéns Reis – Materiais de Construção, S.A.”, informa uma nota de imprensa. A permuta refere-se ao novo arruamento de interligação da rotunda de Mamodeiro com a Rua da Cafelada, que dá acesso à Área de Atividades Económicas Aveiro Sul (ZI Mamodeiro). Nos termos do contrato de permuta, a câmara entrega à empresa três parcelas nas imediações dos Armazéns Reis, com a área total de 2.720,80 metros quadrados, e 87.636,97 euros. Em contrapartida, a empresa Armazéns Reis entrega ao município cinco parcelas de terreno, com a área global de 974,40 metros quadrados, e o valor de 26.016,48 euros, correspondente ao arruamento. Terá ainda de pagar 61.620,49 euros da diferença de áreas e valores dos terrenos, sendo as parcelas permutadas destinadas a ampliar as suas instalações. “O arruamento servirá de acesso à ampliação da Área de Atividades Económicas – Aveiro Sul (ZI Mamodeiro), melhorando as condições viárias e dos espaços, para atrair mais empresas, bem como o crescimento das existentes”, destaca a nota. A via de ligação da Rotunda da EN 235 à Calefada, em Mamodeiro, foi concluída em dezembro de 2021, para melhorar a segurança automóvel e pedonal dos acessos locais, encerrando a ligação à estrada nacional, considerada perigosa.

Cheias em Aveiro: “Falta decisão política”, diz João Miguel Dias, investigador do CESAM-UA
Cidade

Cheias em Aveiro: “Falta decisão política”, diz João Miguel Dias, investigador do CESAM-UA

Apesar da crescente preocupação da população, João Miguel Dias explicou que o fenómeno das marés vivas é “comum”, “matemático” e “altamente rigoroso”. “Os efeitos gravitacionais do sol com a lua determinam a maré em que estamos (…) As marés vivas acontecem quando existe um alinhamento entre o sol, a lua e as marés mortas quando o sol e a lua estão em quadratura”, contou, destacando que o fenómeno [marés vivas] acontece todos os meses, especialmente, nos equinócios de março e setembro onde se dão as marés de maior amplitude. “Nas marés vivas temos sempre uma altura de praia-mar mais elevada. Depois disso, dá-se uma diminuição até chegarmos à maré morta. Este processo demora cerca de uma semana. É assim sucessivamente”, apontou. Sobre o fenómeno em Aveiro, o também especialista em oceanografia considerou que as cheias da semana passada, que atingiram a zona da antiga lota e algumas ruas da zona baixa da cidade, “não foram a maior maré viva” sentida na cidade. “Temos registos que mostram marés semelhantes, nos últimos anos. Pode-se dizer que foi uma maré equacional maior do que a média”, afirma. Para João Miguel Dias, o alagamento das águas, em Aveiro, não foi novidade, mas sim uma repetição de um conjunto de episódios que aconteceram no passado. Por exemplo, “a zona do Rossio antes era muito mais sensível. Desde que fizeram as comportas da Ria melhorou. No entanto, se houver alguma rotura, numa zona qualquer, podemos ter o problema da água entrar na mesma”, explicou. No caso destas cheias, na zona da antiga lota, “do que eu ouvi penso que houve, precisamente, uma outra rutura em que a água ao invés de entrar pelas comportas entrou pelas zonas laterais”, desvendou. O cientista do CESAM justificou a inundação, desta vez, com a subida do nível médio global das águas do mar devido às alterações climáticas. “A maré oscila sempre em torno do nível médio. Os registos não indicam valores alarmantes, mas estamos a falar de 30 centímetros a mais, no nível médio do mar, do que tínhamos há 40 anos”, expôs. Neste momento, “estamos a enfrentar o aquecimento global que pode ter um efeito mais ou menos impactante. O menos impactante é o degelo e o predominante deve-se à temperatura da água do mar. Quanto maior a temperatura, maior o volume de água”, apontou. No caso de Aveiro, “toda a região é uma zona de baixa topografia, portanto, subindo o nível médio do mar, no dia a dia, não é crítico, mas quando temos marés de grande amplitude obviamente que vão ter um grande impacto”, exemplificou. Segundo um estudo publicado, em maio de 2022, pelo investigador do CESAM, em parceria com uma equipa de investigação, estima-se que “até ao ano de 2055, na Ria de Aveiro, 6,4 km2 de área esteja inundada e que, até ao ano de 2100, o número aumente para 8 km2”. Relativamente às áreas agrícolas e de pastagens, na região, estima-se “57 km2 de área inundada até 2055 e de 62,6 km2 até 2100. Isto representa mais de 10.500 pessoas afetadas em 2055 e mais de 13 mil até ao ano de 2100”. Apesar dos números “alarmantes” e ainda atuais, João Miguel Dias considerou que a situação na cidade ainda pode ser revertida se “houver essa opção política”. “Basta ver, por exemplo, o que a Câmara de Aveiro fez na estrada do Sal. Alteou todas as cotas, criou uma estrutura de proteção e a água já não trasvaza. Isto significa que nos temos de adaptar. Neste caso, construir ou reforçar as estruturas de proteção”, reforçou, insistindo na necessidade de investimento. “Claro que isto também significa que há zonas em que é necessário analisar o custo/benefício. Em alguns casos é necessário decidir se vale a pena proteger ou perder o território”, aconselhou. De acordo com o especialista em oceanografia já não há como evitar a subida do nível médio global das águas do mar. “Vai acelerar. No ano de 2100, em relação a hoje, vamos ter cerca de 70 centímetros a mais do que a média. Isto significa pensar que as estruturas de proteção vão ter de ter, no futuro, mais um metro do que aquilo que têm hoje”, frisou. “Falta decisão política e a necessidade de a concretizar”, concluiu. José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro, deixou a garantia, na última reunião da Assembleia Municipal, que o reforço das estruturas de proteção vai avançar “imediatamente”. Segundo o autarca, no pico da maré viva, a autarquia avançou já para o terreno [das inundações] com um conjunto de técnicos para tomar “todas as cautelas” e recolher informações. O objetivo é chegar “à seguinte fase que anunciaremos, brevemente, (…) para proteger a zona baixa da cidade de Aveiro”, anunciou. Relativamente à antiga zona da lota, onde se deu a enchente de água, o autarca refere que é necessário apenas investimento. “A lota com uma elevação da cota do muro, como fizemos no Cais do Sal, está resolvido. O problema não é esse. A lota é o problema mais fácil de se resolver. É preciso dinheiro. O problema são as zonas baixas da cidade”, reforçou.

Aveiro sob aviso laranja na quinta-feira devido à chuva
Cidade

Aveiro sob aviso laranja na quinta-feira devido à chuva

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) indicou que os distritos de Viseu, Vila Real e Aveiro vão estar sob aviso laranja entre as 06:00 e as 12:00 de quinta-feira e os distritos do Porto, Viana do Castelo e Braga entre as 18:00 de quarta-feira e as 09:00 de quinta-feira. Estes seis distritos estão já hoje e quarta-feira sob aviso amarelo por causa da chuva persistente e por vezes forte. Por causa da chuva forte, o IPMA colocou ainda os distritos de Bragança, Guarda e Coimbra sob aviso amarelo entre as 03:00 e as 12:00 de quinta-feira. O aviso laranja é emitido pelo IPMA sempre que existe "situação meteorológica de risco moderado a elevado e o amarelo quando há uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica. Na segunda-feira, em comunicado, o IPMA indicou que a situação deve-se ao “transporte de uma massa de ar tropical, com conteúdo muito elevado em vapor de água, na circulação conjunta de um anticiclone localizado a sul dos Açores e uma região depressionária no Atlântico Norte”. De acordo com o IPMA, prevê-se a ocorrência de períodos de chuva persistente a partir de hoje nas regiões Norte e Centro e que será por vezes forte na quarta e quinta-feira, em especial no litoral a norte do Cabo Mondego e regiões montanhosas. Na região sul, a precipitação será em geral fraca, embora pouco provável no interior do Baixo Alentejo e sotavento algarvio, podendo ser temporariamente moderada durante a manhã de quinta-feira. “Os valores acumulados de precipitação no total dos três dias poderão atingir entre 100 a 200 mm [milímetros] no Minho, Douro Litoral e nas serras dos distritos de Viseu, Aveiro e Coimbra, e entre 50 a 100 mm no restante litoral a norte do Cabo Mondego, concentrando-se a maior parte da precipitação entre as manhãs de hoje e entre a manhã de quarta-feira e o final da manhã de quinta-feira”, de acordo com o IPMA. No que diz respeito ao vento, o IPMA indicou que vai aumentar de intensidade a partir desta tarde, esperando-se o período com vento mais intenso entre a tarde de quarta-feira e o início da manhã de quinta-feira. O vento será de sudoeste por vezes forte, até 45 quilómetros por hora (km/h), com rajadas até 70 km/h no litoral Norte e Centro, soprando até 55 km/h, com rajadas até 90 km/h, nas terras altas das regiões Norte e Centro. Na sequência da previsão do IPMA, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) alertou na segunda-feira a população para o risco de cheias, derrocadas, deslizamentos e queda de estruturas e árvores. A ANEPC recomendou a "adoção de comportamentos adequados", como a desobstrução de sistemas de escoamento das águas pluviais, a correta fixação de estruturas soltas, como andaimes e painéis, e a condução defensiva nas estradas, reduzindo a velocidade e tendo "especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas". Face às previsões, a ANEPC alertou para a possibilidade de inundações em zonas urbanas devido à acumulação da água da chuva por obstrução dos sistemas de escoamento e de cheias "potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras", bem como para o desprendimento de estruturas móveis ou mal fixadas e para o arrastamento de objetos soltos para as estradas. Em particular, nas zonas recentemente atingidas por incêndios florestais, que queimaram vegetação e cobriram o solo de cinzas, a ANEPC salientou o risco de deslizamentos, derrocadas e contaminação de fontes de água potável.

Nova Escola de Eixo e fim das obras em Santiago marcam ano letivo em Aveiro
Cidade

Nova Escola de Eixo e fim das obras em Santiago marcam ano letivo em Aveiro

Em nota de imprensa alusiva ao início do novo ano letivo, a autarquia destaca a abertura da nova escola em Eixo, construída no recinto da Escola Básica Integrada de Eixo (EB 2,3), com capacidade para oito turmas do 1.º Ciclo. Ao nível da qualificação de instalações escolares, é assinalada a conclusão das obras na Escola do 1.º Ciclo de Santiago, que permitiram a substituição da cobertura de fibrocimento de alguns blocos. Foram também realizados trabalhos de revestimento e isolamento, bem como a construção do recreio coberto e sua ampliação face ao existente, e numa segunda fase será realizada uma intervenção no interior. No âmbito da concretização da Carta Educativa do Município de Aveiro continuam em execução as obras de remodelação e ampliação da Escolas dos Areais e da Escola das Barrocas. Segundo a nota de imprensa, está previsto “para breve” o lançamento de concurso para a conclusão da obra da Escola do Solposto, cujo empreiteiro faliu. Em “fase avançada” de projeto estão a remodelação e ampliação da Escola Básica do 2.º e 3.º Ciclos de São Bernardo e Escolas do 1.º Ciclo de Sarrazola, Leirinhas e Alumieira. No centro da cidade estão em projeto a remodelação da Escola Artística do Conservatório Calouste Gulbenkian de Aveiro e a nova Escola Secundária Homem Cristo. Em curso está também o projeto da nova Escola e Jardim de Infância de Esgueira, a integrar no Complexo Escolar Jaime Magalhães Lima. “Uma nota de realce para a obra de qualificação urbana da zona envolvente da Escola Básica de 2.º e 3.º Ciclo Rio Novo do Príncipe, em Cacia, que se encontra na reta final”, salienta o texto. A Câmara Municipal de Aveiro lembra ainda que se encontra em fase de consulta pública, até ao dia 05 de outubro, o Plano Estratégico Educativo do Município de Aveiro.

REGIÃO

Oliveira de Azeméis recebe Taça Continental de hóquei em patins
Região

Oliveira de Azeméis recebe Taça Continental de hóquei em patins

O troféu, que o FC Porto ergueu na última edição, em Espanha, será disputado no formato de final a quatro, contando com os finalistas das duas principais competições europeias de clubes de hóquei em patins – a Liga dos Campeões e a Taça WSE. Nas meias-finais, o Sporting, vencedor da Liga dos Campeões, defronta o Follonica, finalista vencido da Taça WSE, e a UD Oliveirense, vice-campeão europeu, o Igualada, campeão da segunda prova mais importante do calendário europeu de clubes. Entre os atuais finalistas, o Igualada é o que tem mais troféus, com cinco títulos (1993, 1994, 1995, 1998 e 1999), seguido do Sporting, que venceu a prova por duas vezes (2019 e 2021), e da UD Oliveirense, por uma vez (2017). O Follonica é o único finalista que ainda não venceu a Taça Continental, troféu que se realiza desde 1980 e que tem no FC Barcelona, com 18 troféus, o clube mais titulado da história da prova.

Incêndios: Albergaria aprova voto de louvor à população e bombeiros
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Incêndios: Albergaria aprova voto de louvor à população e bombeiros

“A bravura nascida da necessidade extrema de sobrevivência e de salvaguarda fez de Albergaria uma terra de gentes cuja coragem, num mar de chamas e de vento, merece ser elevada, reconhecida e registada para memória futura”, lê-se louvor aprovado por todos os partidos na última reunião do executivo municipal, que ocorreu na segunda-feira. Os autarcas de Albergaria-a-Velha, no distrito de Aveiro, manifestam “enorme gratidão, pelo papel heroico e incansável” dos bombeiros, considerando que, “com meios insuficientes e exaustos pelo esforço contínuo, eles lutaram com bravura e sacrifício, pondo em risco as suas próprias vidas” nos fogos que lavraram entre os dias 16 e 18 de setembro. “A tragédia teria sido muito maior se as pessoas não tivessem, de forma altruísta, heroica e solidária, colaborado em permanência com as forças de segurança e de proteção civil no combate aos fogos e na defesa da vida e da propriedade”, destacam os autarcas. O executivo salienta que, “em locais onde os bombeiros não conseguiram chegar, foram os próprios cidadãos de Albergaria que, com baldes de água, mangueiras, pás, cisternas e tudo o que estivesse ao seu alcance, enfrentaram o fogo com bravura, conscientes dos riscos, mas ainda assim decididos a salvar o que podiam”. Os fogos florestais, que percorreram as seis freguesias do concelho, “causaram uma das maiores calamidades já vividas neste território, com efeitos devastadores, trazendo consigo uma tragédia sem precedentes”. Na deliberação, é recordado o “rasto de destruição irreparável de vidas humanas e de animais perdidas, famílias que viram os seus lares reduzidos a cinzas, empresas e estabelecimentos comerciais arrasados e vastas áreas de floresta e sementeira dizimadas”. “Esta é uma dor indescritível, refletida no olhar daqueles que enfrentaram este cenário de horror”, lê-se no texto, que descreve o desespero vividos nesses dias perante o avanço do fogo: “famílias foram separadas e desalojadas, algumas perderam tudo, outras perderam aqueles que mais amavam”.  A autarquia aprovou também um voto de pesar pela morte de quatro munícipes devido aos fogos, apresentando as condolências aos familiares e amigos, e votos de rápidas melhoras aos que ainda se encontram internados. A Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha envia ainda uma “mensagem de solidariedade” aos municípios vizinhos de Águeda, Oliveira de Azeméis e Sever do Vouga e às suas populações “que sofreram igualmente as graves consequências de tão devastador incêndio”. Nove pessoas morreram e mais de 170 ficaram feridas em consequência dos incêndios que atingiram na passada semana sobretudo as regiões Norte e Centro de Portugal. A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil contabilizou oficialmente cinco mortos nos fogos. Os incêndios florestais consumiram, entre os dias 15 e 20 de setembro, cerca de 135.000 hectares, totalizando este ano a área ardida em Portugal quase 147.000 hectares, a terceira maior da década, segundo o sistema europeu Copernicus.

Incêndios: Câmara de Albergaria procura arrendar casas para realojar famílias
Região

Incêndios: Câmara de Albergaria procura arrendar casas para realojar famílias

“Neste momento, estamos a fazer esse ponto da situação e temos um registo de 51 habitações atingidas pelos incêndios, das quais 17 foi perda total”, disse. Quanto à situação atual das famílias desalojadas, António Loureiro afirmou que “há um misto de situações, sendo que umas pessoas estão em casa de familiares, outras já se conseguiu arrendar casa”. Segundo o presidente da Câmara de Albergaria-a-Velha, a autarquia está agora a procurar habitações disponíveis no mercado de arrendamento para realojar essas famílias, sendo o encargo com as rendas suportado pelo governo. “O Governo comprometeu-se a apoiar com o pagamento das rendas dessas famílias que ficaram desalojadas”, revelou. Nove pessoas morreram e mais de 170 ficaram feridas em consequência dos incêndios que atingiram na passada semana sobretudo as regiões Norte e Centro de Portugal. A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil contabilizou oficialmente cinco mortos nos fogos. Os incêndios florestais consumiram, entre os dias 15 e 20 de setembro, cerca de 135.000 hectares, totalizando este ano a área ardida em Portugal quase 147.000 hectares, a terceira maior da década, segundo o sistema europeu Copernicus.

Incêndios: Ministro da Agricultura promete apoios mas não se compromete com prazos
Região

Incêndios: Ministro da Agricultura promete apoios mas não se compromete com prazos

O governante esclareceu ainda que os 500 milhões de euros do fundo de coesão anunciados pelo primeiro-ministro para cobrir os prejuízos dos incêndios florestais, não vão poder ser usados no imediato. “Ainda vai ser preciso alterar regulamentos, uma reprogramação do Portugal 2030, uma decisão se calhar do Parlamento Europeu. O que sabemos é que teremos esses recursos para os poder utilizar, mas há determinados passos que têm de ser cumpridos e que vão ser encurtados ao máximo, mesmo por parte das instituições europeias”, afirmou. José Manuel Fernandes falava aos jornalistas após uma visita a uma exploração de mirtilos que foi afetada pelos incêndios que lavraram no concelho de Sever do Vouga, no distrito de Aveiro, durante quatro dias, consumindo uma área florestal de cerca de 4.500 hectares, e que causaram danos em várias casas de primeira habitação e destruíram várias empresas. Questionado pelos jornalistas sobre quando é que os apoios irão chegar às mãos das pessoas afetadas pelos incêndios, o ministro referiu que o Governo está a procurar usar todos os fundos europeus possíveis e os recursos do Orçamento nacional para, “no mais curto espaço de tempo, com rapidez, apoiar aqueles que sofreram e bem merecem" o apoio e a solidariedade. No caso dos fundos europeus, o ministro adiantou que “há alguma demora mais que vai depender de aprovações da Comissão Europeia e do possível envolvimento do Parlamento Europeu”. O governante referiu, por outro lado, que também há questões burocráticas a resolver, assegurando que o Governo irá encurtar todos os prazos para “chegar rapidamente com o apoio para as pessoas”. José Manuel Fernandes deixou a garantia de que todos aqueles que tiveram prejuízos "decorrentes desta catástrofe" vão ser apoiados, afirmando que é preciso contabilizar os estragos, um trabalho que está a ser feito pelas comissões de coordenação e desenvolvimento regional com a ajuda das autarquias. No que diz respeito à reposição do potencial produtivo e para as alfaias agrícolas, o ministro disse que irão abrir essa medida “rapidamente”, adiantando que, relativamente à estabilização dos solos, já há trabalhos que estão em curso por equipas do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas e das câmaras municipais. O ministro afirmou ainda que no conselho de ministros, que irá ter lugar na próxima quinta-feira, serão anunciadas “medidas concretas, que não vão ser imediatas na sua aplicação, infelizmente”. José Manuel Fernandes visitou esta tarde uma exploração de mirtilos em Pessegueiro do Vouga, com uma área de sete mil metros quadrados, que ardeu por completo, e depois visitou um aviário, situado a poucas centenas de metros, que sofreu prejuízos na ordem dos 350 mil euros, com a destruição de um pavilhão, máquinas e acessórios.  Nove pessoas morreram e mais de 170 ficaram feridas em consequência dos incêndios que atingiram na passada semana sobretudo as regiões Norte e Centro de Portugal. A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil contabilizou oficialmente cinco mortos nos fogos. Os incêndios florestais consumiram, entre os dias 15 e 20 de setembro, cerca de 135.000 hectares, totalizando este ano a área ardida em Portugal quase 147.000 hectares, a terceira maior da década, segundo o sistema europeu Copernicus.

Águas de Aveiro reduz fatura a clientes que combateram fogos em Albergaria
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Águas de Aveiro reduz fatura a clientes que combateram fogos em Albergaria

A medida é tomada pela AdRA, empresa do grupo Águas de Portugal que abrange dez municípios da região, entre os quais Albergaria-a-Velha, Águeda e Sever do Vouga. “Consciente de que muitos clientes vão apresentar consumos elevados, devido à água da rede pública usada no combate aos incêndios”, a AdRA anuncia que vai aplicar uma medida de apoio para atenuar as faturas. No comunicado reproduzido pela autarquia, a empresa justifica que não podia ficar indiferente à tragédia que assolou o distrito, e o concelho em particular, no seguimento dos incêndios. Esse apoio é dado mediante a apresentação de um pedido de redução da fatura, por parte de quem utilizou água da rede pública no combate aos incêndios, juntamente com a leitura do contador. Para tal deve ser feita “uma exposição circunstanciada dos factos, com dados, localização do foco de incêndio ou outros elementos relevantes, comprovados por declaração da Junta de Freguesia ou dos bombeiros. “O valor apurado será traduzido na emissão de uma nota de crédito sobre o valor correspondente ao volume de água que se considere anormal, tendo em conta o consumo médio do cliente”, esclarece a empresa. Nove pessoas morreram e mais de 170 ficaram feridas em consequência dos incêndios que atingiram na passada semana sobretudo as regiões Norte e Centro de Portugal. A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil contabilizou oficialmente cinco mortos nos fogos. Os incêndios florestais consumiram, entre os dias 15 e 20 de setembro, cerca de 135.000 hectares, totalizando este ano a área ardida em Portugal quase 147.000 hectares, a terceira maior da década, segundo o sistema europeu Copernicus.

Governo admite relação de fogos com alterações climáticas
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Governo admite relação de fogos com alterações climáticas

"Há sempre uma parte que é relacionada com as alterações climáticas. Não é só, mas é evidente que as condições tão invulgares que se deram naqueles três dias, tanto do calor, como do vento, como da humidade muito baixa, tem muito a ver com tudo o que é alterações climáticas", afirmou aos jornalistas a ministra Maria da Graça Carvalho, em Nova Iorque, à margem da Cimeira do Futuro. "Mas não é só. Há toda uma organização da floresta, processos de limpar a floresta, muitos outros fatores humanos que também estão na origem destes fenómenos", acrescentou. Nove pessoas morreram e mais de 170 ficaram feridas em consequência dos incêndios que atingiram na passada semana sobretudo as regiões Norte e Centro de Portugal. Os incêndios florestais consumiram, entre os dias 15 e 20 de setembro, cerca de 135.000 hectares, totalizando este ano a área ardida em Portugal quase 147.000 hectares, a terceira maior da década, indicou o sistema europeu Copernicus. Maria da Graça Carvalho sublinhou que a questão das alterações climáticas "está presente e é uma realidade para todos", destacando que, "enquanto há uns anos era tido como um tema mais lateral, neste momento todas as pessoas têm consciência das alterações climáticas". "As consequências e os impactos das alterações climáticas são já muito visíveis. Em Portugal tivemos os terríveis incêndios. Temos também todos os anos cada vez mais problemas na nossa costa. Este ano tivemos que fazer intervenções muito dispendiosas na costa portuguesa, no fundo, porque estamos sujeitos a uma grande erosão. (...) Intervenções muito caras, mas para defender e proteger uma costa que é lindíssima. E proteger também as pessoas que lá vivem", disse. A governante salientou que a luta contra as alterações climáticas se faz em vários níveis e que, a curto prazo, há um grupo de trabalho coordenado pelo ministro da Coesão dedicado às áreas mais atingidas pelos incêndios, com o apoio do Ministério do Ambiente, especialmente na questão da qualidade da água, que pode ser afetada pelas cinzas, mas também da biodiversidade e de equipamentos ambientais. Questionada sobre se o Governo está preocupado com a qualidade da água nos concelhos mais afetados pelos incêndios, a ministra do Ambiente admitiu que sim. "Desde o primeiro momento, a Agência Portuguesa do Ambiente, que é a Autoridade Nacional da Água, está no terreno, nomeadamente na zona de Aveiro, que foi uma das mais atingidas, para fazer retenção de cinzas, para que elas não contaminem as águas", indicou.

Afetados pelos fogos nas regiões Norte e Centro têm até dia 30 para cumprir obrigações fiscais
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Afetados pelos fogos nas regiões Norte e Centro têm até dia 30 para cumprir obrigações fiscais

Segundo um despacho da secretária de Estado dos Assuntos Fiscais, Cláudia Duarte, assinado na sexta-feira, estes incêndios rurais “têm um impacto significativo nas zonas afetadas, tendo cidadãos e empresas enfrentado dificuldades em cumprir de modo atempado as obrigações fiscais”. A decisão de prorrogar o prazo para o cumprimento de obrigações fiscais por parte de todos os afetados pelos grandes incêndios rurais ocorridos entre 15 e 20 de setembro nas regiões Centro e Norte de Portugal continental enquadra-se na declaração de situação de calamidade por parte do Governo, através da resolução do Conselho de Ministros n.º 126-A/2024, de 18 de setembro, prevendo medidas excecionais e apoios a atribuir às populações, empresas, associações e municípios afetados. “Neste contexto, para mitigar o impacto destas ocorrências, importa também conceder uma dispensa de aplicação das coimas e penalizações pelo não cumprimento das obrigações fiscais”, lê-se no despacho assinado pela secretária de Estado dos Assuntos Fiscais. A governante determina “a dispensa da aplicação de acréscimos ou penalidades pelo atraso no cumprimento das obrigações fiscais, declarativas e de pagamento”, em que o prazo terminava no período entre 15 e 20 de setembro, “desde que essas obrigações fiscais sejam cumpridas até ao dia 30 de setembro”. Outra das medidas é para que “a entrega do imposto exigível que resulte das declarações periódicas de IVA [imposto sobre valor acrescentado], dos regimes mensal e trimestral, a entregar em setembro de 2024, possa ser efetuada até dia 30 de setembro de 2024, sem quaisquer acréscimos ou penalidades”. De acordo com o despacho da secretária de Estado Cláudia Duarte, os cidadãos e empresas das zonas afetadas pelos incêndios têm de solicitar a dispensa de acréscimos e penalidades, a qual se aplica “aos contribuintes e contabilistas certificados que tenham residência ou domicílio fiscal nas zonas abrangidas pelo âmbito territorial delimitado” na resolução do Conselho de Ministros de declaração da situação de calamidade. O documento do Governo determina que o âmbito territorial a considerar para efeitos das medidas excecionais e apoios “é delimitado por resolução do Conselho de Ministros, com base na avaliação técnica da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF)”. A situação de calamidade é aplicada em casos de catástrofes de grande dimensão e é o nível mais elevado de intervenção previsto na Lei de Bases de Proteção Civil, depois da situação de alerta e de contingência. Nove pessoas morreram e mais de 170 ficaram feridas devido aos incêndios que atingiram desde dia 15 sobretudo as regiões Norte e Centro do país e destruíram dezenas de casas. A ANEPC contabilizou até sexta-feira cinco mortos, excluindo da contagem dois civis que morreram de doença súbita. Outras duas pessoas morreram hoje na sequência de queimaduras sofridas no incêndio que lavrou em Albergaria-a-Velha. A área ardida em Portugal continental desde 15 de setembro ultrapassou os 124 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, revelando que nas regiões Norte e Centro arderam mais de 116 mil hectares, 93% da área ardida em todo o território nacional. O Governo declarou a situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios e um dia de luto nacional assinalado em 20 de setembro.

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Arranca recolha de alimentos para animais em risco e associações afetadas pelos incêndios
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Arranca recolha de alimentos para animais em risco e associações afetadas pelos incêndios

A associação sem fins lucrativos vai dar início à 35.ª edição do Banco Solidário Animal (BSA), “a maior campanha nacional de recolha de bens alimentares para animais em situação de risco”, disse à Lusa o presidente da Animalife, Rodrigo Livreiro, sublinhando que este ano a iniciativa será marcada também “pela urgência em apoiar os animais” e famílias afetadas pelos incêndios ocorridos na semana passada no norte e centro do país. A campanha decorrerá nos três próximos fins de semana em mais de mil hipermercados do norte a sul do país. Nos dias28 e 29 de setembroserá nas lojas do Continente; no fim de semana seguinte será nas lojas do Auchan, Pingo Doce e Mercadona e, nos dias 12 e 13 de outubro, será novamente no Mercadona e no Intermarché. Quem quiser ajudar poderá adquirir vales solidários ou doar diretamente alimentos e produtos essenciais para animais, como trelas, coleiras, comedouros, areia e produtos de limpeza. Os incêndios que devastaram o norte e centro do país atingiram famílias com animais, mas também as associações zoófilas, que “enfrentam agora a falta de alimentos e cuidados básicos”, contou à Lusa o presidente da Animalife. Em colaboração com diversas associações de proteção animal e voluntários, a Animalife “está a mobilizar-se para garantir que a ajuda chegue a todas as zonas mais afetadas”, acrescentou. "Estamos a viver tempos desafiantes e os incêndios só vieram agravar a situação de vulnerabilidade de muitas famílias e animais. Esta edição do Banco Solidário Animal é um apelo nacional para que ninguém fique para trás. Contamos com a solidariedade dos portugueses para nos ajudar a superar as metas e prestar um apoio decisivo a quem mais precisa”, acrescentou o presidente da associação fundada em 2011 com o propósito de combater o abandono animal. A Animalife tem como missão apoiar os animais errantes, mas também as famílias e pessoas carenciadas que têm animais a cargo. Os incêndios florestais da semana passada consumiram cerca de 135 milhectares, em especial na região de Viseu Dão Lafões (onde arderam cerca de 52 milhectares), Tâmega e Sousa (mais de 25 mil hectares), região de Aveiro (mais de 24 mil), seguido da Área Metropolitana do Porto, Alta Tâmega e Ave, com uma área ardida superior a nove mil hectares cada.

Fenprof exige investimento na Educação e avisa que professores "não adormeceram"
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Fenprof exige investimento na Educação e avisa que professores "não adormeceram"

“O próximo Orçamento do Estado vai ser uma radiografia das intenções do Governo”, disse Mário Nogueira em Aveiro, advertindo que “os professores não adormeceram em cima da almofada da recuperação do tempo de serviço”, reivindicação do tempo da ‘troika’ que o Governo começou a resolver. Mário Nogueira, em conferência de imprensa destinada a apresentar os resultados de um levantamento das condições no início do ano escolar, traçou as metas que os professores vão reivindicar. A Fenprof quer que o próximo Orçamento do Estado espelhe “o caminho para atingir os 6% até ao final da legislatura” de investimento na Educação, passando de 3,2% para 4,5% já em 2025. A par do aumento do investimento, a Federação Nacional de Professores exige a valorização das carreiras para atrair jovens para a profissão, na revisão do Estatuto da Carreira Docente. As reivindicações começam hoje a ser discutidas em plenários distritais em Aveiro e Beja, estando agendados dois por dia, por ordem alfabética dos distritos, terminando em 03 de outubro em Viseu e Vila Real. Após essa ronda distrital de plenários, a Fenprof convoca para 05 de outubro, Dia Mundial do Professor, os docentes a concentrarem-se em Lisboa, no Rossio, desfilando depois para o Largo de Camões. Entre 12 e 20, correspondendo aos primeiros dias de atividade letiva nas escolas, a Fenprof recolheu informação sobre as condições de abertura, junto das direções de mais de 400 escolas. “Em relação às medidas tomadas pelo Governo, não se nota diferença em relação ao ano anterior e neste momento são cerca de 100 mil os alunos sem professor”, afirmou o secretário-geral da Fenprof. Os problemas detetados nesse levantamento “não se esgotam na falta de professores, sendo a causa principal a falta de investimento”. A sobrelotação das escolas é um deles, com um fenómeno recente que é a frequência de filhos de imigrantes, que nalguns casos chegam a ser 14%, e faltam também professores de Português como língua não materna. Outra das questões é o excesso de alunos por turma, com cerca de 42% das escolas inquiridas a admitirem que o número excede os limites legais, nomeadamente quando há alunos com necessidades especiais. Faltam também, sobretudo a sul, professores de Educação Especial, e assistentes operacionais em 44,5% das escolas, “apesar da transferência de competências para os municípios”. O amianto ainda presente em 8% das escolas, e as infiltrações de água, são dois problemas identificados quanto ao edificado.

Motoristas e parceiros TVDE rumam ao parlamento em protesto
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Motoristas e parceiros TVDE rumam ao parlamento em protesto

Os motoristas e parceiros associados da Associação Movimento Nacional (AMN) TVDE, organizadora do protesto, seguiram em conjunto pelas 10:00 para “dar visibilidade” às suas reivindicações. Os carros levam bandeiras que identificam a atividade de TVDE e balões pretos que simbolizam o descontentamento. Em declarações à Lusa, o presidente da Associação Movimento Nacional (AMN) - TVDE, Victor Soares, referiu que o descontentamento do setor se prende, sobretudo, com a falta da revisão da lei que regula o setor, prevista para 2022 e que ainda não avançou, apesar de o assunto ter estado por várias vezes na agenda pública. Ricardo Luendo, motorista há cerca de ano e meio, iniciou hoje, pelas 07:00, uma greve de fome e promete assim ficar até que o Governo lhes dê resposta. Entre as reivindicações, Victor Soares apontou a criação de um valor mínimo por quilómetro, considerando também o tempo de recolha de clientes. Além disso, defendeu a obrigatoriedade de os exames de admissão de novos motoristas serem efetuados no Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), bem como a renovação de cartão de motorista já existente, e que os testes devem ser efetuados em língua portuguesa. A criação de um selo holográfico a ser emitido pelo IMT na placa de TVDE, com o número de matrícula e o número de operador, é também uma das reivindicações.

Cada português gasta 350 euros por ano em alimentos que não come
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Cada português gasta 350 euros por ano em alimentos que não come

A propósito do Dia Internacional da Consciencialização sobre a Perda e o Desperdício Alimentar, que se assinala no dia 29, a empresa “Too Good to Go” promove a partir de hoje e até ao próximo domingo (dia 29) uma semana de sensibilização e mobilização da sociedade para o problema do desperdício. Cada português desperdiça 2,38 quilos de alimentos por semana, alerta a plataforma de impacto social que combate o desperdício alimentar. Os dados estatísticos indicam que os 184 quilos de alimentos desperdiçados por ano ‘per capita’ fazem de Portugal o quarto país da União Europeia que mais desperdiça. “Estes resíduos alimentares geram mais de seis quilos de dióxido de carbono (CO2) e o desperdício desnecessário de 1.928 litros de água por cada português, numa semana”, alerta a entidade num comunicado. Baseando a análise nos dados do Eurostat, a “Too Good To Go” destaca que cada pessoa desperdiça por mês mais de 10 quilos de comida. E a empresa faz mais contas: Se cada português desperdiça em casa 336 euros em comida por ano, e se cada um gasta em média, em alimentação e bebidas, 3.091 euros por ano, então 3,4% deste orçamento “é gasto em alimentos que estão a ser desperdiçados” todos os anos. “Num contexto em que a preocupação com o nosso planeta e o ambiente se está a tornar uma prioridade, e o custo de vida é cada vez mais significativo, reduzir o desperdício é uma urgência”, salienta a plataforma no comunicado. No dia 29 de setembro, a organização faz uma “chamada de atenção sobre a magnitude do desperdício alimentar e o trabalho que está a ser feito para o erradicar”. “Meio quilo de comida desperdiçada por uma pessoa durante uma semana pode parecer pouco, mas se multiplicarmos pelos 10 milhões de habitantes, em Portugal são mais de cinco milhões de quilos desperdiçados por semana”, alerta. O objetivo da Semana sem Desperdício Alimentar é “inspirar as pessoas a agirem”, disse Maria Tolentino, diretora da Too Good to Go para Portugal, citada no documento. Na semana contra o desperdício, uma iniciativa que envolve nove dos 19 países onde opera a “Too good to Go”, as pessoas são convidadas a seguir um conselho diário a ser posto em prática em casa. A empresa também sensibiliza e fornece informação e conteúdos às marcas e estabelecimentos com os quais trabalha. Num manifesto público, a empresa também pede que o combate ao desperdício alimentar seja uma prioridade na agenda política. O manifesto defende três medidas: a definição de objetivos “concretos e ambiciosos de redução de resíduos” a nível nacional, a contabilização dos resíduos ao longo de toda a cadeia de valor, e o estabelecimento de uma hierarquia obrigatória para “alcançar reduções e resultados tangíveis e eficazes”. No documento, a “Too Good to Go” diz estar ciente de que as empresas podem ser um grande agente de impacto, mas frisa que a legislação, “e tudo relacionado com aspetos regulamentares”, pode “acelerar significativamente as soluções”. A empresa, criada na Dinamarca em 2016 quando um grupo de amigos viu ser deitada fora toda a comida que não tinha sido consumida num restaurante, faz, através de uma aplicação, a ligação entre consumidores e restaurantes, supermercados, mercearias e hotéis, permitindo aos utilizadores comprar a preços mais baixos produtos que não iam ser usados. Este Dia Internacional da Consciencialização sobre a Perda e o Desperdício Alimentar foi proclamado pela Resolução 74/209 da Assembleia Geral da ONU em 19 de dezembro de 2019.

Um em cada cinco condutores foge do local do acidente
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Um em cada cinco condutores foge do local do acidente

Em comunicado, a Polícia de Segurança Pública indica que registou 151.647 acidentes nos últimos três anos, que resultaram em 193 vítimas mortais, 2.005 feridos graves e 45.997 feridos ligeiros, sendo a colisão entre viaturas o resultado da maioria dos desastres. Dos 151.647 acidentes que ocorreram desde 2022 até 31 de agosto deste ano, 31.166 envolveram a fuga do condutor, ou seja, 20% dos automobilistas fugiram do local do desastre. “Dos acidentes registados este ano, 8.427 envolveram a fuga do condutor. Isto significa que cerca de 22% dos condutores intervenientes em acidentes com feridos ou vítimas mortais fogem do local, não solicitando auxílio para as vítimas e eximindo-se à identificação por parte das autoridades policiais”, salienta aquela força de segurança. Em todo o ano de 2022, a PSP registou na sua área de responsabilidade, os centros urbanos, 11.130 acidentes com fuga e em 2023 contabilizou 11.832. Aquela polícia dá também conta de que em 2022 ocorreram 337 atropelamentos em que o condutor fugiu do local, em 2023 registou 359 e até 31 de agosto deste ano foram 223 os atropelamentos com fuga, totalizando 919 em três anos. Na nota, a PSP faz igualmente um balanço dos crimes rodoviários dos últimos três anos, indicando que efetuou 33.137 detenções, o que equivale a uma média anual superior a 11.000. Segundo aquela polícia, a maioria das detenções é por condução sob efeito do álcool (18.046) e condução sem habilitação legal (15.015) seguido de condução perigosa (71) e homicídio por negligência em acidente de viação (4). No total, a PSP registou 38.840 crimes rodoviários em três anos, que resultaram em 33.137 detenções. A PSP apela ainda aos condutores para que não conduzam em excesso de velocidade, sob o efeito do álcool e/ou de substâncias psicotrópicas, bem como não usarem o telemóvel durante a condução.

Agosto foi o mês mais quente no globo e o décimo em Portugal desde 1931
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Agosto foi o mês mais quente no globo e o décimo em Portugal desde 1931

Segundo o boletim do clima do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o mês de agosto em Portugal foi também o sétimo mais quente desde 2000. O IPMA refere que em Portugal continental o mês de agosto de 2024 classificou-se como muito quente em relação à temperatura do ar e muito seco em relação à precipitação, sendo “o 10.º agosto mais quente desde 1931 e o 7.º mais quente desde 2000 com um valor médio da temperatura média do ar, 23.85 graus celsius (°C), 1.17 °C acima do valor normal 1981-2010”. “O valor médio da temperatura máxima do ar, 31.08°C, registou uma anomalia de mais 1.66 °C em relação à normal. O valor médio da temperatura mínima do ar, 16.62 °C, foi superior ao normal, com uma anomalia de + 0.67 °C, sendo o 6º valor mais alto desde 2000”, informa o IPMA. Segundo o boletim do clima referente a agosto, neste mês destacou-se um período quente relativamente longo (de 03 a 21 de agosto) de valores de temperatura máxima do ar acima do valor médio mensal, destacando-se os dias 10 e 16 com anomalias da ordem de mais 6.0 °C e com 15% das estações meteorológicas com uma temperatura máxima igual ou superior a 40 °C. No período de 15 a 21 de agosto ocorreu uma onda de calor, que abrangeu em especial a região do Alentejo. Em relação à precipitação, agosto foi o 5.º mês mais seco desde 1931 e o mais seco dos últimos 35 anos, correspondendo o total da precipitação a apenas 6% do valor médio 1981-2010. No mês de agosto não se registou precipitação significativa em todo o território, verificando-se mesmo ausência de precipitação em toda a região sul. Verificou-se um aumento da área em seca meteorológica que se estendeu a toda a região interior Norte e Centro. “A sul do Tejo predominaram as classes de seca moderada e severa, destacando-se os distritos de Beja (interior) e Faro (sotavento) com vários locais na classe de seca severa. No final de agosto cerca de 82% do território estava em seca meteorológica fraca a severa”, conclui o IPMA. A nível global, adianta o IPMA, “o mês de agosto de 2024 foi o mais quente já registado (a par com 2023) com uma temperatura média global de 16.82 °C, 0.71 °C acima do valor médio 1991-2020. Na Europa, “o valor médio da temperatura do ar foi mais 1.57 °C acima do valor médio 1991-2020, sendo o segundo agosto mais quente, depois do mesmo mês de 2022, refere o instituto, acrescentando que “as temperaturas do ar na Europa estiveram acima da média no sul e no leste europeu e abaixo da média sobre as partes noroeste da Irlanda e do Reino Unido, na Islândia, na costa oeste de Portugal e no sul da Noruega. Os dados apontam ainda que o mês de agosto foi mais seco que a média na maior parte da Europa continental, incluindo o sul do Reino Unido e a Irlanda, os Alpes, os Balcãs, o noroeste da Rússia e o leste da Fennoscandia (ou Fino-Escandinávia), com áreas no sul e leste em seca e com ocorrência de incêndios florestais. Foi também mais húmido do que a média na Islândia, no norte do Reino Unido e na Irlanda, grande parte da Fennoscandia, na costa norte da Europa continental, bem como no oeste da Rússia e Turquia.

Subida dos preços da habitação acelera para 7,8% no 2.º trimestre
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Subida dos preços da habitação acelera para 7,8% no 2.º trimestre

De acordo com o Índice de Preços da Habitação (IPHab) do Instituto Nacional de Estatística (INE), entre abril e junho " a taxa de variação homóloga do IPHab foi 7,8%, 0,8 pontos percentuais acima do registo do trimestre anterior”. Neste período, os preços das habitações existentes cresceram de forma mais intensa face aos das habitações novas: 8,3% e 6,6%, respetivamente. Em relação ao trimestre anterior, o IPHab cresceu 3,9% (variação de 0,6% no primeiro trimestre de 2024 e 3,1% no segundo trimestre de 2023), tendo os preços das duas categorias de habitação registado aumentos semelhantes, de 3,9% no caso das existentes e 3,8% nas novas. Entre abril e junho de 2024, foram transacionadas 37.125 habitações, mais 10,4% do que no trimestre homólogo (-4,1% no trimestre anterior) e o primeiro aumento homólogo do número de transações desde o segundo trimestre de 2022. Naquele período, as habitações existentes representaram a maioria das transações (79,8%), num total de 29.630 unidades, mais 10,6% face ao registo do mesmo período de 2023 (variação de -4,0% no primeiro trimestre de 2024). No que respeita às habitações novas, contabilizaram-se 7.495 transações, um crescimento de 9,8% face ao mesmo período do ano anterior (-4,4% no primeiro trimestre de 2024). No segundo trimestre, o valor dos alojamentos transacionados ascendeu a 7.900 milhões de euros, mais 14,1% do que no mesmo trimestre de 2023 (-1,8% no trimestre anterior). O valor das transações das habitações existentes foi de 5.700 milhões de euros (aumento de 14,8% face ao mesmo período de 2023), enquanto o valor das transações de habitações novas atingiu 2.200 milhões de euros (aumento homólogo de 12,2%). Entre abril e junho, as habitações adquiridas por compradores pertencentes ao setor institucional das famílias fixaram-se em 31.948 unidades (86,1% do total), mais 11,2% em termos homólogos e 13,0% relativamente ao trimestre anterior. Em valor, as vendas de habitações a famílias corresponderam a 6.700 milhões de euros, 85,4% do total, um crescimento homólogo de 16,4% e uma taxa de variação de 18,8% face ao trimestre anterior.

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"Não se pode pensar nos incêndios apenas quando as árvores pegam fogo", opinião de Pedro Teixeira
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"Não se pode pensar nos incêndios apenas quando as árvores pegam fogo", opinião de Pedro Teixeira

É verdade que a catadupa de notícias, sempre tão rápida, faz-nos refletir sobre as mesmas quando acontecem, mas não nos ocupam muito tempo, pois rapidamente surgem novos acontecimentos que nos passam a ocupar. Vejamos que se na semana anterior aos fatídicos incêndios, falava-se com exaltação da fuga dos prisioneiros de Vale dos Judeus, durante os incêndios deixou-se simplesmente de falar. Atualmente renova-se o tema, mas apenas porque continuam fugidos. É preciso pensar no enquadramento jurídico do crime de incêndio (e tipos legais conexos), pois ultrapassando a questão da moldura penal e seu eventual agravamento, a cuja reflexão implica fazer uma análise comparativa com os outros tipos legais de crimes, parece-nos bastante curioso verificar que, tal como o crime de violência doméstica, também este crime tem uma enorme reincidência na nossa sociedade e assim temos obrigatoriamente de concluir que as penas, quanto a este crime, não se encontram a cumprir a sua finalidade. É preciso pensar também de forma mais abrangente, no âmbito digamos, da filosofia do Direito (algo que muito se perdeu), fazendo articular o crime de incêndio florestal com o direito à vida, o direito à integridade pessoal, o direito à propriedade privada na senda da Constituição da República Portuguesa. É preciso ver que no caso dos incêndios existe frequentemente a autoria mediata, pela qual o agente se serve de uma pessoa, com ou sem discernimento e com ou sem a perceção errada para executar o delito. Estamos naturalmente a referir-nos ao "sujeito de trás", o autor mediato é quem ordena a prática do crime e o imediato aquele que executa a conduta criminosa, sendo que não existe um aprofundado enfoque da investigação criminal, por falta de meios, organização ou direção, nessa fundamental mão mediata. Sabemos que quase nenhuns autores mediatos foram punidos em Portugal por incêndio florestal, mas eles bem que existem, pelo que a investigação criminal, seja pelo que for na opinião de cada um, não se encontra devidamente a atingir os seus objetivos. Também existe, quanto a esta matéria, uma outra questão especialmente relevante que tem a ver com a prova indireta e que no exemplo da corrupção sofreu diferentes entendimentos ao longo dos anos pela jurisprudência portuguesa, mas no caso dos incêndios parece-nos que não se encontra tão bem compreendida, o que conduz naturalmente a uma enorme dificuldade na sua condenação. Neste âmbito já falamos do supremo poder executivo, no âmbito dos tribunais portugueses. É preciso ver que os terrenos têm obviamente de ser limpos. Se não nos parece que o caminho seja recompensar aqueles que limpam, parece-nos necessária uma fiscalização mais apertada e uma punição mais musculada, mas também nos parece pelos menos motivador e útil, um programa camarário ou no âmbito da administração local, através do qual os particulares possam, se assim quiserem, contratar esse serviço. É preciso criar corredores e implementar medidas de segurança eficazes, que sejam obrigatórias, no âmbito do ordenamento do território. Acontece, como está bom de ver, que tudo isto assume uma maior e ainda mais grave proporção quando são os terrenos públicos que não se encontram limpos nem com os corredores e medidas de segurança, pois questionamo-nos quem sanciona as câmaras ou as entidades administrativas que são proprietárias dos terrenos ou que assumem a sua gestão pública e bem nos questionamos porque nunca o vimos acontecer. É preciso pensar na coordenação do louvável e admirável corpo dos bombeiros portugueses, suas comunicações, meios e coordenação internacional imediata, para que não aconteça o que acontece e para não ver pessoas em absoluto desespero lutarem sozinhas contra o mostrengo, sem qualquer preparação ou conhecimento, perdendo os seus bens e muitas vezes a vida. É preciso pensar nos incêndios não apenas quando as árvores pegam fogo. É urgente pensar. É urgente agir.

"A Procuradora-Geral não achou a noção", opinião de Bruno Vilhena
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"A Procuradora-Geral não achou a noção", opinião de Bruno Vilhena

1. Passou despercebido, mas relembro. A Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, revelou, na semana passada, que em 2023 cerca de 10 500 portugueses estavam a ser alvo de escutas telefónicas no âmbito de inquéritos do Ministério Público. Esta declaração – dita com grande leviandade numa comissão parlamentar – levanta uma questão preocupante sobre a massificação das escutas, um instrumento que deveria ser excecional, numa aparente prática corrente no Ministério Público. A gravidade deste fenómeno torna-se ainda mais evidente quando a PGR se defendeu dizendo que o número de escutas atuais é inferior ao que se registou no passado, quando atingiu o pico de mais de 15 000 pessoas, como se estivesse tudo bem. 10 000 pessoas represetam 0,1% da população portuguesa. 1 português em cada 1000. 1 português em cada 1000 tem o Estado a vigiar as suas comunicações pessoais. E as comunicações que essa pessoa tem com outras pessoas. Ora, esta situação devia fazer soar alarmes. Potencialmente configura um sério atentado contra a privacidade e os direitos individuais de milhares de cidadãos (ou então temos uma população de criminosos graves enorme). As escutas telefónicas são um mecanismo poderoso, concebido para ser usado em circunstâncias excecionais, quando há indícios fortes de envolvimento em atividades criminosas (por exemplo, são tão sérias que têm de ser revalidadas a cada 3 meses). Contudo, o facto de serem aplicadas a um número tão elevado de pessoas sugere que o critério para a sua aplicação pode estar a ser usado de forma arbitrária e/ou desproporcional. A perceção que fica é que o Ministério Público escuta cidadãos na esperança de encontrar provas de crimes, em vez de basear a sua ação em provas concretas previamente obtidas. Este absurdo jurídico à portuguesa, onde tudo passa sem sobressalto, inverte um dos mais principais princípios da justiça: o Estado investiga crimes com base em suspeitas fundamentadas, e não vigia indiscriminadamente a população em busca de irregularidades. Para além da questão desta aparente massificação das escutas, nos últimos tempos, assistimos a medidas de coação exageradas (prisões preventivas) e acusações fracas, muitas das quais resultaram em arquivamentos antes de chegarem a julgamento, num conjunto de erros pelos quais ninguém se responsabiliza. Erros estes que tiveram impactos sérios no país, sendo a queda do governo anterior um dos exemplos mais evidentes (António Costa foi acusado de quê, mesmo?). Estas acusações mal sustentadas, fugas de informação seletivas para a comunicação social, e a aplicação de medidas de coação desproporcionais são sintomas de um sistema judicial que parece, por vezes, funcionar mais por pressão mediática do que por critérios de justiça e legalidade. Mais uma vez, sem qualquer sobressalto. A Procuradora-Geral referiu também, em tom de defesa, que os casos recentemente relatados de ex-membros do governo escutados durante quatro anos são exceções à regra. Afirmou que tal acontece apenas porque “se reconhece a necessidade, para as finalidades do inquérito, de tal ocorrer”. Let that sink in. A ideia de que um cidadão – independentemente da sua posição política – pode ser alvo de escutas durante um período tão longo, ter a sua vida privada vasculhada e sujeita a escrutínio constante, sem que daí resultem provas concretas que justifiquem, sequer, uma acusação mostra, para além de qualquer dúvida razoável, que estamos perante um abuso de poder e uma violação grave dos direitos de defesa e à privacidade. Numa democracia, o Estado tem o dever de proteger os cidadãos e de garantir a segurança pública, mas esse dever não pode ser cumprido à excessiva (notem, excessiva) custa dos direitos individuais e das garantias fundamentais. A prática excessiva de escutas telefónicas, especialmente quando aplicada de forma indiscriminada e prolongada, é incompatível com um sistema de justiça que se pretenda saudável. Se Lucília Gago continua incapaz de reconhecer os problemas que tem em casa, então, com certeza, não nos resta outra opção que não esperar penosamente pelos últimos dias dos seu mandato e esperar que o/a próximo/a ocupante do cargo seja mais exigente e responsável. 2. Na mesma sessão, a senhora Procuradora-Geral da República disse também que existem muitas mulheres magistradas e que isso é um entrave ao funcionamento da instituição porque as mulheres têm filhos, metem licenças de parentalidade e baixas por assistência à família. Pondo de parte o deplorável da afirmação, e olhando para os dados que ela própria apresentou, vai um abraço de solidariedade para as 25 senhoras magistradas que foram mães (25 em 1 700 magistrados, ou 1,5%, para pôr em perspetiva). Aparentemente, são elas que levam a instituição às costas. 3. Com o início da Ria – Rádio Universitária de Aveiro inicia-se também a minha colaboração neste projeto já há muito esperado e muito preciso para a UA, para Aveiro e para a nossa Região. Um órgão de comunicação social independente e livre numa região onde eles vão escasseando. Contarão com os meus textos, mais à esquerda, maioritameriamente sobre a atualidade política, mas às vezes sobre coisas mais interessantes, com uma certa regularidade, ainda não definida. Para dúvidas, questões ou reclamações, não hesitem em entrar em contacto.

"Incêndios em Portugal: Uma Calamidade de Gestão e Planeamento", opinião de João Lourenço Marques
Opinião

"Incêndios em Portugal: Uma Calamidade de Gestão e Planeamento", opinião de João Lourenço Marques

Portugal é devastado por incêndios florestais que deixam um rastro de destruição ambiental e económica. Mas o que realmente está por trás desta calamidade, que se repete ano após ano? A ausência de planeamento florestal representa um grande obstáculo à gestão eficaz das áreas florestais. A estrutura fundiária, com predominância de pequenas parcelas de terreno, em regime de minifúndio (essencialmente no centro e norte do país), combinada com a falta de um cadastro predial atualizado (apenas 30% da área está identificada - ver plataforma Balcão Único do Prédio - BUPi ), dificulta a implementação de estratégias integradas para a gestão territorial. Esta fragmentação e a ausência de informação sobre quem são os proprietários dos terrenos florestais, compromete tanto as ações de prevenção de incêndios, como o aproveitamento económico sustentável dos recursos. A falta de responsabilização direta e de incentivos para uma gestão adequada acaba por perpetuar situações de abandono e negligência, aumentando a vulnerabilidade das áreas rurais aos incêndios. O acumular de material combustível, aliado à falta de manutenção dos terrenos, agrava a exposição do território ao risco de incêndios devastadores. Mitigar o problema dos incêndios em Portugal exige mais do que medidas de prevenção imediata. É necessária uma estratégia de médio e longo prazo que inclua um ordenamento florestal adequado, a identificação e reestruturação do cadastro e a promoção de práticas de gestão sustentáveis.Essas práticas devem dar prioridade à diversidade de espécies. Grande parte da nossa vegetação é composta por espécies com elevada inflamabilidade, que, apesar da sua rentabilidade para a indústria de papel, contribuem para o elevado risco de incêndios. A formação de vastas áreas de monocultura, atuam como verdadeiras "bombas-relógio", prontas a explodir quando o "tempo" marca a combinação perfeita – muito vento, calor e baixa humidade. O problema dos incêndios florestais em Portugal não é apenas uma questão de condições atmosféricas adversas, é um problema de planeamento e gestão, que exige respostas devidamente concertadas. Os incêndios florestais afetam diretamente a biodiversidade. Ecossistemas inteiros são destruídos, levando à perda de habitats para inúmeras espécies de fauna e flora. Esta perda de biodiversidade tem efeitos em cadeia que comprometem o equilíbrio ecológico e a capacidade dos ecossistemas se regenerarem naturalmente, o que exige uma atenção redobrada por parte das políticas públicas na recuperação das áreas afetadas. A reabilitação das florestas e dos solos após os incêndios é um processo que exige tempo e investimento, mas que também nem sempre recebe a devida atenção. O planeamento deve incluir programas de reflorestação com espécies autóctones, assegurando a restituição de ecossistemas e a proteção das áreas florestais contra futuros eventos. Apesar dos esforços legislativos e das campanhas de sensibilização, continua a faltar uma estratégia integrada de ordenamento florestal que envolva governos, autarquias, proprietários e empresas e, assim, almejar ser possível reduzir a vulnerabilidade do país e evitar a repetição deste ciclo destrutivo de incêndios florestais. Sem uma mudança profunda no planeamento e gestão florestal, Portugal continuará a arder, com o futuro das nossas florestas, biodiversidade e comunidades a serem consumidos pelo fogo e pela inação.

"A Universidade do futuro e o papel dos estudantes na sua construção", opinião Paulo Jorge Ferreira
Opinião

"A Universidade do futuro e o papel dos estudantes na sua construção", opinião Paulo Jorge Ferreira

A relação entre as universidades e os seus estudantes tem variado ao longo do tempo, em função do contexto social de cada época. Os estudos gerais, instituições que são precursoras das universidades europeias atuais, surgiram na Idade Média. Dependendo de licença papal, e em boa parte controladas pela Igreja, admitiam estudantes que na sua maioria eram clérigos. Apesar das diferenças de organização entre as instituições, o ensino em si era profundamente hierárquico e o papel dos estudantes muito passivo, com poucas oportunidades de reflexão crítica ou inovação. A criação não era uma prioridade. A Universidade preservava e transmitia o conhecimento. Durante o Renascimento, o estudo dos clássicos, ciências naturais, astronomia e humanidades alargou a curiosidade científica a outras áreas e as universidades tornaram-se locais de intercâmbio de ideias. Os estudantes passaram a desempenhar um papel mais ativo no avanço da ciência e da cultura e, ao mesmo tempo, na contestação da autoridade, tanto eclesiástica como académica. Esta época marcou uma transição importante: para além de aprendizes, os estudantes passaram a ser também catalisadores de mudanças ideológicas. O Iluminismo trouxe uma nova visão sobre o papel das universidades, focada na razão e na ciência. As universidades assumiram-se como locais de investigação e o desenvolvimento das ciências naturais e das humanidades abriu novas oportunidades para os estudantes explorarem os seus próprios caminhos, ou os ideais de liberdade, igualdade e justiça. Com a Revolução Industrial, criou-se o contexto favorável para os estudantes liderarem vários movimentos contra os regimes políticos, como as revoluções de 1848, e terem uma voz mais ativa nos processos políticos e sociais. Desde as revoltas estudantis de maio de 1968, em Paris, até aos movimentos de direitos civis nos Estados Unidos, os estudantes tornaram-se protagonistas na luta pela igualdade e liberdade de expressão e contra regimes autoritários. Os estudantes exigiram reformas no ensino superior, mas também reformas políticas e sociais. A dinâmica entre estudantes, professores, instituições e o próprio estado foi-se alterando, contribuindo para uma maior abertura e democratização do ensino superior. Em muitos países, a educação superior deixou de ser um privilégio das elites para se tornar uma parte fundamental da educação pública. Portugal não foi exceção. Durante muitos anos, a educação em Portugal foi instrumentalizada pelo Estado Novo enquanto ferramenta de condicionamento. A anestesia coletiva era facilitada por uma escolaridade obrigatória reduzida, que chegou a ser de apenas três anos. A formatação do pensamento era ajudada por programas e livros únicos, e aprofundada graças à instrução em separado de meninos e meninas. O ensino superior era para uma elite e o seu alargamento tido como um risco. A crise académica de 1962 mostrou que a anestesia coletiva não era uma anestesia geral. Os estudantes universitários provaram estar bem despertos, unindo-se em torno da liberdade de associação e da autonomia universitária. No futuro, as universidades e a sua envolvente manterão uma relação profunda e mutuamente transformadora, influenciando-se e moldando-se de forma contínua para responder às exigências de um mundo em constante mudança. A universidade será, como até aqui, marcada pelas transformações sociais, tecnológicas e culturais, e os estudantes continuarão a ter um papel fundamental na sua construção. A internacionalização será uma das características mais visíveis desse futuro. A globalização tem removido barreiras físicas e culturais, criando um mundo mais interligado. As fronteiras esbateram-se. Os transportes e as comunicações são mais acessíveis e eficientes. A população mundial move-se cada vez mais. A internacionalização será também uma realidade incontornável nas instituições de ensino superior (IES), que afetará toda a comunidade académica e cujo impacto se fará sentir na investigação, cooperação e no ensino. O número de estudantes internacionais e de docentes e investigadores estrangeiros que procuram IES portuguesas tem crescido substancialmente nos últimos anos, mas pode crescer mais ainda. Segundo dados da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), o número de estudantes internacionais nas IES portuguesas aumentou 85% na última década. A diversidade de proveniências, de culturas, de línguas e de religiões traz novos desafios ao nível da interação em ambiente multicultural, mas significa também uma oportunidade para os estudantes viverem um ambiente académico multicultural, criativo e propício à inovação. Estes ambientes proporcionam em geral uma visão global do conhecimento e do mercado de trabalho, experiências de vida únicas e aprendizagens mais ricas. Outro aspeto fundamental relativo à universidade em transformação é a crescente necessidade de requalificação. Com o progresso tecnológico e as transições digital e climática, o ciclo de vida das profissões é cada vez mais curto, surgindo novas necessidades no mercado a um ritmo inédito. Há áreas de elevada procura que há poucos anos simplesmente não existiam e outras cuja relevância daqui a décadas é uma incógnita. A formação inicial é insuficiente para acompanhar todas as mudanças. O Ensino Superior continuará a atrair jovens estudantes que procuram cursos e diplomas, mas também um número crescente de profissionais interessados em requalificação. Em geral, os segundos têm idades superiores aos primeiros e apresentam percursos, expectativas e objetivos de formação diferentes. A diversidade de estudantes e do tipo de públicos que convergem para o ensino superior será uma marca evidente da universidade do futuro, em termos culturais e geográficos, mas também em termos de trajetórias académicas e profissionais. A universidade do futuro será um espaço de aprendizagem contínua, onde a transição de “estudante universitário” para “antigo aluno” deixa de ser um acontecimento singular. O “antigo aluno” pode voltar a ser “estudante”, quando necessário. As fronteiras entre os dois estados esbatem-se e a sua relação tornar-se-á mais ténue e fluida. Aprenderemos ao longo da vida, e a universidade será um espaço sempre aberto à reintegração. A universidade do futuro continuará a envolver os seus estudantes. Hoje, como nunca, estes têm um papel ativo na construção da universidade e da sociedade, questionando estruturas tradicionais e propondo novos caminhos para o futuro. Este processo de evolução contínua reflete a importância dos estudantes enquanto agentes de mudança social e cultural e como cocriadores da experiência universitária. Com o avanço da tecnologia, o ensino tornou-se mais interativo e acessível. As plataformas de ensino online, o acesso a dados em tempo real e a possibilidade de estudar em qualquer universidade do mundo a distância deram aos estudantes uma maior capacidade de adaptar o seu ensino. A capacidade de adaptação e inovação em ambientes multiculturais e multidisciplinares será essencial para o sucesso da universidade no cumprimento da sua missão, contribuindo ativamente para a sua construção, para a criação conjunta de dinâmicas de ensino e aprendizagem, mais flexíveis, colaborativas e integradas, e de uma universidade mais inclusiva e global.

26 SET 2024

Engenharia Eletrónica e Telecomunicações vence o “UA Sem Fronteiras”
Universidade

Engenharia Eletrónica e Telecomunicações vence o “UA Sem Fronteiras”

“Convidaram-nos para aqui, é um desafio assim meio diferente, estou a gostar!” contou Margarida, estudante do primeiro ano de Ciências Biomédicas. Rodrigo Saraiva partilhou da mesma opinião. O capitão da equipa do curso de Engenharia e Gestão industrial referiu ainda que a atividade “é uma boa iniciativa” porque lhe permitiu conhecer “muitas mais pessoas” não só do seu curso como de outros. À Ria contou também que a equipa tinha conseguido “acabar a primeira fase em 5º lugar”. O objetivo de passar a segunda fase concretizou-se e a equipa acabou por ficar em terceiro lugar. O ouro – os barris de cerveja - acabou por ser conquistado pela equipa do curso de Engenharia Eletrónica e Telecomunicações e a prata foi entregue ao curso de Gestão e Planeamento em Turismo. O curso de Biologia foi também destacado como tendo a melhor mascote e a Escola Superior de Aveiro - Norte (ESAN) venceu na categoria de equipa mais disciplinada. “O que nós pretendemos é promover o desporto, que é muito amado aqui na nossa universidade” explica Luzia Ferreira, vogal do sector do desporto e bem-estar da AAUAv. Tomás Oliveira, também vogal do referido sector concorda e acrescenta que a iniciativa é “uma maneira de conectar os novos estudantes aos núcleos de estudantes dos vários departamentos e dos vários cursos”. Este ano competiram 23 equipas, com 10 alunos cada, perfazendo 230 participantes em competição. O destaque vai, no entanto, para as claques e as mascotes que enchiam o pavilhão desportivo e faziam ecoar cânticos de apoio ao seu respetivo curso. Tomás Oliveira nota que o número de participantes se manteve em relação ao ano anterior, mas que se verificou um maior “esforço” no que diz respeito à preparação das mascotes e das claques. Apesar da iniciativa ter sido alterada para o Pavilhão Aristides Hall “por causa do tempo”, explica Luzia, os objetivos foram cumpridos. A animação era mais do que visível no rosto de todos e em especial no de Tomás que considera ser “sempre bonito ver o pavilhão cheio com atividades promovidas pela AAUAv”.

Ex-ministro do ambiente diz que falta, em Aveiro, “uma maneira fácil sem estarmos a pensar no carro”
Cidade

Ex-ministro do ambiente diz que falta, em Aveiro, “uma maneira fácil sem estarmos a pensar no carro”

Em entrevista à Ria, o também ex-ministro do Ambiente e Recursos Naturais, entre os anos de 1991 a 1993, identificou, entre os vários pontos a corrigir na cidade, o “trânsito” como um dos mais críticos. “O tráfego que temos, atualmente, tem de reduzir. Temos de passar a ser muito mais comunitários, nomeadamente, através de sistemas que nos levem aos sítios sem precisarmos de estar à procura de um táxi ou de um autocarro”, afirmou. Para tal, a cidade “tem de estar organizada para que isso aconteça de uma maneira fácil”, frisou. Além do congestionamento de carros, Carlos Borrego afirmou que Aveiro “precisa de fazer muita intervenção na zona central”. “Já vimos que a grande população de Aveiro que trabalha aqui vive fora do centro. É aqui que temos de atuar. Como se atuou com os transportes dos estudantes da estação de comboios para a UA. Este tipo de estratégias tem de ser pensada”, afirmou. “É isso que eu sinto que falta na cidade de Aveiro: uma maneira fácil [de mobilidade] sem estarmos a pensar no carro”, desabafou. Alexandra Queirós, vice-reitora para a cultura e vida nos campi, afirmou, em entrevista à Ria, que, além da cidade de Aveiro, também a UA tem de passar “das palavras aos atos”. Neste sentido, Alexandra Queirós admitiu que está, neste momento, em fase de discussão um plano de ação, a pôr em prática “até 2026”, na UA, que tem como objetivo diminuir “significativamente” a pegada de carbono. “Estamos a utilizar uma calculadora, devidamente validada, que estuda as diferentes dimensões da sustentabilidade”, desvendou. Entre as vertentes a melhorar na UA, a vice-reitora para a cultura e vida nos campi identificou as “áreas da circulação, da deslocação e a questão da alimentação” como as mais prioritárias, até ao momento. Por exemplo, “a gestão do parque de estacionamento devidamente articulado com a mobilidade suave é absolutamente essencial. Isto vai trazer alguns condicionalismos e algumas alterações de rotina que sabemos que são polémicas, mas que são importantes que aconteçam”, frisou. No que toca ao prazo para alcançar a meta, ou seja, a “pegada neutra até 2030”, na UA, Alexandra Queirós disse que é necessário pensar “devagar”. “Isto vai implicar muita sensibilização, mudança de comportamentos para conseguirmos, efetivamente, alcançar as diferentes dimensões da sustentabilidade”, afirmou. “Está definido a aplicação do plano de ação até 2026, mas a nossa lógica é pensar a médio-longo prazo”, reforçou.

Oliveira de Azeméis recebe Taça Continental de hóquei em patins
Região

Oliveira de Azeméis recebe Taça Continental de hóquei em patins

O troféu, que o FC Porto ergueu na última edição, em Espanha, será disputado no formato de final a quatro, contando com os finalistas das duas principais competições europeias de clubes de hóquei em patins – a Liga dos Campeões e a Taça WSE. Nas meias-finais, o Sporting, vencedor da Liga dos Campeões, defronta o Follonica, finalista vencido da Taça WSE, e a UD Oliveirense, vice-campeão europeu, o Igualada, campeão da segunda prova mais importante do calendário europeu de clubes. Entre os atuais finalistas, o Igualada é o que tem mais troféus, com cinco títulos (1993, 1994, 1995, 1998 e 1999), seguido do Sporting, que venceu a prova por duas vezes (2019 e 2021), e da UD Oliveirense, por uma vez (2017). O Follonica é o único finalista que ainda não venceu a Taça Continental, troféu que se realiza desde 1980 e que tem no FC Barcelona, com 18 troféus, o clube mais titulado da história da prova.

UA: Novo ano letivo inicia com mais de 1000 novos estudantes internacionais
Universidade

UA: Novo ano letivo inicia com mais de 1000 novos estudantes internacionais

A cultura portuguesa, em especial a língua e a música, bem como o plano curricular do curso de Psicologia da UA foram as razões que levaram Mauro, um estudante da Universidade do Chile - mas natural da Venezuela - a escolher Aveiro, durante um semestre. Apesar de só estar cá há cerca de 20 dias, Mauro diz “estar a gostar muito” da experiência. Um dos grandes pontos que ressalta é a possibilidade de “conhecer pessoas de todos os lados”, algo que “não é muito comum” no seu país, expõe. Mauro é apenas um dos cerca de 400 estudantes em mobilidade incoming vindos de programas como, por exemplo, o Erasmus+. A juntar a eles, a UA conta com a chegada de cerca de 500 novos estudantes de nacionalidade estrangeira. Este ano foram realizadas, até ao momento, 2415 inscrições de estudantes internacionais. Segundo a Divisão Internacional, estes estudantes estão a frequentar todos os ciclos de ensino, contudo, a maioria vem para frequentar os doutoramentos (850 inscrições) e as licenciaturas (756 inscrições). Em conjunto, estes dois ciclos de estudo representam mais de 65% das inscrições de estudantes internacionais na UA. Marina e Melissa são duas das alunas incluídas nessa percentagem. Chegam a Aveiro da China com o objetivo de tirar a licenciatura em Línguas, Literaturas e Culturas. Como razões para a escolha, apontam que olham para Portugal como um país “encantador” e que “simplesmente” gostaram da Universidade de Aveiro. Ao longo da iniciativa, os estudantes foram convidados a partilhar um prato típico do seu país, com o objetivo de promoverem um lanche partilhado. Sobre a mesa viam-se várias iguarias identificadas com as bandeiras dos diferentes países. Paracuca [doce típico angolano], mulgipuder [prato típico da Estónia], delícia turca, brigadeiro e os típicos ovos moles eram alguns desses pratos. Ao mesmo tempo, os estudantes iam-se conhecendo e trocando impressões. O lanche internacional foi apenas uma das atividades que fizeram a tarde. Entre os objetivos da sessão de boas-vindas estavam a promoção de um ambiente de partilha e convivência, assim como a partilha de informação sobre a universidade e a estadia em Aveiro. A sessão contou com as intervenções da chefe de divisão da Divisão Internacional, Sofia Bruckmann, da coordenadora de mobilidade do curso de Engenharia e Gestão Industrial, Marlene Amorim, de Fernando Martins, técnico superior do Núcleo de Desporto e Lazer, e da presidente da Erasmus Student Network (ESN), Matilde Antunes. A atividade contou também com um momento musical protagonizado pela MarnoTuna. Em agosto deste ano, a European Association for International Education (EAIE) distinguiu a UA com uma menção honrosa no prémio Award for Excellence in Internationalisation [excelência na internacionalização, um galardão que reconhece a dedicação da UA na promoção de iniciativas inovadoras e inclusivas no âmbito da internacionalização no ensino superior]. Em declarações à Ria, Sofia Bruckmann afirmou que esta distinção “significa o reconhecimento do trabalho que já vem sendo feito há muito. O trabalho do investimento de muitas pessoas que pensaram a estratégia para a internacionalização da UA e que a tornaram hoje a instituição tão internacional que é. É um reconhecimento e foi muito bom tê-lo recebido de uma instituição como é a EAIE”, continuou Sofia Bruckmann. “Foi pôr a Universidade de Aveiro nas bocas do mundo”, concluiu. A chefe da Divisão Internacional destacou também as “boas práticas na área da internacionalização”  da UA, sobretudo com a criação do Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM).

Os bastidores de Medicina: o curso da UA que demorou mais de uma década a conquistar
Universidade

Os bastidores de Medicina: o curso da UA que demorou mais de uma década a conquistar

A abertura do curso de medicina na UA era já um objetivo de longa data. Quem o assegurou foi Artur Silva, vice-reitor para as matérias relativas à investigação, inovação, formação de terceiro ciclo e acreditação dos ciclos de estudos na UA. Segundo o mesmo, desde o “final do século 20”, que havia essa ambição por parte “dos gestores desta casa [UA]”. A história mais recente para a criação do curso começou no ano de 2010. A ideia era ter um curso de medicina, dirigido a alunos licenciados, com a duração de 4 anos (em vez dos 6 anos do “modelo tradicional”). O curso resultava de uma parceria com o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto (ICBAS), mas falhou. Apesar de ter decorrido durante dois anos letivos e um semestre, Artur Silva, admitiu que “alguns problemas de organização e entendimento”, bem como a dependência da UA em relação ao ICBAS, acabaram por ditar que o projeto findasse. A Ordem dos Médicos referia também em comunicado, na altura do encerramento deste primeiro curso – em outubro de 2012 - , que “a decisão de criação do curso de medicina de Aveiro foi precipitada e exclusivamente política”. A organização tecia alguns comentários, afirmando que a criação do referido curso “não obedeceu sequer a uma necessidade ou vantagem de aumentar a formação de recursos humanos a curto, médio ou longo prazo”. Acrescentava ainda que não faria sentido que, na realidade de “crise económica e social” sentida na altura, “o Governo financie, a quem já tem uma licenciatura/mestrado, um curso de medicina de qualidade questionável e totalmente desnecessário ao país”. Em 2022, uma década depois, o objetivo de lecionar medicina em Aveiro foi retomado, mas, dessa vez, falhou na acreditação. Sendo a Medicina uma área “muito sensível”, Artur Silva considerou que tem de “haver sustentabilidade” para a construir. No caso da UA, as bases foram sendo estabelecidas, ao longo do tempo, “com a criação da nossa escola de saúde [ESSUA] e depois com a nossa Secção Autónoma de Ciências da Saúde [SACS/DCM]”, referiu o vice-reitor. “Na equipa reitoral anterior [a 2018] havia também uma ideia de um determinado curso de medicina” que diferia da atual, garantiu. A estratégia passou então “pela criação e consolidação do Centro Académico Clínico Egas Moniz Health Alliance”, contou. No âmbito desse projeto foram-se criando pontes que cobriam três centros hospitalares e vários Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) – “desde a sul do Douro a norte do Mondego”, explicou o vice-reitor. A partir daí, com o apoio da Universidade de Utrecht, nos Países Baixos, e com alguns acordos com a Universidade do Minho, foi submetida uma candidatura “em novembro de 2022” à A3ES. Foi nomeada uma comissão de avaliação externa e “por volta de junho” chegou o resultado. “Estava muito confiante porque eu achava que tínhamos um bom curso, mas infelizmente isso não veio a acontecer”, lamentou Artur Silva. No parecer do Conselho Nacional de Ensino e Educação Médica, à altura do chumbo do projeto, lê-se que “apesar de ser a mais robusta do conjunto de candidaturas que nos foram apresentadas até à data” a proposta aveirense “continua a manifestar uma grave insuficiência de recursos humanos para garantir um ensino médico de qualidade”. A instituição referia ainda preocupações com a “distância entre as instituições de ensino” e “a falta de clareza sobre como se irá processar a articulação entre as mesmas e a deficiente formação pedagógica de docentes que irão lecionar ativamente no ciclo clínico”. Apesar da resposta negativa, a vontade de criar o Mestrado Integrado em Medicina não esmoreceu. Em novembro de 2023, é submetido, novamente, na A3ES, “o mesmo curso com melhoramentos”, recordou Artur Silva. Segundo o docente, a lista de melhorias era curta e prendia-se com “pequenos detalhes”, como “respostas de como é que os estudantes se vão deslocar daqui [UA] para os centros de saúde e para os hospitais”, exemplificou o vice-reitor. A maior diferença que notou, e faz questão de reforçar, prendeu-se com a comissão de avaliação nomeada. “Eu defendia que a nova comissão de avaliação fosse essencialmente estrangeira e foi mais ou menos o que aconteceu: e o resultado foi completamente diferente”, declarou Artur Silva. Em junho de 2024 é tornado oficial que Aveiro iria voltar a ter medicina, desta vez o curso tradicional de 6 anos e inteiramente dirigido pela UA. Três meses separam a notícia da aprovação do curso e do arranque do ano letivo corrente. Três meses de trabalho “fora de horas” com “muitas reuniões online para que acontecesse” recordou Artur Silva. O vice-reitor fez questão também de sublinhar a importância de Firmino Machado, atual diretor do Mestrado Integrado em Medicina, que teve como principal função ser a “cola” e a montagem de todo o processo e referiu a relevância da ativação das colaborações “estabelecidas lá atrás” com a Universidade do Minho e com a Universidade de Utrech. Não deixou de fora também todos os profissionais de saúde envolvidos e os “presidentes dos conselhos de administração que libertaram alguns médicos para fazer alguma formação extraordinária”, relembrou. O novo ciclo de estudos de Aveiro está já a decorrer e acolheu 40 alunos. É o segundo curso com a média mais alta da UA (18,2), ficando atrás apenas da licenciatura de Engenharia Aeroespacial (18,35). A nível nacional existem dez cursos de Medicina sendo que Aveiro tem a quarta média mais alta de entrada. Fica no pódio o ICBAS (18,55), a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (18,48) e a Universidade do Minho (18,38), mas fica à frente da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. “A ideia é ir crescendo progressivamente com a entrada de dez novos alunos até ser atingido o limite máximo de 100 alunos”, esclareceu o vice-reitor. Relativamente ao futuro, o objetivo é “mantermos a qualidade que nós idealizamos fazer”, garantiu Artur Silva. O vice-reitor avançou ainda que, nos próximos anos, “temos de ter espaço disponível para a formação e para a investigação”, na área da saúde, e para a “internacionalização do curso”, nomeadamente, através do programa Erasmus. Realçou também que apesar de estar a decorrer a “adaptação de um edifício” para acolher um teatro anatómico a empreitada estará pronta aquando da primeira aula de anatomia - prevista para a segunda semana de novembro. “Está tudo conforme planeado”, afirmou.

Incêndios: Albergaria aprova voto de louvor à população e bombeiros
Região

Incêndios: Albergaria aprova voto de louvor à população e bombeiros

“A bravura nascida da necessidade extrema de sobrevivência e de salvaguarda fez de Albergaria uma terra de gentes cuja coragem, num mar de chamas e de vento, merece ser elevada, reconhecida e registada para memória futura”, lê-se louvor aprovado por todos os partidos na última reunião do executivo municipal, que ocorreu na segunda-feira. Os autarcas de Albergaria-a-Velha, no distrito de Aveiro, manifestam “enorme gratidão, pelo papel heroico e incansável” dos bombeiros, considerando que, “com meios insuficientes e exaustos pelo esforço contínuo, eles lutaram com bravura e sacrifício, pondo em risco as suas próprias vidas” nos fogos que lavraram entre os dias 16 e 18 de setembro. “A tragédia teria sido muito maior se as pessoas não tivessem, de forma altruísta, heroica e solidária, colaborado em permanência com as forças de segurança e de proteção civil no combate aos fogos e na defesa da vida e da propriedade”, destacam os autarcas. O executivo salienta que, “em locais onde os bombeiros não conseguiram chegar, foram os próprios cidadãos de Albergaria que, com baldes de água, mangueiras, pás, cisternas e tudo o que estivesse ao seu alcance, enfrentaram o fogo com bravura, conscientes dos riscos, mas ainda assim decididos a salvar o que podiam”. Os fogos florestais, que percorreram as seis freguesias do concelho, “causaram uma das maiores calamidades já vividas neste território, com efeitos devastadores, trazendo consigo uma tragédia sem precedentes”. Na deliberação, é recordado o “rasto de destruição irreparável de vidas humanas e de animais perdidas, famílias que viram os seus lares reduzidos a cinzas, empresas e estabelecimentos comerciais arrasados e vastas áreas de floresta e sementeira dizimadas”. “Esta é uma dor indescritível, refletida no olhar daqueles que enfrentaram este cenário de horror”, lê-se no texto, que descreve o desespero vividos nesses dias perante o avanço do fogo: “famílias foram separadas e desalojadas, algumas perderam tudo, outras perderam aqueles que mais amavam”.  A autarquia aprovou também um voto de pesar pela morte de quatro munícipes devido aos fogos, apresentando as condolências aos familiares e amigos, e votos de rápidas melhoras aos que ainda se encontram internados. A Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha envia ainda uma “mensagem de solidariedade” aos municípios vizinhos de Águeda, Oliveira de Azeméis e Sever do Vouga e às suas populações “que sofreram igualmente as graves consequências de tão devastador incêndio”. Nove pessoas morreram e mais de 170 ficaram feridas em consequência dos incêndios que atingiram na passada semana sobretudo as regiões Norte e Centro de Portugal. A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil contabilizou oficialmente cinco mortos nos fogos. Os incêndios florestais consumiram, entre os dias 15 e 20 de setembro, cerca de 135.000 hectares, totalizando este ano a área ardida em Portugal quase 147.000 hectares, a terceira maior da década, segundo o sistema europeu Copernicus.

Concurso para atribuir 66 casas com renda apoiada em Aveiro recebeu 618 candidatos
Cidade

Concurso para atribuir 66 casas com renda apoiada em Aveiro recebeu 618 candidatos

Segundo os dados desse relatório, citados em nota de imprensa, 68% das candidaturas são de pessoas que procuram uma renda mais acessível e apenas 11% devido a más condições habitacionais. Quanto ao tipo de famílias candidatas, 55% correspondem a famílias unitárias (179) ou monoparentais (164), e em termos profissionais, apenas 31% dos candidatos se encontram em situação de desemprego (193). A nota municipal refere ainda que, das 527 candidaturas consideradas válidas, 20% estão em situação de alojamento precário (126), 41% residem em Aveiro há menos de cinco anos e 26% são de cidadãos estrangeiros. “Segue-se agora o período formal de audição dos interessados, após a apreciação da qual o executivo municipal fará a aprovação da lista definitiva com a atribuição das habitações em causa”, informa a mesma fonte. A autarquia dá conta de que “prossegue com o trabalho realizado nos anteriores mandatos (2013/2017 e 2017/2021), concretizando investimentos relevantes que se encontram em diferentes fases”. Salienta ainda que é feito diariamente o acompanhamento técnico dos inquilinos da Câmara, “com ações e programas que aumentam o seu nível de integração social e de qualidade de vida”.